Sugestão de Ricardo Rocha
Dizem que brasileiro não tem memória, mas não parece ser esse o caso dos eleitores paulistanos. É justamente por não ter esquecido a falta de palavra de José Serra, ao abandonar o cargo de prefeito para o qual foi eleito em 2004, apenas 15 meses depois da posse, deixando Gilberto Kassab em seu lugar, que a cada pesquisa o candidato tucano mais se afunda nas pesquisas e vê subir os seus índices de rejeição.
Sempre sonhando com postos mais altos, Serra achou muito pouco ser prefeito de São Paulo e agora colhe os resultados do seu desprezo pela cidade. Só isso pode explicar os números da pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quarta-feira, que foi arrasadora para o eterno candidato do PSDB e da mídia grande.
Na primeira semana de programas eleitorais na televisão, Serra caiu mais 5 pontos, batendo em 22%, agora 9 pontos atrás do líder Celso Russomanno, do PRB, que manteve os mesmos 31% da pesquisa anterior, e apenas 5 pontos na frente de Haddad.
Pior do que isso, o tucano viu subir mais 5 pontos o índice de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum, chegando a 43% de rejeição, um recorde que só Paulo Maluf superou até hoje.
Um segundo turno entre o petista e o candidato do PRB, deixando Serra de fora, era impensável no início da campanha. Basta lembrar que na última eleição presidencial o tucano teve 40% dos votos no primeiro turno em São Paulo.
Para completar, Serra ainda teima em se apresentar ao lado do seu parceiro Gilberto Kassab, aprovado por apenas 24% da população paulistana e último colocado no ranking dos prefeitos.
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