Continua a lista de definições indefinidas de poesia...
A poesia inventiva é uma certeza formal, é desdobrar-se em teorias e encontrar o significado. Nem por isso ela é finita e não possa se prestar a uma viagem de desejos e emoções.
A poesia formal não é ritual de inteligências em disputa. É um desfrutar compreensivo da emoção vivente. Ainda que seja ela um lapidar constante e indomável.
A poesia inventiva é um marco referencial da evolução intelectual do homem.
A poesia inventiva é uma vez e não era uma vez.
A poesia inventiva fez o homem perceber que a sua dor é real. Antes, e ainda hoje, a dor era um advento do mistério, do inconcluso.
A dor é uma conclusão para nossa tentativa de evolução.
A poesia inventiva é uma reavaliação do estado de conhecimento do homem perante si mesmo e o mundo.
Investigando a forma, reavaliamos nossa capacidade múltipla e inquietante de pensar e agir.
A poesia inventiva é uma forma única ainda que seja vista sob diversos modos. Esta é exatamente a sua essência; ela é única e, ao mesmo tempo, múltipla.
A poesia inventiva é uma razão em forma, é uma emoção em leitura.
A poesia inventiva é um recurso para o desenvolvimento intelectual do homem. Seu projeto é de síntese e expansão – uma antagonia que cerca a dúvida e o mistério, porém manifesta inapeladamente a razão e o pensamento filosófico.
*Emerson Sitta, 35
Poeta, professor, Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC SP e doutorando em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC SP.
@emersonsitta
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