Neta de fazendeiro e filha de dono de granja, Beatriz Breves nasceu com bicho na cama, como diz. “Não sei o que é a vida sem animais”, conta ela, que tem 15 gatos e uma cadela. Ela tinha outro felino, mas ele morreu há dois meses, de leucemia. “Minha casa é toda adaptada e projetada para eles.” Pois há pouco mais de um ano ela foi acusada injustamente numa rede social de maus tratos aos animais. Beatriz relata o caso no livro “A maldade humana — Como detonar uma pessoa no Facebook” (Mauad), escrito com a psicóloga e psicanalista Virgina Sampaio. Na obra, ela fala de trolls, haters e cyberbulling. As maiores vítimas são adolescentes, artistas e políticos, ainda mais em época de campanha eleitoral. Beatriz acredita que questões internas de condomínio motivaram seu caso, que veio à tona 19 dias após deixar de ser síndica. Um vizinho escreveu em sua página que uma “gata cega e idosa” foi pisoteada por Beatriz enquanto o animal era aninhado por sua mãe, uma senhora idosa, que precisou até ser medicada. Beatriz deu queixa. Na área criminal, a história terminou com o Ministério Público propondo uma transação penal ao vizinho, que pagou R$ 1 mil, doado a uma instituição de proteção aos animais.

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