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Blog do Bertoni

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
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Cebolinha não sabe falar, mas diz tudo

24 de Setembro de 2018, 23:05, por Bertoni

Cebolinha elenao



O meu pastor não sabe que eu sei da arma oculta na sua mão

24 de Setembro de 2018, 7:57, por Bertoni

Agnus Sei
João Bosco

Faces sob o sol, os olhos na cruz
Os heróis do bem prosseguem na brisa na manhã
Vão levar ao reino dos minaretes
A paz na ponta dos arietes
A conversão para os infiéis
Para trás ficou a marca da cruz
Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói
Vencer satã só com orações
Á andá pa catarandá que deus tudo vê
Á andá pa catarandá que deus tudo vê
Á anda, ê hora, ê manda, ê mata,
Responderei não!
Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei

Meu profano amor eu prefiro assim
Á nudez sem véus diante da santa-inquisição
Ah, o tribunal não recordará
Dos fugitivos de shangri-lá
O tempo vence toda a ilusão



Voto no programa de governo, não no candidato

23 de Setembro de 2018, 14:01, por Bertoni

Poucos querem politizar o debate eleitoral, pois a ignorância geral interessa a muitos.

Recife 22092018

Desde que me tornei eleitor neste país, meu voto sempre foi no programa de governo e no projeto político que mais se aproximam das necessidades da Classe Trabalhadora. Confesso que, em algumas vezes, votei meio a contragosto no candidato que representava o projeto. Infelizmente, em um dos casos, meus pressentimentos estavam corretos e o projeto não foi honrado.

Voto no projeto, não no candidato.

Não voto em candidato nenhum por medo dos outros candidatos.

Voto no programa de governo e não no medo.

O programa de governo que mais se aproxima de meus desejos, aspirações, consciência e daquilo que considero neessário para a Classe Trabalhadora é o programa da coligação O Povo Feliz de Novo.

Não, não é o programa ideal. Muito menos perfeito. Mas neste momento histórico este programa é o que mais se aproxima daquilo que eu defendo.

Tem pelo menos quatro pontos neste programa de governo que merecem meu apoio:

  • A revogação das medidas de caráter inconstitucional, antinacional ou antipopular editadas pelo atual governo ilegítimo;
  • A defesa da Soberania Nacional;
  • A Democratização das comunicações; e
  • A consolidação na prática do Marco Civil da Internet

Você, caro leitor, pode me perguntar:

- Mas será que o PT e seus aliados cumprirão o plano de governo registrado?

E eu te respondo com toda tranquilidade:

- Isso vai depender da organização e mobilização popular e da Classe Trabalhadora, exigindo que o PT cumpra o programa e vá além do ali proposto em defesa dos direitos do povo trabalhador. Sem mobilização e organização nada acontece, nada cai do céu!

Agora, se você pretende votar em outro candidato, em outro projeto eu lhe peço encarecidamente que não invente desculpas, nem pose de progressista, nem faça malabarismo comunicacional, usando a teoria do medo para justificar seu voto. Assuma-o pelas qualidades do projeto que seu candidato representa.

Não despolitize o debate. Qualifique-o.

Clique no link plano-de-governo_haddad-13_capas-1.pdf e baixe o programa de governo da coligação O Povo Feliz de Novo



Rê Bordosa voltou só pra avisar: #elenão

22 de Setembro de 2018, 10:16, por Bertoni

Rê bordosa, o retorno



Os mais pobres já perceberam que os bancos e as grandes empresas são inimigos das suas esperanças de vidas melhores

16 de Setembro de 2018, 17:17, por Bertoni

O neoliberalismo decretou o fim do caminho do meio

Por João Sicsú

Maklay62 / Creative Commons / PixabayMala de dinheiro

A política poderia ser jogada em clima ameno. Mas, isso não acontece. O Brasil e outros tantos países vivem uma conjuntura política de ânimos acirrados. A divisão existente veio de longe. Chegou pelas mãos da elite, penetrou em frações das classes médias e alcançou os trabalhadores e os mais pobres.

Após a Segunda Guerra Mundial, a socialdemocracia europeia foi a mais hábil articulação política que conseguiu harmonizar os interesses dos capitalistas e dos trabalhadores. Sob a hegemonia da socialdemocracia predominou a tolerância, a disputa leal e onde os derrotados reconheciam a vitória dos vencedores.

Nos anos 1990, entrou em cena uma nova articulação política: o neoliberalismo. Essa é uma corrente de pensamento que representa os interesses do sistema financeiro e das multinacionais (particularmente aquelas que estão voltadas para a exploração dos recursos naturais ou interessadas em grandes negócios). O neoliberalismo é o representante político dos agentes que operam grandes transações econômicas no plano internacional.

O neoliberalismo é uma corrente que, há quase três décadas, age em diferentes dimensões da vida visando a hegemonia cultural de suas ideias. Busca penetrar em mentes e corações da mídia, do poder judiciário, dos governos e partidos (sejam de esquerda, de centro ou de direita). Busca penetrar na cabeça de cada cidadão, estimulando o individualismo, a concorrência acirrada entre diferentes e a meritocracia com desigualdade de oportunidades.

Na América Latina, o neoliberalismo teve sucesso eleitoral nos anos 1990. Naquela década, seus interesses ainda não eram conhecidos pelas sociedades onde chegou. Privatizou empresas, desnacionalizou economias, promoveu a globalização financeira, provocou desemprego e fez aumentar a miséria.

Diante de tanto estrago que provocou, nos anos 2000, foi derrotado nas urnas. A centro-esquerda venceu e tentou reviver a harmonia entre capital e trabalho ensinada pela socialdemocracia europeia. Além disso, a centro-esquerda tentou estancar as perdas dos anos 1990 e promover avanços. Foi relativamente bem-sucedida.

O neoliberalismo não desistiu. Sofria derrotas eleitorais sucessivas, mas não desarticulou o seu núcleo operacional e de ideias. Mesmo derrotado, penetrou nos governos de centro-esquerda e intensificou o embate oposicionista. Em paralelo, penetrava nas diversas frentes: mídia, judiciário e legislativo.

Nos anos 2010, o neoliberalismo impôs um limite à centro-esquerda. Era a hora do assalto ao poder. Contudo, tal tarefa não é trivial em um contexto de democracia. Foi preciso distorcer o sistema para que pudesse alcançar os governos. Monopolizou as mídias, capturou os judiciários e os legislativos, mobilizou segmentos das classes médias e deu golpes onde foi necessário.

O neoliberalismo não aceita mais meias propostas ou fatias de governos. Não aceita apenas a presidência de bancos centrais ou postos nos ministérios da economia. Não aceita mais privatizar parte das empresas. Têm que ser todas. Não aceita mais que o Estado ofereça bons serviços de educação e saúde. Tudo deve ser ofertado pelo setor privado. A vida do cidadão comum deve ser transformada em todas as suas dimensões em fonte de lucro permanente.

Nos dias de hoje, embora seja um elemento de disputa política permanente, os trabalhadores e os mais pobres tendem a rejeitar integralmente o projeto neoliberal. Esse é um movimento que mudou, é novo. Na década passada, o caminho do meio, do centro, da conciliação, era visto com bons olhos pela maioria dos trabalhadores e também era um espaço a ser ocupado pelos neoliberais.

O neoliberalismo não aceita mais o caminho do meio. Do outro lado, os trabalhadores e os mais pobres, especialmente as suas camadas mais conscientes, já perceberam que não existem possibilidades de conciliação com o projeto neoliberal. Eles já perceberam que os bancos, as grandes empresas multinacionais e os governos que representam os seus interesses são inimigos das suas esperanças de vidas melhores.

O momento histórico atual está polarizado no plano político e econômico (e em outras dimensões da vida) pelos extremos. A direita está associada ao grande capital financeiro e ao capital explorador de riquezas naturais e de megas transações internacionais.

A esquerda pode representar a rejeição plena ao neoliberalismo e as esperanças de dias melhores para os trabalhadores. Não existe mais o caminho do meio. Quem for para esta posição, candidatos ou correntes políticas, nada representará e perderá o que tem, seja de direita, seja de esquerda.

A esquerda, se deseja vencer (processos eleitorais) ou acumular forças para hegemonizar as sociedades com suas ideias, tem que ir para esquerda, e lá deve se manter, com coragem e ousadia. Mas sem perder a ternura, isto é, o equilíbrio.

É preciso, por exemplo, construir sistemas tributários socialmente justos, onde os ricos paguem impostos, mas a atividade empresarial que gera empregos não pode ser sufocada por impostos.

Outro exemplo: é preciso enfrentar as regras fiscais que limitam que governantes possam governar. Contudo, é preciso administrar as finanças públicas com responsabilidade. Mas isso é obvio. A responsabilidade não deve ser um atributo apenas para as questões fiscais. Se assim for, aliás como tem sido, é porque há interesses envolvidos para canalizar as finanças públicas para segmentos específicos. A responsabilidade dos governantes e da sociedade deve envolver todas as dimensões da vida.

Esses são apenas dois exemplos da radicalidade que deve ser trilhada com o óbvio equilíbrio necessário. Enfim, nos dias atuais o caminho do meio é o caminho do abismo. Quem correr para o centro vai desaparecer. Quem correr para defender as suas propostas nas suas formas genuínas (direita ou esquerda) aparecerá com nitidez. Esses atenderão as demandas atuais. Quem tiver do lado da maioria, por óbvio, vencerá. A maioria é formada pelos trabalhadores e os mais pobres.

Fonte: CartaCapital



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