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Blog do Bertoni

April 3, 2011 21:00 , par Inconnu - | 1 person following this article.
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Os perigos a rondar a liberdade na internet

September 14, 2013 7:18, par Bertoni - 0Pas de commentaire

Para o sociólogo Sérgio Amadeu, por liberdade na rede e contra a intrusão na vida dos usuários, é preciso defender o Marco Civil da Internet da forma como foi construído pela sociedade, sem o lobby das teles

Por Paulo Donizetti de Souza e Vander Fornazieri, da RBA 

O sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira tem sido um dos especialistas mais acionados para ajudar a explicar a força das redes sociais na articulação das recentes formas de manifestação política no Brasil e no mundo. Amadeu combina sólida formação em Ciência Política e em Tecnologia da Informação. E é ativista da democracia.

No governo de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo (2001-2004), trabalhou pela implementação de mais de uma centena de telecentros, até então uma das mais inovadoras políticas públicas de inclusão digital. No governo Lula, presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação da Casa Civil da Presidência da República, posto em que ajudou a elaborar ações nacionais de inclusão digital e de estímulo ao uso de softwares livres – outra área em que milita – na máquina federal.

Ele afirma ter acompanhado, nos últimos anos, o crescimento da insatisfação de diversos coletivos sociais com as ações governamentais na área ambiental, da cultura e das comunicações.

Representante da sociedade civil no Comitê Gestor da Internet, é defensor rigoroso do Marco Civil, que está próximo de ser votado no Congresso Nacional. O projeto, porém, depois de ser elaborado com ampla participação da sociedade, sofre com um lobby
das grandes empresas de telecomunicações, que ameaçam, segundo ele, a liberdade, a criatividade e a privacidade dos usuários da rede.

Amadeu critica a atuação do ministro Paulo Bernardo, por ter se tornado “um lobista” das teles de uns tempos para cá. E chama a atenção dos movimentos sociais e dos cidadãos não organizados para que fiquem atentos e defendam o Marco Civil tal como foi democraticamente elaborado. E que entendam melhor as redes em seu papel na mobilização e na tomada de decisões da sociedade.

Você notou uma atuação forte de grupos identificados como Anonymous nas redes sociais durante as recentes manifestações, confere?
É um dos vários grupos que têm grande relevância nas conversas a respeito das manifestações e na divulgação das convocações. Mas são vários os “nós” da rede, perfis que foram criados. “Nós” são os “entroncamentos” onde as pessoas se encontram, compartilham ideias. “O Gigante Acordou” é outro “nó”, uma página que posta conteúdos e permite comentar e compartilhar. O interessante é que nenhum perfil das instituições mais tradicionais – sindicatos e tal – naquele período de junho foi relevante. Na rede, essas estruturas mais tradicionais e consolidadas dos grandes movimentos sociais não tiveram relevância para efeito de convencimento de outras pessoas.

Há núcleos de inteligência interpretando os tipos de nós que estão sendo criados, curtidos, e trabalhando de maneira mais estratégica?
Se você quiser, pode tentar fazer isso, mas não necessariamente vai funcionar. Em certos momentos, acho que as grandes corporações de mídia agiram com inteligência, desse jeito que você está dizendo. Chamaram aquele segmento da sociedade que cultivaram durante muito tempo, com bandeiras conservadoras e moralistas, e levaram essas pessoas para a rua, para disputar com o crescimento do que era, no início, de forças de esquerda. Os autonomistas, movimentos anarquistas e de partidos menores, de ultraesquerda, estavam chamando essas manifestações em São Paulo, no Rio. Mas no dia 17 de junho o olhar sobre as redes representou uma grande mudança no padrão. O fator repressão policial (na semana anterior) não explica tudo, mas explica a gigantesca solidariedade em torno da ideia da democracia. As pessoas têm o direito de protestar.

A TV passou a agir sobre os não conectados.
E a agir na classe média reacionária, que foi para a rua, mas não se mantém tanto na rua. No Rio é um pouco diferente. É um erro achar que, por gostar de novela, as pessoas estão sob o domínio da Globo. Agora, as grandes corporações de mídia vêm tendo, há muito tempo, uma pauta moralista, de despolitização, que não pode ser subestimada. Não de um dia, mas de vários. De desconstrução até. Para enfrentar uma pauta despolitizadora, o deputado do Psol Jean Wyllys fez um artigo muito interessante em que diz: “Eu ganho tanto, mas veja como é o meu gasto”. Quem lutou para ter salário para deputado foi o movimento operário inglês, no século 19. Senão o operário nunca poderia ser representante, porque iria viver do quê? Não está aí o grande problema.

Ronaldo Caiado (DEM-GO), da bancada ruralista, não é deputado por causa do salário...
Não mesmo. É essa a questão da política, a questão da privatização de espaço público. E o jogo que se faz dentro do Congresso. E na minha opinião as forças políticas estão desgastadas e ainda não entenderam a indignação que explodiu a partir de 13 de junho, quando houve aquela grande repressão em São Paulo.

As forças políticas estão desgastadas e ainda não entenderam a indignação que explodiu a partir de 13 de junho, quando houve aquela grande repressão em São Paulo

Você consegue identificar indignação, insatisfação, antes dessa explosão?
Conseguia. Sou sociólogo, e também ativista de vários movimentos. Um dos primeiros embates que a gente teve de descontentamento com uma política pública que vinha sendo importante no país foi na cultura. A política de cultura tinha invertido a lógica: não tem de levar cultura para a periferia, a cultura está na periferia, você tem de dar condições para que ela avance.

Essa foi a política dos ex-ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira, e que foi fuzilada pelo grupo do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que se acastelou no Ministério da Cultura por dois anos. Se você for ver a política ambiental, também, vão dizer: “Eu preciso do Brasil desenvolvimentista”. O Brasil de desenvolvimento não pode fazer como o Japão, estudar alternativas? Depois daquela crise nuclear com o maremoto eles passaram a ter um plano de em 30 anos mudar a matriz energética (hoje altamente dependente da energia nuclear). E nós temos uma série de possibilidades que não desenvolvemos. Ficamos presos ao velho modelo industrial. É uma política equivocada que gera uma excrescência como Belo Monte e uma política equivocada com as nações indígenas. Foram mais de 100 mil pessoas na rede, talvez a maioria de classe média, que trocaram seu sobrenome para Guarani-Kaiowá, uma forma de dizer: “Eu estou descontente”.

E tem também a área de comunicação.
Na comunicação, o ministro é um ministro das operadoras de telecom. Isso já é um descontentamento brutal. Ele quer quebrar a neutralidade da rede. No Brasil, as operadoras não querem controlar a rede como na Europa e nos Estados Unidos, de maneira aberta. Querem regulamentação das exceções ao princípio da neutralidade, jogando para a Anatel, que não tem nenhuma condição de controlar e fiscalizar nada. Vou dar um exemplo: um dos grandes problemas no Brasil é a qualidade da banda larga. Você paga por 100 e recebe 20. O Comitê Gestor da Internet fez toda uma ação de construir um medidor de qualidade de banda larga, que é o Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha). E as teles não querem fiscalização. A pressão era tão grande que a Anatel disse: “Vou fiscalizar o que é vendido de banda larga”. E o que fez? Chamou o Comitê Gestor para dizer “vamos tornar a medida de vocês oficial”? Não. Entregou a tarefa de fiscalizar as empresas de telecom para o sindicato dos donos das empresas de telecom (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móveis Celular e Pessoal, Sindtelecombrasil)... Em qualquer país do mundo isso é um escândalo.

No Brasil tem internet funcionando há duas décadas. Por que só agora um marco civil?
Excelente questão. Olha só: o Marco Civil é uma lei para garantir que a internet continue funcionando do jeito que funciona hoje. A internet está sob ataque. Essas grandes corporações e os aparatos conservadores querem mudar o jeito como a internet funciona.

Por exemplo?
Hoje, 52% dos brasileiros com acesso à internet baixam música. A maioria, na verdade, compartilha músicas. Dizer que essa prática é criminosa... Faça o favor! Você não tem cadeia suficiente para colocar essa moçada toda. A rede permite a troca. A rede é troca. E a troca não destrói o original, e estamos falando de bens imateriais. Internet é compartilhamento. E a chamada Lei Azeredo (proposta pelo então deputado Eduardo Azeredo, do PSDB-MG, e apelidada de AI-5 digital pela restrição de liberdades que propunha) parou.

Quando o ex-presidente Lula foi ao Fórum Internacional de Software Livre, ele viu uma faixa escrita “Presidente, vete o AI-5 digital” e disse: “Não vou vetar, porque não será aprovado”. E chamou o então ministro da Justiça, Tarso Genro, e determinou: “Tome uma providência em relação a isso”. E a providência adotada foi correta: construir um processo de montagem de uma lei que não fosse feita em gabinete, mas pela própria internet. Houve uma rodada de contribuições, uma síntese, depois uma segunda rodada, e aí foi entregue ao presidente Lula. Como estava no final do segundo mandato, ele disse que não ia mandar ao Congresso. Ficou para a Dilma tomar essa providência. A Dilma demorou para enviar, mas enviou, respeitando o que foi encaminhado pela sociedade civil.

Esse é o projeto para o qual foi nomeado relator o deputado Alessandro Molon (PT-RJ)?
Isso. E, além de ter sido uma construção coletiva para defender os direitos dos internautas na rede, teve ainda outras sete audiências públicas feitas pelo Molon. Depois disso é que ele fez o relatório final. Só que aí entra o Ministério das Comunicações...

O Marco Civil é uma lei para garantir que a internet continue funcionando do jeito que funciona hoje. A internet está sob ataque. Grandes corporações e aparatos conservadores querem mudar o jeito como ela funciona

Em que momento?
Foi no segundo semestre de 2012. Quando ele apresentou o relatório, parou... As empresas entraram forte com interesses básicos. E seu argumento é muito claro: “Estão usando cada vez mais a internet, então eu tenho de interferir para gerenciar o tráfego”. É um negócio em que você sabe que já tem de aumentar a capacidade de transformar bits em sinais de luz, nas fibras ópticas. É como se nós estivéssemos falando de energia elétrica. Quando chega 5 da tarde, todo mundo usa mais energia. Se você agisse como as operadoras de telecom, a energia ia começar a falhar, ficar cada vez menos intensa, até você ter uma luz fraca. E é o que as teles fazem. Não aumentam a disponibilidade para você navegar bem. A gente não critica o modelo de negócios nem impõe limites. Mas o negócio deles é o negócio de TI, transferência de dados, com demanda cada vez maior. Eles querem resolver o problema quebrando a neutralidade de rede, filtrando o tráfego.

E filtrar a personalidade do usuário.
Que é outra coisa que a proposta do Marco Civil atrapalha: eles querem copiar nossa navegação para poder fazer análise e entregar publicidade dirigida para os internautas. Aí eles dizem: “O Google já faz”. Aí eu digo: “Problema de quem usa o Google”. Eu posso navegar, de manhã até a noite, sem usar uma única empresa do grupo Google, mas sou incapaz de navegar sem usar uma telecom. Se a operadora puder me filtrar da minha casa até a nuvem da internet, estou perdido. É intrusão. Então, o que precisamos é de uma lei para garantir que a internet continue livre – e isso inclui o princípio da neutralidade – e que quem controla a infraestrutura não controle o fluxo de informação. E para garantir que nós possamos criar conteúdos de tecnologia sem autorização de ninguém, seja Estado, seja operadora de telecom. Se quebrar o princípio da neutralidade, quando a minha universidade criar um protocolo de internet 3D, vai passar um pacote que quem controla não sabe o que é, e daí o computador dele destrói.

Existe essa briga nos Estados Unidos?
Tem uma briga lá. E tem um movimento muito forte em relação à neutralidade chamado Save the Internet, do qual participava até o Obama, antes de ser presidente. Na Holanda, foi aprovada uma lei em defesa da neutralidade, no Chile também. Aqui, estávamos prestes a aprovar. Mas o ministro das Comunicações, infelizmente, é um dos lobistas das teles. Temos de defender o Marco Civil porque querem transformar a internet em uma grande rede de TV a cabo, prejudicar quem usa a internet livremente e poder copiar os seus dados sem que você saiba.

Hoje não tem lei que regulamente scripts e ferramentas que os bancos vão jogando no meu computador? “Você precisa atualizar...”
Não. Se ele instalar uma coisa estritamente para a sua seção e você concordar, ótimo. Mas e se ele instalar algo que acompanha toda a sua navegação sem você saber? Não existe uma fiscalização, mas a lei do Marco Civil vai permitir que você tenha de autorizar qualquer coisa que viole a sua privacidade. O Marco Civil não é criminal, é direito civil, declara uma série de direitos que a gente passa a ter. Entrar na sua máquina e copiar seus e-mails e vender sem que você saiba, isso tem de ser considerado crime, mas é uma outra discussão. Primeiro precisamos garantir os direitos, que a internet continue funcionando como funciona, o que descontenta muitos governos e corporações, principalmente do mundo do copyright, e as teles, que não querem conviver com a criatividade intensa da rede.

Na Holanda, foi aprovada uma lei em defesa da neutralidade da internet, no Chile também. Aqui, estávamos prestes a aprovar. Mas o ministro das Comunicações é um dos lobistas das teles

O lobby dos direitos autorais criou uma frente de ação no ambiente da cultura, outra na Justiça e agora entra também no Marco Civil?
Entra. Porque a ideia é que você só possa remover um conteúdo com ordem judicial. Nós sabemos que, mesmo entrando na Justiça, a disputa, muitas vezes das ideias, é feita em torno da propriedade intelectual. Por exemplo, o site Falha de S. Paulo. A Folha não barrou (o site que satirizava o nome e a política editorial do jornal) na Justiça por calúnia, injúria ou difamação, mas por “uso indevido da marca”. O parágrafo 2º do artigo 15 do Marco Civil, que foi posto depois das consultas todas, faz o que a Globo quer: autoriza a remoção de conteúdo sem ordem judicial. Então, temos solicitado que o relator tire ou pelo menos deixe claro que não há remoção de conteúdos.

Existe um mapeamento dos parlamentares com quem se pode contar?
A maioria dos parlamentares tende a cair para o lado democrático. O problema é o lobby das teles, que têm um poder de financiamento de campanha muito grande, que tentam manipular o argumento. Elas tentam, têm agências de publicidade e fazem cafés da manhã com deputados, atuam diretamente. E a gente também atua, temos do nosso lado o funcionamento livre da internet, que é uma grande coisa. Elas que estão querendo mudar. Então, por que o Marco Civil? Porque estavam vindo vários ataques e precisamos de uma lei que assegure nosso direito de ter uma internet livre, com diversidade cultural, privacidade e neutralidade da rede. A extrema-direita está descontente e quer um vigilantismo forte. Você tem governos que não gostam dessa liberdade de compartilhar na rede, de convocar manifestações. Então, tem uma tensão por censura. E tem uma grande pressão dos jovens, da periferia e da classe média, para que a internet continue livre. Por isso essa batalha não é perdida.

O escritor José Saramago afirmava não confiar na internet, porque quando virem nela algo de revolucionário tratarão de controlá-la. “Nada há que seja verdadeiramente livre nem suficientemente democrático”, dizia.
A internet em si não muda, mas as pessoas podem usar a internet para mudar. Já perceberam isso e querem transformar a internet em TV a cabo, reduzir a interatividade, controlar a criatividade. Por incrível que pareça, para garantir esse caráter da rede, que é transnacional, precisamos aprovar leis nacionais que a façam funcionar do jeito que foi criada. Tudo muito complexo, mas muito real. A internet comporta o mercado, mas ela não é o mercado.



Porque apoiar o Marco Civil da Internet

September 13, 2013 15:49, par Bertoni - 0Pas de commentaire



Funkeira detona com a mídia brazuca!

September 11, 2013 17:36, par Bertoni - 0Pas de commentaire

Foto: Site Oficial da Anitta

Eu sempre pensei que o jornalista fosse um profissional de muita importância na sociedade. Na minha cabeça, eles exerciam um papel de extrema delicadeza: levar ao publico informações sobre os fatos e acontecimentos. Hoje em dia parece não funcionar mais assim. Com o aparecimento da internet, qualquer um se diz jornalista e distribui seus "conteúdos" para o publico. Cada dia que passa, eu me dou mais conta de que os valores de compromisso e responsabilidade com a verdade para com o espectador se perderam. 

Não é de hoje que eu vejo, por dia, pelo menos 3 "notícias" inventadas pelo fantástico mundo da mídia sobre mim. São lugares que eu nunca estive, pessoas que eu nunca vi, palavras que eu nunca falei. Em uma das últimas, dizia que pra eu ficar famosa passei por uma mudança de clareamento de pele pra ser branca, por que era negra e não faria sucesso por conta do preconceito...Oi?! Isso existe?! Acreditem... teve "jornalista" me ligando pra saber como foi o tratamento. 

Depois, me pego lendo que deixei fãs esperando sei lá quantas horas, quando na verdade eu cheguei na hora combinada. Depois que não quis atender ninguém, quando, na verdade, em quase todos os show eu passo mais tempo no camarim recebendo fãs do que no palco em si.

Teve veiculo de imprensa que abriu uma perseguição contra mim e todo dia tem lá uma notinha sobre meus ataques e sobre como eu me tornei o demônio em poucos dias, com passo a passo e tudo. Amanha corram lá que vai ter alguma nova, garanto. Talvez falando que eu xinguei alguém bem alto na rua, ou que maltrato minha equipe, com testemunhas e tudo. (Como se eu fosse burra o suficiente pra fazer todas essas coisas e achar que ninguém saberia.) Ou que escrevi isso aqui pra pagar de correta pros fãs.

Provavelmente abriram um "criativo do mês" na empresa, onde o funcionário que inventar a mentira mais criativa sobre alguém ganha um prêmio. Não só sobre mim, mas sobre todos os outros artistas. Reparem que veículos como esse nao transmitem notícias construtivas sobre nada. Focam em falar mal da vida alheia. Daí o "jornalismo preguiçoso" copia e cola a "matéria" em seu veículo.

A mídia tem o poder de transformar uma lebre em lobo e vice versa. Simplesmente por que nós, como publico, acreditamos que essas pessoas tem o papel de transmitir informações pra gente. E não de criar ou manipular notícias para que vendam mais. Antes, quando leitora, eu acreditava em tudo. Hoje só acredito no que vejo com meus próprios olhos e olhe lá.

A nossa cultura acostumou o povo a se interessar por aquilo que é ruim. Comparem o tempo em que uma catástrofe fica sendo falada na mídia, com o tempo em que se fala de ações humanitárias ou acontecimentos que acrescentam na nossa cultura, educação ou caráter (a não ser que tenha dinheiro envolvido). Portanto, é muito mais fácil pra um "jornalista", vender matérias inventadas que falam sobre como eu faço coisas ruins com os outros, do que como o meu trabalho é um trabalho legal e sobre como eu trabalhei igual louca pra chegar onde cheguei. Ou das coisas que faço pelos fãs, pela minha família e pela minha equipe.

E aí, tudo que eu falo ou faço é distorcido ou aumentado ao triplo para que gere mais interesse do publico em acessar/comprar aquilo. E lá vai o povo ser enganado, como sempre, a troco de dinheiro. Quero deixar claro que não sou todos. Conheço jornalistas sérios e profissionais e não duvido que exista muito mais.

Esse fim de semana eu fiz show em Guarapari - ES. Bem no meio do show, como sempre faço, eu chamei pessoas no palco. Desde que eu comecei a fazer show eu chamo pessoas no palco, brinco e falo besteiras com todo o bom humor pra elas. Por que esse é meu jeito... Eu conseguia brincar e ser espontânea com as pessoas antes e ninguém nunca se importou...por que hoje eu não posso mais? 

Durante o show (para maiores de 18 anos), chamei as pessoas no palco, alguns famosos, e meu dançarino entrou pra se apresentar...foi quando um homem bêbado começou a jogar gelo e latas nele e nos outros convidados. Os convidados saíram e o rapaz insistiu na agressão. Eu não sei levar a serio um homem bêbado que joga lata nas outras pessoas. E, como em toda a minha vida, brinquei com o menino (com o meu característico humor sarcástico que as pessoas que me acompanham sabem que tenho) até tirarem ele do local. No final do vídeo ainda brinquei com o público dizendo pra nao falarem mal de mim na internet por eu ter falado palavrão, por que eu estava brincando, e pedi senso de humor da galera. Tanto foi que ninguém quis me matar de indignação no dia do show, acharam graça. 

Mas pronto, foi o suficiente pro site: perseguimosartistas.com.br cortar o vídeo, até deixa-lo só com a parte onde eu tiro sarro do homem que jogou latinhas no palco, colocar uma legenda e complementar às outras 50 matérias sobre como eu sou uma bruxa. E desencadear uma série de pessoas em cima de mim me criticando por que eu falei "isso é côdipobre" pro menino. Gente, por que todo mundo se leva tão a sério?! Vocês acham mesmo que se eu desdenhasse de pobre eu falaria "côdipobre" ? Acham que eu moro onde ? Que minha mãe mora aonde ? Que minha familia é de onde? Na noite antes de estar dormindo em Las Vegas pra gravar clipe eu dormi num quarto com uma droga de uma goteira bem do meu ladinho. Nas minhas folgas eu volto lá pra essa mesma casa com goteiras que minha mãe adora e fico lá sem nem ligar.

Eu não ligo pra essas coisas, e por isso mesmo eu não tenho problema nenhum em tirar sarro delas. Eu achava engraçada a goteira do meu antigo quarto, acho até hoje. Eu AMO tirar sarro de mim mesma. Ou vocês acham mesmo que me irritei com minha dançarina por ela falar do peido no Faustão? Eu achei engraçado demais, há anos eu duvido dela, que ela falaria a palavra peido na tv (e ela trocou por "Pum", ninguém fala "Pum", rs).

Tenho o mesmo carro de sei lá quanto tempo atrás, moro no mesmo lugar. E não to nem aí pra ter os mais lindos e mais caros, não tô afim. Tem gente rica que nem fala a palavra pobre que é pra não dar problema, mas por dentro tá ali se roendo. Mas aí o povo ama. O dia que eu tiver que travar minha sinceridade, meu bom humor ou quem sou eu de verdade pra não me causar problema eu vou me sentir a mentira em forma de gente. Tudo isso por que agrada mais. Mas o que agrada as pessoas ? Eu nao sei. Você nao pode usar roupa barata, que falam que voce é pão dura, nao pode usar cara que falam que você tá deslumbrada. Se eu continuo como eu era "ai nao muda nada"... Se eu mudo "ai gostava quando era autêntica". 

Por que vocês acham que existem artistas que piram? Parece que a mídia inventa e fala essas coisas dos famosos pra eles pirarem de ver tanta gente falando coisas deles sem saber a realidade das coisas e aí com a piração deles conseguem vender mais notícias. Por que piração de famoso da audiência. Não entendo. Ou pior, eu entendo.



11 de setembro: A Grande Farsa

September 11, 2013 13:03, par Bertoni - 0Pas de commentaire



CUT promove 1º Seminário de Comunicação Popular e Sindical no Paraná

September 9, 2013 10:26, par Bertoni - 0Pas de commentaire

Inscrições estão abertas e são gratuitas

A Central Única dos Trabalhadores do Paraná promoverá nos dias 12 e 13 de setembro o 1º Seminário de Comunicação Popular e Sindical no Paraná. Nomes de grande representatividade no setor no País e no Estado participarão dividindo suas experiências com os participantes com o objetivo de melhorar a qualidade da informação repassada, bem como, estreitar os laços entre as instituições do campo popular.

Entre eles estão o jornalista do Núcleo Piratininga de Comunicação, Vito Gianotti, a secretária nacional de comunicação da CUT, Rosane Bertotti, o diretor da Rede Brasil Atual, Paulo Salvador, o idealizador da plataforma Blogoosfero, Sérgio Bertoni, além de representantes de entidades como a Frentex e do jornal Brasil de Fato.

“Desejamos ampliar as nossas possibilidades, nos baseando em experiências bem sucedidas para melhorar cada vez mais a nossa comunicação, tanto de forma individual, com cada sindicato e instituição, bem como a interligação entre nossos setores de comunicação”, explica o secretário de Comunicação da CUT Paraná, Daniel Mittelbach.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas preenchendo o formulário (clique aqui para fazer o download) e enviado por e-mail para cutpr@cutpr.org.br com cópia para imprensa@cutpr.org.br O seminário será realizado na APP Sindicato, na Av. Iguaçu 880, em Curitiba e terá início às 9h de quinta-feira (12) com uma homenagem ao jornalista falecido no ano passado, Anderson Leandro e termina às 18h, quando será encerrada a plenária de encaminhamentos.

Confira a programação:

12/09 - Quinta-feira

 Manhã 

9h às 9h30 Saudação inicial e homenagem ao Anderson

9h30 às 12h - Comunicação: Quem comanda no Brasil? 

Participantes: Sérgio Bertoni (Blogoosfero), Douglas Moreira (FRENTEX-PR), Paulo Salvador (Rede Brasil Atual), Mario Messagi Júnior (UFPR)

12h Almoço

Tarde

13h00 As barreiras da comunicação sindical: 

 Vito Giannotti (NPC)

15h40 Coffee Break

16h - Estratégias na Comunicação Digital

Alex Capuano (Secom CUT), Tarso Cabral (blog do Tarso)

Noite - Atividade Cultural

 

13/09 - Sexta-feira

Manhã 

9h às 10h – Experiências de diálogo com a sociedade

Pedro Carrano (Brasil de Fato), Guilherme Carvalho (SISMUC), Munir Guérios Filho (CWB-TV)

10h às 12h30 Desafios da Comunicação da CUT e seus sindicatos. 

Participantes: Rosane Bertotti (Secretária Nacional de Comunicação da CUT) e Daniel Mittelbach (Secretário de Comunicação da CUT-PR)

12h30 - Almoço

Tarde 

14h - Trabalho em Grupo

16h15 – Coffee Break

16h30 – Plenária de encaminhamentos

18h - Encerramento

Local: APP-Sindicato, Av. Iguaçu, 880, Rebouças, Curitiba.



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