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Blog do Bertoni

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
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Putin ordena que chefes da espionagem da Rússia encontrem os mandantes do assassinato do embaixador na Turquia

20 de Dezembro de 2016, 17:54, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Logo após o assassinato de Andrey Karlov, embaixador russo na Turquia, o presidente russo Vladimir Putin convocou uma reunião urgente de seus principais assessores de política externa e de inteligência.

O encontro aconteceu ontem, 19 de dezembro de 2016, no Kremlin, e contou com a presença de Putin, presidente russo, Seguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, Sergey Naryshkin, chefe da SVR (Serviço de Espionagem Exterior) e Alexander Bortnikov, chefe da FSB (Serviço Federal de Segurança Nacional).

A nota publicada pelo Kremlin após a reunião dá uma idéia de qual será a resposta imediata da Rússia ao assassinato do embaixador:

Este crime é inegavelmente uma provocação destinada a desestabilizar a normalização das relações russo-turcas e o processo de paz na Síria, que é ativamente promovido pela Rússia, Turquia, Irã e outros países interessados ​​na resolução do conflito interno na Síria.

Só pode haver uma resposta - intensificar a luta contra o terrorismo.

O Comitê de Investigação da Rússia já iniciou a investigação do assassinato e foi encarregado de formar um grupo de trabalho que irá prontamente para Ancara participar das investigações deste crime, juntamente com parceiros turcos. Devemos descobrir quem dirigiu a mão do assassino.

A segurança deve ser reforçada nas missões diplomáticas russas na Turquia, na embaixada e em outras missões. O lado turco deve fornecer garantias de segurança nos escritórios diplomáticos russos, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

O conteúdo da nota marca a diferença entre a maneira como os russos lidam com esses tipos de atentados terroristas e como certos países ocidentais - principalmente os EUA e Israel - o fazem.

A resposta clássica ocidental a um assassinato desse tipo é a ação militar.

Em 1982, Israel usou uma tentativa de assassinato de Shlomo Argov, o embaixador de Israel na Grã-Bretanha, como pretexto para iniciar a invasão do Líbano, onde pretendia destruir a OLP (Organização de Libertação da Palestina).

Em 1986, os EUA bombardeando a Líbia como resposta ao assassinato de dois militares norteamericanos, mortos durante um ataque à discoteca La Belle, em Berlim Ocidental.

Em 2001, os EUA responderam aos ataques terroristas de 11 de Setembro invadindo o Afeganistão e depois destruindo o Iraque.

Em novembro de 2015, a França respondeu aos ataques em Paris bombardeando Raqqa.

Em 2016, os russos tratam os ataques deste tipo como uma "provocação" destinados a desestabilizar a perseguição de seus objetivos ("a normalização das relações russo-turcas e o processo de paz na Síria").

A partir do momento em que classificam o ataque como uma "provocação", passam a ter cuidado para não serem provocados a fazer o que eles acreditam que os terroristas querem que eles façam.

Diferentemente de Angela Merkel, a chefona alemã, que se apressou em qualificar o atropelamento de uma feira natalina por um caminhão (ocorrido em Berlim na mesma data) como um atentado terrorista sem ainda ter provas para tanto, os russos abrem uma investigação do crime cometido contra seu embaixador.

Descarta-se, portanto, uma resposta militar neste primeiro momento.

Para surpresa dos analistas internacionais, a resposta do presidente Putin ao assassinato de A. Karlov não foi convocar Serguei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, nem os demais chefes militares do país. Ao contrário, se reuniu com o ministro russo da Relações Exteriores, e os chefes dos serviços de espionagem e segurança da Rússia.

Em vez de identificar o ataque como um ato de guerra (que por sinal é o que legalmente é um assassinato de um embaixador), o presidente Putin classifica como "crime" e como tal deve ser investigado.

Ao invés de culpar os turcos por permitir que isso aconteça em seu território e ameaçá-los com toda sorte de conseqüências terríveis, o presidente russo pede a criação de um "grupo de trabalho" que em conjunto com as autoridades turcas buscarão identificar e localizar os responsáveis pelo assassinato.

Desta forma, a soberania e o orgulho da Turquia são respeitados.

Além dessas medidas, Putin chamou seus chefes de segurança para reforçar a segurança dos diplomatas russos (e sem dúvida de suas famílias) na Turquia.

Embora os comentários de Putin impliquem que a investigação está sendo realizada pelo Comitê de Investigação da Rússia - uma agência policial e de aplicação da lei mais ou menos análoga ao FBI dos EUA, o fato dele se reunir com os chefes dos serviços de espionagem exterior e segurança nacional - Naryshkin e Bortnikov - mostra que, na realidade, são as agências russas de espionagem exterior e segurança nacional  - a SVR e a FSB - a quem se dá a tarefa de localizar quem ordenou o assassinato.

Não descarta-se, contudo, a possibilidade do assassino ter agido sozinho.

Caso se comprove que o assassinato foi resultado de uma conspiração e que outras pessoas participaram de sua preparação e execução, não se deve excluir a possibilidade de uma brutal reação russa.

No entanto, o contraste entre a resposta imediata russa ao assassinato do embaixador e a típica resposta ocidental é impressionante.

Em situações deste tipo, as potências ocidentais (EUA e Israel em especial) usam fuzis e bombas, os russos usam as lupas dos serviços secretos...



Europa pode embarcar na 3ª Guerra Mundial: Embaixador russo assassinado na Turquia

19 de Dezembro de 2016, 17:50, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Andrei Karlov, embaixador da Rússia na Turquia, foi morto por um atirador enquanto visitava uma galeria de arte em Ancara, capital turca, segundo o Ministério das Relações Exteriores russo. Karlov

O responsável pelo ataque gritou "Allahu Akbar" ("Alá é grande"), de acordo com um fotógrafo da agência de notícias AP que estava presente no local. 

O atirador foi morto no local por forças de segurança, de acordo com a imprensa turca. Segundo o site britânico Independent, ele foi identificado pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia como Mevlut Mert Altintas. O atirador tinha 22 anos e trabalhava para uma tropa de choque da polícia de Ancara nos últimos dois anos e meio.

Assassino do embaixador russo O assassinato de Andrei Karlov, nos leva a fazer um paralelo com o fato ocorrido em 28 de junho de 1914, quando o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista iugoslavo Gavrilo Princip, em Sarajevo, na Bósnia, foi o gatilho imediato daquela que viríamos a conhecer como Primeira Guerra Mundial.

Na época as políticas imperialistas das grandes potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro, o Império Otomano, o Império Russo, o Império Britânico, a Terceira República Francesa e a Itália, visavam uma redivisão da riqueza e do poder no mundo, tal qual acontece nestes tristes dias de 2016. A agravante agora é que EUA e Rússia, entre outras potências bélicas, possuem armas nucleares com poder de destruição do planeta em pouquíssimo tempo.

Resta saber se Putin conseguirá reagir corretamente a esta clara provocação das demais potênciais ocidentais e deter os belicistas russos que certamente reivindicarão a vingança ao embaixador morto.

E se conseguir detê-los, por quanto tempo o logrará fazer?

Acaba 2016, acaba, mas não em guerra!



A reconstrução da Chapecoense nunca vai apagar a enorme dor

19 de Dezembro de 2016, 11:06, por Bertoni

Nilo Traesel, antigo presidente do clube brasileiro, é dentista e vive em Portugal há 18 anos. Acredita que a Chape se vai reerguer da tragédia, mas descarta estrelas como RonaldinhoChape 

Nilo Traesel, antigo presidente da Chapecoense, viveu na madrugada de 29 de novembro um autêntico pesadelo quando recebeu a notícia de que o avião que transportava a equipa tinha caído na Colômbia, onde iria defrontar o Atlético Nacional no jogo de ida da final da Copa Sul-Americana. Não podia ser verdade, afinal o clube estava vivendo o momento mais alto da sua história.

Foi em Caldas da Rainha, Portugal, onde vive e trabalha como dentista, que despertou para a dura realidade. "O mais curioso é que sempre tive muito receio de que isto um dia pudesse acontecer. Não tenho explicação para este meu sentimento. Quando era presidente nunca viajava com os jogadores, ia sempre no meu carro, e a primeira coisa que fazia às segundas-feiras de manhã era perguntar se a viagem da equipa tinha corrido bem", contou ao jornal português Diário de Notícias.

A tragédia acabou por ser bem mais dramática, pois 71 dos 77 passageiros a bordo do avião da LaMia morreram. "Perdi 35 amigos que praticamente considerava como irmãos, e não estou falando de jogadores. Ainda não consegui assimilar bem o que aconteceu. Nas últimas semanas estive muito mal, não tinha condições sequer para dirigir", desabafou Nilo Traesel, que está em Portugal há 18 anos.

À distância, Nilo tem-se mantido a par da reconstrução da sua Chapecoense, que na última sexta-feira elegeu Plínio David de Nês como novo presidente do clube. "Ele era o presidente do Conselho Deliberativo e era para ter viajado naquele avião, mas decidiu acompanhar o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, numa viagem a São Paulo, e de lá seguiriam para Medellín", lembra Nilo Traesel, recordando que o amigo Plínio foi um parceiro importante quando liderava o clube: "Fui presidente da Chapecoense em 1995 e 1996 e, na altura, só o patrocínio da empresa dele pagava todos os salários."

Neste processo de reconstrução do clube, muito se tem falado em nomes sonantes para reforçar o plantel, algo que Nilo Traesel nem quer ouvir falar. "O clube precisa de jogadores que querem aparecer e crescer no clube. Falou-se no Ronaldinho Gaúcho, mas sei que não há qualquer interesse... nem de borla. Nem Riquelme nem Kaká... Precisamos de jogadores que sintam a camisa e que queiram crescer na carreira", assumiu, mostrando-se muito otimista em relação ao futuro do clube. "O pessoal da direção não se dobra perante a tragédia. O processo de reconstrução não está a ser difícil. A Chapecoense tem o suporte das empresas da região e tem uma estrutura invejável, apesar de se tratar de um clube pequeno no Brasil", sublinhou.

As promessas de apoio que surgiram nos dias que se seguiram ao acidente "estão a deixar o presidente chateado", pois "foram promessas muito vagas". "Alguns clubes brasileiros ofereceram jogadores, mas só para se livrarem deles e dos seus salários. É muito frustrante. A Chapecoense precisa de carinho e de apoio palpável, não de sentimentalismos", explicou, admitindo que "a reconstrução da Chapecoense nunca vai apagar a enorme dor e a imagem dos caixões no gramado".

Recordar as vítimas como heróis

Nilo Traesel acredita que o clube "vai continuar a crescer", até porque, "além da simpatia mundial após a tragédia, tem também uma base de apoio que vai muito além da cidade de Chapecó ou do estado de Santa Catarina, pois é bastante apoiado nos estados vizinhos do Paraná e do Rio Grande do Sul". Ainda assim, admite que "alguns adeptos não vão tão cedo ao estádio porque aquele gramado está manchado de sangue", por isso considera que é preciso "fazer o luto completo para que tudo regresse à normalidade o mais rapidamente possível".

E a normalidade tem que ver com o regresso dos jogos ao estádio, com a nova época no início do novo ano. "Não devemos fazer da tragédia um drama. É preciso lembrar as vítimas com carinho e recordá-las como heróis", sublinhou.



Rússia: 33 pessoas morreram por ingerirem loção corporal

19 de Dezembro de 2016, 10:53, por Bertoni

Mais de 50 pessoas foram levadas para o hospital em Irkutsk Não beba

As autoridades sanitárias russas anunciaram hoje que pelo menos 33 pessoas morreram em Irkutsk, cidade siberiana, por envenenamento com metanol - uma substância usada como anticongelante - depois de beberem uma loção para o corpo.

As autoridades russas imvestigam o caso e duas pessoas foram detidas. Foram também confiscados mais de 500 litros do líquido tóxico em vários mercados da mesma cidade.

Cinquenta e quatro pessoas foram levadas aos hospitais de Irkutsk - a sexta maior cidade russa, com 1,1 milhões de habitantes -, depois de consumirem a substância tóxica e 33 morreram, de acordo com uma fonte da comissão de investigação.

De acordo com as autoridades, o produto com metanol indicava claramente no rótulo que não devia ser ingerido.

Perfumes baratos e tonificantes faciais com álcool são vendidos na Rússia sem as restrições aplicadas à venda de bebidas alcoólicas. São, em regra, as pessoas mais desfavorecidas que recorrerem àquele tipo de substâncias.



Portas entre Brasil e Portugal já existem, mas precisam ser abertas

19 de Dezembro de 2016, 10:34, por Bertoni

Foto: André Kosters/Lusa

O primeiro-ministro, Antônio Costa, que visitou Minas Gerais e se encontrou com o Governador Fernando Pimentel, afirmou que a boa relação entre o Brasil e Portugal precisa de passar das palavras aos atos.

"Há muitos anos que dizemos que o Brasil é nossa porta de entrada para o Mercosul. No Brasil, também dizem que Portugal é uma porta de entrada para a União Europeia, mas as portas só são úteis quando são utilizadas. Acho que é hora de abrirmos estas portas", disse.

Antônio Costa, que almoçou com o governador mineiro em Belo Horizonte, comentou que o sistema de mobilidade urbana baseado no uso de carros elétricos desenvolvido em parceira por instituições de Portugal e Brasil é um exemplo da relação futura que deve ser perseguida entre os dois países.

"Neste regresso de Brasília a Lisboa fiz questão de fazer uma presença [em Belo Horizonte]. Minas Gerais é o estado [do Brasil] onde a federação industrial deu passos mais significativos para passarmos das palavras aos atos dentro desta ideia de que Portugal é a porta de entrada [do Brasil] na União Europeia. Tais portas já existem, mas precisam ser abertas", salientou.

Num encontro com empresários também na capital de Minas Gerais, o primeiro-ministro lembrou que "As relações econômicas entre Brasil e Portugal intensificaram-se nos últimos anos, mas ainda estão muito aquém do que gostaríamos". Hoje Portugal é o 40.º mercado do Brasil, ocupando o 38.º lugar na lista de seus principais fornecedores. Já o Brasil é o 10.º mercado e o 11.º fornecedor de Portugal.

Fazendo um balanço da sua visita ao Brasil, Antônio Costa enumerou três momentos importantes.

"O primeiro momento foi a cúpula da CPLP, que marcou o regresso do Brasil à linha de frente da CPLP, com a passagem da presidência do bloco [para o Brasil]. Também foi importante porque aprovâmos a estratégia [do bloco] para os próximos 10 anos", referiu, explicando que os outros dois momentos destacados foram uma série de reuniões bilaterais com representantes do governo federal brasileiro e a parceria com o Estado de Minas Gerais nos projetos do carro elétrico.



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