O golpe está dado e os serviçais correm para deixar tudo de acordo com os desejos do patrão
Que o golpe de estado foi consumado na madrugada de 11 para 12 de maio não é novidade para as pessoas que pensam autonomamente.
A imprensa nacional festejou e cobrou ação rápida dos golpistas. "Sem tempo a perder", dizem eles.
Em resposta, diversos movimentos foram às ruas protestar contra o golpe de estado e defender direitos ameaçados ou já cortados pelo governo golpista.
A imprensa internacional condenou o golpe no Brasil para delírio da galera antigolpista.
Mas um olhar mais cuidadoso sobre o noticiário internacional nos mostra que os jornalistas estrangeiros se esmeram em demonstrar o ocorrido no Brasil como coisa típica de uma elite retrógrada e mal formada intelectual e culturalmente, o que não deixa de ter seu fundo de razão. Porém, ao focar na especificidade da política brasileira dominada por uma elite bananeira, os coleguinhas estrangeiros parecem esquecer que Temer e sua gangue simplesmente seguem á risca as ordens dada pelo tal "mercado", esse deus que só atende a 1% da população mundial.
Todas as medidas tomadas até agora pelos golpistas visam apenas criar melhores condições para que o Capital explore os Trabalhadores e Trabalhadoras sem nenhum tipo de limite legal.
O que parece que não se percebe é que Temer e sua gangue não são, nem nunca foram, os patrões do golpe. Tão pouco a Globo, Abril, Folha e Estadão o são. Estes são porta-vozes do atraso e da colonização do Brasil. Todos são serviçais do capital transnacional que impõe ao Brasil e aos Trabalhadores e Trabalhadoras brasileiros a agenda neoliberal.
Resumindo: o capitalismo é um sistema justo, tão justo que nele só cabe 1% da população mundial.
E os golpistas só executam o que o patrão mandou para deixar o capitalismo ainda mais justinho, justinho!
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