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Blog do Bertoni

April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | 1 person following this article.
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Perigo: O futuro do país nas mãos do congresso

March 13, 2016 10:58, by Bertoni - 0no comments yet

Por José Sérgio Gabrielli de Azevedo

A decisão do Senado favorável à mudança no marco regulatório do petróleo torna ainda mais urgente o debate sobre a importância do pré-sal para a economia brasileira e o papel da Petrobras nos futuros leilões. Trata-se de uma política de Estado que transcende qualquer disputa entre governo e oposição.

Bandeira.brasil.petroleo
Preocupantemente, o resultado da votação entre os senadores espelha o argumento, cada vez mais propalado pela mídia após o avanço da Lava Jato, de que a Petrobras não tem mais condições de ser a operadora única do pré-sal. Por isso, segundo tal visão, é preciso acelerar os novos leilões para atrair grandes players internacionais.

O argumento não para em pé por várias razões. A primeira é que o Brasil não precisa de novos leilões no curto prazo. O país ostenta hoje o segundo maior crescimento mundial em produção de petróleo estimado até 2020. A Petrobras tem 14,6 anos de produção garantida com suas atuais reservas. Acelerar as descobertas no novo pré-sal com inclusão de novas reservas não é uma necessidade de curto prazo.

A segunda razão diz respeito ao papel da Petrobras e seu fôlego financeiro. Não resta dúvida quanto à capacidade tecnológica e operacional da empresa, que já ultrapassou o pico de produção de mais de 1 milhão de barris por dia no pré-sal. A produtividade de seus poços, a rapidez da perfuração e a otimização da infraestrutura garantem uma produção economicamente viável.

Já a questão financeira é, sobretudo, uma crise de financiamento de curto prazo, já superada para 2016. Exigiu da companhia um plano de corte de investimentos, agora concentrados na excelência da exploração das atuais reservas.

Hoje, de fato, a Petrobras não teria como se comprometer com investimentos de no mínimo 30% em novas áreas leiloadas. Rever seu papel como operadora única, entretanto, só faria sentido se o país necessitasse de novas reservas no curto prazo, o que não ocorre.

A terceira razão diz respeito à cadeia produtiva nacional. Não é conveniente, também sob essa ótica, que o país acelere a produção do novo pré-sal enquanto sua indústria não pode ser uma grande fornecedora de equipamentos e serviços.

Com as refinarias em plena capacidade e sem planos para a construção de novas, todo o acréscimo de produção no Brasil será destinado às exportações. Isso aumenta a intensidade da "maldição do petróleo", com a chamada "doença holandesa" que destrói a capacidade produtiva nacional por meio do acelerado crescimento das exportações, das pressões no câmbio e da inundação de importações.

Em 2010, os congressistas foram sábios ao definir que o ritmo dos leilões para contratos de partilha de produção seria estabelecido pelo presidente da República, ouvido o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que, por seu turno, deveria observar "a política energética, o desenvolvimento e a capacidade da indústria nacional para o fornecimento de bens e serviços".

O marco regulatório, portanto, não prioriza apenas a Petrobras mas sim a indústria brasileira. Mudar a legislação, como propõe o senador José Serra, atenderá apenas aos interesses das grandes petrolíferas privadas globais que, hoje, buscam acesso a novos recursos para exploração futura.

O debate na sociedade sobre o novo pré-sal e o marco regulatório tem de ser amplo e desassociado das emoções e manchetes provocadas pela Lava Jato, sob o risco de o Congresso legislar e tomar uma decisão que instalará no país um neocolonialismo extrativista, penalizando toda a cadeia industrial brasileira.

José Sérgio Gabrielli de Azevedo, 66, é professor titular aposentado pela UFBA - Universidade Federal da Bahia. Foi presidente da Petrobras (2005-2012)



PM do Rio agride petroleiros em frente à sede da Petrobras na Rua do Senado

March 8, 2016 9:45, by Bertoni - 0no comments yet

Por Vagner Carneiro, no Telegram

Ato em Defesa da Petrobrás e contra a entrega dos campos terrestres à iniciativa privada, na sede da Diretoria e Conselho de Administração da maior empresa do Brasil.

Hoje, o Edifício Senado foi palco da truculência da nova gestão da Petrobrás, capitaneada pelo seu atual presidente Aldemir Vendine e pela diretora de E&P, Solange Guedes.

Em um ato pacífico promovido pelos Sindicatos dos Petroleiros da BA, ES, SE/AL, RN, CE, Caxias, NF e RJ, FUP e FNP, a gestão da Petrobrás usa alguns da Polícia Militar do RJ, que deveria fazer segurança pública, para barrar a entrada e agredir dirigentes sindicais Petroleiros.

Uma verdadeira vergonha!

Veja você esse absurdo!


Pré-sal à venda!

March 1, 2016 16:13, by Bertoni - 0no comments yet



O Polaco Doido tem razão!

February 27, 2016 17:05, by Bertoni - 0no comments yet

Há tempos tenho a impressão que a onda fascista cresce devido ao medo que temos de defender nossas convicções e por nossa perplexidade diante de toda a falta de criatividade e crise ideológica vivida pela esquerda.

Lula's presidential inauguration, 2007 Fui cortar minhas belas madeixas em um "Beauty Center" de um Shopping Center, já que o barbeiro que há anos cuida de meus cabelos lá agora trabalha. Nestes últimos 12 anos ele subiu na vida e agora trabalha em um Salão "xike no úrtimo" num antro burguês.

Ao sentar na cadeira, conhecendo minhas opções políticas e de vida, ele foi logo me alertando:

- A coisa tá brava aqui hoje.

Confesso que de cara não entendi o recado, mas não demorou muito para enteder o que ele queria me dizer.

O barbeiro ao lado, um cidadão mestiço, conversava animadamente com seu cliente, também mestiço. E dá-lhe pau no PT, dá-lhe pau na Dilma, dá-lhe pau no Lula.

Meu saco tava que não guentava mais, mas cometi o erro que sempre cometemos que é deixar os papagaios de pirata repetirem as asneiras que a imprensa escrita, falada e televisionada grita todos os dias. Contudo, meu cagaço durou até o momento que o mestiço paranaense, soltou a asneira mor:

- Quem votou no Lula aqui no salão? Você sabe? perguntou ele ao seu cliente.

O cara ali sentado começou a chutar nomes, divertindo-se com sua própria ignorância e preconceitos.

- Quem você acha que podia ter feito isso? Quem? Quem tem cara de nordestino aqui? - reforçou o barbeiro.

Foi a gota d'água. Me virei ao cidadão e em alto e bom som:

- Eu votei no Lula, votei na Dilma e exijo que respeite o meu voto e pare de falar asneiras, repetidas daquilo que você vê na Globo e lê na Veja.

- Ei, estou conversando com meu cliente aqui. Foi a resposta do barbeiro.

- Se quer falar besteiras para seu cliente o faça no seu ouvido e não gritando para que todo o salão escute, pois não sou obrigado a ouvir este nível de coisa aqui.

- Você me respeite, eu estou no meu lugar aqui, disse o barbeiro.

- Ok, desde que você respeite o meu voto e o de milhões de brasileiros pobres que foram beneficiados pelos governos federais a partir de 2003 e que inclusive hoje podem vir aqui neste salão garantir o seu lugar de trabalho.

- Ei, aqui não tem moleque.

- Por isso mesmo, pare de repetir besteiras e respeite a inteligência das pessoas que aqui estão.

Para minha surpresa, o machão protofacista baixou a bola e, literalmente, passou a falar sobre futebol com seu cliente.

Os direitistas que estavam no salão também pararam de falar sobre política.

Então, cresci para cima dos caras me dirigindo ao meu barbeiro:

- Pois veja você como as coisas são. As pessoas não se dão conta das besteiras que a Globo diz, não entendem que a Globo está defendendo o seu. Aliás, isso aqui parece uma daqueles ditaduras chinfrim onde só há um canal de tv reproduzindo uma única opinião. Veja você, todos os aparelhos de TV do salão estão sincronizados na Globo como se não houvesse outra fonte de informação ou outro canal de TV neste país. Uma ditadura privada!

Silenciosamente, um dos barbeiros, que acompanhava com interesse o bate-boca, foi lá e trocou o canal para uma partida de futebol.

Ao lavar as madeixas que restaram o meu barbeiro dispara:

- Viu que ninguém mais falou de política?

Aí lembrei do post do Polaco Doido, vulgo Luiz Skora, e soltei:

- Pois é, todo leitor de Veja é cuzão.

Ao me dirigir à saída do salão, feliz com minha performance e de cabeça erguida por defender, não o governo, Lula ou Dilma, mas sim minhas convicções políticas e de vida, cruzei com o barbeiro proto-fascista do início desta conversa. Este ao me ver, baixou a cabeça e seguiu silenciosmente para o seu lugar.

Realmente, o Polaco Doido tem razão. Estes caras não tem argumentos nem coragem para defender as merdas que leem na Veja e veem na Globo. As repetem sem pensar.

O que está faltando mesmo é a galera vermelha perder o medo e defender suas convicções seja no busão, nas escolas, nas fábricas, no bairros, nas vilas e favelas e até mesmo em antros burgueses e proto-fascistas.

Leia também: O leitor da veja é, antes de tudo, um cuzão.



Petrobras, dona e operadora única do pré-sal

February 25, 2016 18:28, by Bertoni

Por Roberto Requião

Venho ainda mais uma vez – e não me cansarei de retornar- para defender a Petrobrás como proprietária e operadora única do pré-sal. Arrolo para o debate seis argumentos que considero irrefutáveis e peço que as senhoras e senhores senadores ouçam com atenção o que tenho a dizer, reflitam, ponderem e decidam a favor do Brasil.

Primeiro: Este é o pior momento para se vender uma grande reserva de petróleo extraído a baixo custo. Os preços do petróleo estão sendo mantidos artificialmente baixos por uma jogada geopolítica dos Estados Unidos e de alguns países do Golfo para controlar as reservas internacionais do combustível.

Isso é mais velho que o processo que formou as jazidas de petróleo. É o famosíssimo dumping. Baixam artificialmente os preços para tomar as empresas e as riquezas petrolíferas dos países e das empresas mais fracos.

No entanto, em breve, os preços do petróleo retomarão o seu curso normal -em torno de 80 dólares o barril- e o petróleo será novamente uma grande fonte de lucros.

Daí que as superpotências e magnatas do petróleo estão de olho no pré-Sal,porque a Petrobras consegue manter alta lucratividade com a extração do óleo dessa camada, mesmo com os atuais preços do petróleo. Tão claro assim, tão simples assim.

Segundo. Sem o Pré-Sal a Petrobras entraria em falência.

A Petrobras está financeiramente bem, apesar do alto endividamento, porque está obtendo lucros operacionais graças ao pré-sal. Em contraposição, todas as petroleiras mundiais estão com alto endividamento e com dificuldades financeiras em razão dos baixos preços do petróleo e dos altos custos de extração.

Reafirmando, para que fique bem marcado: a Petrobras está muito melhor que a maioria das petrolíferas em razão dos baixos custos de extração e alta produção obtida no pré-sal.

Ao contrário do que dizem certos analistas a serviço dos magnatas do Petróleo, o pré-sal já é hoje a principal fonte de lucro da Petrobras e será a salvação da empresa, sendo a fonte de recursos que saldará suas dívidas.

O custo de extração do pré-sal é baixo em razão da alta produtividade dos poços, da alta tecnologia desenvolvida pela Petrobras e da ótima localização dos poços que são próximos dos grandes centros consumidores, processadores e logísticos do Brasil.

Terceiro. A Petrobras é fundamental para a segurança estratégica do Brasil.

A cadeia de petróleo e gás é a espinha dorsal da economia brasileira e do financiamento do Estado Nacional. A Petrobras, sua cadeia produtiva, e a renda gerada indiretamente por elas, são responsáveis por 20% do PIB brasileiro.

Isso resulta em dezenas de bilhões de reais em impostos que são investidos em saúde, educação e serviços sociais. O próprio desenvolvimento tecnológico nacional e grande parte da nossa indústria de máquinas, equipamentos e setores estratégicos dependem da Petrobras e, agora, do pré-sal. A Petrobras é a maior geradora de patentes do país.

Logo, enfraquecê-la agora, quando há um agressivo dumping internacional movido pelas grandes potências é um crime contra a Pátria.

Quarto. O desemprego avança no país. A Petrobras e suas operações no pré-sal são de extrema importância para a retomada do desenvolvimento e para combater o desemprego.

A Petrobrás comanda a maior cadeia produtiva do país, que responde direta e indiretamente por cerca de 15% da geração de emprego e renda no Brasil. Mas a cadeia produtiva da empresa está debilitada. Muitos canteiros de obras estão praticamente abandonados e os equipamentos enferrujando-se. Enormes perdas em consequência da paralisação injustificada, desnecessária de muitas obras.

Quinto. A Petrobras e o Brasil devem reservar-se o direito de propriedade, exploração e de conteúdo nacional sobre o pré-sal, porque foram conquistas exclusivamente brasileiras após décadas de pesado esforço tecnológico, político e humano.

Nos anos 50, os melhores geólogos norte-americanos diziam que não havia grandes volumes de petróleo no Brasil e que não era necessário criar uma empresa estatal para explorá-lo. Mas o povo brasileiro, por teimosia, fé e coragem insistiu em procurar petróleo no país na base do "custe o que custar”. "O Petróleo é nosso!”, gritavam as ruas.

E isso custou até mesmo a vida do grande brasileiro que criou a Petrobras.

Se não achamos muito petróleo em terra, fomos buscar no mar. Investimos tudo que estava disponível e tivemos que chegar a lugares nunca antes alcançados.

Ano após ano, com ou sem crise econômica, com ou sem crise política, realizamos o que para outros parecia impossível, batendo recordes sobre recordes na exploração de petróleo em águas profundas.

Fizemos tudo isso com nossos próprios meios e desenvolvemos nossa própria tecnologia. Uma tecnologia desenvolvida por brasileiros, dos brasileiros e para os brasileiros.

Assim, com o pré-sal, o esforço de gerações foi premiado. A exploração brasileira do pré-sal é uma homenagem que fazemos a nossos avós que lutaram para construir a Petrobras e a grande herança que damos a nossos netos.

O projeto Serra, que já era inconveniente e antinacional, com os baixos preços do petróleo passou a ser lesivo, um crime contra a pátria.

O projeto do senador José Serra que tem como objetivo a retirar a Petrobrás da condição de operadora única do pré-sal é um equívoco. Então para que teria servido criar, desenvolver e dotar de alta tecnologia a Petrobrás?

Uma empresa que já tem entre 50 bilhões de barris a 100 bilhões de barris já comprovados de petróleo no pré-sal não pode ser apontada como financeiramente fraca.

Senadores, senadores, abrir mão do pré-sal é condenar o Brasil ao inferno eterno do subdesenvolvimento, da corrupção e da degradação social.

Roberto Requião é Senador da República, em seu segundo mandato. Foi governador do Paraná três vezes, prefeito de Curitiba e deputado estadual no Paraná. É graduado em jornalismo e em direito com especialização em urbanismo.

Fonte: robertorequiao.com.br



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