A Casagrande toma de volta o Brasil na mão grande
31 de Agosto de 2016, 17:46 - sem comentários aindaImagem extraída do site http://locale.blogs.sapo.pt
Consumado o ritual do golpe de estado dado em 17 de abril de 2016, quando vergonhosamente a Câmara Federal iniciou o processo de cassação de Dilma sem que esta tivesse cometido crime algum, podemos afirmar que o Brasil repete a tragédia histórica e copia a Rússia.
Nos anos 1990, dois economistas marxistas soviéticos, Boris Rakitskii e Galina Rakitskaya, membros do PCUS e da Academia de Ciências da URSS, diziam que até 1991 na Rússia e na URSS havia "fascismo" e que o período de Ieltsin (1991-1999) era o recreio. Quando Putin assumiu, afirmaram "o recreio acabou".
Pois, o Brasil vai na mesma. De 1500 a 2002 tivemos o país da Casagrande. De 2003 a 2016, o recreio, onde nós da Senzala pudemos descansar do autoritarismo e nos divertir com o sonho de liberdade e ascensão social. Como resultado da votação no circo do senado, bateu o sinal do fim do recreio. Voltamos ao Brasil velho de guerra, o Brasil feudal da Casagrande, gerente de multinacional, predatória e excludente.
Para os legalistas
Jesus Cristo também foi condenado observando-se todas as regras do ritual jurídico de sua época. Ah! e o povo escolheu Barrabás...
Pseudo esquerdistas festejam massacre da Democracia
29 de Agosto de 2016, 17:12Por questões alheias a minha vontade, não tenho conseguido acompanhar o circo armado no senado nacional.
De tempos e tempos dou uma olhada em algumas redes digitais para ver o que estão comentando.
Não me surpreende a galera de direita festejar a derrocada da Democracia, mesmo este arremedo de democracia burguesa que existe neste Brasil Feudal.
Não me surpreende o circo armado pelos meios de comunicação, nem a passividade da classe média, que se cre informada por ler Veja, assistir Jornal Nacional e consumí-los sem nem mesmo entender o que escrevem e falam.
O que realmente espanta é uma certa esquerda, que se pretende revolucionária e intelectual, estar festejando a derrocada de Dilma como se fosse um avanço revolucionário da Classe Trabalhadora.
O governo Dilma para mim sempre foi fraco e medroso. Quem acompanha este blog pôde ler aqui nossas críticas e cobranças aos estrategistas da governabilidade sem povo.
Contudo, nossa posição crítica em relação aos erros políticos cometidos nestes 13 anos de governos democrático-populares, não nos cegam, nem nos fazem raciocionar com o fígado e, muito menos, festejar um golpe imposto pela direita feudal brasileira, conhecida como Casagrande.
Como podem raciocinar com o fígado pessoas que se pretendem estudadas, intelectuais e sabedoras dos destinos da humanidade e das vontades da Classe Trabalhadora?
Como é possível confundir a luta tática e a estratégica?
Por que não admitir seu ódio e assumir que seu grande problema é constatar que um bando de operários montou um partido, o fez crescer e chegar ao governo, coisa que a dita intelectualidade de esquerda nunca logrou com toda sua sapiência?
Sim, o bando de operários e aliados quando no governo cometeu erros, mas fez muito mais pelo Brasil e seu povo que toda a intelectualidade revolucionária que nutre um profundo desprezo pelo Brasil real. O que vale para eles são apenas esquemas traçados em livros escritos lá no norte do planeta. Fora isso nada presta.
O que mais me impressiona nos supostos revolucionários intelectualóides é que eles não são capazes de entender que houve apenas um grande erro na estratégia da governabilidade sem povo. Este erro se chama desmobilização das bases (que começou muito antes da chegada de Lula ao governo em 2003) fruto da falta de investimento no processo de politização das massas. Os revolucos não criticam isso pelo simples fato de que também não praticam trabalho de base e nem colocam seus calçadinhos de grife na lama dos bairros pobres onde vive o povo.
Penumbra
29 de Agosto de 2016, 13:24 - sem comentários aindaNo tribunal da Santa Inquisição Capitalista instalado em Brasília, Dilma é a primeira "bruxa" a ser condenada à fogueira divina do mercado.
Outras serão.
É só o início da trevas.
Estamos na penumbra. Na transição da luz para as trevas.
Como nossos pais: na Senzala do país da Casagrande
29 de Agosto de 2016, 13:15Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais
Como Nossos Pais
Não quero lhe falar
Meu grande amor
Das coisas que aprendi
Nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa
Por isso cuidado, meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado pra nós
Que somos jovens
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço
O seu lábio e a sua voz
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sinto tudo na ferida viva
Do meu coração
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando o vil metal
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
Só quem tentou sabe como dói vencer Satã só com orações
29 de Agosto de 2016, 13:00Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da Santa-Inquisição
Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de Shangri-Lá
O tempo vence toda a ilusão
Agnus Sei
Faces sob o sol, os olhos na cruz
Os heróis do bem prosseguem na brisa da manhã
Vão levar ao reino dos minaretes a paz na ponta dos arietes
A conversão para os infiéis
Para trás ficou a marca da cruz
Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói vencer Satã só com orações
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê anda, ê ora, ê manda, ê mata, responderei não!
Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei, o meu pastor não sabe que eu sei
Da arma oculta na sua mão
Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da Santa-Inquisição
Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de Shangri-Lá
O tempo vence toda a ilusão