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Info Money encerra contrato com parceiras e demite seis jornalistas
15 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda Por Renata CardarelliO portal Info Money, especializado em jornalismo econômico, demitiu seis jornalistas da redação e três técnicos da TV Info Money. As dispensas ocorreram na quarta-feira, 12, conforme confirmou o editor-chefe do site, João Sandrini, ao Comunique-se.
As demissões são consequência da rescisão de contratos referentes à produção de conteúdo exclusivo para empresas. Os nomes dos dez clientes não foram divulgados. A Info Money continua prestando serviço a parceiros, porém o conteúdo é público.
“Estamos abrindo mão de vários contratos para focar no site, mas continuam existindo outros que não envolvem noticiário exclusivo. Abrindo mão desses contratos, também tivemos que fazer ajuste de pessoal”, explicou Sandrini.
A redação da Info Money é formada por 18 jornalistas e o editor-chefe garantiu que não haverá mais demissões.
Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição
11 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaAcompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as autoridades – foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais de dez anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente sobre o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela, ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada Clarissa Garotinho, que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.
Fernando Peregrino, coordenador do seminário, por sua vez, cobrou providências:
“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o está denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a Polícia Federal não tem dado a este caso a importância que ele merece porque ele atinge a essência da própria democracia no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou Peregrino.
Por ordem de apresentação, falaram no seminário o presidente da FLB-AP, que fez um histórico do voto no Brasil desde a República Velha até os dias de hoje, passando pela tentativa de fraudar a eleição de Brizola no Rio de Janeiro em 1982 e a informatização total do processo, a partir do recadastramento eleitoral de 1986.
A Dra. Maria Aparecida Cortiz, por sua vez, relatou as dificuldades para fiscalizar o processo eleitoral por conta das barreiras criadas pela própria Justiça Eleitoral; citando, em seguida, casos concretos de fraudes ocorridas em diversas partes do país – todos abafados pela Justiça Eleitoral. Detalhou fatos ocorridos em Londrina (PR), em Guadalupe (PI), na Bahia e no Maranhão, entre outros.
Já o professor Pedro Rezende, especialista em Ciência da Computação, professor de criptografia da Universidade de Brasília (UnB), mostrou o trabalho permanente do TSE em “blindar” as urnas em uso no país, que na opinião deles são 100% seguras. Para Rezende, porém, elas são “ultrapassadas e inseguras”. Ele as comparou com sistemas de outros países, mais confiáveis, especialmente as urnas eletrônicas de terceira geração usadas em algumas províncias argentinas, que além de imprimirem o voto, ainda registram digitalmente o mesmo voto em um chip embutido na cédula, criando uma dupla segurança.
Encerrando a parte acadêmica do seminário, falou o professor Luiz Felipe, da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que em 1992, no segundo Governo Brizola, implantou a Internet no Rio de Janeiro junto com o próprio Fernando Peregrino, que, na época, presidia a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Luis Felipe reforçou a idéia de que é necessário aperfeiçoar o sistema eleitoral brasileiro – hoje inseguro, na sua opinião.
(Publicado por Anonymous Brasil)
O Mundo Amanhã: Noam Chomsky + Tariq Ali
11 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaNinguém poderia tê-las previsto. Mas ainda com o mundo sob o efeito das revoluções no Oriente Médio, Assange se reuniu com dois pensadores de peso para saber o que eles pensam sobre o futuro.
Noam Chomsky, renomado linguista e pensador rebelde, e Tariq Ali, romancista de revoluções e historiador militar, encontram na Primavera Árabe questões sobre a independência das nações, a crise da democracia, sistemas políticos eficientes (ou não) e a legião de jovens ativistas que tem se levantado para protestar no mundo todo. ”A democracia é como uma concha vazia, e é isso que está revoltando a juventude, ela sente que faça o que fizer, vote em quem votar, nada vai mudar. Daí todos esses protestos”, explica Ali.
“O que temos na política ocidental não é a extrema esquerda e nem a extrema direita, mas um extremo centro”, continua ele. “E esse extremo centro engloba tanto a centro-direita quanto a centro-esquerda, que concordam em fundamentos: travando guerras no exterior, ocupando países e punindo os pobres, punindo por meio de medidas de austeridade. Não importa qual o partido no poder, seja nos Estados Unidos ou no mundo ocidental… “.
Segundo o próprio Ali, a grande crise da democracia está pulsando nas mãos das corporações. “Quando você tem dois países europeus, como a Grécia e a Itália, e os políticos abdicando e dizendo ‘deixem os banqueiros comandar’… Para onde isso está indo? O que nós estamos testemunhando é a democracia se tornando cada vez mais despida de conteúdo”, critica o ativista.
Mas após as revoluções, as conquistas vêm da construção de novos modelos políticos, inventados. Chomsky cita a Bolívia como exemplo. “Eu não acho que as potências populares preocupadas em mudar suas próprias sociedades deveriam procurar modelos. Deveriam criar os modelos”. Para ele, a chegada da população indígena ao poder político através da figura de Evo Morales está se replicando no Equador e no Peru. “É melhor o Ocidente captar rápido alguns aspectos desses modelos, ou então ele vai se acabar”, alerta Chomsky.
Por outro lado, está na mãos dos jovens perceber a necessidade de agir, segundo Tariq Ali. “Não desistam. Tenham esperança. Permaneçam céticos. Sejam críticos com o sistema que tem nos dominado. E mais cedo ou mais tarde, se não essa geração, então nas próximas, as coisas vão mudar”.
Assista a entrevista a seguir, ou clique aqui para baixar o texto na íntegra.
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IstoÉ Gente demite seis jornalistas e passa a ser mensal
10 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaNo Portal Comunique-se
Mudanças na IstoÉ Gente, revista da Editora Três dedicada à moda e à cobertura do que acontece com as celebridades. A edição que chegou às bancas nesta segunda-feira, 10, marca a reestruturação da publicação, que deixa de ser semanal para ter circulação mensal. Com a mudança de periodicidade, quatro repórteres e dois editores foram dispensados. Profissionais da arte também deixaram o veículo.
Única repórter do impresso no Rio de Janeiro, Laís Gomes está na lista dos que estão deixando a revista. Com a situação, a sucursal carioca da publicação deve seguir o mesmo caminho da de Brasília, que em 2007 encerrou as atividades. Sem posicionamento oficial da Editora Três em relação ao futuro da equipe na capital fluminense, a certeza é de que, no momento, as atividades estão concentradas em São Paulo.
Com a reformulação adotada pela direção, de passar a ser mensal, o site Gente Online passa a ficar sob responsabilidade da editora assiste Luciana Ângelo. As quatro repórteres remanescentes da revista também devem produzir conteúdo para a web. Com os cortes na área de diagramação, a editoria de arte ficou reduzida a três profissionais – o diretor Sérgio Cury e os diagramadores Diógenes Belmonte e Laura Mascarenhas.
A estreia da IstoÉ Gente como veículo mensal coincide com a chegada do publisher Paulo Borges, idealizador da São Paulo Fashion Week. Em seu blog, a diretora de núcleo Gisele Vitória anunciou a chegada de Borges à revista e revelou que o público feminino passa a ser o grande alvo da nova linha editorial. A executiva, no entanto, não mencionou que a mudança da publicação provocou demissões.
A diretora preferiu dar ênfase à atriz global que estampa a capa de estreia da nova fase da revista. “Cleo Pires é a capa da primeira edição mensal da revista IstoÉ Gente, que agora tem como publisher Paulo Borges, idealizador do São Paulo Fashion Week. A primeira edição também celebra a nova linha editorial, voltada ao público feminino”, publicou Gisele em sua página mantida versão online da IstoÉ.
Confira como fica a redação da IstoÉ Gente com as mudanças:
Diretora de Núcleo: Gisele Vitória.
Publisher: Paulo Borges.
Editora Executiva: Silviane Neno.
Repórteres: Bianca Zaramella, Simone Blanes, Bruna Narciso e Julia Leão.
Repórteres: Bianca Zaramella, Simone Blanes, Bruna Narciso e Julia Leão.
Gente Online: Luciane Ângelo (editora assistente).
Diretor de Arte: Sérgio Cury.
Diagramadores: Diógenes Belmonte e Laura Mascarenhas.
Secretária: Katia Tobias.
Assistente Administrativo: Luiz Cabral.
Agência IstoÉ: Cesar Itiberê (editor executivo), Juca Rodrigues (editor de fotografia), Andréia Debiagi (produtora) e Denis Teixeira (produtor).
Diretor de Arte: Sérgio Cury.
Diagramadores: Diógenes Belmonte e Laura Mascarenhas.
Secretária: Katia Tobias.
Assistente Administrativo: Luiz Cabral.
Agência IstoÉ: Cesar Itiberê (editor executivo), Juca Rodrigues (editor de fotografia), Andréia Debiagi (produtora) e Denis Teixeira (produtor).
A.p.C./D.p.C.: ser politicamente correto ou troglodita, eis a questão
9 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaDepois que o politicamente correto surgiu, passamos a ser menos cruéis, ficamos mais sensíveis às dores de nossos semelhantes e mais cuidadosos para não feri-los com palavras. Correção política não é sinônimo de censura, mas de polidez, de boa educação, de respeito. Muitos dos que chamam o politicamente correto de chato, no entanto, aparentemente se esquecem (ou preferem esquecer) de como era antes. Eu relembro:
ApC: pessoas com deficiência eram chamadas de aleijados, pernetas, manetas, cotós e outras expressões alusivas ao problema.
DpC: pessoas com deficiência são chamadas de pessoas com deficiência ou de cadeirantes.
ApC: pessoas com síndrome de Down eram chamadas de mongóis ou mongolóides.
DpC: pessoas com síndrome de Down são chamadas de pessoas com síndrome de Down.
ApC: pessoas com deficiência mental eram chamadas de retardadas, abobalhadas, abestalhadas, debilóides.
DpC: pessoas com deficiência mental são chamadas de pessoas com deficiência intelectual.
ApC: piadas racistas eram consideradas inofensivas e eram amplamente toleradas até mesmo na televisão e no cinema, e inclusive diante dos próprios negros. Piadas com deficientes, idem.
DpC: piadas racistas são consideradas ofensivas e causam constrangimento às pessoas em geral, particularmente entre os negros –em alguns casos, podem ser razão de processo. Igualmente entre os deficientes.
ApC: em brigas no trânsito, era comum xingar o opositor com ofensas alusivas à sua orientação sexual ou à raça.
DpC: cenas assim já não são tão comuns (ou não deveriam ser), primeiro porque racismo é crime desde 1985 e a homofobia vai pelo mesmo caminho.
ApC: brincadeiras, piadas e apelidos vinculados à orientação sexual alheia eram tolerados e estimulados nas relações sociais e mesmo no ambiente de trabalho.
DpC: brincadeiras, piadas e apelidos inspirados pela orientação sexual alheia são considerados ofensivos em qualquer ambiente.
ApC: ser machista era considerado uma qualidade masculina, praticamente uma condição inerente ao homem heterossexual.
DpC: ser machista é considerado um defeito do homem, algo anacrônico e cafona.
ApC: era considerado superengraçado tirar sarro da aparência das pessoas: gorda, magra, alta, baixa, tudo era razão para apontar o dedo e rir.
DpC: tirar sarro da aparência das pessoas não tem a menor graça e tem até nome: bullying.
ApC: era normal chamar nordestinos de “baianos” (em SP) e “paraíbas” (no Rio), assim como associar comportamentos tolos ou de mau gosto a nordestinos: “coisa de baiano”; “coisa de paraíba”. Algo semelhante ocorria no exterior: os espanhóis, por exemplo, chamavam pejorativamente os sul-americanos de “sudacas”; nos EUA, os latinos eram “cucarachas”.
DpC: não é mais normal ser preconceituoso com nordestinos ou latino-americanos.
ApC: éramos trogloditas.
DpC: evoluímos – muito embora alguns ainda prefiram continuar a ser trogloditas.
(Escrito e publicado por Cynara Menezes)