Hoje sai para dar um rolézinho pelas praias do Rio e eis que de repente avisto um caiçara com seu barco a voltar de alto mar.
Esperei que atracasse sua embarcação.
Perguntei-lhe como era a vida de pescador numa cidade que tanto polui o mar e destrói sua própria bela natureza.
Lamentou lembrando-se de como eram bons os tempos quando se caçava peixe com lanças, apenas para alimentar a galera que ainda não conhecia aquela gente pálida das ocas brancas e estranhos panos recobrindo seus corpos.
Contou-me depois que, mesmo com a proliferação das ocas de pedra, pescar era uma grande atividade socio-cultural que garantia a sobrevivência dos locais.
Falou-me da vasta variedade de peixes que existia.
Discorreu sobre a fauna marinha como só os doutores formados pela universidade da vida sabem fazer.
Criticou o uso de Redes e a tal industrialização da pesca com sua "produção" em escala para concluir que atualmente na Rede só cai traíra.
Embarcou e desapareceu no horizonte, deixando-me ali na marina a pensar: o que querá ter me dito...
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