“O trator vai curar a todos”
17 de Março de 2020, 21:44Além de ser útil na agricultura e na construção civil, descobrimos recentemente, no Brasil, que os tratores servem para combater o fascismo miliciano. E hoje, na Belarus, descobrimos que trator também serve para combater o coronavírus. Veja abaixo a revelação feita por Aleksander Lukashenko, presidente do país europeu.
“O trator vai curar a todos.” Como se defender contra o coronavírus. Dicas de Alexander Lukashenko
Em 16 de março, a Rússia e a Belarus discutiram sobre o coronavírus. O presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, expressou perplexidade com a decisão da Rússia de fechar a fronteira comum. E o governo russo o censurou por esforços insuficientes para combater a infecção.
Na Belarus, onde 36 casos de infecção por coronavírus foram detectados, nenhuma medida de quarentena em larga escala foi de fato tomada até o momento. Instalações de entretenimento, escolas, universidades seguem em funcionamento e entrada de estrangeiros está liberada na Belarus, enquanto todos os países ao seu redor fecharam as fronteiras.
Alexander Lukashenko já tinha aconselhado os bielorrussos a não entrar em pânico por causa do coronavírus e a não comprar remédios e máscaras. Em 16 de março, depois da Rússia fechar a fronteira, ele voltou a falar sobre o tema - desta vez oferecendo conselhos sobre proteção contra infecções. Aqui está a lista:
- Lave as mãos com mais frequência (os médicos o apoiam nisso).
- Faça três refeições ao dia (café da manhã, almoço e jantar) no horário certo.
- Beba vodka ("Não bebo, mas recentemente digo brincando que você precisa não só lavar as mãos com vodka, mas também, provavelmente, tomar uns 40-50 mililitros por dia, na qualidade de álcool puro, para envenenar esse vírus. Mas não no trabalho" )
- Ir a uma sauna seca ("Umas duas ou três vezes por semana é muito útil. Os chineses nos disseram que esse vírus não sobrevive a temperaturas acima de 60° C").
- Apenas trabalhe. Melhor no campo, no trator ("É bom assistir na TV - as pessoas [no campo] trabalhando no trator, ninguém fala sobre vírus. Lá, o trator cura a todos, o campo cura a todos").
Lukashenko: Vodka envenena este vírus! Mas não no trabalho!
Fonte: Meduza
Fariphone 3: lançada a nova versão do 'telefone justo'
27 de Agosto de 2019, 15:38Conforme adiantamos na semana passada, foi lançada a nova versão do "telefone justo"
A Fairphone, uma empresa social com sede em Amsterdam e integrante do movimento internacional de Comércio Justo, apresentou nesta terça-feira, 27/08, a terceira versão de seu smartphone modular e sustentável, o Fairphone3.
A proposta do Fairphone é ser um produto que dure muitos anos, não consuma tantos recursos naturais, respeite o meio ambiente e, principalmente, os Seres Humanos que trabalham na produção das matérias primas e dos aparelhos telefônicos propriamente ditos.
Desta forma a empresa coloca em discussão a obsolescência programada e o consumismo desenfreado estimulados pelas grandes transnacionais do setor.
O Fairphone 3 é para aquelas pessoas que querem um mundo melhor, menos injusto, que respeite os Seres Humanos e o Meio Ambiente.
Por remunerar melhor os Trabalhadores envolvidos em toda a cadeia de produção internacional, o preço do Fairphone é um pouco superior ao de dispositivos de outras empresas com as mesmas características técnicas, porém mais barato que os top de linha da Samsung, Apple ou Motorola e até mesmo que o prometido Librem5 com PureOS - sistema operacional livre, sem Android. O Fairphone3 custa € 450,00 (US$ 500,00 ou R$ 2100,00) e o Librem5 US$ 700,00 (ou R$ 2910,00), em 27 de agosto de 2019.
Modularidade e Reparabilidade
Um dos destaques do Fairphone é a modularidade do aparelho que permite que você mantenha seu equipamento sempre atualizado sem precisar gastar fortunas com o "técnico" da esquina. Você mesmo pode trocar as peças de seu Fairphone 3.
Para adquirí-las é só acessar a loja da empresa.
Especificações Técnicas
Sistema Operacional
Android 9
Desempenho
Qualcomm Snapdragon 632
4GB RAM
- 64-bit Octa-Core processor
- Velocidade do processor até 2.2GHz
- Qualcomm Adreno 506 650 MHZ GPU
Armazenamento
64GB de armazenamento interno
Expansível com cartão microSD
- Armazenamento externo: microSD
- Volume de armazenamento externo: ilimitado
Bateria
Bateria removível de 3,000mAH
Suporte a Quick Charge™ 3.0
- 3060 mAH de capacidade
- 300 horas em stand-by
- 20 horas de conversação
- 3.5 horas para carregamento total
Tela
5.65 polegadas Full HD
- Tela tátil LCD (IPS)
- Proporção da tela 18:9
- Resolução: 2160 x 1080 px
- Densidade dos pixels: 427ppi
- Proteção do vidro: Gorrilla Glass 5
- 16 milhões de cores
Cameras
Traseira
- Resolução: 12MP com HDR
- Sensor: 1/2.55"
- Abertura: f1.8
- Autofocus + detecção de face
- Sensor IMX363
- Estabilização digital de imagem
- Flash de LED duplo
- Zoom digital 8X
- Resolução máxima de vídeo: 3840 x 2160
- 4K video @ 30fps
- 1080p @ 30fps
- 720p @ 30fps
Frontal
- Resolução: 8MP com HDR
- Sensor: 1/4"
- Abertura: f2.0
- Estabilização digital de imagem
- Zoom digital 8X
Rede sem fio & localização
2.4 & 5 GHz WiFi • Bluetooth® 5 + LE
NFC para pagamentos e mais
- WiFi com supporte a 802.11 a/b/g/n/ac
- WiFi direct support
- GNSS standards: GPS, Glonass, BeiDou, Galileo
- A-GPS support
Network
Dual Nano SIM
4G (LTE)
- Nano SIM (4FF)
- Max SAR head (W/kg @ 10g) = 0.388
- Max SAR body (W/kg @ 10g) = 1.405
4G (LTE)
- Tipo - Cat. 13
- MIMO - 4x2
- 2CA Carrier Aggregation
- VoLTE + VoWiFi
- Bandas - 1, 2, 3, 4, 5, 7, 13, 20, 26
- Velocidade máxima de download 450Mbps
- Velocidade máxima de upload 75Mbps
3G (HSPA+)
- HSDPA - Cat 24
- HSUPA - Cat 8
- Frequencias - 800, 850, 900, 1700, 1900, 2100 Mhz
- Velocidade máxima de download 42Mbps
- Velocidade máxima de upload 11Mbps
2G (GMS, GPRS, EDGE)
- Tipo - Cat. 33
- Frequencias - 850, 900, 1800, 1900 Mhz
Conectores e sensores
USB Tipo-C
Leitor de impressão digital
- Suporte a USB 2.0
- Luz Ambiente
- Acelerômetro
- Giroscópio
- Proximidade
- Barometro
- Bússola
Mídia e áudio
Pulg do fone de ouvido de 3.5mm
Autofalantes Stereo
- Autofalante externo: 95db @ 10cm
- Radio FM com RDS
- Suporte a Miracast
Codecs de vídeo suportados
- HEVC, H.264, MPEG-4, MPEG-2, H.263, VP8, VP9
Codecs de audio suportados
- AAC/AAC+/eAAC+, MP3, WMA (v9, v10), WMALossless, WMAPro 10, AMR-NB, AMR-WB, FLAC, ALAC, Vorbis, AIFF, APE
Desenho
Chassi e capa Escuro Translúcido
- Comprimento 158 mm
- Largura71.8 mm
- Espessura 9.89 mm
- Peso: 187.4g
- Certificação IP54
Embalagem
Na caixa do Fairphone3 vem: Aparelho telefônico Fairphone3, Mini chave de fenda, Bumper, 2 anos de garantia e o guia de início rápido.
Acesssórios como cabo USB-C, carregador e Fones de ouvido podem ser adquiridos na loja da Fairphone.
Com informações da Fairphone. Fotos: Fairphone.
Fairphone 3: Nova versão do telefone justo está pintando por aí!
19 de Agosto de 2019, 17:28Recebemos um e-mail da Fairphone comunicando que um grande lançamento deve ocorrer no próximo dia 27 de agosto!
(Foto: @Evleaks Twitter)
Tudo indica que se trata da terceira geração do telefone ético, justo e de fácil manutenção, o Fairphone 3, cujas fotos circulam na internet, depois de sua publicação no perfil @evleaks de Evan Blass no twitter.
Segundo o Global Certification Forum, o Fairphone 3 foi homologado em 07 de agosto de 2019 sob Nº 8203. Clique aqui e confira!
Em um webinar para investidores no dia 15 de agosto de 2019, Eva Gouwens, a nova CEO da Fairphone, anunciou que a empresa pretende lançar um novo produto em 27 de agosto de 2019, mas não deu muitos detalhes no mesmo espírito marketeiro do e-mail que recebemos, fazendo suspense e buscando despertar a curiosidade do público.
O projeto Fairphone, como o próprio nome sugere, faz parte do conceito "Comércio Justo", que trabalha com empresas, fábricas e organizações que garantem um pagamento justo aos trabalhadores produtores de matérias primas e produtos finais, garantindo também direitos sindicais e trabalhistas aos Seres Humanos empregados nesta grande cadeia produtiva internacional que se norteia por valores éticos, ecológicos e Humanos.
A estrutura modular dos aparelhos Fairphone permite uma rápida e eficaz manutenção do equipamento, além da Liberdade de escolher o sistema operacional que você deseja rodar em seu aparelho, garantindo ao seu equipamento uma longa e atualizada vida, sem o consumismo de trocar o telefone a cada um ou dois anos devido a obsolescência programada, prática comum nas grandes empresas do setor eletrônico.
As gerações anteriores do Fairphone, o FP1 e FP2, tem peças de reposição à venda no site da empresa. No Fairphone 2 é possível instalar 4 sistemas operacionais diferentes. O Android 7.1.2, o FairphoneOpen, o LineageOS (todos baseados em Android) e o Ubuntu Touch, a versão mobile do famoso sistema operacional livre para desktop.
Cerca de 175 mil Fairphones já foram vendidos no mundo e pelo menos dois exemplares do Fairphone 2 se encontram em operação no Brasil.
A nova geração do Fairphone deve aumentar o número de aparelhos justos e sustentáveis vendidos no mundo, assim como aumentar a quantidade de pessoas felizes com um aparelho que oferece durabilidade, reparabilidade e que respeita o planeta e as pessoas, tratando quem os produz com dignidade.
Os ráquis de Moro e a burrice brasileira!
28 de Julho de 2019, 10:01Republico aqui artigo de Manoel Neto que recebi de um amigo pelo Telegram.
No geral, com este artigo Manoel sistematiza o que já venho conversando com vários amigos e, principalmente, no trabalho de formiguinha que faço junto a porteiros, garçonetes, atendentes, manobristas, diaristas, motoboys e outros trabalhadores precarizados que se acham livres por não terem direitos trabalhistas nem horários fixos de trabalho...
Infelizmente, o camarada publicou isso naquela rede hegemônica, fonte de dados da direita norteamericana e seus serviços de espionagem, vigilantismo e bisbilhotismo.
Então, para você que não frequenta lugares perigosos, disponibilizo aqui o artigo do Manoel.
Trechos do texto em laranja são destaques desta edição.
A Caixa de Pandora. Ou o exibicionismo matou a esquerda ingênua.
Por Manoel Neto
Resumo do caso, da Vaza Jato aos Hackers de Taubaté.
O The Intercept, teve acesso ao vazamento de conversas de membros do judiciário (não de autoridades do governo), em diálogos ocorridos entre 2016 e 2018 que sempre envolveram de alguma forma Dalagnoll e o juiz Sérgio Moro com membros do Ministério Público Federal no Paraná.
Esses vazamentos, ao que tudo indica, foram entregues ao jornalista de renome internacional Glenn Greenwald, do The Intercept, ainda em 2018. A manobra entre Jean Willys e David Miranda, marido de Glenn Greenwald, para assumir mandato federal, levantam suspeitas nesse sentido, pois ao que tudo indica foi de caso pensado e se foi, ocorreu há mais de um ano.
No mês de maio de 2019, Gleen procurou a Globo para fazerem o lançamento da série de artigos em conjunto, não tendo acordo, forçando o The Intercept, num primeiro momento, fazer solo as matérias. Logo, Folha, Veja, Reinaldo Azevedo e outros somaram nos esforços, confirmando a existências de milhares de comunicações autênticas.
Uma semana depois da reunião entre Glenn Greenwald e Globo, Moro declara ter sido hackeado, ato que teria ocorrido supostamente 6 de junho de 2019, mas a qual não entregou celular para perícia e não pode ser confirmado.
O suposto hacker na mesma época liga para Manuela D´avila, que não vendo se tratar de uma falseflag, armada provavelmente pelo próprio Moro, ouve e acredita no suposto hacker e dá o contato de Glenn Greenwald ao farsante.
Na mesma época, o The Intercept, que já tinha o material em mãos anteriormente ao suposto hackeamento do celular de Moro, passa a publicar série de artigos com vazamentos.
Moro, primeiro declara que não pode confirmar, depois assume que podem existir, mas não confirma a veracidade das declarações que ele e outros teriam feito, e diz que se existirem não tem nada demais (ainda que viole o código de ética da magistratura), para em seguida, surgir com a tese dos "hackers", tentando o enquadramento de crime contra a segurança nacional.
Nessa tese, ele aproxima o caso de crime, manda investigar os jornalistas o que viola a constituição, artigo 5, mudando os fatos de vazamento para imprensa, de atos terroristas, violação da segurança nacional, buscando relacionar o caso ocorrido no Paraná há 3 anos, com o atual governo, algo que é absurdamente fantasioso e inverossímil.
Para este fim de propaganda, uma conta no twitter O Pavão misterioso surge com documentos claramente forjados atribuindo a invasão a um dos hackers mais procurados do mundo chamado Slavic, onde alegam que The Intercept, Jean Willys, David Miranda e outros estariam envolvidos numa conspiração, onde teriam atacado autoridades, cometido crimes contra a segurança nacional e vazado material adulterado. Bastava ter escrito no editor de texto se quisessem adulterar conversas, escrever qualquer coisa e publicar, alegando ser do Moro. Versão que deixa essa história cada vez mais sem pé nem cabeça.
Surgem alegações de que esses hackers teriam invadido o Telegram, que nem o serviço secreto do Putin conseguiu, tanto que ao se recusar de entregar dados de usuários do aplicativo ao governo, o Telegram se tornou ilegal naquela nação e seus proprietários, para aumentar sua reputação, criaram prêmio de 300 mil dólares para quem conseguir invadir a criptografia do aplicativo.
Em seguida, Moro acuado e visivelmente perturbado nas audiências públicas que participou, some, vai para os EUA com agenda secreta. Retorna e uma semana depois são presos supostos hackers.
Um dos "hackers" é bolsonarista e fez campanha eleitoral, o outro filiado no DEM, ainda que tenha apelido de "vermelho", motivo provável da escolha dele pra bode expiatório.
Todos tem fichas policiais, condenados por porte de armas, tráfico, pequenos golpes que não exigem muito conhecimento. Ainda assim, sem acesso a tecnologia e nem qualificação saem declarando ter hackeado números de mil autoridades.
Um deles, o DJ, diz ter visto em tela uma conversa de Moro, e abalado, confirma às autoridades ter alertado o amigo do risco, mas que não teria participado.
Moro se recusa em confirmar a lista das tais 1.000 autoridades citadas, que não tem relação com a Lava Jato, nem com Vaza Jato, mas com o atual governo, PSL, e DEM e o presidente, portanto, não tendo um assunto relação com o outro.
Os supostos hackers, pretendiam segundo os advogados vender para o PT, sendo eles um do DEM e outro bolsonarista, uma versão que nem criança aceitaria. Se o objetivo era dinheiro, porque venderiam aos inimigos da esquerda, ao invés de ganhar o prêmio de 300 mil dólares do Telegram?
Em seguida, declaram ter entregue o material ao Glenn Greenwald de forma anônima e que conseguiram o contato do jornalista com a Deputada Manuela D´avila (PCdoB-RGS).
Os advogados já declararam que os hackers tem problemas psiquiátricos, familiares se dizem surpresos. Claro que estão, afinal, precisa ser pós doutor no MIT e um dos 10 maiores gênios do mundo para quebrar com a criptografia do Telegram.
Os familiares não ficaram surpresos pelo hackeamento, mas porque o golpe é inverossímil. Primeiro, porque fere as posições políticas dos mesmos, segundo, porque todos ali sabem que eles não tem essa capacidade. São meros trambiqueiros de uma das regiões mais pobres da cidade insignificante do interior paulista, pegos diversas vezes em pequenas armações, portanto pessoas com capacidade intelectual limitada para serem os responsáveis por invasões dignas de gênios.
Ainda assim, a PF e Moro sustentam, que a esses trapalhões de Araraquara, que sequer conseguem proteger os próprios IPs e foram facilmente localizados pela PF, são os "hackers", uma piada que tomou conta de listas de hackers, desenvolvedores, programadores, e mesmo profissionais tecnólogos de TI de operadoras telefônicas, até lojistas de consertos de celulares, todos estão abismados com a ofensa a inteligência coletiva.
Esses hackers de Taubaté, ops, digo, Araraquara, no máximo conseguem movimentar bitcoins, ligar o celular, baixar apps pela playstore. Mas e quanto a clonar cartão de crédito? Bem isso, se encontra em tutoriais que se encontram até no Youtube, feitos por adolescentes de 12 anos em alguma comunidade pobre no RJ. Golpes de cartões, são 1000 x mais fáceis do que lidar com criptografia, que somente Alan Turing conseguiria.
Diante desta farsa Dantesca, o vermelho, não é comunista, o DJ é bolsonarista, o Pavão é Carlito, mentiu que o "hacker" era Russo, os celulares supostamente hackeados não tem relação com a Vaza Jato publicados pelo The Intercept.
O The Intercept está agindo na lei, protegidos pela constituição, e Moro perdeu a mão ignorando que fere a República e a democracia agindo em causa própria, criando novas mentiras para sustentar as velhas.
E Manuela D´avila nessa história? Não viu que o hacker, não era hacker, deu um contato, que consta da própria página do site The Intercept, e sem notar que estava de frente de uma Falseflag, que mudava a narrativa do jornalismo que revelava erros de conduta do ex juíz para crime contra a segurança nacional, acabou acreditando que este suposto hackeamento alardeado pela PF seria verdadeiro.
Manu, a Poliana Socialista padrão UJS, muito movimento (Gramsci), pouca capacidade de analise dialética (Marx), acreditando, que teria feito um bem ao fazer ponte do anônimo "hacker" com o jornalista que revelou a farsa de Moro contra Lula, vendo que seu papel seria relevante nessa história, ao ser supostamente citada como articuladora da defesa da inocência de Lula, confirma ingenuamente essa versão, do "hacker", fora do tempo. Posto que a ligação de um hacker em junho de 2019, de materiais que já estavam nas mãos de Glenn Greenwald anteriormente, revelam, que a ligação foi uma armação que ela caiu.
O que Manu não viu, é que este tal hacker, não tendo nada com o caso do The Intercept, na verdade estaria fazendo acordo de delação premiada com a PF, para serem inocentados dos crimes em que já são condenados, assumindo novos, mas imputando aos vermelhos e ao The Intercept crimes que não cometeram. Só precisavam de alguém inocente para confirmar uma ligação, que comprovasse a narrativa.
O que ela ainda não entendeu (nem o PT, PCdoB, etc) é que toda essa farsa foi criada, para mudar a narrativa e os fatos, apontando para ligação dos comunistas com suposto crime contra a segurança nacional, relacionado ligações entre The Intercept e supostos criminosos, que teriam supostamente invadido o celular até do Presidente, fatos que em nada tem relação com a Vaza Jato. Portanto, não pretendem assumir as falas ditas por Sérgio Moro (2016-2018), que provariam inocência de Lula, ou ao menos, que o julgamento foi parcial, mas mudar a história, para crimes terroristas contra a segurança nacional (2019).
Então, na pressa de assumir liderança na relação entre hackers e The Intercept, pensando que com isso iria provar de que mensagens são verdadeiras e de que Lula seria inocentado, (Manu) se antecipou e sem pensar, revelou que certo dia teria recebido ligação de supostos hackers, e que sim, queriam o contato de Glenn Greenwald.
O que fez foi macular a isenção e seriedade de Glenn Greenwald, associando a esquerda a criminosos comuns no caso do vazamento que até aqui era legítimo. Deu munição para o governo e população para condenação e criminalização da esquerda.
O problema é que ao abrir essa conexão, entre ela, hacker e The Intercept, não deve ter lido a portaria 666 de 25 de julho de 2019, onde Moro cria a expulsão em rito sumário, sem processo, de estrangeiros do Brasil por simples suspeita de crimes contra a nossa constituição.
Não deve ter lido também as leis e decretos recentes e aquelas que estão tramitando no congresso, que criminalizam movimentos sociais, e que tentam enquadrar partidos e movimentos vermelhos como terroristas.
Manu, abriu a caixa de Pandora, achando que estava recebendo um presente, algo que poderia usar perante seus eleitores e os Lulistas. Mas o que ela fez, foi dar as armas ao Moro, para a criação dos atos institucionais, do novo regime autoritário que surge.
Quem conta para ela?
*A esquerda ainda não entendeu a Guerra Híbrida, sua dinâmica, e enquanto não fizer essa capacitação, seguirá sendo o tempo todo pautada, e perdendo todas as batalhas, por erros grosseiros de estratégia e desconhecimento.
Decanse em paz, Camarada Lúcio Bellentani!
19 de Junho de 2019, 13:49Fiquei sabendo pelo Zacharias*, um amigo de Moscou, que o camarada Lúcio Antonio Bellentani faleceu nesta madrugada de 19 de junho de 2019.
Conheci Lúcio na fábrica da Ford Ipiranga, onde ambos trabalhávamos. Ele um ferramenteiro experiente e eu um garoto de SENAI fazendo meu primeiro estágio prático na fábrica. Sem me conhecer, nosso chefe nos colocou para trabalhar juntos. Eu já sabia quem era Lúcio e o que ele estava organizando na fábrica. Ele não me conhecia. E logo no primeiro diálogo o moleque de 15 anos pergunta ao velho ferramenteiro:
- Diz uma coisa, Lúcio, você é prestista, comunista, petista, social-democrata ou eurocomunista.
Trostskista ou igrejeiro eu já sabia que ele não era.
"Caraio, muleque, que papo é esse?", respondeu Lúcio intrigado com questionamento na lata vindo de um moleque de SENAI.
Discutimos cada um dos conceitos e conversamos horas a fio sobre o que rolava no mundo, no sindicalismo e, claro, sobre o processo de organização e conquista da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Ford, da qual Lúcio era coordenador e um dos articuladores do movimento que levou os trabalhadores do chão de fábrica a se organizar e conquistar seu instrumento de luta e representação sindical no local de trabalho.
Vivíamos ainda a ditadura militar, em sua fase de distensão, a tal da abertura lenta gradual e segura como diziam os milicos. A mesma ditadura que prendeu e torturou Lúcio Bellentani e que lhe deixou sequelas psicológicas como ele sempre nos contou e conta no vídeo abaixo.
Aprendi muita coisa com Bellentani. Militamos na mesma trincheira durante anos, em 1987 fui eleito secretário da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Ford na chapa encabeçada por Lúcio e Peninha, respectivamente, coordenador e vice. Juntos organizamos no mesmo ano a primeira greve dos trabalhadores na recém criada Autolatina, quando denunciamos os planos de desindustrialização promovido pelas montadoras Ford e VW, a remessa de lucros para o exterior e a desqualificação da mão-de-obra brasileira com a eliminação de postos de trabalho em áreas que exigiam profissionais altamente qualificados, como a modelação e ferramentaria.
Tivemos divergências. E não poucas. Mas sempre soubemos respeitar os saberes de cada um e lutar pelo objetivo comum da classe.
A visão de futuro e os medos de Lúcio seriam responsáveis pela minha mudança para Moscou, onde conclui o bacharelado e mestrado em Filosofia Social, discutindo com os soviéticos/russos o futuro da organização dos trabalhadores, da indústria e da economia a partir das mudanças que ocorriam no mundo do trabalho devido à aplicação das chamadas filosofias japonesas de administração, tema que aprendi na fábrica e passei a estudar estimulado pelo camarada Lúcio Antonio Bellentani.
O velho também cometia erros e não poucos. Na acima citada greve, convenceu a companheirada a estender o movimento por mais uma semana. Tomamos um preju. Anos mais tarde, tomaria a decisão de deixar a oposição sindical metalúrgica e se juntar à pelegada que controlava o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Divergimos por isso também. Embora tenha prometido, nunca me contou quais foram seus verdadeiros motivos para aquela mudança de lado. Ele sabia que discordava da decisão de se juntar ao pelegos de Sampa, mas não deixamos de debater temas que nos eram importantes. Sempre que nos encontrávamos conversávamos sobre política e sindicalismo.
Anos mais tarde Lúcio seria uma das peças chaves na denúncia contra a VW mostrando que a transnacional alemã colaborou com regime civil-militar brasileiro instaurado em 01 de abril de 1964. Me orgulhava muito em saber que Bellentani e Sebastião Neto estavam trabalhando juntos nesta empreitada, uma prova de maturidade política e de consciência de classe.
O mesmo já não posso dizer de outros que se acham bagaraio, mas não tem a mesma dignidade e companheirismo. Fiquei sabendo da morte do camarada Lúcio através de um amigo de Moscou. Antes de escrever este artigo, chequei meus e-mails, redes sociais, caixas de mensagens e não havia uma só mensagem, um só recado, avisando sobre a morte de Lúcio. Isso mesmo, não houve um brazuka sequer que se desse ao trabalho de me avisar, para que pudesse me deslocar até São Paulo e prestar as últimas homenagens a Lúcio, afinal não moro mais na República Paulistana. Não fosse o Zacharias, estaria sem saber até o momento. E, claro, um dito muito popular no chão de fábrica não sai da minha cabeça neste momento: "Companheiro é companheiro, feladaputa é feladaputa."
Lucio foi um camarada. Zacharias é outro. Os demais que busquem para si mesmos o adjetivo que lhes pertence.
Obrigado, Zacharias por ter me avisado e possibilitado este artigo.
Obrigado, Lúcio por tudo que me ensinou, por teus erros e acertos, pelas longas conversas e reuniões. Aproveite agora, companheiro, para desfrutar a paz que os milicos te tiraram em 1972. Descanse em Paz.
Seguimos na luta!
Avanti, popolo!
* Conheci Zacharias em São Paulo, no inverno de 1990, um pouco antes dele embarcar para Moscou. Nesta época ele não conhecia Bellentani pessoalmente. Conversaríamos muito sobre as oposições sindicais metalúrgica e eletricitária, sobre a organização dos trabalhadores, sobre os pelegos dos sindicatos e sobre a necessidade da organização de base dos trabalhadores. Obviamente, Zacharias não é o nome do companheiro moscovita. É o apelido que lhe demos quando a Moscou chegou. Como ele achava tudo lindo e maravilhoso na decandente URSS, nós o apelidamos assim por causa de um comercial de uma rede de lojas de pneus, cujo bordão era "o Zacharias é uóóóóótimo". E mais uma vez o companheiro Zacharias comprovou que ele é uóóóóótimo. Valeu, parça! #tamojunto
PS.: Estava terminando este artigo quando tocou o meu celular. Era George Patrão, sim este é o sobrenome dele, ex-funcionário da Ford que trabalhou no departamento de treinamento na época que eu estudava no SENAI e anos mais tarde viria a ser gerente de RH da empresa norteamericana. Pois, foi um ex-representante da empresa a segunda pessoa a me avisar da morte de Lúcio Antonio Bellentani...