Prefeito tucano de Taubaté é cassado pela Justiça Eleitoral
20 de Agosto de 2013, 18:52 - sem comentários aindaEm 28 de outubro de 2012 o Ministério Público protocolou denúncia na Justiça Eleitoral contra Ortiz Junior, então candidato a prefeito de Taubaté (SP) pelo PSDB.
Ortiz Junior é acusado de fraudar junto com o pai, Bernardo Ortiz (PSDB), na época presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) do governo do Estado de São Paulo, licitações de compra de mochilas para estudantes de escolas públicas.
Segundo as denúncias do MP teriam sido arrecadados ilicitamente cerca de R$ 8 milhões para a campanha eleitoral de Junior.
"Seguramente, não há como deixar de reconhecer que Ortiz Junior se valeu da referida instituição pública para obter vantagem indevida e utilizá-la em sua campanha, tendo sido agente facilitador da participação, em certame licitatório, de empresas previamente conluiadas com o fim de fraudar licitação mediante promessa de comissão, destinada a constituir recurso para a posterior campanha política", diz um dos trechos da decisão da juíza eleitoral, Sueli Zeraik, que cassou o mandato do tucano e determinou também a inegibilidade de Ortiz por oito anos e determina a realização de novas eleições.
Cabe recurso da decisão.
Cut 30 anos: do mimeógrafo e carro de som às redes digitais
18 de Agosto de 2013, 9:21 - sem comentários aindaPor Sérgio Luís Bertoni (*)
Parece que foi ontem que debatíamos acoloradamente a criação das Comissões de Fábricas de Trabalhadores, a Organização no Local de Trabalho, a Democratização dos Sindicatos, a Horizontalização do Movimento Sindical e a necessária criação da Central Única dos Trabalhadores.
Sabíamos que para criar uma Central Sindical, precisávamos organizar e comunicar. Debater ideias, princípios e objetivos. Dialogar, conversar e convencer.
Trinta anos atrás tínhamos, além da vontade política, alguns mimeógrafos e carros de som que nos ajudavam na comunicação com os Trabalhadores nas bases.
Os mimeógrafos caíram em desuso, os carros de som se transformaram em caminhões de som potentíssimos e tudo está tão moderno, digital, tudo num clique.
É muito comum, nos dias de hoje, chamar as redes de comunicação digital de “Redes Sociais”. Muitas vezes acaba-se por esquecer que as verdadeiras Redes Sociais existem desde que a Humanidade passou a se organizar em Sociedade, muito, mas muito tempo antes da digitalização da comunicação e da conectividade digital.
Antes do sugirmento de determinadas redes digitais privadas (ver Quem manda no shopping center é o dono) muito difundidas nos velhos meios de comunicação (Não acreditem em mim: The Terrible truth about facebook), já existiam Redes Sociais reais, humanas, presenciais, analógicas.
A Central Única do Trabalhadores foi possível porque, entre outras iniciativas de sucesso, no início dos anos 1980 as pessoas começaram a se organizar em Redes de Trabalhadores, verdadeiras Redes Sociais voltadas inicialmente para troca de experiências e informações e, logo depois, para organizar-se sindicalmente no âmbito internacional.
A CUT com a ajuda de TIE - Transnationals Information Exchange - criou várias Redes Sociais que facilitavam a comunicação e articulação dos Trabalhadores em empresas multinacionais em vários países.
Enquanto operário metalúrgico e cutista, nos anos 1980, tive a oportunidade de fazer parte de uma destas redes, a Rede dos Trabalhadores na Ford, e ajudei a articular outra, a Interfábricas Autolatina, reunindo os Trabalhadores na Ford e Volkswagen logo após a fusão destas em 1987. Nos anos 2000 tive a oportunidade de ajudar a reativar a Rede dos Trabalhadores na Ford que, graças ao esforço dos companheiros de São Bernardo, Taubaté e Camaçari, se transformaria em Comitê Internacional dos Trabalhadores na Ford, institucionalizado internacionalmente junto a empresa. O gigante UAW (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Automobilística dos EUA) não se furta a reconhecer o fundamental empenho, liderança e dedicação dos companheiros brasileiros neste processo.
Confesso que não era fácil, lá nos anos 1980, conseguir rapidamente informações confiáveis sobre o que acontecia nas fábricas em outros países. Hoje, sem dúvida nenhuma, é muito mais fácil e rápido conseguir informações.
Porém, não basta ter informação! É preciso saber o que fazer com ela e quais meios usar para compartilhá-la de forma eficiente possibilitando aos trabalhadores e trabalhadoras acesso à informação.
Podemos achar que basta criar uma conta em uma determinada rede digital e lá postar a informação que se deseja compartilhar. Mas há milhares delas na internet, qual escolher?
Além disso, muitos trabalhadores e jovens trabalhadores de diversas categorias profissionais estão nas mais distintas redes. Outros tantos nem acesso ao computador tem!
Algumas destas redes vendem a ilusão de democracia e liberdade, mas de fato forçam os usuários a ficar dependentes delas, evitando que as informações sejam compartilhadas em outras redes, fora delas! Estas são redes digitais conectadas em si e burlam o grande diferencial da internet que é a interconectividade digital.
As denúncias recentes do ex-agente da CIA, Edward Snowden, mostram o quão perigoso é usar determinadas redes digitais conectadas, centralistas e centralizadoras, usadas como poderosos máquinas de espionagem e bisbilhotagem. Também por isso, não podemos cair no populismo digital e achar que nossos problemas de comunicação estarão resolvidos se usarmos apenas as redes “mais acessadas” ou se jogarmos nossa companheirada no colo de uma só rede.
A Comunicação Sindical na era digital deve ser inovadora e horizontal, deve aproximar as pessoas e organizá-las, como sempre foram as iniciativas cutistas de sucesso.
A maior central sindical do país pode transformar a organização dos trabalhadores e a comunicação no país se apostar na inovação e na horizontalidade que a comunicação digital oferece: a interconectividade.
A interconectividade digital é garantida pela diversidade das redes que compõe a Internet e, claro, pela capacidade que elas possuem de comunicar-se entre si, formando uma Federação de Redes ou as Redes Sociais Federadas.
Um dos principais debates no mundo das redes digitais gira em torno dos conceitos:
a) rede centralizadora e centralizada; e
b) redes sociais federadas.
Rede Centralizadora e Centralizada é aquela onde todos devem estar dentro da mesma rede para poder compartilhar a informação.
É o conceito que rege o facebook e outras redes digitais privadas e proprietárias.
Redes Sociais Federadas, ou as redes de redes, são aquelas que permitem aos usuários de diferentes redes digitais se conectar, trocar informações entre si, criar novas formas de interação através da Web sem necessariamente serem usuários de uma mesma rede digital centralizada e centralizadora.
Este é o conceito que inspira e rege as redes digitais livres, soberanas e anti-hegemônicas.
Com as Redes Sociais Federadas é possível que duas ou mais pessoas, usuários de redes digitais distintas, se relacionem e compartilhem informações e conhecimentos independentemente de quais redes participem.
É o usuário que decide livremente onde estar, onde divulgar suas informações, com quem quer se comunicar. Algo semelhante ao que ocorre com os serviços de e-mails atualmente, porém online ou de forma imediata.
Do ponto de vista de uma Rede Centralizadora e Centralizada, como facebook, se você não estiver cadastrado na rede e não mantiver lá um perfil, você não existe. A única maneira dos seus amigos que estão em determinada rede interagirem com você é convidando-o a participar da mesma. E você necessariamente precisará se cadastrar lá para interagir com estes amigos.
Apesar de existir centenas de redes digitais na internet, quase todas funcionam como se não houvesse nenhuma outra rede digital na Web e cada uma busca ser a “rede social” hegemônica, a mais poderosa e a mais popular de todas.
As Redes Sociais Federadas, ou as redes de redes digitais, significam uma mudança de paradigma, ou seja, a existência real de uma gigantesca rede digital global, descentralizada e livre, gerida por pessoas e entidades diferentes e autônomas que interagem através da interconectividade das redes.
Mas as Redes Sociais Federadas de pouco servem se não facilitarem a interação entre distintos indivíduos, movimentos sociais, políticos, culturais, tecnológicos, etc, se não promoverem a inclusão de novos atores e sujeitos nas dinâmicas de organização e compartilhamento de conhecimento e informações. Portanto, para funcionar elas precisam, além de protocolos abertos e livres, da livre interação entre os distintos indivíduos, movimentos e redes, numa grande articulação global baseada em conceitos como o pluralismo, a autonomia, a horizontalidade e a unidade na diversidade, onde ninguém é mais que ninguém e todos juntos somos fortes.
Investir em Redes Sociais Federadas, efetivamente interconectadas, é um passo fundamental para democratizar a comunicação digital e alcançar um número cada vez maior de cidadãos, Trabalhadores, sindicalizados ou não.
É reafirmar princípios históricos da Central Única dos Trabalhadores ao mesmo tempo que os adapta à modernidade e às demandas atuais. É possibilitar que um número cada vez maior de pessoas se tornem sujeitos do processo de comunicação e organização, fortalecendo cada vez mais o movimento dos Trabalhadores e sua Central Sindical, além de democratizar a produção e o acesso à informação e ao conhecimento.
É inovar mais uma vez, como sempre a CUT fez!
(*) Sérgio Luís Bertoni, Metalúrgico, Blogueiro, Mestre em Filosofia pela Universidade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, trabalhou na Ford Ipiranga, foi Secretário Geral da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Ford Ipiranga, atualmente coordena TIE-Brasil e preside Fundação Blogoosfero.
PT, penitencie-se
18 de Agosto de 2013, 6:50 - sem comentários aindaO Editorial de CartaCapital desta semana é um belo chamado à reflexão!
Ouvi de Lula, não faz muito tempo, a seguinte observação a respeito do Partido Comunista Italiano e da longa metamorfose pela qual passou nas últimas duas décadas: “Eis um partidaço que se perdeu pelo caminho”. Não deixei de concordar. O ex-presidente nunca foi comunista, mas reconhecia, illo tempore, a importância e a qualidade do PCI, onde contava com grandes amigos.
O partidão italiano, nascido em 1921 na secessão do Partido Socialista, carregava na queda do fascismo a extraordinária herança de Antonio Gramsci e, em plena democracia, contou com lideranças notáveis, de Palmiro Togliatti a Enrico Berlinguer. Dele brotou o chamado eurocomunismo, capaz de abjurar os dogmas do marxismo-leninismo e de se afastar de vez da URSS stalinista.
Nas eleições italianas de 1976, os comunistas obtiveram 34% dos votos contra 36% dos democrata-cristãos, enquanto se fortalecia a ideia do chamado compromesso storico entre os dois maiores partidos, conduzida por Enrico Berlinguer pelo PCI e por Aldo Moro pela DC. O projeto morreu juntamente com Moro, assassinado pelas Brigadas Vermelhas infiltradas pela CIA, para gáudio da direita, na qual se notabilizaram Giulio Andreotti e Francesco Cossiga, cujas responsabilidades pelo assassínio do companheiro de DC a cada dia se definem com maior clareza.
Após a derrubada do Muro e, mais ainda, da Operação Mãos Limpas, da qual os comunistas saíram limpidamente ilesos enquanto ruía a Primeira República da Itália, o partido escorregou para uma fase de perplexidade e confusão. Mudou mais de uma vez de nome, de símbolos e de bandeiras. Perdeu ímpeto e determinação, depois de ter contribuído de forma decisiva para a transformação da Península de país em escombros derrotado pela Segunda Guerra Mundial em um dos mais ricos do mundo. Um paraíso terrestre para a classe operária. Os trabalhadores.
Não sei se Lula pensava no seu PT ao falar do PCI, embora possa haver alguma semelhança entre os dois, ao menos nos propósitos iniciais. Há uma diferença importante: os comunistas chegaram ao poder quando comunistas já não eram e ali ficaram por seis anos em duas etapas, juntamente com a esquerda democrata-cristã. Foi tardia e insatisfatória versão do compromesso. Os petistas não, e estão no poder desde 1º de janeiro de 2003. A derradeira pesquisa Datafolha diz que Lula em 2014 ganharia no primeiro turno e Dilma no segundo.
Pois é, a diferença reveste-se de notável complexidade. Se o PCI e o PT mudaram não foi pelas mesmas razões. Deu-se que, no poder, o Partido dos Trabalhadores portou-se como todos os demais chamados a movimentar o cenário político nativo, desde sempre clubes recreativos de dignos representantes da chamada elite. Uma exceção, antes do PT, foi o MDB, como frente de oposição, capaz de reunir, sob o comando do doutor Ulysses, todos os resistentes à ditadura, inclusive quantos sonhavam com um partido de esquerda à altura da intenção. Como tal surgiu o PT a partir da reforma partidária planejada por Golbery do Couto e Silva, e assim se manteve, anos adentro, depois do fim da ditadura.
Houve, é verdade, ajustes ideológicos ao longo do caminho, ditados por um salutar pragmatismo e pela adequação às mudanças sofridas pelo mundo. Manteve, porém, correção e coerência, ao passo que o tucanato no governo praticava tramoias e desmandos nunca dantes navegados e provava que o socialismo democrático à brasileira corresponde à pior direita, a mais reacionária.
Lá chegado, o PT de certa forma reeditou o ciscar do pássaro incapaz de voar, embora de maneira mais canhestra, diria primitiva, conforme cabe a quem não dispõe de largas tradições neste campo. Depois de ser governo por mais de dez anos, e na perspectiva do pleito de 2014, o PT prepara suas eleições internas para a renovação dos postos de comando. Não seria a hora de um profundo, desabrido exame de consciência?
Fonte: Carta Capital, 21/08/2013
Consulta Pública: ajude a construir a Política Nacional de Participação Social
17 de Agosto de 2013, 6:57 - sem comentários aindaQuero convidar você a participar da Consulta Pública relativa à construção da "Política Nacional de Participação Social" e do "Compromisso Nacional pela Participação Social".
A proposta de uma Política Nacional de Participação Social visa consolidar e estender a todas as áreas e instituições do governo federal um conjunto de diretrizes, mecanismos e instâncias de participação social, incorporando a crescente relevância das novas tecnologias da informação e o uso de metodologias e tecnologias livres capazes de dar voz aos novos atores coletivos e cidadãos que têm emergido no espaço público.
Com a construção do Compromisso Nacional pela Participação Social pretendemos fortalecer e qualificar as iniciativas que já vem sendo implementadas nos diferentes níveis da Federação, estimulando e valorizando práticas que consolidem a participação social como política de Estado e método de governo.
Participe!
As propostas estarão em debate na internet até o dia 06 de setembro, na Ferramenta de Consulta do Portal da Participação Social (baseado em Noosfero, o mesmo software livre nacional usado pelo Blogoosfero.cc).
Basta acessar http://www.psocial.sg.gov.br - se cadastrar e ser parceiro na construçaõ de um Brasil cada vez mais democrático e participativo.
E-CPF e E-CNPJ no Linux Ubuntu/Kubuntu 12.04
15 de Agosto de 2013, 5:35 - sem comentários aindaDurante algum tempo consegui evitar o uso dos Certificados Digitais para CPF e CNPJ, os chamados, e-cpf e e-cnpj, respectivamente.
Mas como tudo na vida, chega um dia que ela te obriga a fazer determinada coisa.
Meu contador indicou a CertSign onde adquiri o eToken Aladdin PRO 72.
Apesar do token ter suporte a Linux de fábrica, os da CertSign não funcionam nem a pau em sistemas operacionais de 64 bits.
Pesquisei na internet e vi que o problema é antigo http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,89243.0.html ou http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,103408.0.html ou http://www.vleeuwen.net/2012/08/install-aladdin-etoken-on-ubuntu-12-04-lts só para ficar em 3 citações...
Abri um novo tópico no fórum do Ubuntu http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,108039.0.html com uma pergunta:
Alguém realmente conseguiu instalar no Kubuntu 12.04 LTS 64 bits e fazer funcionar o eToken Aladdin Pro 72 K (Java) Certisign ou de qualquer outra certificadora?
Logo chegou a sugestão de e-kim
http://www.validcertificadora.com.br/SafeSignLinux
Entrei no site.
Segui o passo-a-passo e tudo foi instalado de boa, sem dor de cabeça.
Muito fácil.
Adquiri o certificado e o e-token dos caras.
Foi espetar o bichinho na porta usb para ser reconhecido e configurado. Aliás o programa gerenciador do token tem até uma função que integra os certificados automagicamente ao Firefox.
Então, se você preza a Liberdade de Escolha, não quer ou não pode perder seu tempo tentando fazer um token funcionar, esqueça a CertiSign, Serasa e outras certificadoras digitais com seus eTokens proprietários e falta de suporte a usuários Linux.