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Paulo Freire em entrevista no Museu da Pessoa
29 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPoesia inventiva: continua a lista de definições indefinidas de poesia
28 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaContinua a lista de definições indefinidas de poesia...
A poesia inventiva é uma certeza formal, é desdobrar-se em teorias e encontrar o significado. Nem por isso ela é finita e não possa se prestar a uma viagem de desejos e emoções.
A poesia formal não é ritual de inteligências em disputa. É um desfrutar compreensivo da emoção vivente. Ainda que seja ela um lapidar constante e indomável.
A poesia inventiva é um marco referencial da evolução intelectual do homem.
A poesia inventiva é uma vez e não era uma vez.
A poesia inventiva fez o homem perceber que a sua dor é real. Antes, e ainda hoje, a dor era um advento do mistério, do inconcluso.
A dor é uma conclusão para nossa tentativa de evolução.
A poesia inventiva é uma reavaliação do estado de conhecimento do homem perante si mesmo e o mundo.
Investigando a forma, reavaliamos nossa capacidade múltipla e inquietante de pensar e agir.
A poesia inventiva é uma forma única ainda que seja vista sob diversos modos. Esta é exatamente a sua essência; ela é única e, ao mesmo tempo, múltipla.
A poesia inventiva é uma razão em forma, é uma emoção em leitura.
A poesia inventiva é um recurso para o desenvolvimento intelectual do homem. Seu projeto é de síntese e expansão – uma antagonia que cerca a dúvida e o mistério, porém manifesta inapeladamente a razão e o pensamento filosófico.
*Emerson Sitta, 35
Poeta, professor, Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC SP e doutorando em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC SP.
@emersonsitta
Obrigação de assistir à Globo
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDevido ao incidente, pretendo lançar uma campanha (abaixo-assinado) e até procurar o Ministério Público para mudar essa prática nefasta, que acho ser possível e que venha a ter o apoio tanto do governo quanto da população.
Por que somos obrigados a assistir à TV Globo em repartições públicas?
Quem já não se indignou por ter sido obrigado a assistir à TV Globo enquanto aguardava o atendimento em alguma repartição pública?
Ter que aturar Ana Maria Braga dentro do prédio da Receita Federal, ou VALE “A PENA” VER DE NOVO em fila da Caixa Econômica Federal, ou Vídeo Show dentro de uma prefeitura, pode não ser ilegal, mas é imoral, pois pagamos A PENA por assistir a toda aquela chatice alienante.
De acordo com o art. 5, inc LXXIII da Constituição Federal, “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
É IMORAL o benefício que o governo federal (ou estadual, ou municipal, que também se utilizam dessa prática) concede à Rede Globo pela exclusividade de exibição de seus programas em repartições públicas. A audiência que os governos garantem à Rede Globo é indecorosa e antidemocrática, pois deveriam, então, exibir todos os canais de televisão. São milhões de espectadores. Sem dúvida alguma, dezenas de milhões.
A desculpa esfarrapada para que 99% dos aparelhos das repartições públicas estejam automaticamente sintonizadas na TV Globo é “por causa do sinal”. Ora, isso não nos convence há mais de 10 anos; pois, com o avanço tecnológico do setor das comunicações, em geral, e, especificamente, com a internet, aquilo que ainda existe de melhor (ou menos pior) pode e deveria ser oferecido.
Nosso tempo é valioso, e, enquanto somos obrigados a ficar parados, esperando atendimento, deveríamos ser contemplados com coisas que nos compensem a perda de tempo de espera; ou seja, pagar A PENA pelo que “se deve”, assistindo a programas educativos e verdadeiramente informativos, adequados ao ambiente, e não sendo obrigado a acompanhar reprises de cenas de baixaria de uma novela, na qual duas mulheres se esbofeteiam e se ameaçam de morte.
Provavelmente você, leitor, já assistiu à TV Globo dentro de uma repartição pública, mas já imaginou que, em cada canto desse enorme Brasil, há uma repartição pública com aparelho(s) ligado(s), exibindo a programação da Globo? Eu suponho que a soma de todos os aparelhos de tevê que existem dentro de repartições públicas chega a milhões. É fácil supor essa quantidade, se imaginarmos todas as repartições públicas do Brasil. Em cada canto deste país há uma repartição pública com um televisor ligado exibindo programas da TV Globo. Seja numa delegacia de polícia ou num hospital.
Em relação ao atual índice de audiência da Globo, quanto, dessa fatia nacional, os aparelhos de repartições públicas, oferecidos pelos governos, representam no contexto? Pra quanto iria o índice de audiência da Globo se o governo fosse justo e cortasse esse privilégio concedido por não sei quem?
Eu quero levar ao conhecimento do Ministério Público e solicitar que tomem as devidas providências. Mas, provavelmente, também no Ministério Público deve haver uma sala de espera com uma tv ligada no Globo.
(Colaboração de Kais Ismail, publicitário. Texto publicado originalmente no site Agência Assaz Atroz e lido no Terra Brasilis)
Avaaz censura petição favorecendo Gilmar Mendes
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Alegando violação de seus "Padrões de Conteúdo", o Avaaz.org - na maior cara-de-pau - retirou de seu site a Petição pelo impeachment de Gilmar Mendes do STF.
Veja aqui a informação dada pelo site:
Olá
Nós estamos lhe escrevendo para lhe informar que sua petição foi retirada do site: "Impeachment" do ministro Gilmar Mendes do STFToda petição no site Petições da Comunidade da Avaaz precisa aderir ao
Acordo da Comunidade.
Apenas o conteúdo que estiver de acordo com esses termos de uso será hospedado nesta plataforma, fundada e alimentada pela comunidade da Avaaz. Aqueles que violarem este Acordo serão removidos.
Para responder a remoção da sua petição, ecaminhe (sic) este email para moderator@avaaz.org juntamente com sua explicação.
Obrigado por usar o site.
Saudações,
A equipe do site Petições da Comunidade da Avaaz
'Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu' - Caio Blat
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Victor ZachariasO ator Caio Blat esteve em Suzano em um evento promovido pela prefeitura durante o qual participou de uma roda de conversa com a juventude e contou um pouco da sua trajetória de vida, a experiência no teatro, cinema e televisão.
Sua premiada carreira começou precocemente, primeiro fez comerciais de publicidade aos 8 anos, depois atuou em novelas, só então chegou ao teatro. Quanto aos estudos, preferiu fazer faculdade de direito ao invés de artes cênicas, pois a intenção era a de ampliar sua cultura e conhecimento. Entrou na USP, mas não concluiu o curso.
Cinema não chega aos pobres
Quando foi fazer o filme Bróder morou por um tempo no bairro de Capão Redondo em São Paulo, foi lá que percebeu que o cinema não chega até as pessoas da periferia, o público que atinge é restrito, o motivo a seu ver é porque não existem salas disponíveis nestes lugares, o ingresso é caro e o filme brasileiro fica uma semana em cartaz e sai para dar lugar aos filmes da indústria americana.
Esquema para fazer sucesso
Ele foi produtor de seus últimos filmes, por isso descobriu qual era o esquema da distribuição, e Caio indignado disse "é uma coisa que me deixou enojado, me deixou horrorizado".
"No cinema a distribuição é predatória, ainda é um monopólio", disse Caio, "são pouquíssimas empresas distribuidoras e o que elas fazem é absolutamente cruel, elas sugam os filmes, não fazem crescer, sugam para elas, são grandes corporações".
Ele disse, "ia ao Vídeo Show, no programa do Serginho Groisman e outros. Achava que era um processo natural de divulgação, foi quando descobri que estas coisas são pagas. Quando vou ao programa do Jô fazer uma entrevista isso é considerado merchandising, não é jornalismo".
A Globo faz estas ações de merchandising, inclusive em novelas, e fatura para a Globo Filmes. Comenta Caio, "Ela cobra dela mesma". Ele notou que este é uma espécie de "kit" para que o filme aconteça e seja exibido em dezenas de salas em todo o Brasil. Se por acaso os produtores não aceitarem esta imposição, a Globo não levará ao ar nada do filme em nenhum de seus veículos, nem no eletrônico, nem no impresso, Caio completa, "Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu"
No contrato de distribuição, Caio detalha, fica estabelecido que o primeiro dinheiro a entrar da bilheteria do filme é para pagar a Globo Filmes, "É um adiantamento que estamos fazendo. Olha o que eles estão dizendo! Adiantamento fez quem realizou o filme, investiu muito antes". Ele pergunta, "O que a Globo faz? Quanto ela gastou para fazer este "investimento"? Nada. O programa deles tem que acontecer todos os dias, eles precisam de gente para ser entrevistada, finaliza sobre este tema.
Jornalismo que é propaganda disfarçada
Sem contar o lado ético, que no capitalismo é apenas retórica, chega-se a primeira conclusão que tudo que é exibido na televisão, uma concessão pública, é propaganda, ora em formato de comercial, ora como merchandising, isto é, dentro do programa e até em estilo jornalístico. Outra conclusão é que a TV gera lucro em outros negócios para seus concessionários que nada tem a ver com a atividade fim da concessão.
Lei limita propaganda
Nas leis, que completam 50 anos, de números 52.795/63, art.67 e 88.067/63, art.1, art 28, 12, D, está escrito o seguinte: Limitar ao máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do horário da sua programação diária o tempo destinado à publicidade comercial. Pelo visto, ela claramente não é cumprida na programação que vai ao ar.
Existem também canais que passam promoção de vendas o tempo, neste caso, além da lei citada, também deixam de cumprir o princípio constitucional : Art. 221 - A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
Tudo leva a crer que estas questões são graves o suficiente para suspensão das outorgas das emissoras infratoras.
Por isso, e por muitas outras coisas, é preciso que este tema da democracia da mídia seja discutido no país e o Marco Regulatório da Comunicação, após ampla consulta pública, encaminhado o mais rapidamente ao Congresso, sem o qual a Liberdade de Expressão com diversidade e pluralidade continuará seriamente prejudicada.
Assista ao vídeo do bate papo, a questão da mídia começa a ser colocada com 12'53"