Aberta a Chamada de Trabalhos para o FISL16
11 de Março de 2015, 12:28 - sem comentários aindaA Chamada de Trabalhos para a próxima edição do Fórum Internacional de Software Livre está oficialmente ABERTA!
Como você já deve saber, grande parte da programação do FISL é montada coletivamente com a ajuda da comunidade. Você pode participar como palestrante ou votando nas atividades que preferir, caso tenha sido palestrante no FISL no ano anterior.
A organização do evento prevê que os palestrantes selecionados serão divulgados no final de maio de 2015. Os participantes que tiverem palestras incluídas na grade não precisam pagar ingresso.
INSCREVA SUA PALESTRA AQUI:
>>> http://segue.fisl16.softwarelivre.org <<<
Oposição quer CPI para investigar esquema de corrupção na Receita Estadual em Londrina
10 de Março de 2015, 15:18(Curitiba, 10/3/15) – A bancada de oposição na Assembleia Legislativa iniciou hoje o processo de coleta de assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de corrupção envolvendo auditores da Receita Estadual em Londrina, que pode ter causado prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres públicos do Paraná.
De acordo com o Gaeco, um grupo de auditores cobrava propina de R$ 200 mil para dar baixa em dívidas milionárias de empresas, referentes a impostos que deixaram de ser recolhidos. Segundo investigações, o grupo criou um “tabelamento” no valor das propinas e teria ainda uma espécie de “lastro político”, que protegia de investigações e impedia o desmonte e remoção de membros para outras Delegacias da Receita Estadual.
“Existia uma quadrilha agindo dentro da Receita Estadual que achacava empresários com um tabelamento de propinas e com a proteção de um braço político. É preciso investigar a fundo todo o esquema”, disse o deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição.
O vice-líder da oposição, deputado Requião Filho (PMDB), afirmou querer acreditar que o governador não tinha conhecimento do esquema. “O ex-secretário Hauly disse que montou uma equipe técnica com indicações políticas. Temos que investigar a fundo quem é esta equipe política, quem faz parte, e também que força é esta que protegia a quadrilha e quem está por trás do esquema.”
Assessoria de Imprensa da Liderança da Oposição na Alep
Renato Sordi (41) 9216-7555 (41) 3050-4171
O panelaço da barriga cheia e do ódio
9 de Março de 2015, 11:55Por Juca Kfouri
Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.
Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.
O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.
Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.
Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca.
Como eu sou.
Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Lembo, que dela faz parte, não nega, mas enxerga.
Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse:
“Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.
O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar.
Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.
Não é preocupação ou medo. É ódio.
Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou.
Continuou defendendo os pobres contra os ricos.
O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.
Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força.
Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.
Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.
E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.”
Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país.
“Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.
Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as de teflon, como bem observou o jornalista Leonardo Sakamoto.
Ou a falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.
Aliás, como bem lembrou o artista plástico Fábio Tremonte: “Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço. Muitos não sabiam onde ficava a cozinha”.
Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta, porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bom serviços da Eletropaulo e da Sabesp.
Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.
Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros é o mínimo que se pode esperar de quem queira, verdadeiramente, um país mais justo e fraterno.
E sem corrupção, é claro!
Publicado Originalmente no Blog do Juca Kfouri
Panelaço e xingamentos: é esta gente sem educação que quer assumir o poder?
9 de Março de 2015, 11:30Não foi o ajuste fiscal e seus efeitos deletérios sobre a população mais pobre o que levou os bairros ricos de 12 capitais, Higienópolis e Leblon como símbolos, a uivar de suas varandas gourmet impropérios contra a presidente eleita do Brasil.
Também não foi a corrupção, ou teriam sido ouvidos apupos endereçados aos peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Os dois apareceram na lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como suspeitos de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.
(Ninguém lembrou deles.)
Era Dilma Rousseff o alvo do protesto ululante de desrespeito, má educação, machismo, covardia.
Em pleno Dia Internacional da Mulher, os ricos resolveram que tinham de desconstruir aos berros a imagem de Dilma, cobrindo-a com o mais abjeto rol de xingamentos a traduzir o preconceito de gênero.
“Vaca”
“Puta”
“Filha da puta”
“Vagabunda”
“Xuuuupa, Dilma!”
“Ei, Dilma! Vai tomar no cu.”
Isso não é “divergência política” –é boçalidade fascista achando que, assim, pavimenta o caminho para o impeachment a jato da presidente.
Não pavimenta.
O linchamento moral de Dilma Rousseff faz lembrar que quem arreganha os dentes contra ela é a mesma parcela da elite hidrófoba que atacou a ascensão social dos pobres; que se opôs à regulamentação da profissão de empregada doméstica; que “denunciou” os aeroportos apinhados de gente que antes nem podia sonhar com uma viagem de avião; que, tendo acesso aos consultórios mais caros do país, vociferou contra o “Mais Médicos”; que se opôs ao ingresso dos negros nas universidades —pela primeira vez em 500 anos.
E que não aceita o resultado das urnas por ódio de classe.
Sejamos francos: a Dilma do segundo mandato ainda tem de provar que fará um governo socialmente justo —até agora, todas as pancadas do ajuste fiscal foram dadas do lado mais fraco…
Mas eu estou entre aquelas pessoas que nunca acreditaram que se possa construir um país melhor apelando para o ultraje baixo e feroz contra uma mulher.
Por tudo isso —hoje— sou Dilma e não abro.
Originalmente publicado em Panelaço e xingamentos: é esta gente sem educação que quer assumir o poder?