"Não é difícil encontrar o paulistano que acha chique transitar no metrô de Paris ou Nova York, mas nem pensa em usar o trem subterrâneo da cidade onde vive."
É hora de o ciclista usar black-tie, artigo de Marli Olmos no Valor Econômico desta quinta-feira, 17/01, vai direto ao ponto: transporte coletivo no Brasil é coisa para pobres.
Obviamente, nem tudo é culpa apenas dos usuários de um ou de outro tipo de transporte, mas sim do modelo elitista e excludente adotado pelos poderosos do Brasil, que sempre estimularam o uso do transporte individual (construindo estradas, asfaltando ruas, dando incentivos à indústria automobilística, etc) ao mesmo tempo que pouca ou nenhuma atenção dedicavam aos transportes coletivo.
Na opinião da colunista "A histórica falta de investimentos em equipamentos públicos com qualidade, acessibilidade e conforto e à altura do crescimento populacional nas regiões metropolitanas favorece, aos que podem, o transporte individual."
Criou-se, deliberadamente um quadro socio-economico que estabelece uma linha divisória clara a separar as classes sociais pelo uso dos meios de transporte brasileiros.
"Os mais ricos só se locomovem de carro. Pobre usa ônibus." - constata Marli Olmos.
Enquanto a elitizinha brasileira não evoluir e insistir em não se transformar em burguesia, libertando-se de seus hábitos monárquicos e aristocráticos, enquanto não fizer a sua revolução de 1789, este quadro irá persistir e se agravar. O pior é que os babacas continuarão achando lindo, moderno e civilizado, andar de metro em New York, London ou Paris, mas seguirão odiando usar qualquer tipo de transporte que os misture à pautuléia, aos do andar de baixo.
Leia a íntegra do artigo no Valor Econômico
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