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Catastroika, documentário devastador sobre as privatizações massivas no mundo
22 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Este é o novo documentário da equipe responsável por Dividocracia.
Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Publicado no Rede Castor
Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Brasil, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em setores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, repassaram emrepassam bens materiais a preço vil, alienaram e alienam riquezas do subssolo e “off-shore” com contrapartida ínfima e criminosamente elegeram os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável.
Sacrifica-se e sacrificaram a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.
As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika – FMI, BCE e CE), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate».
Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para acabar com a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia.
O objetivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos.
Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como está se vendo na Grécia, Espanha, Portugal, Itália e outros a tentativa e prática do total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, notadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão do tecido social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro.
Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemônico omnipresente na mídia-de-mercado, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta pela democracia ou a barbárie neoliberal.
As rapidinhas do Sr Comunica - 21/05/2012
22 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaFoto de Fernando Torquato exposta em 2006 na mostra intitulada "Síntese" |
1 - A grande (ou velha) mídia não perde tempo, batizando a CPI do Cachoeira com palavras como "pizza" e "lama". A clara intenção é dizer que o poder público é uma fanfarronice do início ao fim. Estranho é que estes jornalistas da grande mídia nunca tenham se deparado com esta notícia: estudiosos da USP analisam 11 anos de CPIs e contrariam o senso comum. “As CPIs acabam em pizza? Uma resposta sobre as comissões parlamentares de inquérito no presidencialismo de coalizão”, de autoria de Lucas Queija Cadah e Danilo de Pádua Centurione.
2 - Ontem, domingo, a Folha de São Paulo publicou: “Investigação no Congresso é a mais lenta em 20 anos”. Disse ainda o jornal: “Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público”. O "nunca antes" do início da frase é uma referência implícita ao ex-presidente Lula. Será que o jornal quis subentender que o governo petista é lento em relação à justiça?
3 - O Estado de São Paulo diz que a CPI "foi orquestrada pelo ex-presidente Lula com o intento “revanchista” de se vingar de seus adversários políticos, de castrar a sagrada a “liberdade de imprensa” e de desviar o foco do julgamento do chamado “mensalão do PT” no Supremo Tribunal Federal (STF)" (trecho destacado é de autoria de Altamiro Borges).
4 - Por falar em CPI, como andará a tal CPI da Privataria? O furor causado pelo livro A Privataria Tucana sumiu dos noticiários (se é que algum dia o frequentou) e até mesmo das mídias sociais. Alguém sabe explicar?
6 - A presidenta Dilma vetou a venda de remédios em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência e estabelecimentos similares. Obrigado Dilma.
7 - Argentina + futebol + um fora na Globo = Herrera. Parabéns, Herrera! "Música pra quê?" A Rede Globo acha que o mundo todo (7 bilhões de terráqueos) é obrigado a acompanhar as invencionices e babaquices da emissora? Detalhe: não somos!
8 - Foi aprovado o aumento penal para internautas que usarem perfis falsos. As fotos publicadas de Carolina Dieckmann serviram para a criação instantânea de alguns projetos de lei e também para desenterrar outros tantos. Nada contra nem a favor, mas penso que deveríamos analisar e debater muito antes de apoiar esta ou aquela iniciativa, deixando as emoções de lado.
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8 - Foi aprovado o aumento penal para internautas que usarem perfis falsos. As fotos publicadas de Carolina Dieckmann serviram para a criação instantânea de alguns projetos de lei e também para desenterrar outros tantos. Nada contra nem a favor, mas penso que deveríamos analisar e debater muito antes de apoiar esta ou aquela iniciativa, deixando as emoções de lado.
9 - "O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), já perdeu seis pontos nos índices de bom e ótimo por causa da divulgação de fotos da viagem a Paris em 2010, na companhia de empresários e integrantes da equipe de governo, com as respectivas esposas, pelo ex-governador Anthony Garotinho. Mesmo assim, Cabral mantém mais de 60% de aprovação. E o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, não sofreu desgaste, embora também tenha participado da viagem." Publicado no blog do Azedo.
Barrigada mundial: dentista arranca todos os dentes de ex-namorado por vingança
22 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Descubra se a história da polonesa Anna Mackowiak, que teria arrancado todos os dentes do ex-namorado para se vingar pelo término do romance, é verdadeira ou falsa!
Por E-Farsas.Com
A notícia apareceu na web em abril. A dentista Anna Mackowiak, depois de levar um fora do namorado – Marek Olszewski -, resolveu se vingar arrancando-lhe todos os dentes da boca!
De acordo com vários e vários sites de notícias, Anna teria se aproveitado que o ex iria se consultar em sua clínica e aplicou uma forte anestesia que o fez ficar desacordado para, então, fazer as extrações. Quando o rapaz acordou, estava banguela!
E ainda, a dentista estaria sendo investigada na Polônia por negligência médica e pode pegar até três anos de prisão.
Depois de ser publicado no jornal britânico Daily Mail (a notícia foi removida), vários outros jornais republicaram a notícia. Mas ficamos em dúvida, será que essa história é verdadeira ou falsa?
É falsa! O fato nunca ocorreu naquele país!
Quem fez o que todo jornalista deve fazer e pesquisou os fatos foi o reporter Erin Tennant, da MSNBC. Com apenas algumas simples consultas, Tennant descobriu que:
- A delegacia de Wroclaw na Polônia (cidade onde o fato teria acontecido) negou qualquer registro de incidente com essas características
- Um consultor jurídico para a Câmara da Polônia de médicos e dentistas, que lida com questões disciplinares, disse que a organização não está investigando e nunca investigou qualquer caso semelhante
- O mesmo consultor acrescentou que não há nenhuma dentistachamada Anna Mackowiak registrada na central de dentistas da Polônia
Barrigada mundial
No dia 02 de maio de 2012, o canal de notícias polonês TVN4 publicou um artigo ridicularizando a cobertura da mídia estrangeira sobre a história falsa. De acordo com a publicação, tudo não passou de uma brincadeira que acabou se espalhando pela web até virar uma “verdade” e fazer com que vários jornais se passassem como bobos.
O jornal polonês A Gazeta de Wroclawska também desmente toda a história e confirma que a tal dentista não existe.
No Brasil
Vários sites brasileiros também caíram na pegadinha!
Conclusão
História falsa! Nem mesmo o repórter do Daily News, Simon Tomlinson, foi capaz de explicar de onde ele tirou tal notícia. O fato é que muita gente confiou no jornal e copiou a história sem ao menos pesquisar.
Veja X Record: a guerra política nos bastidores da imprensa
22 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Palavras Diversas
As imagens veiculadas por algumas emissoras de TV que mostraram o senador Pedro Simon cochilando, o deputado Onix Lorenzoni tomando erva mate em seu chimarrão e parlamentares conversando ao pé do ouvido durante sessão da CPI do Cachoeira, despolitizam um assunto de grande importância para a sociedade e servem aos interesses de quem trabalha para desacreditar os esforços desta comissão.
A impressão que fica é que querem mostrar à opinião pública o picadeiro de um circo político montado para chegar a lugar algum, com a exploração de imagens desconectadas de seus sentidos concretos para fazer-nos crer que esta investigação, no âmbito parlamentar, é perda de tempo e que os personagens que a constituem não atuam com a seriedade que o rito exige.
A questão é mais aguda: porque apenas explorar o cochilo de um senador e não analisar, com embasamento na documentação já acumulada, os nomes das pessoas que serão convocadas para prestar esclarecimentos, conforme os requerimentos aprovados pelos senadores e deputados?
Estes requerimentos são resultados do trabalho desta CPI e merecem ser apresentados como um sinal positivo produzido por seus integrantes. A sociedade precisa ser informada do porquê destas convocações, mais do que ser instada a rir de sonecas involuntárias.
O que se percebe neste episódio é um esforço editorial descomunal das emissoras de TV, principalmente da Globo, em esconder da audiência o que se avançou até o momento, nas contendas políticas que uma CPI deste porte provoca, e, principalmente, onde tais disputas podem desembocar.
Preferem apresentar ao público que o que é investigado lá no Congresso não é algo que mereça a atenção das pessoas.
O trabalho de desconectar imagens de sua realidade e significado maiores é típico daqueles que já não queriam a instalação desta CPI, e, que agora, trabalham incessantemente para desacreditá-la, manipulando sobre acontecimentos fortuitos. Para salvar as peles que chamuscam na própria imprensa e na oposição.
A Globo, a frente de algumas outras TVs, age, dolosamente, para esvaziar o sentido político desta comissão parlamentar. No máximo a CPI é divulgada como sessões de articulações de políticos espúrios, caracterizada pelas imagens de parlamentares falando ao pé do ouvido, e buscam germinar um sentimento de podridão no povo sobre os que investigam, igualando todos e todos os indícios levantados até agora em lixo sem qualquer utilidade social. Safando-se todos pela mediocrização da cobertura jornalística.
Comportamento muito diferente da cobertura recente de outras CPIs, em que os requerentes eram mostrados como homens de bem em busca da verdade e em defesa da ética, imagem que construíram, sob medida, para transformar Demóstenes Torres e Álvaro Dias em heróis nacionais.
Agora o esforço é no sentido contrário, ou seja, transformar todos em palhaços, investigados, indiciados e investigadores, como atores de uma peça desinteressante, em um palco confuso de malfeitos e inverdades, partilhada por todos os seus integrantes como valores comuns.
A seriedade e os esforços para se alcançar, com a profundidade necessária, o esclarecimento e a penalização dos crimes cometidos, não merecem ser ilustrados por imagens que demonstrem isso com clareza, porque não gozam do interesse das câmeras de TV, nem tampouco servem de objeto para articulistas que se abrigam nos telejornais brasileiros analisarem a necessária limpeza das podres relações que setores da imprensa tiveram neste esquema.
A cobertura jornalística, com a exploração de imagens pitorescas, quer é calar a voz dos que exigem justiça e, também, impedir que seus pares caiam nas garras da justiça.
Pior, a intenção maior é fazer o cidadão comum desacreditar, ainda mais, em sua representação parlamentar, rotulando a todos como exemplares supérfluos à sociedade.
Alguns espécimes da classe política não tem apresentado exemplos que a abone de alguns desmandos e atos de corrupção, infelizmente.
Mas manipular, com uso imagens desvinculadas de sentido amplo nos telejornais, impede que a audiência perceba que há também parlamentares que buscam recuperar a credibilidade do parlamento brasileiro e dar o bom exemplo, punindo quem deve ser punido.
O cochilo de Simon virou símbolo da jogada midiática contra a legitimidade da CPI instalada, difícil será encontrar imagens de Policarpo, Civita e outros integrantes da grande imprensa brasileira referenciadas ao escândalo, estas permanecem trancadas nas pautas, sob vigoroso esquema de segurança.
Justiça seja feita a Record, segunda maior emissora de TV do país, a única até este momento a apresentar a Veja, O Globo e Folha de São Paulo como participantes de uma cortina de fumaça para impedir que as investigações avancem ou, caso sigam adiante, não sejam devidamente repercutidas.
Fica escancarado neste episódio é que algumas emissoras de TV não desejam que o país seja passado a limpo nesta CPI. Talvez porque estejam, até o pescoço, encobertas pela sujeira que este esquema criminoso produziu, e temem que sejam apontadas como co-articuladoras de um grande mal cometido contra o conjunto da sociedade.
A guerra política também está sendo travada nas bancadas dos programas jornalísticos da TV.
Atualização as 22h20:
A guerra política passará, de fato, pela imprensa. Reportagem do Domingo Espetacular, da Rede Record, demonstra claramente que nos bastidores, Veja, Folha e Globo vão continuar agindo para esvaziar a CPI ou, na pior das hipóteses, confundir o leitor e o espectador sobre a verdade dos fatos.
Por outro lado a divulgação de notícias, sem fonte, para causar prejuízos financeiros a Record ficam claras, trabalho sujo levado a cabo pela Veja e Folha de São Paulo.
A Veja ao divulgar "notícia" sobre suposto prejuízo da emissora paulista em 2012, tem o objetivo de espantar parceiros comerciais e impedir expansão dos negócios da empresa desafeta e tentar retomar o "monopólio da verdade", sem concorrentes que atrapalhem seus negócios.
Perguntas para a Comissão da Verdade
22 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOutro dia um anônimo formulou “Dez Perguntas para a Comissão da Verdade”, que preencheram um vazio discreto na edição da Folha de São Paulo. São elas: que fim levaram os guerrilheiros mortos no Araguaia? Como morreram Vladimir Herzog e Rubens Paiva? Quem eram os informantes do regime? Quem praticou maus tratos nos porões? O que ocorreu na Casa da Morte de Petrópolis e na da Rua Tutóia? Como funcionou a aliança entre as ditaduras da Operação Condor? Onde foram enterradas as vítimas do regime?
Apesar do aspecto meio acaciano de algumas questões, elas abarcam mais ou menos o que se espera do limitado alcance do grupo nomeado pelo governo federal. Mas agregam um enfoque preguiçoso e acomodado, dirigido àquela zona confortável do tema que já foi explorada por extensa bibliografia. Restam outras lacunas que também mereceriam a atenção dos investigadores, justamente porque menosprezadas pela historiografia e pela mídia corporativa:
- Como se relacionaram os grandes veículos informativos da época com o movimento golpista pré-64?
- Que apoios logísticos, financeiros e humanos dedicaram esses veículos ao regime?
- Quais foram os analistas, jornalistas, intelectuais e celebridades que apoiaram o golpe?
- Que empresas nacionais e estrangeiras financiaram a tenebrosa Operação Bandeirante e outros sistemas criminosos?
- Que papel tiveram empresários, diretores e demais representantes de corporações privadas na sustentação do aparato repressor?
- Como as instituições religiosas e os conselhos profissionais se posicionaram em relação à ditadura?
Já que perguntar é inofensivo, pelo menos caprichemos um pouco nas perguntas. Expectativas à parte, claro.
(Escrito e publicado por Guilherme Scalzilli)