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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
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CUT: 15 de abril, um Dia Nacional de Paralisação para derrubar o PL 4330

15 de Abril de 2015, 6:37, por Bertoni

Confira algumas das atividades programadas para esta quarta-feira, 15 de abril. Paralisações, passeatas, panfletagem e atos públicos pelo Brasil

Esta quarta, 15 de abril, é Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330, o projeto de terceirização total que vai retirar direitos e promover demissões.

O projeto já foi aprovado pela maioria dos deputados federais e deve seguir para apreciação no Senado.

A mobilização de hoje, convocada e organizada pelas centrais CUT, CTB, Nova Central, Intersindical e Conlutas e pelos movimentos sociais do campo e da cidade, tem por objetivo pressionar pela derrubada do PL 4330.

A seguir, algumas das atividades programadas para este Dia Nacional de Paralisação.

Em São Paulo, serão realizados vários atos contra o 4330, como atraso na entrada de fábricas, paralisações de algumas horas em outros setores, fechamento de rodovias etc.

O primeiro ato que vai reunir diversas categorias, como bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e o pessoal do setor de serviços e comércio entre outros no mesmo local, será às 15h, em frente a FIESP, na Av. Paulista, 1313. Lá, os militantes e trabalhadores aguardam os militantes do MTST e de outros movimentos sociais que vão partir do Largo da Batata, às 17h, em direção à Paulista.

Todos os movimentos se concentrarão e encerrarão o dia de lutas em frente à Fiesp. Lá, estarão unidos com a Central de Movimentos Populares (CMP) e com a Frente de Luta pela Moradia (FLM), que pouco antes fazem ato no Vão Livre do MASP.

O  ato que  finaliza o Dia Nacional de Paralisação da CUT, CTB, NCST, Intersindical e Conlutas e movimentos populares do campo e da cidade, entre eles MST, CMP e UNE, e também o ato do MTST “Contra a Direita Por Mais Direitos”, que também protesta contra o 4330, será em frente a FIESP, assim que o MTST e os outros movimentos sociais chegarem à Paulista.

O ato do MTST, “Contra a Direita Por Mais Direitos”, tem três eixos: 1) Não ao PL 4330 da terceirização e ao ajuste antipopular dos governos; 2) combate à corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais; e, 3) não à redução da maioridade penal, genocídio da juventude negra e saída para a crise pelas reformas populares.

Ao longo de todo o dia, haverá paralisação de agências bancárias. Pela manhã, haverá paralisações no setor industrial, notadamente no Grande ABC.

Dia 15 de abril acontecerá também o "Dia de Ação Global do Mc Donalds – Por melhores salários e pelos direitos dos trabalhadores do Mc Donalds".A  ação acontecerá na Avenida Paulista e tem concentração a partir das 10h no vão livre do MASP e seguirá para duas unidades da rede na região com panfletagem e carro de som para conscientizar os consumidores e a população sobre as irregularidades trabalhistas praticadas pela empresa.

Em Aracaju, ato na rótula do Centro Administrativo próximo ao Tribunal de Contas das 6h às 8h. Das 9h às 11h, haverá panfletagem no Calçadão da rua João Pessoa (concentração em frente ao Bingo Palace). E às 14h, Marcha Estadual em Defesa e Promoção da Educação Pública (concentração Parque da Sementeira).

Em Belém, a partir das 8h, haverá concentração na Praça do Operário, com as categorias em greve, MST e movimentos sociais. E saem em caminhada até o CIG – Centro Integrado de Governo. Supermercados vão parar. Também paralisação de terceirizados do governo Jatene, que estão há cinco meses sem salários.

Em Belo Horizonte, às 4h30, concentração no Sindimetal em Contagem, no Bairro Jardim Industrial. Por volta das 5 horas haverá ato na porta de fábrica e depois na Refinaria Gabriel Passos, em Betim, para realizar ato em defesa da Petrobrás, juntamente com os petroleiros.  Das 7h às 12h, bancários participarão de mobilização e panfletagem na Praça Sete, na Região Central de Belo Horizonte, com paralisação das agências bancárias até o meio-dia.

No período da manhã, as famílias das ocupações urbanas, organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) realizarão manifestações, assim como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MA) e a Vida Campesina, além de outros movimentos e entidades. Sind-UTE/MG convocou paralisação de 24 horas para o dia 15 de abril. No período da manhã atividade organizada pelo Sindifes discutirão PL no Campus da UFMG; Às 16 horas, todos vão se concentrar na Praça Afonso Arinos, em frente à Escola de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para um grande ato unificado, com a participação das centrais CTB e CSP Conlutas, seguido de marcha até a Praça Sete.

Em Boa Vista, panfletagem na praça do centro cívico em frente à assembleia legislativa e no centro comercial.

Em Brasília, às 16h, tem uma concentração em frente à sede da CUT, que fica na SDS - Ed. Venâncio V - subsolo - lojas 14 – Bloco R, Asa Sul. Depois, militantes seguem em caminhada até a rodoviária.

Em Campo Grande, haverá paralisação da Energisa, companhia de Energia que tem 97 trabalhadores terceirizados. Caminhada até a Praça Ari Coelho (onde passam os ônibus de todas as partes). Panfletagem e Ato Político.

Em Cuiabá, às 16h, haverá concentração na Praça Alencastro, com ato político.

Em Curitiba, o ato começa a partir das 11h30, na Praça Santos Andrade, com caminhada até a Boca Maldita. Os rodoviários, os comerciários, urbanitários e bancários prometem paralisações.

Em Fortaleza, ato na Praça do Carmo a partir das 8h.

Em Florianópolis, ato na Praça XV, em frente à Catedral, às 16 h.

Em Goiânia, ato na praça do Bandeirante, com carreata do SINTEGO chegando ao Ato. Panfletagem nos terminais de ônibus com a cara dos deputados. A CUT-GO fará outdoor. Em todo o Estado haverá carreatas.

Em João Pessoa, a partir das 9h, concentração em frente à Loja Esplanada na Lagoa – Parque Solon de Lucena, e depois caminhada até a Assembleia Legislativa.

Em Macapá, ato na praça da Bandeira com panfletagem e caminhada até o centro comercial.

Em Maceió, concentração a partir das 8h em frente ao CEPA para ato público e caminhada em direção ao centro, com paradas em frente à Caixa Econômica (pauta do movimento pela terra) e Casa da Indústria. Paralisação dos meios de transporte (ônibus, trens, transportes alternativos, etc.); fechamento de rodovias interestaduais em pontos estratégicos; bloqueio de entradas estratégicas da |cidade de Maceió (quatro pontos), e panfletagem nas portas dos cursinhos.

Em Manaus, panfletagem e mobilização no centro comercial nas ruas Eduardo Ribeiro e 7 de setembro.

Em Natal, petroleiros realizarão manifestação na sede administrativa da Petrobras, a partir das 9 horas. A partir das 15h, diversas categorias farão uma concentração unitária, em frente ao prédio administrativo da FIERN.

Em Porto Alegre, durante a parte da manhã, haverá várias paralisações, como metalúrgicos, sapateiros, petroleiros e bancários. Os sindicatos realizarão atividades com suas categorias. Às 12h, os militantes e trabalhadores se concentração em frente à Federação do Comércio, na Av. Alberto Bins, 665. Depois, seguirão caminhando até a Assembleia Legislativa.

Em Recife, a partir das 14h, ato em frente à FIEPE. Com participação de professores da rede estadual que estão em greve. Paralisações previstas: professores da rede municipal de Recife, servidores do Judiciário, (exceto Justiça do Trabalho), metrô, rodoviários, bancários, trabalhadores do Serpro. Os bancários vão fazer um ato no Banco do Brasil do Recife antigo e vão sair em marcha para o ato na FIEPE.

Em Rio Branco, panfletagem no centro comercial e ato público.

No Rio de Janeiro, às 16h, começa a concentração na Cinelândia. Depois militantes e trabalhadores seguem em caminhada até a Firjan

Em Salvador, 4 h da manhã, haverá paralisações. Às 6h: ato da jornada de lutas por moradia na Praça Municipal. Às 15h, caminhada das centrais sindicais, movimento sindical, social, popular e da Juventude, do Campo Grande até a Praça Municipal.

Em São Luís, urbanitários fazem assembleia na CAEMA. Ferroviários fazem paralisação na entrada da Vale. Pela manhã, ato em frente à FIEMA, em conjunto com a CTB. À tarde, passeata junto com a CPT e movimentos sociais e entrega no judiciário do Caderno de conflitos da terra no estado.

Em Teresina, o ato começa às 10h, na Praça Rio Branco. Paralisação dos rodoviários, dos comerciários nas principais lojas do centro comercial, de parte das agências bancárias e dos urbanitários.

Em Vitória, fechamento das entradas da cidade junto com CTB, Intersindical e Conlutas. Às 14h, concentração em frente à Federação da Indústria.

Fonte: CUT



Conlutas: 15 de abril, quadro nacional das mobilizações e paralisações pelo país

15 de Abril de 2015, 6:34, por Bertoni
Pelo país vários atos e paralisações foram marcados para esta quarta-feira (15). Vão parar trabalhadores das fábricas, portos, serviços públicos, área petrolífera, bancos ou comércio e serviços. Haverá atividades de norte a sul do país. Além de protestos em rodovias, e atos unificados em diversas capitais.

Confira o quadro completo. Envie informações das atividades de sua cidade.

Porto Alegre (RS)

Metroviários de Porto Alegre organizados pelo Sindmetrô vão fazem paralisação de 24 horas a partir da zero hora de amanhã.

Trabalhadores em Educação farão atividades em todo o estado e vão parar as atividades.

Às 10h, ato unitário com concentração na Praça da Matriz. Os manifestantes sairão em passeata até o centro e se unificarão com outras categorias, às 11h30.

Paralisação de uma empresa de ônibus.

São Paulo (SP)

Ato unitário, às 17h, no largo da Batata.

Os servidores do Judiciário Federal aprovaram parar por 24 horas neste dia, com assembleia, às 13h, em frente ao Fórum da Justiça Federal.

Trabalhadores da Universidade de São Paulo também farão paralisação em unidade com os estudantes. A decisão, tomada em assembleia realizada nesta terça-feira (14/04), é de fechar (trancaço) a entrada da USP (portão 1), a partir das 6 horas, assim como realizar o bloqueio de duas vias: a avenida Afrânio Peixoto, que dá acesso à universidade, e a Rua Alvarenga. Ainda nesta assembleia foi aprovada a participação no ato de 17h, no Largo da Batata.

Haverá pela manhã trancaços em vias e rodovias dos professores estaduais em greve e do movimento popular, entre os quais, o Luta Popular.

Professores em greve participarão de audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), às 15h.

Nesta terça-feira (14), os metroviários de São Paulo farão assembleia para definir se farão paralisação no inicio da manhã. Haverá carta aberta à população sobre o dia 15.

São José do Rio Preto (SP)

Ato público às 14h em frente à Prefeitura de Rio Preto.

São José dos Campos (SP)

Paralisação nas fábricas da região.

Fortaleza (CE)

Em Fortaleza, a concentração do ato será na Praça do Carmo a partir das 8h. Os operários da construção civil farão paralisações em vários canteiros de obra e se somarão aos demais setores ao ato. A perspectiva é de cerca de 3 mil pessoas na manifestação.  Haverá passeata pelas principais ruas do centro mobilizando os comerciários, bancários, vigilantes e a população.  Será organizada uma paralisação dos motoristas nos principais terminais da Cidade. A CSP-Conlutas participará junto de varias entidades entre as quais CUT, CTB, INTERSINDICAL, MTST, MST, UNIDADE CLASSISTA, MML e ANEL de um ato unificado com paralisações. A manifestação será no centro da cidade.

Interior do estado: Iguatu, Juazeiro, região do Cariri e Vale Jaguaribe participarão do dia 15/04 unificando as lutas.  Servidores judiciários e municipais também participarão do ato.

Em Belém (PA)

Ato Unificado dos professores da Universidade Estadual do Pará e da Educação Básica. Concentração às 9h na Praça da República. Os operários da Construção Civil vão paralisar nove obras por 2 horas e vai ter panfletagem nas mesmas. A Universidade Federal do Pará vai fechar os portões e os professores do Andes-SN vão paralisar suas atividades no dia e se somarem no ato. Os bancários aprovaram paralisação também no dia 15.

Rio de Janeiro (RJ)

Ato público unificado do Bloco de Esquerda com concentração às 16h na Candelária. Organizado por: CSP-Conlutas, Unidade Classista – RJ, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Unidos para lutar, MTST Rio Janeiro, Regional Rio Andes-SN, Sinasefe Nacional, Sindipetro-RJ, Sintufrj Vermelho :: Oposição de Verdade, Sintuff Fasubra, Assines-SSind, Adufrj SSindd, Aduff SSind, Adunirio Seção Sindical Andes, Adur-RJ SSind, Asduerj – Associação dos Docentes da UERJ, Aduezo Ssandes, Aduenf-SSind, Adcefet-rj SSind, ASFOC de Luta, Comissão de trabalhadores do Comperj – Movimento S.O.S Emprego, Anel On Line, Articulação Nacional de Estudantes de Ciência Sociais. Na sequência, o ato se desloca até a Firjan, onde se encontra com outras entidades e movimentos, como a CUT, que realizam ato às 16h na Cinelândia.

Paralisação de 24 horas dos profissionais em Educação da rede estadual do Rio, organizados pelo Sepe.

Teresina (PI)

Concentração às 10h no Palácio da Cidade. Passeata percorre Palácio do Karnak e se encerra no Ministério do Trabalho na avenida de Frei Serafim.

Belo Horizonte (MG)

Ato unitário às 16h com concentração na Praça Afonso Arinos. Paralisações de fábricas metalúrgicas e gráficas e de um hospital pela manhã.

Salvador e diversos outros municípios (BA)

Em Salvador, haverá ato unificado com as centrais, às 15h na região central.

Em Lauro de Freitas haverá paralisação dos educadores municipais.

Em Feira de Santana, ato unificado com as outras centrais, às 9h.

Natal (RN)

Haverá  assembleia da campanha salarial dos servidores estaduais da saúde e municipalizados e a assembleia dos servidores da saúde de Natal,  às 9h, com paralisação e ato unificado em seguida.

Curitiba (PR)

Ato unificado das centrais, às 12h, na Praça Santos Andrade com caminhada até a Boca Maldita, participam CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical Paraná entre outras organizações.

Paralisações nas montadoras a partir das 6h. Fechamento de três BRs e paralisações na Repar (petroleiros). Assembleia às 7h dos professores das universidades federais.

Aracaju (SE)

Ato na Rótula do Centro Administrativo, próximo ao Tribunal de Contas, das 6h às 8h.

Panfletagem no Calçadão da Rua João Pessoa, concentração em frente ao Bingo Palace, das 9h às 11h.

Marcha estadual em defesa da Educação Pública e contra a precarização, com concentração no Parque da Sementeira.

Também haverá paralisação em duas unidades da Petrobrás. A Sede Administrativa em Aracaju e o campo de extração, em Carmópolis.

Campina Grande (PB)

Ato às 8h na Praça das Bandeiras.

Recife (PE)

Ato com concentração em frente à Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE) no cruzamento da Av. Norte com Av. Cruz Cabugá, às 14h. Passeata até o Palácio do Governo, com parada em frente ao IEP, com intervenções em solidariedade à greve dos professores.

Brasília (DF)

Ato às 16h na rodoviária com previsão de caminhada até o Congresso Nacional. Participarão CSP-Conlutas, CGTB, MTST, Anel entre outros movimentos.

Fonte: Conlutas



PL 4330 é problema para quem Trabalha!

10 de Abril de 2015, 14:19, por Bertoni - 0sem comentários ainda



É preciso avançar nos espaços de poder para chegar à equidade de gênero

10 de Abril de 2015, 10:49, por Bertoni

Por  Clemente Ganz Lúcio1 e Patrícia Lino Costa2

Em meio a muitas adversidades enfrentadas no dia-a-dia, as mulheres vêm conquistando alguns avanços no mercado de trabalho. A situação ainda está muito longe da ideal, mas um estudo realizado pelo DIEESE, para marcar o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, mostra que seguimos em direção a um mercado de trabalho com maior equidade de gênero.

A base do estudo é a Pesquisa de Emprego e Desemprego, que o DIEESE realiza em conjunto com a Fundação Seade e outras entidades parceiras e apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e Fundo de Amparo ao Trabalhador. De acordo com os números, a presença feminina na força de trabalho se estabilizou nos últimos anos e, de cada 100 mulheres, cerca de 50 estão no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas na Região Metropolitana de São Paulo.
A taxa de desemprego da mulher é sistematicamente maior que a dos homens, mas, recentemente, a diferença vem diminuindo, o que indica a criação de mais postos de trabalhos para elas. Mesmo assim, as mulheres ainda correspondem a mais da metade do número de desempregados.

Todo o movimento de elevação do número de postos de trabalho com carteira de trabalho assinada, no período recente, beneficiou também as mulheres, pois houve crescimento do número de empregadas com proteção social. Contudo, quando ocupadas, elas encontram maior dificuldade de ascensão profissional, principalmente para chegar a cargos de chefia. E, em termos gerais, ganham menos do que os homens, apesar de possuir maior escolaridade.

É preciso ainda lembrar da dificuldade enfrentada pela mulher negra no mercado de trabalho. Ela acumula dupla discriminação: por sexo e raça. A grande maioria ainda está no emprego doméstico ou em setores sem proteção social, onde recebe menores salários e tem pouca chance de crescimento profissional. Para essas mulheres, deveria haver maior atenção por parte do poder público, com ações e políticas de incentivo e proteção redobradas.

O debate rumo à equidade de gênero precisa mudar de patamar. O movimento sindical e social tem demandado que a mulher ocupe espaços de poder, onde possa efetivamente ajudar a construir uma sociedade mais justa. Mais da metade da população brasileira é mulher, mas a presença feminina é baixíssima em cargos de representação política. Em 2014, cresceu o número de candidatas mulheres, mas, na Câmara dos Deputados, somente 9,9% dos parlamentares são do sexo feminino. No Senado, o percentual é 13,6%. Como resultado dessa baixíssima participação, a mulher e os problemas que ela enfrenta são sub-representados nas leis criadas.

Outra questão importante diz respeito à mudança de comportamento nas empresas. A presença feminina em cargos executivos e de chefia é muito pequena. Além disso, as trabalhadoras são mais suscetíveis ao assédio moral e sexual. A forma de mudar a percepção sobre o papel da mulher dentro dessas organizações é pela negociação coletiva. Os acordos negociados indicam uma grande melhora em termos de proteção à mulher que é mãe, mas ainda é preciso transformar as cláusulas de igualdade e equidade em ações efetivas dentro da empresa, para transformar o ambiente de trabalho. Para que isso aconteça, é preciso que haja a ampliação da participação das mulheres nas entidades sindicais, na elaboração das pautas e nas mesas de negociação.

Também não é admissível que continue a vigorar o pensamento que diz que a mão de obra feminina é mais cara porque a mulher engravida ou precisa cuidar dos filhos ou dos pais. É preciso intensificar ainda mais a discussão, já em pauta, sobre a necessidade de se compartilhar as responsabilidades familiares e, para isso, é preciso repensar os papéis socialmente atribuídos ao homem e a mulher. Enquanto o homem ocupado faz cerca de 9,8 horas semanais de serviços domésticos, a mulher ocupada faz 20,6 horas. Por que a maior parte do trabalho doméstico precisa ser feita pela mulher?

Outra ponta dessa questão são as políticas públicas. Para promover a igualdade de condições de inserção da mulher no mercado de trabalho, as políticas públicas precisam universalizar o direito de acesso às creches, à educação infantil, básica e média, em tempo integral, assim como assegurar serviços que possam amparar as famílias nos cuidados com os idosos.

A verdadeira transformação só acontecerá quando as mulheres passarem a ocupar mais os espaços de formulação política, sindical e dentro das empresas; quando a educação incorporar a necessidade de disciplinas que ensinem as crianças a enxergar um mundo em que o papel de cuidar da família pertence aos adultos e não apenas à mulher; quando houver mudanças nas políticas públicas e; quando a discussão sobre a situação feminina deixar de ser feita entre mulheres, mas incluir também os homens.

1 Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
2 Economista do DIEESE.



Centrais Sindicais decidem convocar GREVE GERAL e parar o Brasil no dia 15/04/2015

8 de Abril de 2015, 17:47, por Bertoni

As centrais sindicais CUT, CTB, INTERSINDICAL, CSP-CONLUTAS, o MST e MTST, reunidos em Brasília nesta quarta-feira, 08/04, decidiram convocar GREVE GERAL NACIONAL no dia 15 de abril próximo contra o Projeto de Lei 4330 que libera geral a Terceirização no Brasil e acaba com todos os direitos dos Trabalhadores brasileiros.

Esta é a primeira GREVE GERAL convocada pelas Centrais Sindicais nos últimos 25 anos!



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