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Empregos, transportes, meio-ambiente e alternativas viáveis

8 de Janeiro de 2013, 22:00 , por Bertoni - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

A questão ambiental está em pauta e nota-se que, se a mesma tornou-se o foco de atenção dos governos, dos organismos multilaterais de desenvolvimento, dos movimentos sociais, das empresas, das escolas, da mídia e de uma parcela cada vez maior da população, nem sempre o Movimento Sindical Urbano lhe dá a devida atenção, ainda que exista um relativo consenso de que é necessário mudar o atual modelo de desenvolvimento (baseado no uso predatório de recursos naturais, em tecnologias que consomem muita energia, em fontes de energia poluentes, na valorização do consumo, etc), por um outro modelo que assegure o desenvolvimento sustentável e garanta a existência do Planeta e dos Seres Humanos e suas gerações futuras.

Trata-se de uma mudança de paradigma, de pensarmos não apenas o desenvolvimento econômico, a acumulação de riquezas, mas a própria sociedade, os valores que a moldam, os hábitos de consumo, o comportamento e as relações sociais. Trata-se também de uma mudança cultural, condição para que tenha êxito um movimento de dimensões planetárias.

Mas ficar só na crítica ou na análise do problema, não resolve a questão. Precisamos de uma ação mais enérgica nos espaços fabris, cobrando das empresas responsabilidade ambiental e social e participando efetivamente na gestão das iniciativas voltadas para a preservação do meio ambiente e do tecido social que nos cercam. Isso que dizer que, para defender efetivamente um mundo melhor e sustentável, que respeite a natureza e os seres humanos, devemos intervir junto as empresas relacionadas à chamada Indústria de Transportes (que vai da produção de veículos até a exploração dos distintos meios de transporte) para que esta invista em meios de transportes menos poluentes e mais eficientes do ponto de vista energético, aproveitando o potencial profissional e as tecnologias existentes no país, tais como as que permitem o uso de biocombustíveis e dos motores Flex na frota circulante no país.

Além disso, devemos por em pauta de discussão a necessidade da indústria automobilística, reciclar veículos antigos e investir no desenvolvimento local de veículos e motores, recicláveis, mais enômicos e eficientes do ponto de vista energético, que usem combustíveis alternativos e renováveis com maior eficiência, gerando ganhos tanto para a população como para a natureza e criando um diferencial comparativo para a indústria instalada na região.

Recentemente foi lançado no mercado nacional um veículo com motor híbrido. Fabricado no México. Este veículo de luxo usa um motor a gasolina que funciona em parceria com um motor elétrico, garantindo-lhe autonomia, baixos índices de emissão de poluentes e economia de combustível derivado de petróleo.

A responsbilidade social e ambiental nos leva a perguntar:

- Por que essa mesma empresa que lançou o veículo híbrido no mercado brasileiro e pioneira no desenvolvimento de motores à álcool (nos anos 1970) e bicombustíveis (nos anos 2000), fabricante de um dos melhores e mais eficientes motores movidos a biocombustíveis do mundo, não aproveita sua capacidade instalada no Brasil para fabricar carros híbridos no país usando os elogiados motores Flex em parceria com os elétricos?

Falamos em susbstituir o motor a gasolina usado nos veículos híbridos atuais por motores movidos a etanol ou bicombustíveis, aproveitando-se de forma racional e econômica de toda a tecnologia já desenvolvida, tanto na área de biocombustíveis, como na de motores híbridos. Isso geraria economia em escala, pois aproveitaria os investimentos feitos anteriormente e todo conhecimento acumulado em décadas de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e no exterior, ajudando a diminuir investimentos iniciais e o custo final dos veículos.

- Por que essa mesma empresa que lançou o veículo híbrido no mercado brasileiro e pioneira no desenvolvimento de motores à álcool (nos anos 1970) e bicombustíveis (nos anos 2000), fabricante de um dos melhores e mais eficientes motores movidos a biocombustíveis do mundo, não aproveita sua capacidade instalada no Brasil para fabricar carros híbridos no país usando os elogiados motores Flex em parceria com os elétricos?

Falamos em susbstituir o motor a gasolina usado nos veículos híbridos atuais por motores movidos a etanol ou bicombustíveis, aproveitando-se de forma racional e econômica de toda a tecnologia já desenvolvida, tanto na área de biocombustíveis, como na de motores híbridos. Isso geraria economia em escala, pois aproveitaria os investimentos feitos anteriormente e todo conhecimento acumulado em décadas de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e no exterior, ajudando a diminuir investimentos iniciais e o custo final dos veículos.

Os céticos podem dizer que mesmo assim essa tecnologia tornaria os já caros veículos nacionais em produtos ainda mais caros. Em nossa opinião os veículos híbridos são caros porque as empresas nunca apostaram na produção dos mesmos em larga escala, concentrando todo o desenvolvimento em setores médios e de luxo, atendendo a um público mais restrito e menor em número de consumidores. O dia que passarem a produzir veículos populares dotados desta tecnologia híbrida Flex/Elétrico, centenas de milhares de automóveis, caminhões e ônibus circularão por nossas ruas e a produção em escala fará com que o preço unitário de cada veículo baixe consideravelmente e tornando-os economicamente viável.

Afinal, quem não gostaria de ter um veículo duplamente econômico, com maior autonomia e ainda com opção de escolher o tipo de combustível e ajudar o meio ambiente? Tanto indivíduos como empresas adorariam ter em suas garagens e frotas, veículos que lhes garantissem maior economia e produtividade, além de proporcionar ganhos ambientais imensuráveis e permitir que façam parte da modernidade e do movimento de responsabilidade socio-ambiental.

Um amplo acordo entre empresas, sindicatos e governos poderia ser negociado facilitando a produção inicial de tais veículos, garantindo o investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias locais, a estabilidade e a geração de empregos e renda de qualidade, preços menores ao consumidor final e melhores condições ambientais para todos nós.

Os governos poderiam fazer sua parte abrindo linhas especiais de financiamento à pesquisa ou criando uma tributação especial para os veículos Flex/Elétricos e seus consumidores, ajustável às dimensões do mercado interno a cada momento histórico concreto. As empresas fariam a sua reduzindo suas margens de lucro e garantindo os empregos dos Trabalhadores, que por sua vez fariam sua parte produzindo com qualidade e ajudando a fazer a renovação da frota de veículos de transporte individual e coletivo. A mesma tecnologia Flex/Elétrico poderia se estendida ao transporte público gerando veículos mais eficientes energetica e ambientalmente falando, silenciosos e confortáveis para os usuários e moradores das cidades.

Entendemos ser a tecnologia híbrida Flex/Elétrico, uma teconologia transitória que permitiria ao Brasil economizar recursos enormes com combustíveis líquidos e/ou gasosos e investí-los na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de transporte ainda mais eficientes e ecologicamente corretas.

Pensando no país, no futuro dos empregos, na sociedade e no Planeta como um todo, faz-se este chamado a empresas, governos e a sociedade civil para debater e investir no desenvolvimento de motores nacionais híbridos Flex-Elétricos, no curto prazo, e, no médio e longo prazo, desenvolver novas tecnologias de transporte mais eficientes do ponto de vista ambiental, econômico e social.

O planeta Terra e a sociedade cobram de nós essa responsabilidade socio-ambiental. Se cada um de nós fizer sua parte, em breve teremos um planeta melhor para viver.

O desafio está lançado.

Publicado originalmente em TIE-Brasil

 


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