Nem Zika, nem Zucka!
4 de Fevereiro de 2016, 10:56 - sem comentários aindaFavor não confundir: Zika Vírus com Zucka Vírus.
O Zika é transmitido pelo Aedes aegypti e dá microcefalia em fetos.
O Zucka Virus é transmitido pela internet e dá macrocefalia em adultos.
Vito Giannotti é enredo do Bloco "Fala Puto que eu te Escuto"
4 de Fevereiro de 2016, 10:13 - sem comentários aindaFala Puto que eu te Escuto - 2016
Enredo: Vito Giannotti
Puta que pariu!
Sopa de letras quando abri o jornal.
Protestei e reclamei no sindicato:
"Pra entender precisa ser coloquial!".
Fui até a Cinelândia
no carnaval e me lembrei duma lição.
Como dizia o velho Vito,
Falando grego não se faz revolução!
<Refrão>
Canta bem alto, fala bem claro.
A nossa luta é contra toda opressão.
No carnaval ou no dia a dia,
é papo reto, é socialismo, é sem caô.
No Fala Puto, muita saudade
daquele mestre que da vida fez lição.
Vito Giannotti, a tua luta (porra!)
Pra essa gente toda hoje é inspiração.
</Refrão>
Solidária e popular,
comunicação pra combater o capital.
Nosso bloco tá na rua e manda o papo
Nessa peleja a gente é internacional!
Trabalhador e trabalhadora,
com sua licença, um minuto de atenção,
Por um mundo de alegria,
Cai na folia e vem fazer revolução!
Lula é um gênio do crime, um Moriarty moderno, o Lex Luthor do ABC!
3 de Fevereiro de 2016, 11:05 - sem comentários aindaDepois de ser investigado continuamente por quase 40 anos - uma investigação sempre estampada nas capas de jornais e revistas interessados, como de hábito, em defender os interesses das corporações que os bancam -, este Blofeld do sindicalismo conseguiu, graças ao seu brilhantismo maquiavélico, evitar que qualquer prova acerca de suas décadas e décadas de malfeitos fosse descoberta. Nem o próprio Hercule Poirot conseguiria detê-lo, tamanho seu cuidado na concepção de seus milhares de esquemas.
Mas tudo chega ao fim. E Lula, enriquecido além do possível depois de tanto roubar, finalmente tropeçou ao desistir de comprar um apartamento (que tolamente havia declarado previamente à Receita), ao visitar o sítio de amigos (estupidamente às claras, sem esconder de ninguém) e, principalmente, ao permitir que sua esposa comprasse um barquinho de pesca de menos de 5 mil reais (e pateticamente com nota fiscal no próprio nome).
Por sorte, os Woodward-Bernsteins que compõem a equipe da Foxlha conseguiram descobrir esta compra (sorrateiramente feita com emissão de nota fiscal no nome verdadeiro de dona Marisa) e - ainda mais chocante - comprovaram que o caminhoneiro que entregou o barquinho tinha nada menos do que 25 anos de profissão (como destacaram na chocante matéria que renderá a eles o Pulitzer por terem derrubado o ex-presidente).
É um alívio saber que nossa imprensa sabe priorizar o que merece destaque: a revista Veja, que um dia será eternizada em sua própria versão de Spotlight (título provisório: Boimatlight), fez uma matéria fabulosa cuja manchete resume, por si so, o imenso apuro jornalístico do veículo: "Publicitária presa disse ter ouvido ‘zum-zum-zum’ sobre tríplex de Lula no Guarujá".
Ah, o "zum-zum-zum", esta prova que consta de todos os Códigos Penais como a mais inquestionável das evidências.
O ZumZumZumGate, como será conhecido pelas gerações futuras, acertadamente ganhou as páginas do jornalismo brasileiro no lugar de helicópteros com 500 kg de cocaína, de certos aviões dos Estados de SP e MG que foram usados para voos particulares de amigos e da esposa de certos governadores, de testemunhos repetidos sobre o mineiro "chato das propinas" e, claro, de contratos sem licitação feitos pela gestão de Alckmin para comprar 200 milhões anuais de merenda escolar.
Nossos barões da mídia sabem que tucanos são pré-anistiados e, portanto, não fazem o leitor perder tempo lendo notícias que não levarão a nada. São gentis assim.
Por outro lado, quando o roteirista dos clássicos modernos O Candidato Perfeito e Até que a Sorte os Separe 3 declara que o governo federal "cerceia críticas", ninguém aponta a aparente contradição: seus filmes tiveram captação de recursos aprovada pela Ancine. E ainda bem que não fazem isso, pois poderiam acabar levando o leitor a acreditar que o governo NÃO está implantando uma ditadura comunista no país. Sim, ela está sendo implantada há 14 anos, mas isto é apenas prova da incompetência de seus líderes.
Como apreciador do bom jornalismo, fico encantado ao perceber como a imprensa brasileira foi de “Lula era o cabeça do esquema na Petrobras” a “mulher de Lula comprou barquinho de pesca”. E fico esperando, ansioso, pelas manchetes que virão a seguir:
"Lula teria matado ao menos 200 minhocas ao longo dos anos; barquinho de pesca foi utilizado para atirar cadáveres na água."
"PF intima peixe para depor: “Lula matou e comeu minha família”; esposa teria ajudado a cozinhar os corpos."
"Esposa de Lula comprou vara de pescar; vendedor com 32 anos de profissão relembra: “Ela ainda pediu desconto”."
E aguardo, ansioso, pelo discurso que será feito pelo repórter da Foxlha ao receber seu segundo Pulitzer por sua matéria investigativa que provará que Lula mentiu ao afirmar ter pescado peixe de 18 kg.
É claro que poderia haver outra explicação para tudo isso, mas hesito em abraçá-la, já que implicaria em aceitar algo revoltante:
Que o jornalismo brasileiro virou fanfiction tucana.
Fonte: Mural de Pablo Villaça
Baixe a 2ª edição do livro para internautas
3 de Fevereiro de 2016, 1:28Com informações do Barão de Itararé
A internet possibilita a ampla disseminação de informações e compartilhamento de ideias. É um instrumento essencial para que os indivíduos possam exercer o seu direito à liberdade de expressão. Contudo, o uso de processos judiciais a fim de silenciar vozes dissidentes e as consequentes decisões judiciais restritivas ao direito à liberdade de expressão têm afetado o livre fluxo de informações na internet.
Os recorrentes processos judiciais contra blogueiros e ativistas digitais são geralmente motivados pela publicação de conteúdos próprios ou de terceiros – como os comentários de leitores, por exemplo – publicados online nos blogs.
Estes processos impactam de diversas maneiras na vida desses blogueiros e internautas. É necessário ressaltar que em sua maioria não possuem vínculo institucional ou apoio de uma empresa de mídia, e por isso enfrentam inúmeras dificuldades para conseguir orientações sobre como agir após receber uma notificação judicial ou extrajudicial. Como responder ao documento? A que órgão recorrer ou que argumentos usar a seu favor? Sem respostas a essas e outras perguntas e em meio a um contexto de articulação social ainda incipiente, os blogueiros se veem isolados e intimidados. Muitas vezes esses processos resultam em censura ou geram o pernicioso efeito do medo, do receio, do cuidado excessivo, do silêncio preventivo, instalando assim a autocensura.
Com o objetivo de auxiliar os blogueiros caso eles venham a ser processados, a ARTIGO 19 e o Centro de Estudos Barão de Itararé elaboraram um guia prático de orientação a blogueiros e internautas que foi lançado em agosto de 2013. Em 2016, visando atualizar e aprimorar esta ferramenta de defesa da blogosfera e da liberdade de expressão no Brasil, foi desenvolvida uma nova versão deste guia, contendo casos atualizados e esclarecimentos de dúvidas que surgiram em diversas oficinas realizadas desde o lançamento da primeira versão.
Um dos casos citados na 2ª edição é o da multa eleitoral absurda contra o advogado e professor universitário Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, que inclusive está realizando um crowdfunding para o pagamento desse valor no site Eu Tarso Pela Democracia.
O guia, “Fui processado, o que faço?”, introduz o cenário acerca da utilização de processos judiciais como também representa esquematicamente as etapas de um processo judicial, prevê explicações sobre as motivações mais comuns de processos contra blogueiros e ativistas digitais, traz diversos argumentos para serem utilizados na defesa perante a Justiça e fornece recomendações antes de se publicar conteúdos online.
A ARTIGO 19 e o Barão de Itararé acreditam que a internet deve ser livre e que aqueles que procuram transformar seus blogs e páginas em redes sociais em uma plataforma de interesse público, através da veiculação de informações que venham a ser úteis para toda a sociedade, devem ter ferramentas de defesa para que não sejam intimidados pelo Poder Judiciário.