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Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Fundo de População da ONU alerta para violência contra idosos no Brasil

June 18, 2018 13:16, by ONU Brasil
Na medida em que a população mundial envelhece, a expectativa é de que o número de pessoas que vivem com demência triplique até 2050, segundo a OMS. Foto: EBC/Eduardo Bovo

Na medida em que a população mundial envelhece, a expectativa é de que o número de pessoas que vivem com demência triplique até 2050, segundo a OMS. Foto: EBC/Eduardo Bovo

No Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, observado em 15 de junho, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil fez um alerta para os riscos e sinais de agressões — físicas e psicológicas — contra a população na terceira idade. Com o aumento do número de idosos no país, agência da ONU vê necessidade de protegê-los contra violações de direitos e de valorizar suas contribuições para a sociedade.

O número de brasileiros e brasileiras com mais de 60 anos superou os 30 milhões em 2017. As mulheres são maioria nesse grupo, 16,9 milhões (56%), enquanto os homens idosos representam 44% — 13,3 milhões. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2031, a quantidade de idosos vai superar a de crianças e adolescentes de até 14 anos.

Segundo o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, a garantia de uma vida saudável, independente e segura na terceira idade começa com investimentos na juventude. “Quando falamos de investir em saúde sexual e reprodutiva, que as mulheres devem ter oportunidade para completar os seus ciclos educativos e assim se engajar no mundo laboral, estamos construindo uma população idosa mais empoderada, mais autônoma e mais capaz de enfrentar os desafios”, avalia o especialista.

A expectativa de vida da população brasileira tem mudado consideravelmente. Segundo o IBGE, nos últimos 50 anos, a taxa aumentou em mais de 18 anos, passando de 56,27 anos em 1964 para 74,68 anos, em 2015.

A professora Leides Moura, da Universidade de Brasília, afirma que a responsabilidade pelo bem-estar dos idosos é da família, estado e sociedade. “O Brasil, sendo um país de desigualdades, mantém os idosos em uma situação de vulnerabilidade à medida que não são oferecidos apoio e condições básicas para que estas pessoas possam ter mobilidade, sociabilidade, segurança e saúde, por exemplo.”

“Além disso, a família e a sociedade corroboram para a cultura de que os idosos são descartáveis socialmente, gerando uma gama de violências”, acrescenta a pesquisadora.

Violência, estigma e bem-estar

O Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, vinculado à Fundação Getúlio Vargas, elencou em 2017 as principais cidades do Brasil onde é possível envelhecer mais dignamente. No topo do ranking das cidades grandes, está Santos, em São Paulo, seguida por Florianópolis e Porto Alegre. Cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura foram alguns dos indicadores avaliados.

São Paulo, porém, é considerado o estado mais violento do país para a população idosa. Dados do Ministério dos Direitos Humanos, colhidos por meio do Disque 100, revelam que em 2017, em todo o Brasil, houve mais de 33 mil denúncias de abusos contra pessoas acima de 60 anos. São Paulo responde por 21,59% dessas denúncias. O estado que apresentou menos casos foi Roraima, com 0,07%. Entre as ocorrências, estão negligência e violência psicológica, física e sexual.

“É importante lembrar que as denúncias devem ser feitas nas delegacias. O Disque 100 é um sistema de informação e aconselhamento que geram bons dados, mas não garante uma proteção. Outra ferramenta importante são as fichas de notificação compulsórias, que devem ser preenchidas nos serviços de saúde”, esclarece Moura.

Os números da Secretaria de Direitos Humanos não refletem o total de casos no Brasil, pois estima-se que a maioria dos crimes não é denunciada por motivos como proximidade com o agressor e afetividade, medo e falta de conhecimento sobre os mecanismos de denúncia.

“As violências em idades avançadas são potencializações de uma série de abusos que as pessoas sofreram durante toda sua vida. Se as relações foram abusivas, estiveram em situação de pobreza, não possuíam acesso à educação, saúde durante a vida, essa pessoa vai ter um envelhecimento com uma série e fragilidades”, ressalta a professora da UnB.

O UNFPA aponta que as agressões podem estar ligadas aos preconceitos sobre os idosos. O envelhecimento é um conceito que tem uma conotação negativa, pois muitas pessoas o interpretam como equivalente à perda das faculdades físicas, risco maior de mortalidade e custos para a saúde.

Jaime Nadal defende que os idosos não devem ser enxergados como uma carga social, mas como uma pessoa que pode dar contribuições bem expressivas para a sociedade.

“À medida que a pessoa idosa é valorizada, as questões que tem a ver com o estigma, com a discriminação e com a violência contra a pessoa idosa deveriam diminuir, mas é preciso reconhecer e valorizar o aporte que a pessoa idosa ainda pode ter na sociedade, que é muito expressivo, considerando os ganhos em longevidade que a sociedade tem experimentado nos últimos anos e que ainda vai continuar experimentando”, afirma o representante do UNFPA.



Agência da ONU inaugura exposição em São Paulo para Dia Mundial do Refugiado

June 18, 2018 12:56, by ONU Brasil

Em celebração ao Dia Mundial do Refugiado, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) inaugura em São Paulo na quarta-feira (20) a exposição fotográfica “Faces do Refúgio”, montada no piso térreo do Conjunto Nacional, um dos centros comerciais mais conhecidos da cidade.

Para marcar a abertura da exposição, que acontece no próprio Dia Mundial do Refugiado, o ACNUR promove a roda de conversa “Refúgio: Uma jornada forçada em busca de um horizonte seguro” às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A exposição e a roda de conversa têm entrada gratuita.

Participarão da conversa Maria Beatriz Nogueira, chefe do escritório do ACNUR em São Paulo; Luiz Pontel de Souza, secretário nacional de Justiça, e Salim Alnazer, refugiado sírio que é farmacêutico e mora no Brasil com sua família desde 2014. A mediação será feita pela jornalista Patrícia Campos Mello, repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo.

“Faces do Refúgio” é uma exposição inédita no Brasil, composta por 52 fotografias feitas pelo ACNUR em diferentes partes do mundo. O público conhecerá as principais crises de deslocamento forçado da atualidade causadas por conflitos em países como Síria, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Mianmar, além de histórias de resiliência de crianças, homens e mulheres que enfrentaram graves violações de direitos humanos e buscam uma oportunidade de reconstruir suas vidas. A curadoria da exposição foi realizada pelo ACNUR em conjunto com o Atelier Vanessa Poitena.

Dados do ACNUR indicam que mais de 65 milhões de pessoas no mundo encontram-se fora dos seus locais de origem devido a guerras, conflitos e perseguições. Um relatório atualizado da agência da ONU será lançado na terça-feira (19), em São Paulo.

De acordo com dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil reconheceu até o final de 2017 um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. Destes, 5.134 continuam no país na condição de refugiado, sendo que 52% moram em São Paulo, 17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná.

Os sírios representam 35% da população refugiada com registro ativo no Brasil. Os demais, que não mantêm a condição de refugiado, podem ter retornado voluntariamente ao seu país de origem por ter recuperado a proteção que antes lhes faltava, ou ainda ter se naturalizado brasileiro, solução duradoura de proteção e integração de um refugiado no país.

A exposição ficará no hall do Conjunto Nacional até 30 de junho.

Serviço

Exposição “Faces do Refúgio”
Abertura: 20 de junho, às 19h
Evento de abertura: “Refúgio: Uma jornada forçada em busca de um horizonte seguro” na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, Avenida Paulista, 2073/ Piso Térreo
Data: de 20 a 30 de junho no Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073/ Piso Térreo, na saída para a Rua Augusta.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado (das 6h às 22h) e aos domingos e feriados (das 10h às 22h).
Classificação indicativa: Livre.
Entrada franca.



OMS lança nova classificação internacional de doenças

June 18, 2018 12:21, by ONU Brasil
Profissionais do Mais Médicos levam serviços de saúde para populações indígenas no Norte do Brasil. Foto: Karina Zambrana

Profissionais do Mais Médicos levam serviços de saúde para populações indígenas no Norte do Brasil. Foto: Karina Zambrana

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira (18) sua nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID 11. Com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, o documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo. A publicação traz uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações em nível global.

Segundo o chefe da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a CID possibilita “entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas”.

“Há mais de uma década em desenvolvimento, a CID-11 oferece melhorias significativas em relação às versões anteriores. Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui um formato que facilita seu uso. Houve um envolvimento sem precedentes de profissionais de saúde, que se juntaram em reuniões colaborativas e submeteram propostas. A equipe da CID na sede da OMS recebeu mais de 10 mil propostas de revisão.”

A CID-11 será apresentada para a adoção pelos países em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde. A entrada em vigor do documento está prevista para 1º de janeiro de 2022. A versão disponibilizada nesta semana é uma pré-visualização que permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.

A publicação é utilizada por seguradoras de saúde que usam a codificação de doenças para definir e garantir reembolsos. Os gestores nacionais de programas de saúde, especialistas em coleta de dados e outros técnicos que determinam a alocação de recursos de saúde também usam amplamente a CID.

Better health data means better #HealthForAll.

The International Classification of Diseases #ICD11 is now available https://t.co/HxH0V4DqwU pic.twitter.com/iepq1QCwxq

— World Health Organization (WHO) (@WHO) 18 de junho de 2018

O documento conta com novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional. Embora milhões de pessoas recorram a esse tipo de cuidado médico, ele nunca havia sido classificado nesse sistema. Outra sessão inédita, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram categorizadas ou descritas de maneiras diferentes — por exemplo, a incongruência de gênero estava incluída em condições de saúde mental. O distúrbio dos jogos eletrônicos foi adicionado à seção de transtornos que podem causar adicção.

A 11ª versão da CID reflete o progresso da medicina e os avanços na pequisa científica. Os códigos relativos à resistência antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de vigilância sobre o tema, o GLASS. As recomendações da publicação também refletem, com mais precisão, os dados sobre segurança na assistência à saúde. Isso significa que situações desnecessárias com risco de prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros em hospitais – podem ser identificadas e reduzidas.

“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem os problemas (de saúde) de forma mais fácil e completa”, afirma Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS.



Santa Catarina e 12 cidades do estado aderem a compromisso da ONU pelo fim da AIDS até 2030

June 18, 2018 11:38, by ONU Brasil
Representantes do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, UNAIDS e dos 12 municípios que aderiram à Declaração de Paris em cerimônia de assinatura do compromisso das Nações Unidas. Foto: UNAIDS

Representantes do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, UNAIDS e dos 12 municípios que aderiram à Declaração de Paris em cerimônia de assinatura do compromisso das Nações Unidas. Foto: UNAIDS

O governo de Santa Catarina e 12 cidades do estado assinaram na quarta-feira (13), em Florianópolis, a Declaração de Paris. Lançado na capital francesa em 2014 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o documento convoca municípios a acelerar a resposta à epidemia, para pôr fim à AIDS como ameaça de saúde pública até 2030.

Os novos signatários unem-se a outras 30 cidades brasileiras, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, que aderiram ao compromisso em anos anteriores. Juntos, estados e municípios respondem por uma população de mais de 47 milhões de brasileiros.

Santa Catarina é um dos estados mais afetados pela epidemia de AIDS no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde de 2016, a taxa de detecção de AIDS na unidade federativa é de 29,2 casos para cada 100 mil habitantes. No país, o índice médio é de 18,5 para cada 100 mil habitantes.

Dados de 2016 do Ministério da Saúde mostram que os 12 municípios catarinenses que assinaram a Declaração de Paris também apresentam taxas de detecção de casos de AIDS superiores à média nacional. São eles Balneário Camboriú (66,8), Itajaí (64,1), Florianópolis (61,5), São José (58,5), Palhoça (51,4), Criciúma (39,2), Lages (33,4), Jaraguá do Sul (29,3), Blumenau (29,1), Joinville (28,8), Chapecó (23,4) e Brusque (23,1). O coeficiente de mortalidade em decorrência da AIDS no estado e nas 12 cidades (7,6/100 mil hab.) é mais alto do que a média nacional (6,0/100 mil hab.).

A documento da ONU estabelece o compromisso com as metas de tratamento 90-90-90. Os objetivos determinam que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; que dessas, 90% estejam em tratamento; e que 90% dos indivíduos seguindo a terapia tenham carga viral indetectável. Os prefeitos também devem colocar as pessoas no centro das ações e enfrentar as causas do risco, das vulnerabilidades e da transmissão do HIV em suas localidades.

A cerimônia de assinatura foi realizada durante o Congresso de Prefeitos da Federação Catarinense de Municípios (FECAM), no Centro de Convenções de Florianópolis (CentroSul), e contou com a presença da diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, da diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, e do secretário estadual de Saúde, Acélio Casagrande.

“As metas são ambiciosas, mas com o apoio do governo federal, do governo estadual e da ONU, através do UNAIDS, podemos alcançá-las. Esta é uma nova abordagem: além de focar nos países, a ONU agora também trabalha com quem está na ponta, com os municípios”, afirmou Braga-Orillard.

Em 2015, o DIAHV do Ministério da Saúde criou a Cooperação Interfederativa entre o Executivo de Santa Catarina, o governo Federal e os 12 municípios catarinenses, considerados estratégicos para iniciativas de prevenção e de promoção do diagnóstico. O grupo de cidades apresentava as taxas mais altas de detecção de casos de AIDS no estado.

“Essa assinatura de hoje acontece no âmbito da renovação do compromisso de Santa Catarina e dos 12 municípios prioritários dentro das ações da Interfederativa, que envolvem as três esferas do poder público: governo federal, estado e municípios. Nosso desejo é construir essa resposta conjunta pelo fim da epidemia de AIDS”, explicou Benzaken. “E eu espero que este seja também o desejo de vocês, de colocar estes temas tão importantes na agenda política dos municípios.”

Acélio Casagrande lembrou que “há 35 anos se fala de HIV”. “Se tivéssemos feito desde o início esse trabalho tripartite envolvendo governos federal, estadual e municipal, não teríamos as taxas que temos hoje”, disse o chefe da pasta estadual.

Segundo o gestor, “é no município que a ação acontece”. “Precisamos integrar todos esses níveis e também integrar a comunidade se quisermos ter sucesso na resposta ao HIV e no alcance das metas para acabar com a epidemia de AIDS até 2030”, acrescentou.

Casagrande explicou que os pilares da resposta no estado serão “a informação, a prevenção e, a partir da consciência com relação à testagem, o início imediato do tratamento, a fim de reduzir a carga viral e a possibilidade de transmissão”. “Santa Catarina assume este compromisso e contará com a integração dos níveis de atenção hospitalar, de policlínicas, de UPAs e da atenção primária para alcançarmos indicadores positivos”, completou o secretário.



UNESCO realiza seminário online sobre igualdade de gênero na educação

June 15, 2018 18:39, by ONU Brasil
Menina em sala de aula na Guatemala. Na América Latina e no Caribe, mais de 78% das mulheres com emprego ocupam postos de setores da economia considerados de baixa produtividade. Foto: Banco Mundial/Maria FleischmannMenina em sala de aula na Guatemala. Na América Latina e no Caribe, mais de 78% das mulheres com emprego ocupam postos de setores da economia considerados de baixa produtividade. Foto: Banco Mundial/Maria Fleischmann

Menina em sala de aula na Guatemala. Foto: Banco Mundial/Maria Fleischmann

A UNESCO no Brasil e a Associação de Jornalistas de Educação (JEDUCA) realizam na terça-feira (19), às 11h, o webinário “Tendências globais da igualdade gênero na Educação”. Evento vai ser transmitido pelo canal da agência da ONU no YouTube — acesse clicando aqui. Na ocasião será lançada a versão em português de um relatório sobre as disparidades entre homens e mulheres na educação.

O debate online terá a participação do diretor da equipe do Relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM), Manos Antoninis, e da coordenadora de Educação da UNESCO no Brasil, Rebeca Otero. Diálogo será mediado pelo editor do site da JEDUCA, Sérgio Pompeu.

Os palestrantes apresentarão os principais resultados do Relatório de Gênero da UNESCO, como por exemplo, o fato de que apenas 44% dos países se comprometeram totalmente com os tratados internacionais sobre a paridade entre homens e mulheres na educação. O levantamento também afirma que 34% das nações não atingiram a igualdade nos primeiros quatro anos do Ensino Fundamental. Nos últimos anos desse nível educacional, o índice sobre para 55%. No Ensino Médio, 75%.

A pesquisa mostra que a desigualdade de gênero, além de se manifestar de forma diferente entre as disciplinas, extrapola os muros da escola. O problema também prejudica o acesso à saúde, saneamento e a posições de liderança na sociedade.

O Relatório de Gênero 2018 faz parte de uma série que começou em 2011 e revisa a questão de gênero a partir dos dados produzidos anualmente pelo Relatório de Monitoramento Global da Educação da UNESCO. Seguindo o tema do último GEM, que aborda a responsabilização para a melhoria da educação, a pesquisa temática defende que todos – de governos a professores, de comunidades a famílias – têm um papel a desempenhar na eliminação das desigualdades entre meninos e meninas.

O Relatório foi produzido com o apoio da UNGEI (sigla em inglês da Iniciativa das Nações Unidas sobre Educação de Meninas) e avalia as causas do lento progresso rumo à igualdade de gênero na educação.

Cobrando leis e políticas para reverter o atual cenário, o estudo lembra os compromissos dos países junto a três tratados internacionais: a Convenção da Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, a Convenção contra a Discriminação na Educação e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

A publicação também convida as pessoas a participarem da campanha de conscientização online #WhosAccountable (ou #Queméresponsável, em tradução livre), liderada pelo Relatório GEM.

Saiba mais sobre os palestrantes

Manos Antoninis é o diretor da equipe independente do Relatório de Monitoramento Global da Educação, publicado pela UNESCO anualmente. Ele entrou para a equipe em 2011. Anteriormente, trabalhou na Oxford Policy Management, uma consultoria de desenvolvimento de políticas públicas. Também já trabalhou como especialista em monitoramento e avaliação no setor de educação em projetos que incluem: uma pesquisa de acompanhamento das despesas públicas e prestação de serviços de ensino secundário em Bangladesh; a avaliação de um projeto de educação básica nas províncias ocidentais da China; a avaliação intermediária da Iniciativa de Aceleração do “Educação para Todos”; o relatório anual de progresso na implementação do Segundo Projeto de Desenvolvimento da Educação Primária em Bangladesh; um programa de capacitação em educação básica em seis estados da Nigéria; a avaliação de um programa de formação de professores no Paquistão; e o estudo de país da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola, na Indonésia. Antoninis é bacharel em Economia Internacional pela Universidade de Economia e Negócios de Atenas e mestre em Economia do Desenvolvimento pela Universidade de Oxford.

Maria Rebeca Otero Gomes é coordenadora de Educação da UNESCO no Brasil desde setembro de 2012. Integra a equipe da UNESCO desde novembro de 2001 no escritório de Brasília. Antes de assumir a coordenação do setor, Rebeca Otero foi responsável por projetos de educação direcionados para as áreas de Educação Profissional, Educação em Saúde e Educação Preventiva em HIV/AIDS, de 2001 a 2012. Também implementou projetos em países de língua portuguesa da África, em parceria com o Escritório Regional da UNESCO para Educação no continente (BREDA). Antes de entrar para a UNESCO, trabalhou na Universidade de Campinas (UNICAMP) e para o Governo Federal do Brasil por 15 anos. Rebeca Otero é mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UNB), com especialização em Saúde Pública pela UNICAMP. Fez curso de aperfeiçoamento em avaliação e planejamento educacional no Institut international de planification de l’éducation (IIEP/UNESCO), em Paris.

Informações para a imprensa
UNESCO no Brasil
Ana Lúcia Guimarães, a.guimaraes(at)unesco.org, (61)2106-3536 ou (61)99966-3287
Fabiana Pullen, f.sousa(at)unesco.org, (61)2106-3596 ou (61)99848-8971



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