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Blog do Bertoni

Aprile 3, 2011 21:00 , by Unknown - | 1 person following this article.
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Você abusou, tirou partido de mim!!!

Giugno 23, 2013 11:09, by Bertoni - 0no comments yet

Sugerido por Enio Barroso Filho, via twitter

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona é sofredor
Que eu já nem sei
Se é meninice ou cafonice o meu amor

Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

E me perdoe se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o amor

Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou



Globo e Protestos: será mesmo que não existe mais esquerda e direita???

Giugno 23, 2013 10:55, by Bertoni - 0no comments yet



Para refletir e debater (19): Ação que expulsou partidos da marcha foi organizada

Giugno 23, 2013 10:39, by Bertoni - 0no comments yet

Por Roldão Arruda

Às 17h30 da quinta-feira, 20, a esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta era uma festa. Vinha gente de todo lado com cartazes defendendo causas e causas. Alguns eram sofregamente improvisados ali mesmo, nas calçadas, com cartolina e pincel atômico. Os mais divertidos e criativos eram os que atacavam o pastor Marco Feliciano e seu projeto de lei sobre a “cura gay”.

Foi mais ou menos nessa hora que apareceu o grupo de representantes de partidos e sindicatos, com suas bandeiras e bumbos. Eram poucos, pouquíssimos para o tamanho da manifestação, e foram recebidos com vaias e gritos de “Oportunistas” e “Sem partido”.

Eu estava ali por acaso. Havia ido ao Conjunto Nacional para uma entrevista com dois antigos militantes de esquerda, os dois torturados pela ditadura, hoje atuando em movimentos de direitos humanos. Ao encerrar a conversa, fomos para a esquina, ver a manifestação organizada pelo Movimento do Passe Livre para comemorar a redução das tarifas de ônibus na cidade.

Os dois falaram com entusiasmo da mobilização popular. Diante das vaias, dirigidas sobretudo ao PT, um deles, que já militou no partido, comentou: “Isso é bom. O PT precisa aprender, precisa ver o quanto se distanciou dos movimentos sociais.”

Os dois foram embora e eu fiquei. Acompanhei, da calçada, o grupo de sindicalistas e militantes partidários.

Ele foi hostilizado a cada passo. Sempre que alguém puxava palavras de ordem contra sua presença na marcha, imediatamente surgiam vozes dispostas a repicar. Logo se ouvia: “PT, vai tomar no cu”, “Puta que o pariu, o PT é a vergonha do Brasil” e “Mensaleiro” .

Mas não foi só grito à distância. Desde que entrou na Paulista, o grupo teve no seu encalço, quase colado, um bloco de pessoas dedicado a insultá-lo e provocá-lo.

Às vezes saltava desse bloco algum manifestante. Geralmente bem mais forte que a média, aparentando indignação desmedida e falta de controle, fazia provocações cara a cara, xingava, erguia o punho, até ser contido por alguém de seu próprio grupo ou por manifestantes defensores da não violência.

Os pró-partido iam adiante, protegidos por um cordão humano, cujos integrantes tentavam não se descontrolar. Cheguei a imaginar que, em algum momento, chegaria algum reforço. Mas ele não veio. Na verdade, o grupo encolheu na caminhada.

Reconheci vários rostos entre os militantes que caminhavam de costas – para poder encarar as investidas do bloco antipartido. Já estive com eles em entrevistas e coberturas de ações de movimentos populares. Em sua maioria são pessoas ligadas à luta pela reforma agrária, por moradia, direitos dos indígenas, direitos humanos. Gente que fica mais à esquerda, critica as alianças do PT com setores conservadores e defende a presença dos manifestantes na rua.

O bloco dos antipartido, em determinados momentos se aproximava, depois recuava. Parecia uma tática para aumentar o medo. A certa altura, o bloco foi dividido: de maneira organizada, uma parte passou para a outra pista da Paulista e se alinhou ao grupo pró-partido. Começou a provocá-lo pela lateral.

Em três momentos da minha caminhada, que foi da esquina da Augusta ao Edifício Cásper Líbero, entre as alamedas Campinas e Joaquim Eugênio de Lima, presenciei palmas e urros de vitória ao redor de rodas que surgiam do nada. Nas três vezes o motivo era o mesmo: bandeiras subtraídas à força dos militantes pró-partido estavam sendo rasgadas e queimadas. De todos os lados se erguiam mãos empunhando celulares para registrar a cena.

Nas proximidades do Edifício Cásper Líbero, a marcha parou. Me afastei um pouco do grupo, para ver o que ocorria adiante e encontrei um bloco isolado, ameaçando seguir para a sede da Assembleia Legislativa. Na linha de frente, esses manifestantes estendiam a faixa mais bem produzida que vi na marcha, uma espécie de banner com quase cinco metros de comprimento. Dizia: “Lula, o câncer do Brasil”.

Ao voltar, só encontrei confusão.

O grupo antipartido que havia saído pela lateral retornara à pista original, mas dessa vez à frente do pró-partido. Com essa manobra, conseguiu cercar e isolar os militantes e desfechar o ataque final. Após quase duas horas de humilhações, o grupo pro-partido se retirou, sem bandeiras, sob chutes, socos e gritos.

Entre os agressores, muitos traziam o rosto coberto com máscaras e toucas ninja. As bandeiras que eles arrancavam das mãos dos militantes eram destruídas sob aplausos e celulares.

Um militante da turma petista, a mais perseguida, me contou depois que levou vários socos e só conseguiu escapar porque partidários do PSOL o acolheram como se fosse um deles.

Ao buscar meu carro, num estacionamento da Alameda Santos, encontrei a moça do caixa assistindo à marcha pela TV. Antes de me atender, ela comentou com o chefe, atrás dela: “Viu? Não sei o que esse PT foi fazer na Paulista. Tudo isso que está acontecendo é contra eles, não é?”

Acompanhe o blog pelo Twitter – @Roarruda

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O MOVIMENTO DO PASSE LIVRE APOIOU A PRESENÇA DE PARTIDOS

O ataque aos partidos já era esperado. Em São Paulo, em duas manifestações anteriores, militantes do PSOL e do PSTU, os partidos que mais apoiaram as marchas, haviam sido hostilizados e sofrido violências. Isso tornava temerária a proposta de voltar à Paulista.

A questão foi avaliada na reunião de organização da marcha, na sede do Sindicato dos Advogados, na tarde de quarta-feira. A maior parte dos participantes concluiu que seria um recuo inaceitável, do ponto de vista das liberdades democráticas, abdicar da presença dos partidos. na manifestação. Ao final da discussão, representantes do PT, PSOL, PSTU e PCB decidiram ir e levar suas bandeiras.

Os representantes do Movimento do Passe Livre apoiaram a decisão. Deixaram claro que são apartidários, mas não se opõem à existência dos partidos. A única exigência do movimento tem sido quanto à organização: as reivindicações sobre transporte coletivo devem aparecer com destaque. Bandeiras de partidos não podem se sobrepor à faixas do Passe Livre.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/roldao-arruda/acao-que-expulsou-partidos-da-marcha-foi-bem-organizada/



Para refletir e debater (18): Nota pública dos estudantes brasileiros em Paris que cancelaram o ato de sábado 22 de junho

Giugno 23, 2013 10:22, by Bertoni - 0no comments yet

NOTA PÚBLICA

22/06/2013

Os acontecimentos do Brasil começaram com teor bastante claro há 3 semanas, com reivindicações pautadas pelo Movimento do Passe Livre exigindo revogação do aumento das passagens dos transportes coletivos. Multidões tomaram as ruas em torno dessa pauta com uma força sem precedentes nos últimos 20 anos. Nesse contexto, houve uma criminalização do movimento por parte da grande imprensa que legitimou a ação desproporcional da polícia. Naquele momento, nós organizadores, enquanto estudantes brasileiros residentes em Paris, resolvemos convocar um ato, previsto para sábado dia 22, em solidariedade para com aquele movimento, para com suas reivindicações e contra a violência da polícia.

Na última semana, a natureza dos acontecimentos, entretanto, mudou. Tomando embalo na força popular mobilizada então, a grande imprensa e a direita brasileira passaram a apoiar as manifestações, visando diluir seu conteúdo e assim impor a elas sua pauta conservadora. Desde então, passamos a ver o aumento de discursos reacionários e a proliferação de posturas fascistas tomando as ruas das cidades. Nessa mesma esteira, um anti-partidarismo difuso e raivoso passou a incitar a violência levando alguns grupos autoritários a se sentirem confortáveis em agredir membros de organizações da esquerda que sempre construíram as grandes manifestações no Brasil.

Sabemos que grande parte das pessoas nas ruas não compactuam com esse comportamento, mas, lamentavelmente, houve consentimento desinformado por certa parte delas. Tal situação coloca em risco o direito à livre manifestação e livre organização política conquistados com luta histórica encabeçada pela esquerda que quinta-feira, dia 20, foi espancada nas ruas.

Certa mídia se aproveita desses acontecimentos, pintando-os como uma batalha pela desestabilização do governo. É sem dúvida essa a posição da direita. Nós também, mas por motivos completamente diversos, temos críticas a fazer às esferas federal, estaduais e municipais do governo, inclusive no que toca o modo pelo qual conduziram a negociação com o Passe Livre. Nós nos indignamos com a maneira tecnocrata de lidar com as reivindicações populares, e lamentamos o governo federal ter abandonado o diálogo com os movimento de base dos quais seu partido nasceu. Porém temos clareza que em momento nenhum pretendeu-se – nós não pretendemos – fazer dos protestos uma marcha pela deposição de governantes democraticamente eleitos, por mais críticos que sejamos a eles.

É preciso comemorar, sem dúvida, a conquista que o Passe Livre obteve nas ruas, assim como o fato de que as mobilizações tenham feito valer sua vontade perante as esferas representativas do poder. As manifestações conseguiram colocar em debate o que significa um estado efetivamente democrático, assim como sensibilizar parte da população de que é a participação política direta que traz conquistas.

O que acontece hoje em nosso país é algo muito importante cujo sentido, porém, permanece indeterminado. A organização deste ato não compactua com o rumo que a grande imprensa e a direita têm tentado impor às mobilizações nas ruas em curso no país. Seguiremos mobilizados pela transformação social no Brasil e em defesa das pautas históricas dos movimentos sociais.



A declaração mais sincera dos anonymous :-)

Giugno 23, 2013 10:11, by Bertoni - 0no comments yet



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