A Câmara Municipal de Curitiba ao aprovar lei estabelecendo o dia 20 de novembro como feriado municipal da Consciência Negra escancarou a hipocrisia da CasaGrande curitibana.
Atendendo a uma solicitação da ACP e do Sinduscon, o Tribunal de Justiça do Paraná rápidamente suspendeu o feriado da Consciência Negra em Curitiba.
Através de um discurso que privilegia somente os ganhos materiais, a CasaGrande curitibana busca esconder todo o preconceito racial de quem se orgulha de "não ter negros na cidade onde o carnaval não existe".
Os patrões curitibanos alegam prejuízos com o feriado, mas escondem que o Brasil é um dos países com a maior jornada de trabalho do mundo. Mas isto pouco importa, pois na real os caras colocam apenas seus interesses financeiros acima de qualquer outro interesse ou necessidade humana. Usam o discurso do prejuízo material para esconder seu rascismo nojento e continuar lucrando no lombo dos trabalhadores.
Porém, a capital dos paranaenses acordou relativamente tranquila, como se feriado fosse. Várias entidades decretaram ponto facultativo. Várias escolas, inclusive particulares, cancelaram as aulas no dia de hoje, tal qual o fez o Celin - Centro de Línguas e Interculturalidade de UFPR. Muitas pessoas decidiram não trabalhar neste 20/11. Nas primeiras horas do dia o trânsito estava calmo tal qual num feriado e via-se poucas pessoas circulando pelas ruas.
Ainda é cedo para comemorar, mas parece que os racistas de Curitiba estão em minoria e são facilmente identificáveis no andar de cima da sociedade curitibana.
Os descendentes de escravocratas e protoburgueses, capitalistas que ainda não chegaram ao ano de 1789, apelaram para os juízes classistas, sempre a serviço dos interesses materiais da CasaGrande.
O povo parece dar a resposta nas ruas, não ocupando-as, mas deixando-as vazias neste 20 de novembro.
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