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Blog do Bertoni

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
Licenciado sob CC (by)

Deus nos Livre!

12 de Março de 2013, 21:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda

ODILO SCHERER COROADO PAPA?
UMA NOVA APOSTA DA REAÇÃO PARA RETOMAR A INFLUÊNCIA PERDIDA NO BRASIL

A eleição do novo Papa, com a abertura do conclave na Capela Sistina nesta tarde do dia 12/03, passou a ser um elemento importantíssimo na antecipada disputa presidencial brasileira.

Como já afirmou Raul Riff, um velho comunista colaborador do governo Jango: “O imprevisível continua sendo um fator determinante da política brasileira”. E neste caso foi a renúncia do Papa Bento 16, produto da profunda crise moral da cúpula da reacionária Igreja Católica, o elemento do “imponderável” que pode definir um novo rumo na conjuntura nacional.

A inesperada saída de Ratzinger, o antigo chefe da nova “inquisição” católica coroado Papa em 2005 para depurar da instituição todos os elementos “esquerdistas”, abriu pela primeira vez na história a possibilidade concreta da eleição Papal de um brasileiro, o arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer.

O Cardeal Scherer de 63 anos nascido de uma família de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul fez sua carreira religiosa no oeste do Paraná até ser nomeado bispo auxiliar da arquidiocese paulistana em 2002. No ano de 2007, nomeado por Bento 16, Odilo sagra-se arcebispo de São Paulo, ocupando na hierarquia católica uma posição de “extrema direita”, reposicionando assim a catedral paulista em um espectro ultrarreacionário considerado perdido pelos conservadores desde a gestão “progressista” de Dom Evaristo Arns.

Em sintonia com o nazi-inquisitor Ratzinger, Scherer promoveu sua própria “caça às bruxas” tupiniquim, não se furtando de sua intervenção direta no processo eleitoral de 2010, impulsionando com outros bispos uma sórdida campanha fascista contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, considerada por esta escória religiosa uma apologista do “aborto e do fim da família cristã”.

Agora, tudo indica que a decomposta oligarquia vaticanista pensa seriamente em coroar um Cardeal brasileiro para com um só golpe atingir dois objetivos: o primeiro seria resgatar a credibilidade mundial dos arcebispos corruptos e pedófilos na figura “limpa” de um “ortodoxo” latino-americano, e o segundo retomar a perdida influência político-evangélica no maior país católico do mundo.

Leia este artigo na íntegra no BLOG político da LBI:
http://lbi-qi.blogspot.com.br/



Triste notícia para a imprensa alternativa brasileira: demissão em massa na revista Caros Amigos

12 de Março de 2013, 21:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda

A redação da revista “Caros Amigos”, que estava em greve desde sexta-feira (08/03), foi alvo de uma demissão coletiva. 

Nas redes sociais, leitores protestaram, considerando a atitude incompatível com uma revista de esquerda.

Independentemente das razões alegadas pelas partes para chegar a esta situação, fato é que o ocorrido deixa a imprensa alternativa brasileira mais fraca.

É uma triste notícia para o país e para todos aqueles que sonham e lutam pela Democratização da Comunicações no Brasil.


DIRETOR DA CAROS AMIGOS DEMITE

EQUIPE DA REDAÇÃO EM GREVE

O diretor-geral da revista Caros Amigos, Wagner Nabuco, chamou hoje (11/03/2013) a equipe de redação e anunciou que a empresa está demitindo todos os trabalhadores que se encontravam em greve desde sexta-feira, dia 08/03, alegando "quebra de confiança".

Nós, integrantes da equipe de redação da revista Caros Amigos - responsáveis diretos pela publicação da edição mensal, o site Caros Amigos, as edições especiais e encartes da Editora Casa Amarela - lamentamos a decisão da Direção. Consideramos a precarização do trabalho e a atitude unilateral como passos para trás no fortalecimento do projeto editorial da revista, que sempre se colocou como uma publicação independente, de jornalismo crítico e de qualidade, apoiando por diversas vezes, inclusive, a luta de trabalhadores de outras áreas contra a precarização no mercado de trabalho.

A greve é um instrumento legal, previsto na Constituição brasileira e direito de todos os trabalhadores. Foi adotada como medida para tentar melhorar as condições de trabalho na revista e foi precedida por uma série de incansáveis diálogos por parte desta equipe, desde que ela começou a ser montada em 2009. As tentativas foram sempre no sentido de atingir o piso salarial para todos os profissionais, encerrar os atrasos no pagamento dos salários e direitos como férias e 13º, que nos atingiram por mais de uma vez, de conquistar o registro dos funcionários fixos e uma melhor relação com colaboradores freelancers, que também convivem e conviveram com baixas remunerações e atrasos nos pagamentos.

Diante de alegações por parte da direção sobre dificuldades financeiras vividas pela empresa por se tratar de uma publicação alternativa, convivemos com salários mais baixos que os pisos e os praticados pelo mercado, e também com a inexistência de muitos direitos trabalhistas. Aceitamos negociar gradativamente a correção desses problemas de forma a fazer com que a Caros Amigos, "a primeira à esquerda", não se tornasse agente de exploração de seus funcionários e avançasse nessa frente conforme suas possibilidades. Trabalhamos para ampliar a receita da empresa, seja pelo prestígio do trabalho realizado, muitas vezes premiado, seja pelo aumento do trabalho em forma de outras publicações como especiais e encartes.

Em todos os anos entre 2009 e 2013, mantivemos o diálogo salutar com a Direção, buscando negociar melhores condições para desenvolvermos o trabalho com o qual estávamos comprometidos. Isso foi feito por meio de cartas de toda a redação à direção, conversas de comissões da redação com a direção e inúmeras negociações entre o editor-chefe e diretor-geral.

Apesar de todos nossos esforços em construir uma boa relação interna, fomos pegos de surpresa com o anúncio de corte da folha salarial em 50%, com a demissão de boa parte da equipe ou redução do salário dos 11 funcionários de 32 mil pra 16 mil ao todo, conforme relatado em nota divulgada na data de anúncio da greve e que segue novamente ao final desta.

O anúncio de medida drástica que atinge diretamente os trabalhadores foi feito em forma de comunicado pelo diretor-geral, sem margem para negociação. Ainda buscamos pelo diálogo reverter o problema junto à direção por uma semana. Sem margem para conversa, recorremos à paralisação como forma de ampliarmos nossas vozes, mas fomos surpreendidos mais uma vez com o comunicado da demissão coletiva.

Nossa luta não é - e nunca foi - contra a revista Caros Amigos. Pelo contrario, reforçamos a importância de publicações contra-hegemônicas e críticas em um cenário difícil para a democratização da comunicação no Brasil, que cerceia a variedade de vozes. Nossa luta é, portanto, para o fortalecimento e a coerência de um veículo fundamental do qual sempre tivemos o maior orgulho de participar.

Vimos a público lamentar profundamente que essa crise provocada pela direção venha causar sérios prejuízos ao projeto editorial da Caros Amigos, que contou por todos esses anos com nossa dedicação.

Saímos desse espaço de forma digna diante de uma situação que tornou a greve inevitável, na esperança que nossos apelos sirvam de acúmulo para o futuro da Caros Amigosde modo que ela se torne exemplo não só no campo editorial, mas nas relações que mantém com seus funcionários e colaboradores. Esperamos que o compromisso assumido com colaboradores durante a gestão dessa equipe seja louvado e que eles recebam seus pagamentos sem atrasos. Também que sejam honrados nossos diretos trabalhistas.

Agradecemos todos que se solidarizaram com nossa situação e os que seguirão nos apoiando nessa nova etapa. Esperamos que esta experiência sirva de acúmulo e motivo de debate sobre a precarização, o achatamento de salários, a piora nas condições de trabalho e atitudes patronais- que existem tanto em empresas da grande imprensa quanto nas da contra-hegemônica- no sentido de buscarmos melhores condições para todos exercerem suas profissões. Por fim, esperamos que o exemplo comece pela imprensa contra-hegemônica com a correção de práticas como esta.

São Paulo, 11 de março de 2013.

01 - Alexandre Bazzan

02 - Caio Zinet

03 - Cecília Luedemann

04 - Débora Prado

05 - Eliane Parmezani

06 - Gabriela Moncau

07 - Gilberto Breyne

08 - Hamilton Octavio de Souza

09 - Otávio Nagoya

10 – Paula Salati

11 - Ricardo Palamartchuk

 

[NOTA DO DIA 8 DE MARÇO]

REDAÇÃO DA CAROS AMIGOS ESTÁ EM GREVE CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Nós, integrantes da equipe de redação da revista Caros Amigos, responsáveis diretos pela publicação da edição mensal, o site Caros Amigos e as edições especiais e encartes da Editora Casa Amarela, denunciamos a crescente precarização das nossas condições de trabalho, seja pela ausência de registro na carteira profissional, o não recolhimento das contribuições do FGTS e do INSS, e, agora, o agravamento da situação pela ameaça concreta de corte da folha salarial em 50%, com a demissão de boa parte da equipe.

No dia 4 de março, o diretor-geral da editora, Wagner Nabuco, comunicou aos integrantes da redação (jornalistas e designers gráficos) que a partir do dia 1º de abril haverá um corte na folha salarial da redação de 50%, que passará de um total de R$32.000,00 para R$16.000,00. Ele justificou a drástica medida devido ao pagamento de dívidas fiscais acumuladas desde o ano 2000 e ao déficit operacional entre receitas da editora e custos fixos, incluindo os nossos (baixos) salários.

Tendo em vista que a redação já trabalha com equipe bastante reduzida – um total de 11 profissionais –, o corte proposto pelo diretor-geral significa na prática manter os serviços editoriais com uma equipe fixa de cinco (5) ou seis (6) pessoas – com evidente aumento de trabalho sem compensação salarial. Significa também a demissão de vários jornalistas que têm se dedicado a dar sustentação ao projeto editorial da Caros Amigos, que é reconhecido publicamente como uma referência positiva de jornalismo crítico e independente em relação ao jogo do mercado.

O diretor-geral argumentou que vai procurar abastecer o material jornalístico da editora com a utilização de serviços de free-lancers, o que significa, na prática, aprofundar a precarização do mercado de trabalho e manter o esquema de sonegação das contribuições sociais para a Previdência.

Por não concordarmos com tais medidas que aviltam ainda mais as relações de trabalho, e por sentirmo-nos desrespeitados na nossa condição de trabalhadores, cidadãos e jornalistas, denunciamos esse terrível golpe contra a redação da revista e nos declaramos em greve, na expectativa de que essa situação possa ser revertida.

Lamentamos profundamente que essa crise provocada pela direção venha causar sérios prejuízos ao projeto editorial da Caros Amigos, que tem contado com a simpatia e apoio dos setores progressistas e de esquerda da sociedade.

São Paulo, 8 de março de 2013.

01 - Alexandre Bazzan

02 - Caio Zinet

03 - Cecília Luedemann

04 - Débora Prado

05 - Eliane Parmezani

06 - Gabriela Moncau

07 - Gilberto Breyne

08 - Hamilton Octavio de Souza

09 - Otávio Nagoya

10 – Paula Salati

11 - Ricardo Palamartchuk



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9 de Março de 2013, 21:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda



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