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Processos seletivos para mestrado, doutorado e bolsas são honestos?
3 de Abril de 2017, 11:12Muito já conversei com colegas pós-graduandos de diversas universidades sobre a “honestidade”, ou se preferirem a “lisura”, dos processos de seleção para os cursos de mestrado e doutorado (e ordenamento para concessão de bolsas) nos programas de pós-graduação no Brasil. Pululam em várias dessas conversas suspeitas sobre a lisura desses processos. Então, penso que cabe a pergunta: são honestos esses processos de seleção? Confira a discussão sobre essa questão perturbante, a partir de alguns fatos recentes, neste artigo.
Um caso recente na UFF
No dia 20 de setembro de 2016 uma relatoria da Defensoria Pública da União no Estado do Rio de Janeiro concedida em virtude de um Procedimento de Assistência Jurídica (PAJ) requisitado por um estudante de pós-graduandos do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense constatou:
“Assim, é cediço que até mesmo um processo seletivo realizado para ingresso na Pós Graduação – pública – deve seguir os princípios gerais de um certame público a fim de que a finalidade administrativa não seja desviada. Não obstante, no presente PAJ vislumbramos um certame viciado com violação aos princípios do direito administrativo. Assim se vê:
Violação ao princípio da impessoalidade: este visa impedir o tratamento desigual pela Administração Pública dos administrados que se encontram dentro da mesma situação jurídica”(PAJ da DPU/Rj n° 2016/065-00875, página 3)
A motivação dessa constatação, explica o parecer, é que um dos candidatos no processo seletivo ao Doutorado teria sido favorecido no processo. Os fatos, segundo explica o parecer, são que essa pessoa teria perdido a prova escrita e ainda assim foi a única aprovada no processo, enquanto os demais candidatos – que compareceram a prova escrita – foram reprovados!
Eu sei, parece uma piada. Mas não é.
A DPU/RJ enviou um ofício ao Instituto de Física da UFF pedindo explicações sobre o processo. Este respondeu ao DPU/RJ que a pessoa aprovada no processo de fato faltou a prova (sic!) mas que ela teria pedido o aproveitamento da nota da prova escrita do processo seletivo do mestrado e o PPG lhe teria concedido isto. Detalhe:
“O reaproveitamento da nota não estava previsto no edital”(PAJ da DPU/Rj n° 2016/065-00875, página 2)
Pode isso Arnaldo? Com razão a DPU/RJ constata no seu relatório:
“Em razão também da legalidade, moralidade e eficiência que norteiam a atuação da Administração Pública. Salienta-se que as Universidades Públicas Federais ao realizar os seus processos seletivos – regulares ou simplificados – não podem desviar a finalidade pública do ato administrativo. Assim, os fatos que envolvem o presente PAJ revelaram que há indícios de atos de improbidade e, por conseguinte, atentatórios aos princípios da Administração Pública, conforme previsão da lei n° 8.429/1992.”(PAJ da DPU/Rj n° 2016/065-00875, página 3)
Sejamos justos. Há uma resolução de 21 de outubro de 2008 deste PPG que prevê a possibilidade de reaproveitamento de notas nesses casos. Porém, o relatório da PAJ evidência que:
“em nenhum momento o editar se remete a Ata da Reunião”(PAJ da DPU/Rj n° 2016/065-00875, página 1)
É de se perguntar se todos os inscritos no processo seletivo conheciam essa decisão de 2008. Mas, vejam vocês, que além disso, o relatório da DPU/RJ constata a violação do princípio da publicidade, pois:
“Caso concreto: a violação se ensejou quando da não divulgação dos resultados do certame em meio público, nem mesmo em sítio eletrônico do IF/UFF. Assim, atentou quanto o direito a informação e transparência dos atos administrativos”(PAJ da DPU/Rj n° 2016/065-00875, página 3)
Conforme dita o artigo 11, inciso IV da Lei n° 8.429/1992 (que estabelece os atos de Improbidade Administrativa):
“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
[…]IV – negar publicidade aos atos oficiais;”
No caso, as notas da prova escrita não foram divulgadas, nem durante nem depois do processo (até a data de 20 de setembro de 2016 a DPU/RJ relata que não encontro tal informação no site da UFF). Coincidentemente, a não divulgação dessas notas “ocultou” dos registros públicos desse certame que a pessoa aprovada no processo esteve ausente na prova escrita.
Perseguição e favorecimento
O favorecimento é apenas uma das faces da violação do Princípio da Impessoalidade na Administração Pública. A outra face é a perseguição.
Essas denúncias foram levadas ao conhecimento da ANPG pelo Rodrigo Francisco dos Santos (que nos autorizou citá-lo neste artigo). Rodrigo, relata a ANPG esses eventos e a perseguição que o PPG em Física da UFF já há um ano desencadeia contra ele.
Ele é um dos candidatos prejudicados pela parcialidade do processo seletivo citado acima. Mas, esse é apenas um dos diversos episódios do calvário que este pós-graduando tem passado no último ano para tentar se formar no Instituto de Física da UFF.
Seu orientador no programa decidiu unilateralmente, abandonar sua orientação em janeiro de 2016. O PPG lhe disse que “arranjasse outro orientador” – o que é por si uma violação dos direitos dos pós-graduandos, uma vez que é responsabilidade do Programa indicar um orientador. Ele relata ainda denúncias de que eu ex-orientador teria intervindo em conversar com outros professores para lhe dificultar sua busca por outro orientador no doutorado. Posteriormente, o PPG se recusou a aceitar o orientador indicado pelo estudante – que ele após diversos meses procurando conseguiu! – e depois lhe desligou por não ter um orientador!
Rodrigo prestou o processo seletivo (esse descrito acima) para tentar uma bolsa de doutorado (curso no qual ele estava regulamento matriculado na época) de acordo com a orientação – segundo o que ele nos relatou – do próprio responsáveis pelo PPG. Como vimos, ele foi reprovado em circunstâncias muito suspeitas.
E o que faz a ANPG nisso tudo?
No dia 12 de junho de 2016 o 25° Congresso Nacional de Pós-Graduandos aprovou uma moção ao Programa de Pós-Graduação da UFF denunciando o ocultamento de documentos públicos pelo PPG de Física da UFF e requerendo o acesso a eles do doutorando, isto era um passo necessário para que ele pudesse formular sua defesa contra os indícios de fraude no processo seletivo e no processo de seu desligamento do curso de doutorado.
Em 5 de julho de 2016 a ANPG enviou um ofício ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFF. Nessa ocasião o conselho estava para analisar o pedido de recurso do doutorando contra o seu processo de desligamento.
Em 9 de dezembro de 2016 a ANPG enviou novo ofício, desta vez requeremos uma audiência com Reitor da UFF para tratar da questão. Passou-se três meses e nenhuma resposta nos foi enviada!
Cansados dos ouvidos moucos que os dirigentes da Universidade Federal Fluminense têm feito aos nossos apelos decidi publicar essas informações. Quem sabe agora possamos ser ouvidos?
Reiteramos, em um novo ofício enviado no dia 20 de março de 2017 a solicitação para que o Reitor e o Pró-Reitor de Pesquisa da UFF nos receba e, pelo menos (sic!), escute nossas demandas e deem algum encaminhamento à essa questão. Ou será que apenas indo até Justiça nós veremos alguma resposta UFF?
Nós não desistiremos.
(Via ANPG, escrito por Cristiano Junta é Vice-Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Livro infantil quebra estereótipos de gênero
3 de Abril de 2017, 8:55
Obra da autora e ilustradora Janaina Tokitaka conta a história de dois coelhinhos que não se importam com 'o que é para menino ou para menina'. O mais importante para eles é a liberdade para se divertir
Era uma vez dois coelhinhos. Um usava uma saia, batom e sapatinho de salto. Outro, botas, calça e gravata. Um era um menino e outro era uma menina. Mas quem era menino e quem era menina? A resposta não é – ou não deveria ser! – óbvia. É o que mostra o livro que acaba de ser publicado pela Coleção Boitatá (Boitempo Editorial), Pode Pegar!, da escritora e ilustradora paulistana Janaina Tokitaka.
Supercolorida e leve, a obra aborda de forma sutil e encantadora os costumes culturais relacionados à identidade de gênero. O livro é voltado para crianças em fase de alfabetização e tem como protagonistas um coelhinho e uma coelhinha que não veem problema em trocar de roupa um com o outro já que a menina pode querer usar botas pra atravessar um riacho, um menino pode usar salto se quiser ou precisar ficar mais alto e todos podem usar calças para saltar pelas montanhas…
“Representatividade importa muito em qualquer fase da vida, mas na infância, esse momento construtivo e delicado, importa muito mais. É essencial que os livros libertem, apontem possibilidades para além das estabelecidas, como os estereótipos de gênero. Pode Pegar! diz que você têm direito de se apresentar como bem entender e para não ligar para quem diz o contrário. Escrevi esse livro com a esperança de que as crianças de hoje se tornem adultos mais livres, leves e felizes,”
A autora e ilustradora iniciou a carreira de escritora em 2010, aos 24 anos, e desde seu primeiro álbum ilustrado, Tem Um Monstro no Meu Jardim (Escrita Fina), publicou 40 outras obras para o público infantil e juvenil. Pode Pegar! já está à venda nas livrarias e no site da Boitempo Editorial, responsável pela Coleção Boitatá, selo infantil que tem o objetivo de promover reflexões sobre temas como política e de cidadania para crianças.
Era uma vez dois coelhinhos. Um usava uma saia, batom e sapatinho de salto. Outro, botas, calça e gravata. Um era um menino e outro era uma menina. Mas quem era menino e quem era menina? A resposta não é – ou não deveria ser! – óbvia. É o que mostra o livro que acaba de ser publicado pela Coleção Boitatá (Boitempo Editorial), Pode Pegar!, da escritora e ilustradora paulistana Janaina Tokitaka.
Supercolorida e leve, a obra aborda de forma sutil e encantadora os costumes culturais relacionados à identidade de gênero. O livro é voltado para crianças em fase de alfabetização e tem como protagonistas um coelhinho e uma coelhinha que não veem problema em trocar de roupa um com o outro já que a menina pode querer usar botas pra atravessar um riacho, um menino pode usar salto se quiser ou precisar ficar mais alto e todos podem usar calças para saltar pelas montanhas…
Com pouquíssimo texto, Janaina brinca com o tema, desconstroi os estereótipos de gênero e deixa no ar a pergunta: o que faz uma roupa ser “de menino” ou “de menina”? Para a autora, tratar de forma livre sobre as diferentes possibilidades que uma pessoa deve ter é fundamental para o desenvolvimento das crianças. “Acredito que os livros infantis possuem um papel muito importante na formação da identidade das crianças”, afirma Janaina
“Representatividade importa muito em qualquer fase da vida, mas na infância, esse momento construtivo e delicado, importa muito mais. É essencial que os livros libertem, apontem possibilidades para além das estabelecidas, como os estereótipos de gênero. Pode Pegar! diz que você têm direito de se apresentar como bem entender e para não ligar para quem diz o contrário. Escrevi esse livro com a esperança de que as crianças de hoje se tornem adultos mais livres, leves e felizes,”
A autora e ilustradora iniciou a carreira de escritora em 2010, aos 24 anos, e desde seu primeiro álbum ilustrado, Tem Um Monstro no Meu Jardim (Escrita Fina), publicou 40 outras obras para o público infantil e juvenil. Pode Pegar! já está à venda nas livrarias e no site da Boitempo Editorial, responsável pela Coleção Boitatá, selo infantil que tem o objetivo de promover reflexões sobre temas como política e de cidadania para crianças.
(Por Xandra Stefanel, especial para RBA)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Pesquisa confirma pequena presença feminina na produção audiovisual
2 de Abril de 2017, 17:33A Agência Nacional do Cinema (Ancine) reconheceu a baixa participação de mulheres no audiovisual e estuda ações para equilibrar a concessão de financiamento público. Segundo levantamento inédito da própria Ancine, das 2.583 obras audiovisuais registradas ano passado na agência apenas 17% foram dirigidas e 21% roteirizadas por mulheres, embora mais da metade da população brasileira seja feminina.
A pesquisa foi feita apenas em obras comerciais do chamado conteúdo de espaço qualificado, que exclui produções jornalísticas, esportivas e publicidade, por exemplo. Assim como no cinema ou na TV, predomina o olhar masculino, afirmou a agência.
"[Os dados] nos levam a entender que a construção das narrativas, que vêm dos roteiristas e dos diretores, por mais que os produtores participem, é dos homens. O olhar que vai construir o imaginário de nossa sociedade e novas gerações, é masculino”, acrescentou a diretora da Ancine, Debora Ivanov, durante a apresentação do estudo, no Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual.
Índices
O evento foi realizado na quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, e contou com a apresentação de experiências do Canadá e da Suécia para promover a paridade.
De acordo com o levantamento, as mulheres têm uma presença maior entre os produtores (41%) e diretores de arte (58%). Entre os diretores de fotografia, chegam apenas a 8%.
Em vez de mostrar uma evolução natural da presença feminina no audiovisual, a Ancine surpreendeu ao revelar queda. Em 2015, mulheres dirigiram e roteirizaram 19% e 23% das obras de espaço qualificado, números que diminuíram para 17% e 21% em 2016. Nos últimos oito anos, conforme o balanço, os índices flutuaram. Mulheres dirigiram 10% dos filmes em 2014, sem nunca ultrapassar 24% de todas as produções, recorde observado em 2012.
Paridade
A agência também constatou que, quanto mais cara a produção, menor o número de mulheres. “Observamos mais mulheres quando é um curta ou média-metragem, porque são mais baratos. Nossa presença é maior no documentário que na ficção, o que corrobora a visão de que em obras de custo menor temos mais oportunidades”, lembrou Debora.
Para mudar o cenário, a diretora informou que a agência adotou a paridade de gênero nas comissões de avaliação dos filmes que concorrem ao Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com a presença de pelo menos uma pessoa negra. Outro passo para facilitar o acompanhamento é a obrigatoriedade de autores autodeclararem o gênero ao registrarem as obras. O monitoramento da identidade étnico-racial não foi confirmado dessa vez.
Mulheres negras
O levantamento da Ancine não soou como novidade no setor. Pelo menos desde 2014 pesquisas revelam a ausência de mulheres e de negros no cinema nacional.
Dados atualizados do Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Gemaa), vinculado ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que acompanha o tema, mostram que mulheres negras não dirigiram ou roteirizaram um filme sequer entre os de maior bilheteria no período de 1995 a 2016. O percentual de homens negros nas duas categorias não passou de 2% na direção e 3% no roteiro, enquanto homens brancos dirigiram 85% e roteirizaram 75% das principais produções nacionais.
Realizadoras negras reforçaram no seminário a necessidade de se criar medidas específicas para garantir pluralidade de falas e olhares.
“A gente tem urgência de transformação e as políticas públicas não caminham nessa velocidade. Estamos incomodadas. A gente não pode ser 24% da população (mulheres negras) e não estar representada”, disse a diretora do Fórum Itinerante do Cinema Negro e doutora em História, Janaína Oliveira.
“Existem dados [sobre mulheres negras no audiovisual], precisamos desses dados. Precisamos avançar. Se formos esperar o formulário da Ancine incluir raça, terão se passado 15 anos”, criticou.
Coletivo
Segundo Janaína, apesar disso, mulheres e mulheres negras estão produzindo, especialmente curtas e webséries. Ela destacou a participação da realizadora negra Yasmin Thayná no festival de cinema de Rotterdam, um dos mais importantes do mundo, ao lado do ganhador do Oscar, Jerry Benkins, e que quase não repercutiu no Brasil.
O Coletivo Vermelha, criado em 2014, após divulgações das primeiras pesquisas sobre ausência de mulheres no audiovisual, avaliou que as disparidades são reflexo da sociedade e propuseram uma lista de ações para enfrentá-las
“Por que a classe cinematográfica aceita a regionalização e tem tanta resistência à paridade de gênero?”, questionou Caru Alves de Souza. “As narrativas e imagens ajudam a construir identidades, formar valores e comportamentos. Existe uma responsabilidade de quem cria, financia, repercute e de quem escolhe“, completou Manoela Ziggiatit. Elas leram um manifesto durante o seminário.
Outra realizadora de cinema e TV, Renata Martins, aproveitou o evento, ao lado da diretora de Bicho de Sete Cabeças, Laís Bodanzky, para apelar aos colegas do setor e cobrar diversidade nos sets. “Chamo as mulheres brancas, especialmente. Dos homens brancos, não espero muito. Esse convite é para a gente pensar nossa equipe, nossa sala de criação, com quem estamos fazendo nossas trocas [profissionais].” Renata é pós-graduada em linguagens e artes pela Universidade de São Paulo e idealizadora da websérie de sucesso Empoderadas.
Elenco
Apresentada pela cientista política Marcia Rangel Candido, a pesquisa do Gemaa, com os filmes de maior bilheteria e que dominam o mercado, também avaliou a participação de mulheres nos elencos. O resultado é que a cada 37 homens brancos, uma mulher negra aparece, mas não em posição de prestígio. “A representação mulheres negras quando estão protaganizando, é estereotipada, hiperssexualizada”, afirmou a cientista.
A Ancine respondeu que está atenta “à interseccionalidade” e vem fazendo avanços. “Conseguimos incluir no planejamento para os próximos 4 anos o compromisso de se dedicar a questões de gênero e raça em todas ações de fomento”, disse Debora Ivanov.
O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, também pretende lançar, em abril, a 2ª edição do edital Carmem Santos, que dará bônus a propostas de curtas-metragens apresentadas por mulheres. Devem ser distribuídos R$ 60 mil para 15 projetos.
(Via Agência Brasil)
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Ciclistas desenvolvem aplicativos para ajuda mútua
2 de Abril de 2017, 17:25Ciclistas de grandes cidades estão desenvolvendo aplicativos de smartphones para se ajudarem mutuamente diante do desafio de se deslocar de bicicleta nas metrópoles, em meio ao trânsito e, por vezes, enfrentando violência.
Dois dos aplicativos, o Alerta Bike e o Bike Ajuda, desenvolvidos em Curitiba e em São Paulo, respectivamente, facilitam a cooperação entre os ciclistas vítimas de assaltos ou que estejam enfrentando uma quebra mecânica longe de casa.
“Os ciclistas naturalmente cooperam entre si, se ajudam mesmo. Essa comunidade já existe, o aplicativo foi o modo de tentar otimizar isso”, disse o ciclista Daniel Moral, idealizador do Bike Ajuda.
Ele conta que teve a ideia de criar o aplicativo quando pedalava na ciclovia da avenida Faria Lima, na capital paulista. O pneu de sua bicicleta furou e ele estava atrasado para uma reunião. “Comecei a parar o pessoal, ver quem poderia me ajudar, e uma pessoa me ajudou, tinha lá remendo, tudo, e resolveu o meu problema. Naquela hora, eu pensei: precisa ter um formato, um mecanismo para eu conseguir automatizar isso.”
O Bike Ajuda desenvolvido por Daniel funciona da seguinte forma: quando o ciclista enfrenta um problema, como uma quebra mecânica, ele aciona o botão de emergência no aplicativo. O programa emite uma mensagem de socorro para todos os ciclistas que utilizam a ferramenta eletrônica e estejam nas proximidades do ocorrido.
“O GPS do celular localiza onde você está, informa sua localização e dispara a mensagem em um raio de cinco quilômetros para todos os ciclistas cadastrados que estiverem mais próximos. Ele vai encontrar algum ciclista, ou um mecânico profissional. O mecânico é o único que pode cobrar pelo serviço, o ciclista é voluntário”, explicou.
Caso nenhum ciclista ou mecânico seja encontrado, o Bike Ajuda, então, informa uma lista de oficinas de bicicletas das proximidades, em que se possa buscar socorro.
O aplicativo gratuito, disponível até o momento apenas para celulares da Apple, será lançado nos próximos meses também para o sistema Android. Em funcionamento desde outubro de 2016, a ferramenta tem sido utilizada, na maioria das vezes, para buscar socorro para ocorrências de pneu furado, e também para a localização de oficinas mais próximas.
“A gente já fez bastante ajuste, reforçamos a segurança. Quando a pessoa se cadastra, ela recebe um SMS com código de cadastro, confirma e-mail, CPF. Colocamos uma avaliação maior por conta de ter medo de ser uma pessoa de má-fé, e vá lá e roube uma bicicleta”.
O aplicativo também pode ser usado em caso de acidente ou de assaltos. Nesse caso, ele funciona como um atalho, e faz a ligação para o Samu ou para a Polícia Militar.
Bicicleta Recuperada
O professor e ciclista Jackson Luís Cunha, idealizador do Alerta Bike, desenvolveu o aplicativo devido ao alto índice de roubos de bicicletas em Curitiba. A ferramenta funciona de maneira similar ao Bike Ajuda, usando a rede de usuários para ajudar um ciclista em perigo.
“Eu desenvolvi, e usávamos entre amigos. Inclusive tivemos a felicidade, enquanto o aplicativo era beta [versão de teste], e só nós tínhamos, aconteceu um furto, e nós conseguimos localizar a bicicleta em menos de duas horas”, disse.
Objetivo do aplicativo é alertar instantaneamente as pessoas em caso de furto ou roubo. “As pessoas que têm o aplicativo recebem o alerta na hora, com a foto da bike, endereço do ocorrido, e até informações dos envolvidos do roubo”, afirmou Jackson.
No aplicativo gratuito, que já está disponível para Android, o ciclista registra, no momento do cadastro, fotos da bicicleta, e demais características. Caso ocorra um roubo ou furto, um alerta é emitido para os demais usuários com a foto, modelo da bicicleta, e o local. O alerta também pode ser compartilhado nas redes sociais, e ampliar a divulgação do ocorrido.
“As pessoas podem se comunicar, informar se viram sua bicicleta em alguma região. Existe um chat [bate-papo] dentro de cada ocorrência.”
(Via Agência Brasil)
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