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COPEL desconsidera riscos ambientais e socio-economicos de método de extração de gás condenado pelo Mundo

19 de Novembro de 2013, 8:32 , por Bertoni - 22 comentários | No one following this article yet.
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Por Zuleica Nycz* e Ivo Pugnaloni**

Fernando Pino Solanas, senador argentino e autor do filme “La Guerra del Fracking” ao lado do Papa

Na Argentina, na província de Neuquén, as famosas maçãs daquela região, estão proibidas de entrar na União Europeia.

Também estão proibidos de entrar na Europa os produtos de origem animal contaminados pelos produtos químicos tóxicos que inundaram os lençóis freáticos daquela região, como pode ser visto neste filme de Fernando Pino Solanas que todos os que atuam em atividades agroindustriais de qualquer porte deveriam assistir, antes de festejarem que “tem petróleo no meu quintal e não preciso mais trabalhar”, como pensaram alguns “red necks” americanos que agora se arrependem até o fundo da alma, vendo o valor de suas terras caindo em até 90% depois da contaminação de seus rios e poços pelo uso do “fracking”, que é uma forma de extrair depósitos residuais, de pouco volume e de pequena vida útil de óleo e gás.

Prepare-se o leitor para um artigo relativamente longo, para os padrões da internet. E fique alerta, pois depois de lê-lo, sua postura sobre a questão ambiental pode não mais ser mais a mesma.

É muita coisa que precisa ser clareada, pois está escondida, principalmente dos agricultores familiares e de todos os que atuam na cadeia agroindustrial, que podem ser muito prejudicados com essa verdadeira “conversa para boi dormir” que vem sendo armada há anos dentro da Agencia Nacional do Petróleo: o “fracking”, produção de energia elétrica a partir de depósitos residuais de óleo e gás em poços de curta vida útil, extraídos por um método devastador para o solo, ar, as aguas superficiais, subterrâneas, e que afetará a segurança dos grupos indígenas e das unidades de conservação, ameaçando igualmente e de forma devastadora toda a nossa economia baseada nas atividades agroindustriais no Estado do Paraná.

Continue lendo aqui.

*Diretora da TOXISPHERA Associação de Saúde Ambiental, ex-conselheira do CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente , representante do FBOMS Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável na CONASQ Comissão Nacional de Segurança Química, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. zuleica.nycz@gmail.com

** Engenheiro eletricista, ex-diretor de Planejamento e de Distribuição da COPEL, ex-assessor técnico do Fórum Popular contra a Venda da Copel, presidente do Grupo Enercons Consultoria em Energias Renováveis. ivo@enerbios.com.br

22 comentários

  • Liberte se minorBertoni
    19 de Novembro de 2013, 8:43

    Comentários de Ivo Pugnaloni recebidos via e-mail

    Na qualidade de cidadão escrevi o artigo a quatro mãos com a Zuleica Nycz, uma ambientalista provada, três vezes conselheira eleita do CONAMA do Ministério do Meio Ambiente e da direção do Forum de Entidades Ambientais e da Toxisphera.

    Fala sobre o método fracking de exploração de gás natural que a partir do dia 28 de novembro, terá algum dono no Paraná e no Brasil, podendo ser a Tradener, a COPEL ou outra, embora proibido em vários estados dos EUA, na França, na Bulgária e sob restrições fortíssimas em dezenas de países do mundo.

    Um processo que, no dia 11 de novembro ultimo, foi condenado pelo próprio Papa Francisco, que posou para fotos com a camiseta do movimento.

    A propósito, o dirigente máximo da Igreja Católica disse estar escrevendo um encíclica sobre meio ambiente e energia.

    Enquanto isso, no maior silêncio possível, uma armadilha foi reparada para explodir no dia 28 de novembro próximo, quando serão leiloados 170 mil quilômetros quadrados do Brasil, para essa “novidade” que tem mais de 40 anos por ser poluente e economicamente inviável, uma área maior do que o RJ e o PE juntos.

    A ANP , pressionada por interesses não identificados, quer porque quer que eles sejam explorados por uma técnica ultrapassada, altamente poluente, para a qual não existe nenhuma regra ambiental, visto que apenas no dia 21.11.13 será realizada a primeira Audiencia Publica sobre a regulamentação para exploração, quando o leilão já está marcado para 28.11.13, ou SEJA: apenas SETE DIAS DEPOIS!!!

    UMA VERGONHA.

    Se puder, gostaríamos de sua solidariedade, que nos ajudasse a levar informação sonegada pela ANP e pela mídia convencional a outros sites e blogs, às redes sociais.

    Isso é necessário para barramos mais esse atentado ao meio ambiente, à agricultura, à pecuária e à economia do Paraná e do Brasil. Um atentado que não encerra em si nenhum sinal do bom senso e da precaução que uma decisão como essa, certamente mereceria.

    Um atentado que é feito em nome de não se sabe bem do quê....

    E num país e num estado onde existe tanta abundância de energia renovável não aproveitada ( muitas vezes bloqueada e sabotada ) e tantas fontes de energia fóssil com processos mais conhecidos, menos poluentes e menos arriscados...

    É uma pena.

    Mas certamente alguém deve estar ganhando muito dinheiro com isso...

    Agradecemos pelos esforços de divulgação desta informação.

    Muito obrigado!

    Ivo Pugnaloni


  • Liberte se minorBertoni
    19 de Novembro de 2013, 8:45

    E o Aquífero Guarani?

    Um pergunta que veio logo que vi o artigo do Ivo e da Zuleica: Quantos dias ou meses, após iniciada a exploração por fracking, levaria para o Aquífero Guarani estar todo contaminado???


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