Artigo publicado pelo UOL em 18 de agosto de 2016 mostra que não existem gigantes eternos e que a Microsoft também fracassa, mas fica quietinha quando isso acontece.
Não era para menos, a gigante do Vale do Silício também tentou monopolizar o mercado de celulares e impor seu "padrão" fechado e proprietário. Só que desta vez os consumidores já conheciam outros produtos que lhes ofereciam melhores experiências de uso ou que, ao menos, lhes dão esta sensação.
A Nokia que já foi sinônimo de celular em todo o mundo, errou a mão ao demorar a lançar smartphones com tela sensível ao toque e liberar o código fonte de seu sistema operacional para que milhares de desenvolvedores em todo mundo pudessem aprimorá-lo. Quando o fez, já tinha concorrentes de peso e perdeu o bonde da história. Agora tenta voltar ao mercado licenciando sua marca e terceirizando a produção física dos dispostivos.
A filandesa Nokia poderia apostar numa parceria com seu compatriota Linus Torvalds e lançar um sistema operacional realmente livre para seus smartphones, mas prefere adotar tardiamente o Android usado também por outras marcas que produzem celulares, desde os mais baratos até o mais sofisticados.
As perguntas que ficam são:
1) Por que alguém compraria um Nokia fabricado pela chinesa Foxconn que roda um sistema operacional igual ao de outras marcas consolidadas no mercado?
2) Se era para adotar o Android, por que a Nokia não o fez nos primórdios deste sistema operacional, quando tinha bala na agulha suficiente para contribuir com o desenvolvimento do mesmo?
3) Por que, mais uma vez, a Nokia perde a oportunidade de ousar no mercado e não adota um sistema operacional realmente livre?
A boa notícia é que, pelo menos em um mercado, os comsumidores se virão livres dos produtos da Microsoft.