Webcam continua a funcionar no Windows 10 mesmo quando desativada pelo dono do computador!
25 de Agosto de 2015, 9:55Mais umas horas e mais uma “descoberta” no Windows 10. De acordo com uma informação publicada no Reddit, o Windows 10 continuar a permitir usar-se a câmara mesmo que esta seja desativada por completo.
Neste caso, a justificativa da Microsoft é porque a câmara será necessária para o novo serviço de autenticação… o Hello. Mas para isso, basta colocar uma mensagem na tela inicial perguntando se o usuário deseja ativar a webcam para o serviço de identificação...
As senhas estão ficando fora de moda?
Depois do anúncio da Yahoo, que pretende revolucionar o conceito de senhas com “senhas a pedido” , a Microsoft anunciou um novo sistema de identificação e autenticação do Windows 10 que recebeu o nome de Windows Hello, um plágio bem safado do nome do sistema de chat online Firefox Hello, criado pelo Fundação Mozilla que permite conversas e videoconferências online sem a necessidade de usar serviços de VoIP, tipo o Skype da Microsoft. Mais uma vez a Microsoft se apropria do conhecimento alheio e semeia a confusão entre os usuários, no mais manjado esquema "dividir para governar".
E falando em governar, vemos que o novo sistema de identificação da Microsoft junta vários sistemas de identificação já usados por orgãos estatais e de espionagem: assinaturas biométricas (ex. íris, face, dedo), que são combinadas com hardware e software para garantir o reconhecimento do usuário e proceder à respectiva autenticação no sistema.
Como esta "nova" funcionalidade necessita da câmara ativa, mesmo que o usuário a desative por completo, a mesma continua funcionando, segundo reporta um usuário do reddit (dioxol-5-yl). Para não ser acusada de “big brother”, a Microsoft disponibiliza essa informação online que pode ser consultada aqui.
If you choose to turn on Windows Hello, it will use your camera to sign you in even if your camera setting is turned off. If Windows Hello is turned off, it can’t access your camera
Alguns usuários já revelaram “medo” e temem que a câmara sirva para espianá-los. No reddit há um outro usuário que revela que, cada vez que reinicia o sistema, o LED da webcam acende… por isso virou a webcam para a parede.
The LED on my webcam was turning on every time I booted up windows 10 and it would stay on no matter what so I turned my webcam around to face the wall. Haven’t bothered checking if it’s still doing that though
Já notou algum comportamento estranho na sua webcam? Fique atento!
Sites de torrent estão banindo usuários de Windows 10!
25 de Agosto de 2015, 9:29Antes de sair correndo atrás da modernidade procure saber o que estão fazendo com tuas informações pessoais
Alguns sites privados de torrent, como é o caso do iTS e do FSC, estão preocupados com os novos Termos de Uso do Windows 10 e estão banindo os seus usuários. A razão para isso seria porque alguns trechos autorizam que a Microsoft monitore os HDs dos usuários em busca de hardwares falsos.
No iTS eles publicaram uma mensagem que explica um pouco melhor as razões que os levaram a tomar essa atitude. Entre os pontos citados estão a revogação de qualquer tipo de proteção de dados pela Microsoft e o fato de eles poderem enviar o conteúdo do disco local de seus usuários para outros, como a empresa anti-pirataria MarkMonitor.
Dessa forma, os membros do site que usam o sistema acabam sendo redirecionados para um vídeo que explica os detalhes e os perigos desses termos. O Windows 10 já teve alguns problemas por compartilhar informações, como o envio de senhas de Wi-Fi para os seus contatos e a gravação de dados do uso do teclado por pessoas que digitam mais cuidadosamente.
Uma das mudanças que é considerada a pior está no consentimento com um documento que cobra o uso de serviços como Cortana, Skype e Xbox Live: "Nós poderemos checar automaticamente a versão do seu software e baixar atualizações ou mudanças de configuração, incluindo aquelas que lhe previnem de acessar aos serviços, jogar jogos falsificados ou usar hardwares não autorizados".
Apesar de ainda não existirem fatos que comprovam que a Microsoft está realmente enviando detalhes dos dados e apps dos seus usuários para análise, isso está deixando muita gente bastante preocupada.
Fonte: Olhar Digital
Destaques desta edição!
O que é um hardware não autorizado? Autorizado por quem? Quem determina isso?
Já não basta mais controlar o software? A Microsoft quer também controlar o hardware que você usa?
Stickers Brasil ocupam o Telegram!
25 de Agosto de 2015, 0:07 - sem comentários aindaOs Stickers Brasil, criados por Higor Juan Bernardino da Play Comunicação, ocupam o Telegram como os mais divertidos e controvertidos personagens da Arte, Cultura, Música e Política brasileiras.
Se você ainda não baixou os stickers em seu celular aqui vai uma mostra do trabalho de Higor, desenvolvido coletivamente a partir de sugestões que ele recebeu via Telegram:
Facebook não é grátis, nem nunca será!
23 de Agosto de 2015, 15:27Artigo sugerido por Meg Thai
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1. No Verão de 2015, o Facebook chegou a 1,49 mil milhões de utilizadores, ou seja, metade da população online do planeta, e para a outra metade há aquele aliciante à entrada da rede: “Facebook: é grátis, e sempre será”. A este ritmo, talvez antes de acabar a água no planeta a rede de Mark Zuckerberg chegue a vários mil milhões. Se isso vai ser bom para o planeta em geral, e a liberdade em particular, depende de como esses milhões usarem o Facebook, mas certamente será bom manter presente que não só o Facebook não é grátis como é amigo do alheio: Zuckerberg não enriqueceu a dar, nem sequer a tirar dos ricos para dar aos pobres, mas a tirar de toda a gente sem distinção de cor, género, credo ou bolsa. Aliás, tirar não é de facto a palavra porque ele não o faz sem permissão, cada um dá o que entende, mesmo que não o entenda, o que em centenas de milhões de casos é muito. Portanto, Zuckerberg é aquele multimilionário que enriqueceu de forma supersónica com as doações de 1,49 mil milhões de pessoas. Uma ideia megalucrativa que mudou a vida do planeta. Por isso é megalucrativa, e por isso não é grátis.
2. Facebook should pay all of us (O Facebook devia pagar a todos nós), escreve esta semana no site da New Yorker Tim Wu, professor de Direito na Universidade de Columbia. Vale a pena ler e partilhar (estou fora da rede há semanas, imagino que muita gente o tenha feito no Facebook). Algumas das sínteses de Wu: o Facebook é um modelo de negócio; o modelo de negócio do Facebook assenta na informação entregue pelos seus utilizadores; os utilizadores do Facebook não têm consciência do valor do que entregam (dados pessoais, fotografas, vídeos, textos, sons), ou de como isso pode ser transformado em dinheiro, alimentando esse e outros negócios, por exemplo publicidade dirigida. E o mais provável é que ainda não tenhamos visto nada. “Uma das razões pelas quais Zuckerberg é tão rico”, escreve Tim Wu, “é que o mercado de capitais parte do princípio de que, em algum momento, ele vai engendrar uma nova forma de extrair lucro de toda a informação que acumulou sobre nós.” Wu acha provável que “a maior inovação do Facebook não seja a rede social em si mas a criação de uma ferramenta que convenceu centenas de milhões de pessoas a entregarem tanto em troca de tão pouco”. O Facebook não é a única rede ou ferramenta que o faz, mas nenhuma outra convenceu tanta gente a dar tanto. Isto só é possível porque uma peça decisiva dessa ferramenta é convencer-nos do contrário, de que temos acesso a tanto por nada. Num universo consumista, anunciar-se como grátis é uma arma poderosa, o utilizador sente-se agradecido, Quando, na verdade, se trata de “uma gigantesca transferência de muitos para poucos” com um risco claro: quanto mais informação as pessoas entregarem, mais vulneráveis ficarão. Wu fala sobretudo de uma vulnerabilidade comercial, mas podia falar de política ou de sexo. Vulnerabilidade a qualquer tipo de intromissão, agressão, exploração. Quem acha que não paga, ou não tem noção do que paga, ou acha que recebe muito em troca de pouco, não fará exigências. E nunca o futuro foi tanto o próximo segundo. Tudo será muito rápido.
O Facebook não só não é grátis como é amigo do alheio:
Zuckerberg enriqueceu a tirar dados de toda a gente sem
distinção de cor, género, credo ou bolsa
3. Resisti a entrar no Facebook até ir morar para o Brasil, em 2010. Como amostra do que se está a passar num lugar, em texto, imagem ou som, pode ser muito versátil, quanto mais, e mais variadas, forem as pessoas que seguimos, e isso aplicou-se tanto a Portugal nos anos brasileiros como se aplica ao Brasil desde que deixei de morar lá, e a todos os lugares onde criamos alguma raiz. Ao longo destes cinco anos, tenho suspendido o meu mural por dias ou meses, conforme preciso para trabalhar. Há mil maneiras de usar o Facebook, algumas mudaram de forma decisiva a pesquisa para textos ou livros, o acesso rápido a fontes, a localização de pessoas nos antípodas, o que é válido nos dois sentidos. Quem usa o Facebook para localizar gente também é facilmente localizável por desconhecidos. Ao longo destes anos houve muitos cruzamentos felizes por tudo isto (os infelizes foram, em geral, comentários que me devia ter abstido de fazer). Mas como uso o Facebook essencialmente para trabalho, o meu mural é totalmente aberto, portanto não publico imagens, sons ou textos de contextos privados, apenas materiais públicos ou que o venham a ser de alguma forma. Há murais fechados, ou mais fechados, que usam a rede como comunicação interna, privada, e muitos outras variantes. Seja como for, para quem trabalha longas horas ao computador, o Facebook facilmente se torna um queimador de tempo viciante. E, conjugado com todo o resto do tempo que passamos online, o mais provável é que esteja a mudar a escrita tal como a entendemos, A morte do romance foi decretada logo que o romance nasceu, mas talvez a questão agora seja como chamar à dispersão narrativa que a dispersão online produz.
4. Acredito na descriminalização de tudo o que só envolve um indivíduo soberano (o consumo de qualquer droga, por exemplo), portanto acredito que entre adição e rejeição cada um saberá como quer (ou não) usar as redes sociais. O Facebook tanto pode ser uma perda de tempo como um instrumento de combate ou a extracção de mais-valia. Se Zuckerberg é a 8ª pessoa mais rica do planeta, há que manter presente de onde essa riqueza vem ao fazer log in. Cada um será tanto mais livre quanto melhor souber o que está a dar, e o limite dessa liberdade é não dar o que não é de cada um: a privacidade de terceiros que não deram (ou não podem dar) permissão para isso.
O golpismo e o lacerdismo vivem e se retroalimentam!
21 de Agosto de 2015, 9:16Carta-testamento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de 1954:
Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
Destaques nossos em negrito marcam que a Casagrande nunca aceitou a libertação dos escravos e quer manter a Senzala onde ela sempre esteve, nos porões, no submundo, na degradação. E para tanto o golpismo e o lacerdismo são os instrumentos da Casagrande para reestabelecer a "ordem" que mantém os privilégios de 1% dos habitantes do Brasil e de seus patrões estrangeiros.