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Russo condenado por invadir quartel do Exército em Manaus

16 de Fevereiro de 2016, 17:14 , por Bertoni - | No one following this article yet.
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O russo foi preso em flagrante por militares em 29 de abril de 2013, após pular um muro do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército, em Manaus. O caso é tratado como tentativa de espionagem.

Cigs

O russo Denis Alexandrovich Saltanov foi condenado a um ano de prisão pelo STM - Superior Tribunal Militar por ter invadido um quartel do Exército em Manaus (AM).

Passando-se por turista, o russo portava máquina fotográfica, mochila e passaportes russo e equatoriano. Embora pudesse ter entrado no Quartel pelo portão principal sem maiores problemas, Saltanov pulou o muro e foi flagrado por soldados numa área estratégica do Centro de Instrução de Guerra na Selva, onde há documentos científicos sobre a região amazônica.

Ao ser preso, Saltanov disse em inglês que pensava que o objeto militar era um zoológico. Convenhamos, quem é que pula muro para visitar zoológico. Nem animal faz isso, pois estes, quando pulam o muro do zoológico, é para fugir dele.

Ou será que o russo quiz dizer que os militares brasileiros são animais?

Mais tarde Saltanov foi identificado como 'jornalista', mas o efeciente serviço secreto brasileiro teria descoberto que o russo nunca exerceu a profissão.

A Embaixada russa conseguiu libertá-lo 40 dias após sua prisão. Saltanov está hoje em Moscou.

A sentença do STM foi publicada em 04 de fevereiro de 2016. Saltanov ainda pode recorrer ao STJ - Supremo Tribunal de Justiça. Mas a milicada brasileira já avisa. Se pisar no Brasil vai em cana!

Oficialmente, o russo foi preso e condenado pelo crime do artigo 302 de Código Penal Militar – “Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia''.

Porém, a ABIN - Agência Brasileira de Inteligência - trata o caso como espionagem e o assunto vem sendo tema de negociações diplomáticas entre Brasília e Moscou.

Saltanov, se realmente espião, deve ser um daqueles dvoishnik* que recebeu como tarefa de recuperação espionar o Exército Brasileiro na Amazônia. E mais uma vez levou pau na prova.

A pulada de muro deve ter sido inspirada no raro sobrenome do cidadão ou, quem sabe, o codinome do "agente" era uma cifra para que o russo não esquecesse o que fazer durante sua missão secreta...

* Dvoishnik - adjetivo dado ao estudante que só tira nota 2 nas avaliações.
O sistema de avaliações nas intituições de ensino da antiga URSS e da atual Federação Russa é composto por 4 notas: 2 = Reprovado, 3 = Bom/Aprovado, 4 = Ótimo e 5 = Excelente. Quem tira 2 é Dvoishnik (reprova) e que tira 5 é Otlitchnik (aprovado com louvor).

 


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