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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Bandido bom é bandido... Oi?

6 de Fevereiro de 2014, 17:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Quando a violência urbana chega ao limite do tolerável, ecoa em alguns setores da sociedade o grito histérico da ignorância, que contribui para gerar ainda mais brutalidade

“Educação é aquilo que a maioria das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem” (Karl Kraus)

Existem dois tipos de estúpidos, de acordo com o filósofo esloveno Slavoj Žižek. O primeiro é o sujeito superinteligente que simplesmente não compreende muito bem a realidade para além da obviedade literal. Ele consegue entender a situação do ponto de vista lógico, simplesmente ignora a existência de regras sociais implícitas num certo jogo linguístico. Suponham, para ilustrar a ideia, alguém respondendo com sinceridade a pergunta: tudo bem? O segundo tipo é aquele perfeitamente capaz de se identificar com o senso comum. Alguém que encontra a correspondência absoluta entre um dado de identificação social e si mesmo. Trata-se do sujeito que, sem qualquer constrangimento, absorve discursos, vocabulários, títulos e funções terceirizados, e passa a reproduzi-los como opiniões autenticamente próprias. O perfeito burocrata, por exemplo. Algo muito próximo do que Sartre chamou de má fé. A fuga para o “em si”, ou melhor, uma estratégia frustrada de fugir da angustia da decisão recolhendo-se na insignificância de uma vivencia terceirizada.

Se você não se enquadra em nenhuma das duas categorias, provavelmente já percebeu onde quero chegar. Não se sabe ao certo o autor ou mesmo quando começou a circular a popular expressão “bandido bom é bandido morto”. Lembro ter escutado a primeira vez no começo dos anos 90. Naquela altura, ela já era repetida pelo mesmo perfil dos que hoje gostam de repeti-la: sujeitos com muita pose e alguma limitação cognitiva. Ela foi francamente proclamada em todas as ocasiões onde a violência urbana pareceu ter chegado ao limite do tolerável.

Nessa semana, graças à divulgação de boçalidades na internet (principalmente nas redes sociais), a frase voltou, acompanhada dos muitos elogios ao grupo de “motoqueiros” que resolveu “fazer justiça” ao prender um “pivete” pelo pescoço em um poste no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. O adolescente de 15 anos cometia crimes na região – ele tinha ficha na polícia, já havia praticado dois furtos e sido autuado também por agressão. Na última segunda (3), o rapaz foi surpreendido por um grupo de, segundo ele, 30 homens musculosos, quando andava por uma das ruas do bairro. Ele e um amigo foram espancados pelo grupo e acabou preso, nu, pelo pescoço, em um poste, por uma tranca de bicicleta.

Violência por violência

A grande maioria dos defensores dos “justiceiros de moto” -- como teriam se intitulado na noite da agressão -- afirma que chegou a hora de fazer justiça, que a ineficiência secular da policia em coibir esse tipo de delito, ou o aparecimento desses assaltantes, é tão flagrante que a única saída é maior rigor. Sugerem, entre outras coisas, que as leis sejam mais duras e que a maioridade penal seja reduzida. Normalmente é prudente evitar generalizações, mas nesse caso é impossível. Estamos tratando de um conjunto de indivíduos arrebanhados por um mesmo discurso superficial, felizes por encherem o peito e repetirem a fatídica sentença como se isso os dignificasse pro si só como autoridades capazes de discernir entre bandidos e gente do bem. Gente que, de fato, está convencida de que complexas relações sociais possam ser reduzidas a essa dicotomia simplista.

Não bastasse o orgulho ingênuo de se sentir grandioso por repetir frases de efeito, a premissa é absolutamente equivocada. Em primeiro lugar, a grande maioria dos gênios que assim “pensam” se coloca contra os bandidos em oposição a uma esquerda multiculturalista que abraça o criminoso. Como se a dialética da violência fosse resumida por uma dualidade de tal natureza. Como lembra Žižek, não existem apenas respostas erradas para os problemas, mas perguntas erradas. E quando colocado de forma equivocada, o problema jamais encontrará qualquer resposta coerente. Acho que não preciso perder meu tempo aqui explicando porque a escolha nessa história não é atacar ou defender algum delinquente. Se alguém te disser algo como: tem pena? Leva pra casa – não diga nada, não alimente o animal. Apenas saiba que está falando com alguém com problemas de natureza moral e cognitiva.

Em segundo lugar, convém lembrar os mais entusiasmados que protelar tolerância zero não corresponde ao que fizeram os países tomados como exemplares por essa turma. Holanda ou Suécia, que sistematicamente vêm reduzindo sua população carcerária, jamais adotaram medidas de tal natureza. Eu duvido que os defensores de leis mais rígidas no Brasil sejam capazes de citar um único país cuja violência fora resolvida pela reação enérgica da polícia e de suas leis. Os Estados Unidos, que tomaram esse caminho, hoje contam com a maior população carcerária do planeta. Além disso – sejamos honestos - bandido bom é bandido morto já foi incorporado como diretriz informal da policia há muito tempo. A polícia americana pode ser bastante truculenta, mas não é páreo para a paulista, que mata mais e com uma população oito vezes menor. A PMERJ não fica atrás. Em 2013 a OAB/RJ lançou a campanha “Desaparecidos da Democracia” no qual mostram que mais de dez mil pessoas foram mortas sob suspeita de confronto com a polícia entre 2001 e 2011. Vale lembrar que oconceito de confronto para a PM é bastante amplo. A opção por mais truculência, mais violência e intolerância não tem ajudado nem os próprios policiais, já que, em média, a chance de um policial morrer no Brasil é três vezes maior que em outros países. Ou seja, essa estratégia de fazer e acontecer pelas armas talvez tenha um grande impacto na boca de políticos que fingem estar fazendo alguma coisa quando mandam a policia subir o morro para matar pobre ou de machões justiceiros que tentam convencer seu nicho da própria masculinidade, mas certamente não anda protegendo nem cidadão, nem o policial.


Facebook e os reprodutores do senso comum

Jacob Burckhardt, historiador suíço do século XIX, dizia que um dos problemas da modernidade era que “enquanto as condições materiais da sociedade ficam mais complexas, suas relações sociais se tornam mais cruas”. Um dos sintomas do que ele chamou de brutal simplificação socialdizia respeito ao fato das pessoas se projetarem categoricamente em identidades fixas. Não surpreende que um sujeito autoproclamado de bem, se sinta não apenas superior, mas também incumbido da tarefa de limpar a sociedade daquilo que julga ser o problema.

Na plateia, enfileirados, estão os reprodutores do senso comuns, prontos para proclamarem corajosas palavras de ordem no seu Facebook (!). O clima parece entusiasmar a cooperação prática, e todos então se sentem seduzidos a oferecerem suas sugestões logo após proclamarem seu mantra:bandido bom é bandido morto. O que se segue é um conjunto de frases rabiscadas pelo contra senso e apresentadas como prognóstico de solução. “Não é a melhor justiça, mas é melhor do que justiça nenhuma!”, “é porque não foi contigo! Quando for, você vai querer fazer o mesmo com eles”.... Como se não bastasse a ignorância ao admitir publicamente um jargão protofascista como sua própria opinião, o discurso machão não se caracteriza como um erro de cálculo, mas como cálculo nenhum. A reprodução automática endossa passivamente um comportamento mais do que praticado, mas que salta aos olhos de um ignorante dessa natureza como uma ilusão de retribuição pelas injustiças que testemunha diariamente. Trata-se, portanto, de um delírio de vingança traduzido por um entendimento rasteiro sobre interações sociais.

Como gostava de lembrar George Orwell, “a vingança é um ato que se quer cometer quando se está impotente e porque se está impotente”. Nesse caso, uma dupla impotência. A primeira, assumida, diz respeito à constatação de que existe injustiça. Em outras palavras, que de fato estamos cercados de uma estrutura social nociva que normaliza patologicamente um sentimento perene de injustiça. A segunda se refere precisamente à impossibilidade desse tipo de discurso oferecer qualquer diagnóstico coerente. Ele é perfeitamente capaz de identificar a violência mais óbvia, aquela que se manifesta como perturbação da ordem, mas falha miseravelmente em perceber que a própria ordem depende de muita violência para se impor. Pense quanta violência é necessária para manter estável e constante a grosseira distribuição de renda no Brasil.

Para que esse (des) equilíbrio absurdo se mantenha, também é necessário sujeitos brilhantes como esses que repetem o jargão e discutem soluções para o Brasil em redes sociais. Na topologia do óbvio, criam a sensação de movimento, de que algo precisa ser feito, de preferencia algo muito radical. Na escola do bom senso, onde juram ter se formado, são sabedores de verdades sociológicas de bem. No fim, a ilusão de movimento sustenta um status quo ad aeternum.

No país com a segunda pior distribuição de renda do mundo, ninguém sabe o que são direitos humanos – já que nossos gênios sugerem que eles existem exclusivamente para proteger criminosos – mas todo mundo conhece o código de defesa do consumidor e onde fica o PROCON mais próximo. Todos aprenderam a comprar conscientemente assistindo ao Fantástico. O não consumidor é também o não cidadão. Chegamos ao ponto de termos esse ponto de vista abertamente defendido no legislativo pela fabulosa Leila do Flamengo, que não tem qualquer constrangimento em admitir: “Defendo as famílias e os moradores, não os desocupados”, ao lembrar seus eleitores que mendigos não são cidadãos.

Ao querer acertar as contas com seus criminosos, escapa ao cálculo dos defensores passivos da máxima bandido bom é bandido morto que também são eles, os bandidos, resultado direto de uma estrutura social covarde e abjeta, montada historicamente por tipos sociais obcecados por uma ilusão de ordem. Falta, portanto, clareza e abstração suficiente para que o sujeito se de conta de que mais de que não apenas está defendendo como novidade algo que há muito ocorre, como está brigando de forma quixotesca pela manutenção da mesma estrutura que supõe condenar. Os vigilantes do bairro do Flamengo nada mais são do que a repetição trágica de formas análogas de polícia privada, como as milícias que há um tempo circulam no imaginário urbano carioca. Justiça, a quem interessar, é algo bem diferente disso tudo.

(Por Bruno Garcia)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Entrevista com Franklin Martins vai mudar sua opinião sobre regulação da mídia

6 de Fevereiro de 2014, 13:40, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Entrevista com Franklin Martins vai mudar sua opinião sobre regulação da mídia
Veja abaixo ou clique AQUI.

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



“Diz que é comunista mas usa Iphone!”. Mas o telefone celular foi inventado por um comunista!

4 de Fevereiro de 2014, 15:39, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


“Diz que é comunista mas usa um Iphone!”. Quem nunca escutou esta frase, geralmente em tom histérico ou irônico, deste ou daquele direitista ignorante metido a conhecedor da história e da obra de Marx? A revelação que fará este artigo deixará a muitos puxa-sacos dos capitalistas inquietos, talvez até irritados. Certamente, ao usar um clichê tão ridículo, eles ignoram que uma invenção que estão acostumados a usar foi concebida originalmente em um país socialista.
Segundo a lenda, “o primeiro telefone celular foi inventado nos EUA”. Ela insiste em que em 3 de abril de 1973, o diretor da companhia Motorola, Martin Kutcher, apresentou em Manhattan um dispositivo de telefonia móvel em uma exposição. Até 1979, a Travel Eletronics não passaria a comercializá-lo. Pesava quase 1 kg e seu valor era de aproximadamente uns $3700,00. O custo da conexão era de 24 a 40 centavos por minuto.
Qualquer um que busque algo relacionado com o nome de Leonid Ivanovich Kupriyanovich se dará conta de que apenas sabe uma parte da história. O inventor comunista russo era um famoso engenheiro, conhecido por suas invenções na área de comunicação. Em 1955, publicou em uma revista científica para amantes do rádio uma descrição de seu aparato walkie-talkie, capaz de fazer conexões de até 1,5 km de distância. Pesava cerca de 1,2 kg e funcionava com dois tubos de vácuo.
Em 1957 apresentou a mesma versão de seu walkie-talkie, mas desta vez com um alcance de 2 km de distância e com um peso de 50 gramas. Mas o engenheiro comunista não se deteve aí, no mesmo ano apresentou o LK-1, um telefone celular que usava ondas de rádio, tinha um alcance de 20 a 30 km de distância e uma bateria que durava de 20 a 30 horas. O dispositivo manual pesava cerca de 3 kg e dependia de uma estação. Segundo Leonid Ivanovich, a estação podia servir a vários clientes ao mesmo tempo. O inventor soviético patenteou seu telefone celular em 1957 (Certificado nº115494, 1.11.1957). Em 1958, no instituto de investigação Científica de Voronej (VNIIS), Kupriyanovich começou a busca por um sistema próprio de comunicação móvel. Suas descobertas científicas eram constantemente publicados na revista mais famosa sobre tecnologia editada na União Soviética, a “Nauza i Jizn” (Ciência e Vida).
Kupriyanov experimenta o seu LK-1 enquanto lê um livro em um carro
Kupriyanov experimenta o seu LK-1 enquanto lê um livro em um carro
Em 1958, Leonid Kupriyanovich foi mais além, encolhendo sua invenção a um tamanho suficientemente pequeno para levar no bolso. O aparato do engenheiro comunista não só permitia fazer conexões como também recebê-las de telefones residenciais e de cabines telefônicas. Tinha aproximadamente o tamanho de um pacote de cigarro, como a maioria dos telefones celulares atuais.
Kupriyanovich testa e exibe sua invenção: o aparelho celular
Kupriyanovich testa e exibe sua invenção: o aparelho celular
Em 1961, o engenheiro comunista da União Soviética desenvolveu um dispositivo ainda menor, que cabia na palma da mão e tinha um alcance de mais de 30 km. No mesmo ano foi planejada a fabricação deste objeto em grande escala, segundo uma entrevista dada por Leonid à agência de notícias APN. O inventor também falou sobre o plano de construir estações de telefonia móvel.
Celulares nas décadas de 50 e posteriores na URSS, compatíveis com uma capa ou terno
Celulares nas décadas de 50 e posteriores na URSS, compatíveis com uma capa ou terno
O primeiro dispositivo de telefonia móvel nacional acabou sendo o “Altay”, distribuído comercialmente a partir de 1963, e em 1970 já estava presente em mais de 114 cidades da URSS. Muitos de seus dispositivos foram inicialmente empregados pelo mundo médico, em hospitais e depois por taxis no país. O sistema foi usado em países do Leste Europeu como Bulgária e exibido na exposição internacional Inforga-65.
Então, da próxima vez que vier alguém dizendo isso de que “um comunista de verdade não usa telefone celular” ou que “o Iphone é capitalista”, faça o favor de lembrá ao pobre ignorante que a invenção que usa foi criada pelo comunista Leonid Ivanovich Kupriyanovich e que se criou na URSS e não nos EUA. Sua patente é uma prova disso.
Patente-da-invencao-de-Kupriyanov
Estes argumentos escatológicos são facilmente refutados com investigação e leitura, com o conhecimento dos clássicos do marxismo-leninismo, que revelam que seus mestre sempre se mostraram favoráveis à tecnologia. Karl Marx escreveu na “Crítica ao programa de Gotha” que era necessário que os trabalhadores desfrutassem de conforto material no socialismo. Marx e Engels eram entusiastas do progresso industrial, mas condenaram os métodos pelos quais foi alcançado. Lenin era um entusiasta da tecnologia, e em sua obra política enfatiza que o comunismo dependeria do poder soviético mais a eletrificação de todo o país ( a eletricidade era, então, talvez a mais avançada forma de tecnologia humana em sua época). A era de Stalin permitiu ao homem e à mulher soviético(a) dominar a força que gera o sol, a energia nuclear. Che Guevara, aluno deste último, costumava apresentar a democratização da tecnologia como uma das definições do socialismo. Logo, longe de ser proibido ao operário ter um Ipad ou um Iphone, este pode ficar com a consciência tranquila de que é plenamente comunista levar um telefone celular (especialmente se tiver um fundo de tela comunista para irritar aos anticomunistas), uma invenção de um gênio comunista soviético que facilita e dinamiza as telecomunicações.
Fontes de pesquisa:
- Muzey Oborony Mozga (Museo de la defensa del cerebro). El teléfono soviético de Kupriyanov. Disponible en: http://brainexpo.livejournal.com/8873.html
- El primer teléfono móvil del mundo. Artículo de la página web “Rossii”. Disponible en: http://www.opoccuu.com/pervyj-mobilnik.htm
- El 9 de abril de 1957, na URSS, fue construido el primer telefóno móvil del mundo. Artículo de la página web “Za russkoe”. Disponible en: http://www.zrd.spb.ru/news/2013-01/news-0286.htm
- WIKIPEDIA. Artículo biográfico de Leonid Ivanovich Kupriyanovich. Disponible en: http://ru.wikipedia.org/wiki/%D0%9A%D1%83%D0%BF%D1%80%D0%B8%D1%8F%D0%BD%D0%BE%D0%B2%D0%B8%D1%87,_%D0%9B%D0%B5%D0%BE%D0%BD%D0%B8%D0%B4_%D0%98%D0%B2%D0%B0%D0%BD%D0%BE%D0%B2%D0%B8%D1%87
(Tradução: JCA. Por Cultura Proletária)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Adeus Skype e Hangout: Appear.in oferece opensource de videoconferência sem plugins ou downloads

4 de Fevereiro de 2014, 14:49, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Imagine você ter uma solução de videoconferência, gratuita para até oito pessoas e em código aberto? Pois é, parece impossível, mas não é, graças ao WebRTC, que é a base doAppear.in. Para quem não conhece, WebRTC é uma API em desenvolvimento elaborada pela World Wide Web Consortium (W3C) para permitir aos navegadores executar aplicações de chamada telefônica, video chat e compartilhamento P2P sem a necessidade de plugins.

Desta forma, você pode ter uma solução de videoconferência, igual ao que é encontrado no Skype ou Google Hangout, com a diferença de não haver a necessidade de instalar plugins ou ainda fazer downloads de programas ou addons para o navegador. Também não é necessário se registrar. Basta criar a sala e pronto. É possível moderar a sala, adicionar senha para acessar ou ainda customizar o background.

Ficou curioso? Visite https://appear.in/ e comece a conversar com seus amigos. Nós já estamos usando!

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



"PM cria monstros", diz ex-policial que defende desmilitarização

4 de Fevereiro de 2014, 10:27, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Após ser expulso da Polícia Militar do Ceará em janeiro, acusado de distribuir seu livro intitulado "Militarismo, um sistema arcaico de segurança pública", dentro da Academia Estadual de Segurança Pública, o ex-soldado Darlan Menezes Abrantes (foto), 39, voltou a criticar o atual modelo da PM e a militarização da corporação, da qual fazia parte há 13 anos. "Sou a prova viva de que esse sistema de segurança pública é falido" e "cria monstros", declarou, em entrevista ao UOL.

A reportagem é de Carlos Madeiro e Gil Alessi, publicada pelo portal UOL, 03-02-2014.

"Quando eu era da cavalaria, fiz muitas coisas das quais me arrependo. Quando eu chegava em casa dizia para a minha esposa 'nossa, eu sou um monstro!'. O treinamento militar é opressivo, e faz com que o policial trate a população como inimigo, e não como um aliado", falou.

Para ele, a violência e os excessos cometidos pelos policiaisnas ruas tem origem na opressão vivida pelos praças (PMs de patente inferior) dentro dos quartéis.

"Os oficiais têm poder total sobre os praças. Como uma polícia antidemocrática pode fazer a segurança de uma sociedade democrática? A PM tem uma estrutura medieval".

Segundo Abrantes, "durante os treinamentos os superiores ficam dizendo que você não é nada, que você é um parasita. Lembro que na academia um superior me deu uma folha de papel em branco e disse: 'esses são seus direitos'. Aí quando o policial se forma, já é um pitbull."

Para ele, o militarismo "serve para as Forças Armadas", e não para a segurança interna do país. "É preciso desmilitarizar a corporação e fundi-la com a polícia civil. A cada ano, a polícia perde de goleada para o crime organizado, e a solução está na modernização e desmilitarização da força".

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará afirmou que à época do ingresso de Abrantes na corporação "a formação de policiais militares se dava pelo extinto Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM" e que o atual treinamento conta com um programa de formação cidadã, "trabalhando as concepções de cidadania, respeito aos Direitos Humanos e à diversidade étnica e cultural".

Expulsão

A controladoria da PM expulsou Abrantes "com base em vários artigos do Código Disciplinar e do Código Penal Militar", de acordo com o tenente-coronel Fernando Albano, porta voz da corporação. "Os atos praticados vão de encontro ao pudor e ao decoro da classe. Só isso que a PM tem a falar", disse ele.

A advogada do ex-soldado, Quércia de Andrade Silva, afirmou que já recorreu da expulsão e diz acreditar que a decisão possa ser revertida. "Tem outro processo também na auditoria militar, mas que está ainda em fase inicial. Ele será ouvido pela primeira vez em maio. Estamos aguardando a resposta desse recurso [para possivelmente recorrer à Justiça comum]", diz Quércia.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..