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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Em 1944, criador do Pequeno Príncipe, Saint-Exupéry desaparece durante voo sobre a costa francesa

31 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Restos da aeronave do autor francês seriam encontrados apenas em 2004

No dia 31 de julho de 1944, o escritor, poeta e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry desapareceu durante um voo na região de Marselha.

Nascido em 29 de junho de 1900 numa família saída da nobreza, Saint-Exupery consegue uma infância feliz ainda que diante da morte prematura do pai. Concluído o ensino médio, tentou ingressar, sem sucesso, na Escola Naval. Orienta-se então para as belas artes e arquitetura. Obteve o brevê de aviador quando servia o exército em 1921.



É contratado pela companhia aeropostal em 1926, passando a transportar correspondência e mercadorias de Toulouse ao Senegal. Paralelamente publica, inspirando-se em suas experiências de aviador, seus primeiros romances: Correio do Sul, em 1929, e, sobretudo, Voo Noturno, em 1931.

WikiCommons
Lockheed F5B , avião em que Antoine de Saint-Exupéry desapareceu.

A partir de 1932, passa a se dedicar ao jornalismo. Realiza grandes reportagens no Vietnã, em 1934, em Moscou, em 1935 e na Espanha, em 1936. Todas as estadas alimentariam as reflexões que desenvolve em Terra dos Homens, publicado em 1939. É nesse ano que acaba mobilizado na aeronáutica francesa. Após o armistício com a Alemanha, deixa a França e viaja a Nova York, tornando-se uma das vozes da resistência.

Ansioso por entrar em ação, incorpora-se a uma unidade encarregada de reconhecimento fotográfico aéreo na Sardenha, durante a primavera de 1944. Ao tentar acompanhar o desembarque em Provence em 31 de julho de 1944, acaba desaparecendo. Se a morte do comandante Saint-Exupery acabou glorificada, ainda assim restava elucidar as circunstâncias. Seu avião só foi encontrado em 2004.

O Pequeno Príncipe, escrito em Nova York, durante a guerra, é publicado com suas próprias ilustrações em 1943. Esse conto, pleno de encanto e humanidade, conquista rapidamente um imenso sucesso mundial.

Em 1950, um pastor de Aix-la-Chapelle, antigo oficial de informações da Luftwaffe, alegou ter visto no dia 31 de julho de 1944 um modelo P-38 Lightning sendo abatido no Mediterrâneo por um Focke-Wulf alemão. Em 1972, surge o testemunho póstumo de um jovem oficial alemão, Robert Heichele, que teria atirado contra o Lightning, por volta do meio-dia, sobre a costa mediterrânea francesa. Nos anos 1990, surge tardiamente outro testemunho, no qual um habitante de Carqueiranne alegou ter visto, naquele fatídico dia, um avião ser abatido. O mar teria em seguido levado o corpo de um soldado à praia, que foi enterrado anonimamente no cemitério da comuna.

O corpo foi exumado e seu DNA testado. Os resultados, contudo, se mostraram negativos. A cada passo essas revelações realimentavam o interesse dos especialistas e do grande público no mistério de Saint-Exupery.

Enfim, em 2000, pedaços de sua aeronave são encontrados no Mediterrâneo. Remontados em setembro de 2003, os restos do avião são formalmente identificados em 7 de abril de 2004 graças ao número de série do aparelho. Os destroços do Lightning estão expostos no Museu do Ar e do Espaço de Bourget, num espaço dedicado ao escritor-piloto.

Nada, contudo, permite chegar a uma conclusão definitiva sobre as circunstâncias de sua morte, ainda que simulações informáticas do acidente revelem a aeronave se partindo na vertical e em grande velocidade.

Alguns chegaram mesmo a cogitar, para escândalo dos familiares do autor, a hipótese de suicídio de um Saint-Exupery debilitado fisicamente, desesperado diante de um mundo que se anunciava em tom francamente pessimista.

(Publicado no Opera Mundi)




Correa suspende publicidade na mídia

31 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Por Altamiro Borges

O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou ontem (30) a suspensão de toda a publicidade oficial na mídia monopolista do país. "Não vamos mais usar o dinheiro do povo equatoriano para beneficiar negócios privados", explicou o mandatário durante uma solenidade. Em junho passado, ele já havia solicitado aos proprietários das emissoras de tevê e rádio e dos jornalões que rejeitassem, voluntariamente, os anúncios do governo. Como não recebeu qualquer resposta, Correa decidiu agora baixar um medida neste sentido.

Meia dúzia de barões da mídia

A mídia local, a exemplo da brasileira, vive criticando os supostos ataques à liberdade de expressão no país, mas abocanha fartos recursos em publicidade do governo. Agora, ela engolirá do seu próprio veneno. Sem dinheiro público, ironizou Correa, ele terá ainda mais "liberdade" para atacar o governo e promover ações golpistas. A decisão do governo abalou os barões da mídia da nação vizinha. Diego Cornejo, presidente da Associação Equatoriana de Editores de Periódicos, disse que a medida "vai contra a lógica dos negócios".

Para Rafael Correa, a mídia privada poderá agora comprovar se faz jornalismo por razões éticas ou por interesses econômicos e políticos mesquinhos: "Para quê vamos seguir enchendo os bolsos de meia dúzia de famílias quando claramente nos dizem que antepõem os seus negócios ao direito do público de estar bem informado". O secretário nacional de Comunicação, Fernando Alvarado, já foi orientado pelo presidente equatoriano a não enviar mais publicidade oficial para as seis famílias que monopolizam a mídia no país.

Se a moda pega no Brasil...

A decisão do governo equatoriano deverá gerar uma gritaria infernal dos barões da mídia no mundo inteiro - inclusive no Brasil. Mas os ataques apenas revelarão a incoerência destes impérios. A mídia privada atua como partido de oposição aos governos progressistas e prega abertamente a redução do papel do Estado. No entanto, ela vive mamando nos cofres públicos, via isenções, subsídios e publicidade. Ela usa o dinheiro dos contribuintes para reforçar o seu monopólio, contrapondo-se à verdadeira liberdade de expressão.

Agora, sem anúncios oficiais, ela terá mais dificuldades para exercer a sua ditadura midiática. Se a moda pega na América Latina, muitos veículos monopolistas sofrerão um bocado no falso "livre mercado". No Brasil, por exemplo, alguns veículos e colunistas amestrados serão obrigados a mudar de ramo. Segundo cálculos parciais, somente o governo federal e as estatais desembolsam cerca de R$ 1,5 bilhões ao ano em anúncios publicitários. Já os governos estaduais investem outros R$ 2 bilhões anuais.

Como ficariam a TV Globo, a Veja e outros veículos partidários do estado mínimo neoliberal sem estes R$ 3,5 bilhões anuais?




Em dias de Jogos Olímpicos, reportagens que mereciam uma medalha

29 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A 30ª edição das Olimpíadas começou, oficialmente, na sexta (27), em Londres. Em homenagem ao Jogos, o centro de jornalismo investigativo ProPublica, sediado em Washington, reuniu algumas reportagens que denunciaram sujeiras em eventos esportivos, dos campi universitários às pistas de corrida dos EUA. A seguir, a seleção:

Salto com Varas, Vanity Fair, junho de 2012

Ainda há discordância sobre se as Olimpíadas representam um benefício ou um desperdício financeiro para as cidades-sede. Este artigo analisa a preparação para os jogos de Londres e o longo – e, por vezes, obscuro – processo enfrentado pelas cidades que se candidatam junto ao Comitê Olímpico Internacional.


O garoto que não estava lá, ESPN, maio de 2012

A épica história de uma estrela do basquete juvenil americano que acabou se revelando alguém completamente diferente do que se pensava. Para revelar a história do jovem, o repórter Wright Thompson visitou desde unidades penais na Flórida até sacerdotes vodus no Haiti.

Colapso: Morte e desordem em hipódromos dos EUA, New York Times, 2012

Esta série de reportagens analisou dados de mais de 150 mil corridas de cavalos por todos os Estados Unidos. E descobriu o seguinte: em média, 24 cavalos morrem toda semana; as taxas de acidente são maiores em pistas que possuem cassinos; e os treinadores normalmente ignoram regras anti-doping, injetando grandes quantidades de analgésicos nos cavalos para mascarar lesões. Vale a pena ler também este artigo do Times sobre o quão poderoso se tornou o cartel de drogas mexicano dentro das corridas de cavalo norte-americanas.

Investigação de Jerry Sandusky, The Patriot-News, 2011

Uma reportagem que venceu o prêmio Pulitzer, sobre abuso sexual de garotos pelo treinador de futebol Jerry Sandusky, de Penn State. O jornal publicou revelações posteriores sobre como os administradores da Universidade, professores e o famoso treinador Joe Paterno fecharam os olhos em relação aos crimes de Sandusky.

A vergonha dos esportes Universitários, outubro de 2011

O historiador Taylor Branch explica como o conceito “estudante-atleta” nos Estados Unidos nunca foi um conceito simples. Ele documenta casos em que os jogadores foram aprovados enquanto as faculdades lucram, e as instâncias onde as escolas empurram pedidos de indenização trabalhista em caso de morte ou lesão dos atletas.

O que você não sabe pode te matar, revista Sports Illustrated, maio de 2009

A multibilionária indústria de suplementos esportivos se tornou um terreno fértil para “químicos de cozinha” que não possuem formação científica ou nutricional, mas que geralmente decidem o que vai parar em produtos como formadores de músculos e queimadores de gordura que são propagandeados para esportistas. A pouca fiscalização e escrutínio público desta indústria levou a um grande risco de produtos não testados e propaganda enganosa.

Especialistas ligam suicídio de um ex-jogador de futebol americano a pancadas na cabeça, New York Times, janeiro de 2007

Durante vários anos o jornal New York Times revelou evidências de longo prazo causadas por ferimentos na cabeça no futebol americano. Como resultado, a liga nacional de futebol americano adotou regras mais restritas sobre quando os jogadores poderiam voltar aos campos depois de se ferirem.

Texto baseado em artigo da ProPublica. Clique aqui para ler o original, em inglês

(Publicado por Agência Pública)




Paulo Freire em entrevista no Museu da Pessoa

29 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Paulo Freire no Museu da Pessoa. Uma entrevista antiga em vídeo, porém, essencial. Principalmente num país no qual ainda se faz tão pouco pela educação, com valores sociais e econômicos tão discutíveis. Com pouco mais de uma hora de duração. este documento do Brasil deve ser visto por todos os cidadãos do mundo. Confira:




Poesia inventiva: continua a lista de definições indefinidas de poesia

28 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Continua a lista de definições indefinidas de poesia...

A poesia inventiva é uma certeza formal, é desdobrar-se em teorias e encontrar o significado. Nem por isso ela é finita e não possa se prestar a uma viagem de desejos e emoções.

A poesia formal não é ritual de inteligências em disputa. É um desfrutar compreensivo da emoção vivente. Ainda que seja ela um lapidar constante e indomável.

A poesia inventiva é um marco referencial da evolução intelectual do homem.

A poesia inventiva é uma vez e não era uma vez.

A poesia inventiva fez o homem perceber que a sua dor é real. Antes, e ainda hoje, a dor era um advento do mistério, do inconcluso.

A dor é uma conclusão para nossa tentativa de evolução.

A poesia inventiva é uma reavaliação do estado de conhecimento do homem perante si mesmo e o mundo.

Investigando a forma, reavaliamos nossa capacidade múltipla e inquietante de pensar e agir.

A poesia inventiva é uma forma única ainda que seja vista sob diversos modos. Esta é exatamente a sua essência; ela é única e, ao mesmo tempo, múltipla.

A poesia inventiva é uma razão em forma, é uma emoção em leitura.

A poesia inventiva é um recurso para o desenvolvimento intelectual do homem. Seu projeto é de síntese e expansão – uma antagonia que cerca a dúvida e o mistério, porém manifesta inapeladamente a razão e o pensamento filosófico.


*Emerson Sitta, 35
Poeta, professor, Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC SP e doutorando em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC SP.
@emersonsitta