Uma linha completa de produtos da Reforma Agrária
10 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaDo Mural do Incra Santa Catarina
Falta conteúdo à oposição brasileira
10 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaEstou meio sem inspiração para escrever nestes dias de janeiro. Mas um trecho do artigo de Argelina Cheibub Figueiredo, no Valor Econômico deste final de semana (11,12 e 13/01/2013), me chamou a atenção e me trouxe às escritas.
Segundo Figueiredo, que é cientista política, professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) "a oposição brasileira precisa dizer a que veio. Principalmente porque enfrenta um governo com políticas apoiadas pela população".
Mas Figueiredo não se contenta em cobrar propostas claras somente da oposição e dá uma cutucada, bem forte, na grande imprensa, nos chamados "formadores de opinião" e na velha classe média.
"Obviamente, para parte dos formadores de opinião, para a grande imprensa e a classe média, não a nova, mas a tradicional, alçados à condição de "opinião pública", o desconhecimento do "mensalão" apontado nas pesquisas e os resultados eleitorais denotam a indiferença do povo ao problema da corrupção. Nada mais longe da verdade. Não há indiferença à corrupção, como aliás mostram várias pesquisas. A maioria da população presta maior atenção em programas e resultados. A campanha negativa pode surtir algum efeito em momentos eleitorais específicos, mas sua exploração prolongada denota ausência de propostas alternativas e afeta a credibilidade da oposição.(destaque nosso) Como a própria história do Brasil mostra, e as últimas eleições confirmam, partidos políticos não obtêm vitórias eleitorais apenas na base de denúncias de malfeitos de governos."
Também é preciso destacar a lei de Garrincha, lembrada pela autora do artigo "Se de fato a oposição imaginou que o julgamento da Ação Penal 470 teria um efeito significativo, esqueceu de combinar com o eleitorado. Este, como sempre, tem se mantido alheio a brigas entre elites.", indicando claramente que há uma mudança significativa de valores na sociedade brasileira e que os tais "formadores" de opinião já não formam mais nada além de si mesmos ao envenar-se diuturnamente num espetáculo sadomasoquista ao qual o povo ou olha como se fosse um entretenimento banal ou simplesmente não lhes dá a menor atenção, enquanto a velha classe média e a elite burra ficam se mordendo de raiva, salivando e rogando pragas ao Governo, ao Brasil e, principalmente, ao povão.
Em resumo, os chamados meios de comunicação de massas e seus formadores de opinião, já não mais influenciam a sociedade e o povo brasileiro como eles mesmos (e grande parte da esquerda) imaginam que influenciem.
Parece que finalmente a famosa "Fora globo que o povo não é bobo" deixa de ser mera palavra de ordem para ser constatação de uma nova realidade no país.
Ao menos é isso o que as urnas indicam nos últimos 10 anos...
Fique esperto: supostas mensagens do Facebook pedem que as contas da América Latina sejam atualizadas
10 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaRecebemos a mensagem abaixo, supostamente proveniente do Facebook, em uma conta de e-mail que não está nem nunca esteve registrada naquela rede social:
Devido a uma falha em nossos sistemas, muitas das contas cadastradas foram hackeadas,
para que você não tenha os mesmos transtornos, pedimos que instale a sua atualização,
caso o contrario sua conta ficara suspensa por 30 dias.
Atualização obrigatoria para todos os usuarios da america latina.
Evidentemente se trata de um spam enviado por espertinhos que, além de não saber escrever direito em português, querem crackear as contas do Facebook.
Se não fosse um spam, mas sim uma mensagem oficial do Facebook, restaria perguntar:
- Onde o Facebook teria conseguido o endereço de e-mail que não está cadastrado lá?
- Que raios de segurança seletiva tem esta rede social que a deixa vulnerável apenas no continente latinoamericano?
De todas as formas, fique esperto e não caia no conto do vigário, pois mesmo que cancelassem sua conta, você não perdaria nada de importante neste mês de cancelamento. Ao contrário, ganharia tempo livre para fazer coisas mais interessantes.
O carro mais eficiente do Brasil não é 1.0
8 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) divulgou a Lista de 2013 do Programa Brasileiro de Etiquetagem Automotiva
Conhecida como o "ranking de consumo" dos carros já à venda, a lista conta com maior número de participantes que em edições anteriores e confirma que os carros 1.0 não são exatamente os veículos mais econômicos do país.
Os carros híbridos, que combinam um motor a combustão e um elétrico, são os indiscutíveis campeões de eficiência energética, principalmente nas cidades, onde a baixa velocidade média aciona apenas o propulsor elétrico, com gasto zero (literalmente) de combustível.
Dados laboratoriais do Inmetro mostram que o carro mais econômico a venda no Brasil em 2013 é o Ford Fusion Hybrid, com consumo de 16,8 km/l de gasolina na cidade (16,9 km/l na estrada). Nota A.
Geralmente os veículos híbridos são movidos a gasolina e eletricidade, mas já está na hora de nosso governo incentivar a produção de veículos híbridos a partir de combustíveis renováveis, tais como o etanol e o biodiesel, enfatizando a produção de veículos destinados ao transporte coletivo de qualidade e confortável.
Veja também:
Empregos, transportes, meio-ambiente e alternativas viáveis
Lista de 2013 do Programa Brasileiro de Etiquetagem Automotiva
Empregos, transportes, meio-ambiente e alternativas viáveis
8 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaA questão ambiental está em pauta e nota-se que, se a mesma tornou-se o foco de atenção dos governos, dos organismos multilaterais de desenvolvimento, dos movimentos sociais, das empresas, das escolas, da mídia e de uma parcela cada vez maior da população, nem sempre o Movimento Sindical Urbano lhe dá a devida atenção, ainda que exista um relativo consenso de que é necessário mudar o atual modelo de desenvolvimento (baseado no uso predatório de recursos naturais, em tecnologias que consomem muita energia, em fontes de energia poluentes, na valorização do consumo, etc), por um outro modelo que assegure o desenvolvimento sustentável e garanta a existência do Planeta e dos Seres Humanos e suas gerações futuras.
Trata-se de uma mudança de paradigma, de pensarmos não apenas o desenvolvimento econômico, a acumulação de riquezas, mas a própria sociedade, os valores que a moldam, os hábitos de consumo, o comportamento e as relações sociais. Trata-se também de uma mudança cultural, condição para que tenha êxito um movimento de dimensões planetárias.
Mas ficar só na crítica ou na análise do problema, não resolve a questão. Precisamos de uma ação mais enérgica nos espaços fabris, cobrando das empresas responsabilidade ambiental e social e participando efetivamente na gestão das iniciativas voltadas para a preservação do meio ambiente e do tecido social que nos cercam. Isso que dizer que, para defender efetivamente um mundo melhor e sustentável, que respeite a natureza e os seres humanos, devemos intervir junto as empresas relacionadas à chamada Indústria de Transportes (que vai da produção de veículos até a exploração dos distintos meios de transporte) para que esta invista em meios de transportes menos poluentes e mais eficientes do ponto de vista energético, aproveitando o potencial profissional e as tecnologias existentes no país, tais como as que permitem o uso de biocombustíveis e dos motores Flex na frota circulante no país.
Além disso, devemos por em pauta de discussão a necessidade da indústria automobilística, reciclar veículos antigos e investir no desenvolvimento local de veículos e motores, recicláveis, mais enômicos e eficientes do ponto de vista energético, que usem combustíveis alternativos e renováveis com maior eficiência, gerando ganhos tanto para a população como para a natureza e criando um diferencial comparativo para a indústria instalada na região.
Recentemente foi lançado no mercado nacional um veículo com motor híbrido. Fabricado no México. Este veículo de luxo usa um motor a gasolina que funciona em parceria com um motor elétrico, garantindo-lhe autonomia, baixos índices de emissão de poluentes e economia de combustível derivado de petróleo.
A responsbilidade social e ambiental nos leva a perguntar:
- Por que essa mesma empresa que lançou o veículo híbrido no mercado brasileiro e pioneira no desenvolvimento de motores à álcool (nos anos 1970) e bicombustíveis (nos anos 2000), fabricante de um dos melhores e mais eficientes motores movidos a biocombustíveis do mundo, não aproveita sua capacidade instalada no Brasil para fabricar carros híbridos no país usando os elogiados motores Flex em parceria com os elétricos?
Falamos em susbstituir o motor a gasolina usado nos veículos híbridos atuais por motores movidos a etanol ou bicombustíveis, aproveitando-se de forma racional e econômica de toda a tecnologia já desenvolvida, tanto na área de biocombustíveis, como na de motores híbridos. Isso geraria economia em escala, pois aproveitaria os investimentos feitos anteriormente e todo conhecimento acumulado em décadas de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e no exterior, ajudando a diminuir investimentos iniciais e o custo final dos veículos.
- Por que essa mesma empresa que lançou o veículo híbrido no mercado brasileiro e pioneira no desenvolvimento de motores à álcool (nos anos 1970) e bicombustíveis (nos anos 2000), fabricante de um dos melhores e mais eficientes motores movidos a biocombustíveis do mundo, não aproveita sua capacidade instalada no Brasil para fabricar carros híbridos no país usando os elogiados motores Flex em parceria com os elétricos?
Falamos em susbstituir o motor a gasolina usado nos veículos híbridos atuais por motores movidos a etanol ou bicombustíveis, aproveitando-se de forma racional e econômica de toda a tecnologia já desenvolvida, tanto na área de biocombustíveis, como na de motores híbridos. Isso geraria economia em escala, pois aproveitaria os investimentos feitos anteriormente e todo conhecimento acumulado em décadas de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e no exterior, ajudando a diminuir investimentos iniciais e o custo final dos veículos.
Os céticos podem dizer que mesmo assim essa tecnologia tornaria os já caros veículos nacionais em produtos ainda mais caros. Em nossa opinião os veículos híbridos são caros porque as empresas nunca apostaram na produção dos mesmos em larga escala, concentrando todo o desenvolvimento em setores médios e de luxo, atendendo a um público mais restrito e menor em número de consumidores. O dia que passarem a produzir veículos populares dotados desta tecnologia híbrida Flex/Elétrico, centenas de milhares de automóveis, caminhões e ônibus circularão por nossas ruas e a produção em escala fará com que o preço unitário de cada veículo baixe consideravelmente e tornando-os economicamente viável.
Afinal, quem não gostaria de ter um veículo duplamente econômico, com maior autonomia e ainda com opção de escolher o tipo de combustível e ajudar o meio ambiente? Tanto indivíduos como empresas adorariam ter em suas garagens e frotas, veículos que lhes garantissem maior economia e produtividade, além de proporcionar ganhos ambientais imensuráveis e permitir que façam parte da modernidade e do movimento de responsabilidade socio-ambiental.
Um amplo acordo entre empresas, sindicatos e governos poderia ser negociado facilitando a produção inicial de tais veículos, garantindo o investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias locais, a estabilidade e a geração de empregos e renda de qualidade, preços menores ao consumidor final e melhores condições ambientais para todos nós.
Os governos poderiam fazer sua parte abrindo linhas especiais de financiamento à pesquisa ou criando uma tributação especial para os veículos Flex/Elétricos e seus consumidores, ajustável às dimensões do mercado interno a cada momento histórico concreto. As empresas fariam a sua reduzindo suas margens de lucro e garantindo os empregos dos Trabalhadores, que por sua vez fariam sua parte produzindo com qualidade e ajudando a fazer a renovação da frota de veículos de transporte individual e coletivo. A mesma tecnologia Flex/Elétrico poderia se estendida ao transporte público gerando veículos mais eficientes energetica e ambientalmente falando, silenciosos e confortáveis para os usuários e moradores das cidades.
Entendemos ser a tecnologia híbrida Flex/Elétrico, uma teconologia transitória que permitiria ao Brasil economizar recursos enormes com combustíveis líquidos e/ou gasosos e investí-los na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de transporte ainda mais eficientes e ecologicamente corretas.
Pensando no país, no futuro dos empregos, na sociedade e no Planeta como um todo, faz-se este chamado a empresas, governos e a sociedade civil para debater e investir no desenvolvimento de motores nacionais híbridos Flex-Elétricos, no curto prazo, e, no médio e longo prazo, desenvolver novas tecnologias de transporte mais eficientes do ponto de vista ambiental, econômico e social.
O planeta Terra e a sociedade cobram de nós essa responsabilidade socio-ambiental. Se cada um de nós fizer sua parte, em breve teremos um planeta melhor para viver.
O desafio está lançado.
Publicado originalmente em TIE-Brasil