ARENA, direita se rearticula a partir do que tem de pior
Novembre 12, 2012 22:00 - One commentHoje pela manhã tuitei que 13 de maio ficou oficialmente conhecido como do Dia da Libertação dos Escravos e que 13 de novembro poderia ficar conhecido como o dia da volta da escravidão.
Motivado estava pela possibilidade do Congresso Nacional aprovar nestadata o relatório do Marco Civil da Internet sem garantir a neutralidade na rede, ou seja, aprovar no Brasil uma espécie de SOPA e PIPA rejeitados, até o momento, nos EUA.
Eis que abro meu e-mail e vejo o seguinte link http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=202&data=13/11/2012 enviado pela Midiacrucis
É não é que estava lá o estatuto da ARENA, o partido da Ditadura Militar, publicado no Diário Oficial da União?
Vejam que os caras não tem o menor pudor em assumir-se direitistas, macartistas, conservadores anticomunistas...
Eis que a direita nacional se renova alimentando-se na Guerra Fria e no anticomunismo barato e atrasado.
ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL - ARENA
ESTATUTO
CAPÍTULO I
PARTIDO, SEDE E FORO
Art. 1º. A Aliança Renovadora Nacional, pessoa jurídica de direito privado, é partido político com sede e foro no Distrito Federal e ação em todo o território nacional, podendo manter domicílio administrativo em outras cidades, tendo duração por prazo indeterminado, e irá se reger por este Estatuto, observados os princípios constitucionais e a legislação vigente.
§1º. O partido utilizará a sigla ARENA e terá o símbolo definido por estilização de arte de acordo com Normativas do Conselho Ideológico (CI).
§2º. A ARENA possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político; devendo as correntes e tendências ideológicas ser aprovadas pelo Conselho Ideológico (CI), visando a coerência com as diretrizes partidárias.
§3º. A ARENA, em respeito à convicções ideológicas de Direita, não coligará com partidos que declaram em seu programa e estatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxistas. O Conselho Ideológico emitirá Normativa especificando demais partidos com convicções ou ações não compatíveis com a ARENA, com os quais será proibida a coligação dado o contexto político e regional.
Leia a íntegra do Estatuto da ARENA no Diário Oficial de 13 de novembro de 2012
Eu me pergunto, seria constitucional???
Discriminação e preconceito não estão proibidos pela Carta Magnade 1988???
Afirmar estatutariamente que a ARENA "não coligará com partidos que declaram em seu programa e estatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxistas" não seria uma manifestação de preconceito e discriminação?
Enquanto a esquerda briga entre si, a direitona vai derrubando todas as leis progressistas (ou que poderiam beneficiar os mais pobres) e se rearticulando a partir de seus "princípios" mais podres e excludentes...
Caro Deputado @AlessandroMolon, eu quero minha internet livre! #MarcoCivil
Novembre 12, 2012 22:00 - no comments yetPor Espírito Livre
A votação do Marco Civil já foi adiada uma porção de vezes, inclusive na semana passada, por conta da falta de consenso em relação a dois pontos essenciais do projeto: a neutralidade da rede e os direitos autorais.
A nova versão do Marco Civil, cujos termos e ideias foi tão livremente discutido publica e colaborativamente durante meses, representa uma ameaça séria à sua liberdade de expressão.
A NEUTRALIDADE DA REDE
O maior entrave para a aprovação do Marco Civil da internet é a questão da neutralidade da rede, como disse o próprio Deputado Federal Alessandro Molon, relator do projeto na Câmara: “dela depende o futuro da internet no Brasil (…) e se nós vamos continuar tendo liberdade de escolha ou se são os nossos provedores de conexão que vão escolher por nós”.
Sabe quando você vai baixar alguma coisa e sua conexão, de repente, fica mega lenta? Então, a neutralidade da rede garante que isso não ocorra. A velocidade que você contratou tem que ser a mesma pra qualquer tipo de atividade que você queira fazer na internet, sem mais cobrança por isso.
Pra entender mais profundamente a questão, leia esse texto.
A QUESTÃO DOS DIREITOS AUTORAIS
Esse aqui talvez seja o ponto mais importante pro usuário comum: o uso de material com direito autoral. O artigo 15 do Marco Civil dizia “os provedores não podem ser responsabilizados pelo conteúdo postado pelos usuários, a não ser que descumpram um pedido judicial de remoção”.
Dessa forma, por exemplo, o Youtube não precisa tirar do ar um vídeo considerado infrator (por ofensas ou “pirataria”), a não ser que por decisão judicial e depois de todas as possibilidades de defesa esgotadas. Assim, a tendência é que os conteúdos sejam mantidos, respeitando a liberdade de quem postou.
Porém, à pedido da Ministra da Cultura Marta Suplicy, foi incluída uma exceção para materiais protegidos por direitos autorais, alegando que essa questão será tratada no seu ministério. Ou seja, simplificando, se alguém achar que você está usando material “pirata”, pode tirar seu conteúdo do ar sem áviso prévio ou processo que o valha.
Clique aqui pra ler a última versão do Marco Civil.
QUER MANTER A SUA INTERNET LIVRE?
A nova votação do Marco Civil está marcada pra acontecer amanhã a tarde (dia 13 de novembro) e ainda dá tempo de alterar o texto que vai pra Câmara. A única pessoa que tem o poder de fazer isso nesse momento é o Deputado Alessandro Molon.
Se você quer continuar tento um ambiente livre pra falar o que quiser, postar, baixar, remixar, se expressar, trocar e navegar na internet sem qualquer tipo de censura, é só apertar o botão de “Tweet” ali no topo do post. O título desse post vai ser tuitado mencionando automaticamente a arroba do Deputado Alessandro Molon.
Quer garantir sua internet livre? Ajude apertando o botão “tweet” lá em cima! Toda forma de pressão é importante e você tem a chance de tentar mudar o projeto que vai decidir seu futuro aqui na interwebz.
O IDEC está com uma campanha pra que você envie automaticamente um email para os Deputados que estão na comissão do Marco Civil, clique aqui e expresse seu apoio.
PS – Se quiser, copie e cole esse post no seu blog, o importante é espalhar a mensagem. o/
PS 2 – Se quiser se aprofundar no assunto, abaixo estão alguns textos e matérias bacanas:
- Demi Getschko, considerado o pai da internet, comenta o Marco Civil
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Civil_da_Internet
- Marco Civil no Twitter: https://twitter.com/search?q=marco+civil&src=typd
- http://blogs.estadao.com.br/link/em-busca-do-consenso/
- http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/58690/marco+civil+da+internet+entre+o+lobby+e+a+liberdade.shtml
- http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=32349&sid=4
- http://idgnow.uol.com.br/blog/circuito/2012/11/08/sem-o-marco-civil-a-internet-e-vuneravel/
- http://www2.camara.leg.br/radio/materias/ULTIMAS-NOTICIAS/429630-POLEMICA
- http://cirojorge.com.br/2012/11/sobre-o-marco-civil-da-internet/
Fonte: http://youpix.com.br/fights/caro-deputado-alessandromolon-eu-quero-minha-internet-livre-marcocivil/
Carta aberta à Presidenta Dilma Rousseff sobre o Marco Civil da Internet
Novembre 12, 2012 22:00 - no comments yetPor ASL - Associação de Software Livre.Org
Nós, associados da Associação de Software Livre.Org, associação sem fins lucrativos que trabalha pela difusão do Software Livre e de seus princípios, propiciando espaço de discussão, apoio, organização e visibilidade a modelos, sistemas, iniciativas e resultados que promovam o conhecimento compartilhado para o desenvolvimento humano, gostaríamos de manifestar a Vossa Excelência nossa profunda preocupação com novo impasse que está impossibilitando a votação do Marco Civil da Internet (PL 2.126/2011) pelo Congresso Nacional.
Lembramos que o Presidente Lula, ao seu lado, durante a décima edição do Fórum Internacional de Software Livre em 2009 em Porto Alegre, afirmou que em seu governo era “proibido proibir” e que a “Lei Azeredo é censura”, além de determinar publicamente ao então Ministro da Justiça, Tarso Genro, a construção de um marco civil da internet.
O Marco Civil foi construído com ampla participação democrática, de forma aberta, transparente e acessível a todos os interessados através da Internet e de diversas consultas públicas, debates e discussões promovidas no Brasil nos últimos três anos. Esta forma inovadora de se criar colaborativamente uma legislação que explicite os direitos civis na Internet é tão positiva e surpreendente que hoje é acompanhada em diversos países e coloca nosso país na vanguarda mundial sobre o assunto.
Durante todos estes anos de debates, foi notável a ausência de alguns grupos de interesse, acostumados à velha maneira de se fazer política e legislar neste país, à portas fechadas, com base na obscuridade e usando mandatos parlamentares para dar o ar democrático a interesses comerciais.
É com grande perplexidade que vemos agora, às vésperas da votação do Marco Civil no Congresso Nacional, estes grupos se apresentam tentando remover do projeto um ponto fundamental defendido e debatido publicamente nos últimos anos: A Neutralidade da Rede.
Sem Neutralidade de Rede, teremos o caminho aberto no Brasil para que se crie a segregação econômica do acesso à Internet. Teremos a Internet dos ricos e a Internet dos pobres em nosso país, em clara oposição ao caminho da redução das desigualdades sociais pelo qual o seu governo vem de forma brilhante nos conduzindo nos últimos anos.
É inaceitável que um país que trava com imenso sucesso uma guerra contra a desigualdade social seja pioneiro em aprovar que legislação que promova a desigualdade digital.
É através da Internet livre e igualitária que compartilhamos conhecimentos, que trocamos informações e que constituímos redes, coletivos e organizações sociais que têm sido fundamentais para o combate às desigualdades que temos no Brasil de hoje. É através da Internet livre e igualitária que brasileiros e brasileiras têm acesso à informações de diversas fontes, matéria-prima para sua própria formação de opinião, não sendo mais reféns dos velhos xerifes da informação que se debatem em agonia no Brasil. É através da Internet livre e igualitária que nos informamos sobre nossos políticos, que realizamos nossas manifestações politicas e que acompanhamos o trabalho daqueles que nos representam no governo.
Sem a Internet livre e igualitária que temos hoje, o Brasil que conhecemos e que estamos construindo deixará de existir e por isso pedimos a Vossa Excelência que nos auxilie a sensibilizar os envolvidos com o debate do Marco Civil, para que entendam o impacto desta decisão no desenvolvimento de nosso país.
Acreditamos que nem todos os legisladores e políticos são especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação e por este motivo, nós, especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação pedimos a sua intervenção e oferecemos aqui a nossa opinião sobre o tema.
Seminário internacional ‘Direito à Comunicação, Democracia e Convergência Tecnológica’ acontece dia 22 de novembro, em Brasília
Novembre 12, 2012 22:00 - no comments yetPor Adital
A Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) realizará no dia 22 de novembro, em Brasília, o seminário internacional ‘Direito à Comunicação, Democracia e Convergência Tecnológica’, simultaneamente haverá o lançamento do Programa Mundial de Legislações e Direito à Comunicação da AMARC.
As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail legisla.radcom@gmail.com.
O objetivo do evento é defender e promover o estabelecimento de condições favoráveis para o funcionamento eficaz das rádios comunitárias tanto nas políticas públicas quanto na legislação e regulamentos.
O Seminário Internacional promoverá uma discussão aberta com aliados/as do movimento mundial de rádios comunitárias sobre os desafios, as orientações e os mecanismos de atuação do Programa Mundial de Legislações e Direito à Comunicação da AMARC.
O lançamento do Programa Mundial de Legislações e Direito à Comunicação da AMARC será realizado no Brasil para fortalecer a experiência acumulada na América Latina e no Caribe em matéria de legislações.