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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Documentário: José Saramago – Levantado do Chão

28 de Janeiro de 2014, 12:42, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Documentário inédito sobre a vida e obra do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago. No dia em que se assinalam os dez anos da atribuição do primeiro Prêmio Nobel da Literatura da Língua Portuguesa, a RTP exibe um documentário que retrata o percurso singular do escritor José Saramago, que se afirma “pessimista pela razão, otimista pela vontade”. Durante quase um ano, uma equipe da RTP reconstitui os pontos cardeais em que a vida e obra de Saramago se fundem, num trabalho que aborda a história do escritor português mais lido e conhecido do mundo. Mais do que uma biografia, este documentário pretende dar a conhecer ao grande público os momentos decisivos da vida de um homem que aos cinquenta e três anos não era ainda escritor. Filho e neto de camponeses sem terra, José Saramago imigrou para Lisboa com dois anos.

Grande parte da sua vida decorreu na capital, que serve de cenário a alguns dos seus romances. Mas durante a adolescência, foram muitas e prolongadas as suas estadias na aldeia natal, Azinhaga, Golegã, que o marcou para toda a vida. Ficou célebre, o discurso que Saramago proferiu há dez anos na entrega do prémio Nobel, evocando com emoção os avós Jerómino e Josefa, que dormiam com porcos na cama, única forma de sobreviverem todos. José Saramago frequentou o liceu e a escola industrial mas, por dificuldades econômicas, não pôde prosseguir os estudos. É um homem “Levantado do Chão”, título de uma das suas obras, e título escolhido também, para este documentário. O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico e neste trabalho reeencontramos a oficina dessa época assim como ex-colegas de ofício.



(Por Vídeos Blog)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



“Não criamos medicamentos para os indianos, mas para os que podem pagar”

28 de Janeiro de 2014, 12:24, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


A discussão com as autoridades indianas conseguiu tirar um dos presidentes da farmacêutica Bayer do sério. A pauta era a patente do medicamento anticancerígeno Nexavar, um fármaco de última geração para tratar câncer de fígado e rins. “Não criamos este medicamento para os indianos, mas para os ocidentais que podem pagar por ele”, disse o presidente do conselho de administração de Bayer, Marijn Dekkers. E vários meios divulgaram depois.

A reportagem é de Emilio de Benito Madri, publicada pelo jornal El País, 23-01-2014.

Um ex-colega de Dekkers, John LaMattina, lhe deu a oportunidade de se desculpar. Em um artigo publicado na revista Forbes, o ex-diretor da Pfizer recrimina suas palavras. E assim deu motivo para que Dekkers se explicasse.Bayer responde através dessas declarações.

“Lamento que uma rápida resposta no âmbito de toda uma discussão viesse à tona de uma maneira não intencionada. Não pode ser mais o oposto do que eu quero e do que fazemos na Bayer", disse Dekkers. Como empresa "queremos melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas, independentemente de sua origem ou renda”. “Em qualquer caso, estava frustrado pela decisão do Governo indiano de não proteger a patente do Nexavarque nos foi concedida pela autoridade responsável pelas patentes do país. Estou convencido de nossa capacidade para inovar e em uma aberta discussão na reunião, enquanto expressava minha frustração fundamental, tinha que ter esclarecido isto”.

“Em qualquer caso, reafirmo que não há nenhum motivo para que um país debilite a proteção da propriedade intelectual. Sem novos medicamentos, tanto as pessoas dos países em desenvolvimento como as de outros mais prósperos sofrerão”, acrescenta. E conclui mencionando que ainda que os fabricantes de genéricos têm “um papel crucial para desempenhar”, “não investem em investigação e não produzem novas curas ou tratamentos, nem para os mercados em desenvolvimento nem para os desenvolvidos”.

O confronto com a Índia é um mais do grande laboratório com um país que aplica rigorosamente uma lei de patentes que lhes recusa a proteção de alguns produtos líderes de mercado (a maioria dos casos porque não permitem modificações na patente original que acompanhem os avanços nas pesquisas dos medicamentos, por exemplo, procurando diferentes sais para a composição). Foi o que levou ao conflito com Novartis por outro medicamento anti-cancerígeno (o Glívec). Com essa política, o Governo indiano não só consegue que a patente dure menos (o que obriga aos laboratórios a baixar seus preços para competir), mas também protege a sua crescente indústria de genéricos.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



A banda Abrakadabra e sua apologia ao estupro

28 de Janeiro de 2014, 11:51, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Um clipe da banda baiana Abrakadabra provocou revolta em mulheres e homens de todo o Brasil na última semana. Intitulada “Tigrão Gostoso”, a letra da música diz: “abre a porta logo que eu quero entrar, não adianta se esconder, o tigrão vai te pegar. (…) É na hora do espanto que o bicho vai pegar. Toma, toma, então toma.” O clipe é ainda mais aterrorizante, começando em um local deserto e escuro, onde uma mulher corre amedrontada do vocalista da banda, derrubando seus pertences e gritando.


A música é indubitavelmente sobre forçar o ato sexual, ou seja, sobre estupro. Uma das coisas mais preocupantes é a naturalidade da produção com relação a música, tanto dos próprios músicos quanto de seus patrocinadores. Enquanto sorriem e rebolam, os membros da banda afirmam que consideram o estupro algo normal, tão natural que pode ser um tema divertido para entretenimento e lazer. É difícil acreditar que o conteúdo e a temática da obra tenham passado ingenuamente despercebidos, o que torna ainda mais perturbador que a letra tenha sido composta, o clipe publicado e dinheiro investido, mesmo que a música trivialize e estimule o sofrimento de milhares de mulheres.

Após tomarem conhecimento da nota de repúdio assinada por entidades dos movimentos sociais, a página da banda publicou uma imagem de alerta para a violência contra a mulher. No entanto, não houve qualquer pedido de desculpas pelo que fizeram, tampouco qualquer mensagem de conscientização contra a violência sexual, como se uma simples foto pudesse reparar os danos causados pela publicação do vídeo. Caso os rapazes não tenham sido orientados por um advogado, o que eles fizeram é apologia ao estupro, publicada abertamente na internet.

Não adianta dizer que são contra a violência misógina uma vez que todos concordaram em participar de algo que estimula o estupro. Uma foto de mulher com olho roxo não anula o caráter distorcido, direcionado para uma masculinidade agressiva, em moldes de dominação e imposição sexual. Os homens da Abrakadabra e seus apoiadores precisam aprender o conceito de consentimento, questionar seus padrões do que é ser homem e modificar seus comportamentos machistas. O estupro acontece porque a mulher é desrespeitada fundamentalmente e sem descartar pensamentos machistas, que objetificam as mulheres, jamais haverá mudança.

É complicado medir os danos causados pela banda e pelas empresas que apoiaram o vídeo, pois a raiz do problema é incômoda: eles realmente acreditavam que podiam compor uma letra sobre estupro e mostrar uma mulher sendo atacada sem que sofressem nenhuma consequência. Lamentavelmente, eles não estão tão longe da realidade, pois a própria Secretaria de Políticas para as Mulheres reconhece em suas publicações a necessidade de efetivar punições para estupradores, sendo os crimes contra as mulheres os menos denunciados. A mera ideia de reabilitação dos agressores fica em um campo de idealização, pois o tema é recebido amplamente com muita hostilidade.

Fatos recentes são evidência de que os integrantes de bandas não pensam duas vezes antes de praticarem estupros coletivos contra suas próprias fãs, como no caso da banda New Hit. O fato de que eles também não sentem a menor vergonha em gravar uma apologia ao estupro enquanto dançam e riem não deixa dúvidas de que é preciso voltar as atenções urgentemente para as adolescentes e jovens mulheres de nosso país.

Clara Flores, integrante do Núcleo Maria Rogaciana e da Marcha Mundial das Mulheres, falou um pouco sobre o ocorrido: “assim como no caso New Hit, em que muitas pessoas apontaram as meninas como culpadas por terem entrado no ônibus ou por estarem usando roupas curtas ou se comportando de uma forma considerada ‘vulgar’, no caso do Abrakadabra novamente as mulheres são colocadas como culpadas”. O depoimento dado pelo vocalista em resposta à nota foi lamentável, onde disse que pretendia fazer uma campanha para ensinar as pessoas a não andarem sozinhas em ruas escuras. Segundo Clara, na opinião do vocalista, “ao invés de ensinar os homens a não estuprarem, devemos ensinar as mulheres a não serem estupradas”.

Apesar de tudo, Clara ressaltou o apoio de diversas entidades e movimentos no Brasil, que fez o fato ganhar bastante visibilidade nacional. “Embora os integrantes permaneçam, em seus depoimentos, esquivando-se do debate, afirmando não terem enxergado a apologia, incapazes de fazer a autocrítica, para nós, o maior saldo foi trazermos para a ordem do dia o debate sobre a violência, problemática tão grave, que cotidianamente ceifa vidas de tantas mulheres no Brasil, mas que permanece extremamente invisibilizada”. Um clipe musical que faz apologia a um crime tão severo como o estupro não pode jamais passar batido – é importante que as pessoas não se calem e continuem denunciando esse tipo de acontecimento, para quem sabe em um futuro não tão distante a violência contra a mulher seja desnaturalizada e desconstruída.

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



A queda da passarela é o retrato da prefeitura

28 de Janeiro de 2014, 11:43, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O Jornal do Brasil vem acompanhando os desmandos que a cidade do Rio de Janeiro vem sofrendo sem que se tenha o básico que qualquer administrador deve proporcionar aos seus habitantes: saúde, educação, segurança e transporte. Uma cidade onde prefeitos construíram viadutos, vias de acesso que facilitaram a vida do carioca, recuperaram bairros, criaram centros de estudos, como os Cieps de Brizola, que permitiam a educação em tempo integral dos alunos, entre tantas outras obras importantes para a cidade e hoje o que se vê é a destruição de tudo isso.

A queda da passarela na Linha Amarela nesta terça-feira é o retrato do desmando e da falta de planejamento de uma administração incapaz, sequer, de dar segurança aos que passam pelas vias públicas da cidade. Uma administração que não fiscaliza as concessões que faz, que não cobra da concessionária da Linha Amarela a fiscalização dos veículos que passam pela via, como o caminhão que causou o acidente com a caçamba levantada - que estaria prestando serviço para a própria prefeitura - e que não podia trafegar por ali naquele horário.

A queda dessa passarela por pouco não se transforma numa tragédia maior. A poucos dias dos alunos retornarem às aulas, essa passagem de pedestre é o caminho de milhares de crianças que vão diariamente para a escola. Se esse acidente fosse no período das aulas certamente muito mais vidas estariam perdidas. Como das outras vezes em que a cidade ficou paralisada por problemas de interdição de importantes vias, a primeira medida do prefeito, completamente perdido diante do grave acidente e da paralisação do trânsito, foi pedir aos motoristas que evitassem a Linha Amarela e seu entorno.

Hoje o que se constrói já surge com problemas, como a Via Binário que em seus primeiros dias aberta ao trânsito ficou alagada porque não tinha drenagem, uma obra inacabada, ou melhor, mal feita e os usuários que se virem com os problemas que tiverem que enfrentar. Uma cidade com um secretário que aconselha uma desorientação no trânsito e uma prefeitura que impõe aos cidadãos uma verdadeira tortura diária para ir e vir do trabalho para que o Rio de Janeiro fique bonito e seja visto pelo mundo por 20 dias para depois entrar num processo de degradação e enfrentar graves problemas como aconteceu com Atenas, depois das Olimpíadas na Grécia.

O Rio não suporta mais os graves problemas que enfrenta com obras mal feitas, acidentes e riscos aos seus cidadãos. A cidade precisa de uma intervenção urgente e o prefeito deve enfrentar um processo de impeachment. Não há mais como suportar greves de 90 dias nas escolas, hospitais sem médicos e sem capacidade de atender aos cidadãos, adutoras que se rompem e matam pessoas por falta de manutenção, a falta de segurança das casas noturnas e que podem ser palco de tragédias como a que infelizmente ocorreu na boate Kiss, no Rio Grande do Sul. Uma administração que mantém um interminável canteiro de obras, muitas com custos exorbitantes para benefício de poucos e que a população não deverá usufruir integralmente.

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Manifestantes são terroristas? Sim, de acordo com projeto de lei no Congresso

27 de Janeiro de 2014, 15:34, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Manifestantes são terroristas? Sim, de acordo com projeto de lei no Congresso
O Brasil está se preparando com “braço forte” para a Copa.

Se seu amigo, filho, primo ou tio aderir a algum tipo de manifestação durante o evento e acabar preso, ele pode não apenas passar uma noite na delegacia, mas ser considerado “terrorista” e pegar até 30 anos de prisão.

Pelo menos segundo o projeto de lei (728/2011) de autoria do senador Marcelo Crivella, ministro da Pesca e Agricultura, que tramita no Congresso. “O projeto descreve uma verdadeira criminalização dos movimentos sociais, pois é um tipo penal cheio de expressões abertas, o que permite a acusação e ao juiz dar o sentido que quiserem”, diz Iuri Delellis Camillo, advogado criminalista do escritório Camillo Filho, Carvalho e Ibañez e membro da Comissão de Criminal Compliance do Instituto dos Advogados de São Paulo.

Camillo se refere ao artigo quarto do projeto de lei, que define terrorismo: “Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo”. “O que seria ‘terror ou pânico generalizado’? Ficará ao livre arbítrio da acusação”, argumenta Camillo. Segundo ele, “se está havendo um protesto pacífico e a polícia chega e começa aquela cena de guerra, todos os ali presentes podem ser considerados terroristas. E a pena mínima para o crime é de 15 anos, ou seja, manifestantes serão presos sem direito a qualquer benefício (pois terrorismo é crime hediondo) e também sem a possibilidade de qualquer medida diversa de prisão (pois a pena mínima é muito alta)”.

O projeto, que inclui vários outros itens, como “ataque a delegação” e “violação de sistema de informática” está sendo proposto especificamente para a Copa do Mundo, com a intenção de reforçar a segurança do evento. “Os crimes dessa nova lei já são previstos em legislações anteriores”, diz Camillo, apontando a intenção de enfatizar medidas específicas para a Copa.

A exceção está justamente na definição criminal de terrorismo, que existe em leis da época da ditadura e estão obsoletas. “ O crime de terrorismo é algo muito sério, que já está em discussão há muito tempo e será incluído na reforma do código penal. Um projeto de lei temporária não é a maneira correta para tentar criar esse crime, e até expõe o Brasil à uma situação vexatória: aqui só existe terrorismo se for feito durante a Copa”, diz Camillo.

Para ele, o projeto, mais do que uma forte repressão às possíveis manifestações durante a Copa, é uma forma de atender às exigências da Fifa, preocupada apenas com o sucesso do evento que promove. “É um projeto que ameaça a soberania nacional para atender os interesses de uma instituição, uma empresa. Se ainda fosse para atender os interesses da comunidade internacional, o que é necessário às vezes, seria até compreensível”.

Três comissões do Senado já deram parecer a favor do arquivamento, apontando, inclusive, erros técnicos grosseiros. Mas o que mais poderá surgir daqui pra frente?

(Por DCM)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..