O diagnóstico está dado. Vivemos num mundo cada vez mais insano e violento porque ainda não conseguimos enfrentar nossos traumas do passado e seguir adiante para sermos atores de nossas próprias histórias. O desafio agora é o método de cura.
Somos o Teatro de Dyonises, um grupo de “curatores”, atores-cientistas daUniversidade Popular de Arte e Ciência (UPAC), uma rede de cooperação e troca de saberes e aprendizagens espalhada pelos quatro cantos do país.
Acreditamos que o teatro, como manifestação popular e ritual coletivo de renovação emocional-psíquica-física-social, é o ponto de partida para reafirmar que a saúde mental/política de nossas comunidades nasce da ação cultural.
O Teatro de Dyonises produziu, entre outros espetáculos, “O Auto da Paixão de Nise da Silveira” (2012), encenando dentro do hospício a história da médica alagoana que revolucionou a psiquiatria mundial ao comprovar a importância do afeto no tratamento psiquiátrico.
Produzimos também o espetáculo “Loucura sim, mas tem seu método” (2014-2015), inspirado em “Hamlet”, de William Shakespeare, apresentado no VI Encontro Comunitário de Teatro Jovem da cidade de São Paulo e registrado pela BBC.
SOS HOTEL DA LOUCURA
Em 2016, o nosso espaço de (re)existência, o Hotel da Loucura, e tudo o que havíamos construído nele nos últimos sete anos, foi destruído pela insanidade política de nosso desgoverno municipal. Renascemos com “Deus e o diabo na terra de Fausto” (2016), da obra de Goethe.
Em 2016, o nosso espaço de (re)existência, o Hotel da Loucura, e tudo o que havíamos construído nele nos últimos sete anos, foi destruído pela insanidade política de nosso desgoverno municipal. Renascemos com “Deus e o diabo na terra de Fausto” (2016), da obra de Goethe.
Desde então, ocupamos as praças com teatro, arte, ciência, autonomia e afeto incondicional. Cooperando, comunicando, relacionando-se com o outro e com o mundo. Ajustando o gesto à palavra. Mas hoje, mais do que nunca, precisamos de ajuda, solidariedade e colaboração.
VAI, GALILEU!
VAI, GALILEU!
“Vamos sair para uma grande viagem. O tempo antigo acabou e começou um tempo novo. Tudo se move!”
Neste momento estamos montando o espetáculo “Vai, Galileu”, baseado na obra “A Vida de Galileu” (1956), de Bertold Brecht, que mostra a luta de Galileu Galilei para provar que a Terra não é o centro do universo, enquanto é perseguido pela Igreja e a Santa Inquisição.
Na peça, Brecht denuncia a tirania por trás dos dogmas religiosos que governavam e ainda governam o processo político e cultural, negando à população o domínio do saber científico e a verdade sobre as causas de sua miséria.
“Mas não há nada? Por que é que só é ordem nesse país a ordem da gaveta vazia? E necessidade só existe a de se matar no trabalho?”
Por meio do processo terapêutico-cultural-psíquico, narramos a loucura da autoridade política, ditadores e usurpadores do povo, mostrando a potência profunda do ser humano e sua infinita capacidade de criar e destruir - o que nos provoca a reflexão sobre nós mesmos e nossa época.
O método se concretiza a partir dos princípios da Psiquiatria Transcultural de Jacques Arpin, segundo os quais expressamos por meio do corpo físico e cultural nossas memórias, tradições, costumes e desejos para produzir um novo discurso - que “reorganiza o mundo”.
A VERDADE É FILHA DO TEMPO
Venha, ponha os olhos no telescópio e veja! Nos ajude a mostrar a verdade que a autoridade esconde. Nossa prisão é ideológica. O saber está em todo o ser. Somos todos Galileu, na busca pela mudança dos paradigmas científicos, políticos e culturais de nossa era.
“Prezados habitantes, senhoras e senhores
Antes da procissão carnavalesca das corporações
Vamos apresentar a mais recente canção florentina
A descoberta fenomenal
Galileu Galilei – a Terra girando em volta do Sol”
Orçamento
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..