Por Silvio Prado, professor
Eles se fartaram de alegria quando viram as cenas trágicas do Pinheirinho. Quando a polícia de Cabral mata negros e pobres nas favelas do Rio, o cristianismo deles procura a palavratraficante para justificar as mortes.
Eles aplaudiram o massacre do Carandiru e até hoje cospem palavras elogiosas aos ditadores militares. Odeiam a Comissão da Verdade e defendem a preservação dos torturadores.
Quando homossexuais são espancados ou assassinados, nenhum incomodo lhes toca a alma. Quanto aos negros, eles - não tendo outro jeito - até os suportam como companheiros de trabalho, vizinhos acidentais de algum condomínio, mas, dentro de casa, são apenas trazidos como empregadas domésticas ou serviçais para o conserto do muro ou troca da fiação elétrica.
Eles, ou seja, essa gente asquerosa que inclusive freqüenta facebook cuspindo veneno em toda frase, já queimaram índio em ponto de ônibus, envenenaram moradores de rua e em todo canto do país apóiam a limpeza social de governantes truculentos.
Nordestinos para eles é “raça inferior”, excrescência que serviu apenas para erguer São Paulo e construir Brasília. Já cumpriram seu papel histórico, portanto, podem voltar para sua terra de origem e ficar fora do “Brasil”.
Essa gente detesta qualquer coisa que lembre organização popular. Odeiam o PT e o MST com toda a força do fígado. Detestam militantes de qualquer coisa. Festejaram a morte de Hugo Chaves e querem também uma doença e um fim igual para o Lula, Evo Morales, Cristina Kirchner e de qualquer outro que não se sinta bem na condição de capacho dos interesses imperialistas.
Se a desgraça trouxer outra ditadura, farão com alegria o papel de guardinha da esquina endurecendo o dedo na direção dos descontentes e contestadores. Entregarão todo mundo.
Numa situação como essa, em Taubaté, gente como Talita Prazeres, Fernando Borges, Irani Lima, Barbosa Filho e outros serão permanentemente vigiados e, na primeira oportunidade, sem nenhum remorso, dedurados e entregues, inclusive por esses que, pelo facebook, se desnudam e jamais escondem o que são.
No momento, extasiados, se prostram diante do magnânimo Kim Barbosa. Portanto, nenhuma surpresa que esse tipo de gente seja capaz de arrotar sobre a doença de José Genoino, fazer piadinhas grotescas com a sua dor e, com satisfação, já estar festejando com os amigos as crescentes possibilidade de sua morte.
Quem um dia incendiou índio, envenenou moradores de rua e sempre trata torturador como patriota não pode ter comportamento diferente, inclusive os fascistoides que, em Taubaté, pelas redes sociais, vomitam diariamente litros de ressentimento e ódio.
Fonte: Irani LIma
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