Por Luiz Rodrigues
Passei o final de semana em São Bernardo doCampo em conversas com amigos e amigas daquela região.
Como tenho militância política é comum quando as pessoas me encontram, já me provocarem para o tema. Neste final de semana ouvi mais do que falei e confesso, fiquei preocupado.
Só me lembro de uma situação que lembra (pois não é igual) os tempos atuais, quando tivemos o congelamento dos preços no Plano Cruzado do Sarney, onde vivíamos uma inflação de fato muito alta e com o congelamento de preços a maioria da população virou fiscal do Sarney, que na verdade foi um golpe, pois o tal do congelamento só durou até as eleições, depois que Sarney conseguiu a maioria no congresso o congelamento acabou.
Mas enquanto durou o congelamento, a gente tentava explicar para a população o golpe do congelamento e quase era agredido fisicamente. Impressionante era a quantidade de fiscais do Sarney.
Teve trabalhador que afirmou não precisar mais dos sindicatos, porque o Sarney tinha resolvido o problema da classe.
Outro momento desses, foi nas eleições de 89, quando espalharam que se o Lula fosse eleito iria meter a mão na poupança do povo. Tinha amigo meu que nem poupança tinha e fazia terrorismo com medo de perder o que não tinha. Conclusão, a maioria elegeu o Collor que meteu a mão na poupança, de quem tinha, logo após eleito. Quem não viveu estes períodos, por favor, pesquisem sobre.
Destes tempos pra cá, evoluímos, a grande mídia, embora atinja a maioria da população, já não é hegemônica. Conseguimos fazer um certo contraponto na rede.
Mas estou preocupado, nem sempre a maioria tem razão e me parece que a dobradinha, mídia e PSDB está pegando. O PSDB e as forças reacionárias acusam o governo, a mídia repercute e sai CPI e um monte de denúncias que se esvairão, após as eleições.
Vi muita gente irada com o governo, repetindo o discurso da mídia e do PSDB. Sem fundamentos razoáveis. É impressionante o tamanho e a quantidade de desgraças comentada na grande mídia golpista.
Parece que o Brasil não tem uma política de recuperação do salário mínimo, que descobriu o Pré-Sal, que tem o menor índice de desemprego da história deste país, que mais de 40 milhões chegaram à classe média, quem era da classe média vem se mantendo (de forma diferente do que ocorre noss países ricos, onde a classe média está empobrecendo), que estamos ampliando o acesso a educação e que o mundo está em crise, enquanto o Brasil apesar disso consegue crescer. E este é o caminho de ir resolvendo os problemas deste país que estavam nas mãos da elite há 502 anos.
Outro exemplo: já tem gente acreditando na crise da Petrobrás e que o PSDB e a mídia conservadora vão acertar a situação da empresa.
Quem não se lembra que a Petrobrás era chamada de elefante branco, pelos tucanos, pela mídia e seus aliados?
Quem não se lembra que os tucanos tentaram mudar o nome da Petrobrás para PETROBRAX para vender o elefante branco, como fizeram com a Vale a preço de bananas?
E a plataforma P36 que afundou no mar por incompetência e má gestão dos tucanos?
Tem muita gente acreditando que farão mais e melhor, ora se são neoliberais é só dar uma olhada nos países que adotaram suas políticas para saber como está a situação do povo, que era a nossa no período deles.
Espero que nosso povo não caia no conto, como caíram no congelamento, no sequestro da poupança e nesta cantinela da carcomida mídia e da direita reacionária.
Conto é um conto, história é história. Todavia, os poderosos nos contam contos como se história fossem. A nós cabe pesquisar e discernir, para não ficar com cara de "UÉ?", como nos episódios que citei acima.
Ainda quero lembrar aos incautos, que depois de terem acreditado no congelamento e no sequestro da poupança, ao invés de se indignar com os quem os tinha enganado, vinham nos cobrar, porque não estávamos fazendo nada. Ora bolas, depois de colocar seus algozes no poder, mesmo que quiséssemos não tínhamos muito o que fazer, então ríamos para não chorar.
Abraço fraterno
Luizinho
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