Somos Todos Manipulados, Sorriam!
June 27, 2015 13:17Segundo post da Maria Fernanda Arruda, a Resolução 175/13 determina que cartórios brasileiros não podem recusar a “habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo”. A recusa implicará a imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as providências cabíveis.
Porém, naquela data, nenhuma rede digital disponibilizou aplicativo para criar avatar multicolor.
Mas vejam que interessante. No mesmo dia que uma determinada lei é aprovada nos EUA e determinada rede social estimula a colorização do avatar, o tal do Estado Islâmico, criado e financiado pelos EUA, comete uma série de atentados terroristas simultâneos em vários países. Ninguém fala dos atentados. Todo mundo falando da lei norteamericana. Todos nos esquecemos dos massacres cometidos pela Casa Branca, direta ou indiretamente, em vários países do planeta.
Eles são bons na manipulação. Com a era digital a transformaram em global e instantânea.
Conseguem desviar a atenção de zilhões de pessoas e fazer com que elas gratuitamente transformem o debate em questão pessoal ou de gosto ou de opção. Estão zuando com o planeta todo, manipulando todo mundo para tomar-lhes as riquezas.
Se os portugas ludibriaram os índios com espelhinhos e miçangas, agora os gringos ludibriam o mundo com a "comunicação" fácil nas redes digitais.
Ah! Não é o homossexualismo ou o heterossexualismo que estamos debatendo. É a manipulação da qual somos vítimas e que, cegos e viciados, acabamos por defendê-la.
Levantemos o nível do debate. Reconheçamos as próprias limitações e avancemos.
Xingar e desqualificar o oponente, tornar o debate pessoal, demonstra o nosso despreparo e intolerância.
Não repitamos os reaças e não façamos o jogo dos imperiais manipuladores.
Quem disse que Moisés era branco?
June 9, 2015 22:34Olá, gente!
Faz algum tempo que não passo por aqui, mas hoje resolvi escrever pois presenciei uma cena do caralho agora pouco.
Estava no restaurante de um supermercado da zona sul carioca. Sim! Pasmem! Tem um restaurantezinho dentro do supermercado, a preços populares, em plena zona sul dos coxinhas cariocas.
Um cidadão de nome Moisés é chamado pela garçonete. Uma, duas, três vezes. Ele, lentamente, se aproxima do balcão e diz:
- O Moisés da Bíblia é branco, mas esse aqui é moreno.
A garçonete vira pra ele, na lata:
- 1°, o senhor é negro e deveria se orgulhar disso.
- 2°, quem disse pro senhor que moisés era branco. Isso é o que nos meteram na cabeça, mas no Egito ninguém era branco. nem em israel.
Apoiei a garçonete, parabenizei-a, feliz em ver que nosso povo, a seu modo, vai tomando consciência das coisas. Independentemente da globo e dos felicianos e malafaias da vida.
Ganhei o dia com essa.
É por essas e outras que a elite de Ipanela, Higienópolisnela, Batelnela, Bigorrilhenela e de outros tantos bairros de abestados batedores de panela pelo Brasil afora, tem tanto ódio da gente, do povão.
Eles não nos querem pensantes.
Não nos querems cidadãos. Autônomos. Fortes. Altivos.
Não nos querem Sabedores de nossos Direitos.
Mas o bonde da história é maior e mais poderoso que a ignorância dessa gente que se pensa elite.
E viva o povo brasileiro!
10º Fórum de Governança da Internet (IGF) será em João Pessoa, PB
June 4, 2015 15:57A Paraíba vai sediar a 10ª Reunião Anual do IGF – Internet Governance Forum, evento patrocinado pela ONU – Organização das Nações Unidas.
O evento está programado para acontecer em João Pessoa, de 10 a 13 de novembro 2015. A informação foi confirmada pelo presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba, Claudio Benedito Silva Furtado, que participou do 9º Internet Governance Forum, realizado em Istambul, na Turquia, de 2 a 5 de setembro de 2014, representando o estado da Paraíba.
Indústria e Desenvolvimento
May 31, 2015 23:09Por Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
Há um certo tipo de crescimento econômico que permite transformações sociais e políticas para se promover desenvolvimento. É o crescimento que tem capacidade para produzir bem-estar social e qualidade de vida para todos, no contexto do desafio da sustentabilidade ambiental. Como uma das maiores economias do planeta entra na trajetória de crescimento econômico? Como esse crescimento ganha a qualidade distributiva requerida para o desenvolvimento?
O enfretamento dessas questões é urgente e requer qualidade no debate público. É complexo articular o desenvolvimento produtivo de um país continental como o Brasil, mas isso dever ser feito com: (a) a mobilização da população para fazer da base material um ativo de bem-estar, promovendo capacidade cognitiva que, aplicada em tecnologia e inovação, agregue qualidade à vida e; (b) uma indústria capaz de transformar a base material, recuperando, preservando e atuando pela sustentabilidade do meio ambiente.
São os processos industriais que mobilizam o trabalho e geram tecnologias e inovações que transformam a base material em riqueza agregada de valor. A sociabilidade da vida moderna é resultado das mudanças que o sistema industrial engendrou na divisão do trabalho, na produção do espaço urbano e no extraordinário incremento da produtividade geral da economia. O comércio vende os itens produzidos pela indústria e os serviços incorporam esses produtos na execução de suas atividades. Enfim, sem indústria, não há o tipo de crescimento de que precisamos para o desenvolvimento.
Por isso, é urgente estabelecer as conexões significativas entre a politica macroeconômica e as fontes que articulam e dinamizam as frentes de expansão econômica. Essa conexão deve visar simultaneamente à qualidade do mercado interno de consumo de massa, com aumento do emprego e melhora nos salários, à participação expressiva das exportações e à ampla reorganização do espaço urbano e rural, mas com qualidade de vida e produção com sustentabilidade ambiental.
Por isso, a política econômica deve mobilizar um processo de desenvolvimento industrial e produtivo, para o qual concorrem, entre outros: (a) uma política cambial que protege a indústria tecnologicamente competitiva; (b) a redução dos juros e a reorganização da dívida pública; (c) a criação de mecanismos privados de financiamento de longo prazo; (d) a desindexação dos contratos e preços; (d) a simplificação tributária; (e) a desoneração do investimento e das exportações; (f) o investimento em infraestrutura econômica e social. O ajuste fiscal, desconectado desses elementos, em uma economia debilitada, pode agravar todos os problemas e comprometer inclusive as metas do próprio ajuste.
Ademais, é necessário participar da terceira e da quarta revolução industrial em curso, incorporando conhecimento aos processos produtivos e atualizando o parque fabril tecnologicamente atrasado e; mobilizando radical mudança na qualidade da educação para que a capacidade produtiva e gerencial esteja atualizada nas frentes de expansão econômica. É imperioso, por exemplo, diminuir a desigualdade de produtividade entre as grandes e as pequenas e microempresas.
É necessário fazer escolhas inteligentes, a partir do debate político, que orientem o desenvolvimento econômico para o aumento da produtividade, dos salários, da qualidade do emprego e diante da vantagem comparativa de uma demanda interna que anima a capacidade produtiva aqui instalada. Essas escolhas precisam ser feitas já, operadas e implantadas agora, o que exige algum tipo de coalização social para criar a força politica capaz de mobilizar e implantar uma agenda de desenvolvimento assentada no incremento e na partilha dos ganhos de produtividade.