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Sebrae lança edital para gastronomia nas favelas
13 de Abril de 2017, 8:43Estão abertas até 20 de abril as inscrições para o Projeto Sabores da Comunidade. O edital pretende capacitar 50 empreendedores de favelas e áreas de baixo IDH do Rio para desenvolver ainda mais seus negócios locais.
Sabores da Comunidade pretende oferecer formação para donos de bares, restaurantes, lanchonetes, pensões e ambulantes para fomentar o desenvolvimento e a sustentabilidade desses negócios através de acesso ao mercado, do aumento da lucratividade e do aumento da competitividade dessas empresas.
O projeto se divide em capacitações, consultorias e acesso ao mercado. Para se inscrever, é necessário ser morador do Rio de Janeiro, maior de 18 anos, ser dono ou sócio de empreendimento, ter o número do CNPJ e estabelecimento situado em favelas e áreas de baixo IDH da cidade. O edital também contempla moradores de favelas e áreas de baixo IDH da cidade que mantém seus comércios em outras localidades.
Serviço:
Edital Sabores da Comunidade
Inscrições até 20 de abril no siteSeleção: de 21 a 24 de abril
Resultado: 26 de abril
(Via ANF)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Afinal, Nutella é potencialmente cancerígena ou não?
13 de Abril de 2017, 8:31O óleo de palma no creme de chocolate e avelã Nutella acendeu a polêmica sobre o risco de câncer. Quem fez o alerta foi a Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA): o óleo de palma, se aquecido acima de 200°C, pode gerar contaminantes potencialmente cancerígenos (os ésteres glicidílicos). A entidade não estabeleceu uma dose diária admissível para a presença destes contaminantes em produtos à base de óleo de palma ou de outros óleos e gorduras. O ideal é não estarem incluídos nos alimentos.
Porém, quando questionada, a Ferrero, fabricante italiana da Nutella, afirmou que não há riscos para a saúde do consumidor, porque é empregado um processo industrial que combina temperaturas adequadas e uma pressão baixa para minimizar os contaminantes. A empresa, inclusive, lançou uma campanha publicitária para garantir a segurança do produto, que responde por cerca de um quinto do faturamento da companhia.
Moderação no consumo
O fato é que há vários produtos que podem conter os tais ésteres como batatas fritas, biscoitos e bolo, de acordo com estudo realizado pela associação de consumidores italiana Altroconsumo. Para todos eles – nada saudáveis -, incluindo a Nutella, a recomendação é a mesma: moderação no consumo!
Tais substâncias também são produzidas na refinação de outros óleos vegetais, como o de girassol. Por isso, podem aparecer também em alimentos como margarinas, produtos de pastelaria, fritos, aperitivos, entre outros. Porém, segundo a EFSA, níveis mais elevados foram encontrados no óleo e gorduras de palma.
A saúde exige prudência na ingestão de alimentos ricos em gorduras, em particular saturadas, como o óleo de palma. Bolachas, biscoitos, bolos e batatas fritas, que podem incluir o ingrediente, entram nesta categoria. Consuma tais alimentos com moderação. As gorduras saturadas aumentam o risco de doenças cardiovasculares quando ingeridas em excesso e não devem fornecer mais de 10% da nossa energia diária.
Além do potencial risco para a saúde, a produção de óleo de palma implica devastar florestas tropicais para plantar palmeiras. Põe ainda em causa a manutenção de espécies animais e vegetais e o próprio modo de vida de populações nativas. A PROTESTE está de olho!
(Via Proteste)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
"Amanhã será um #lindo dia, da mais #louca #alegria que se possa #imaginar". Guilherme Arantes #ComunicaTudo [Flickr]
12 de Abril de 2017, 18:17marcelodamico posted a photo:
Guerra na Síria: os perigos da multinacionalização das comunicações
12 de Abril de 2017, 8:52Nos últimos dias, a guerra civil na Síria tem ocupado grande parte dos noticiários no mundo todo. Aqueles que, como nós, não vivenciaram os acontecimentos diretamente, tomaram conhecimento deles a partir do recorte e da construção midiática dos fatos. Como ocorre sempre que há um desastre, uma guerra ou uma catástrofe, gerou manifestações de solidariedade e de revolta, principalmente nas redes sociais. Parte desses sentimentos vieram do conhecimento que temos sobre a Síria, uma bagagem construída quase que exclusivamente a partir daquilo que as agências internacionais de notícias consideram relevante, visto que 70% do material internacional publicado pelos jornais e noticiários de TV no Brasil é oriundo de grandes agências como Associated Press (AP), Associated France Presse (AFP) e Reuters. Entretanto, não se trata aqui de medir sentimentos, mas de compreender como as agências internacionais de notícias têm construído nossa visão de mundo e os perigos que a dependência desse tipo de informação pode configurar para o campo das comunicações.
Quando elas surgiram, há mais de 150 anos, passaram a configurar como veículo principal de disseminação da informação econômica em escala mundial. Hoje, ocupando o topo da lista das forças motrizes dos meios de comunicação, elas produzem e fornecem um volume inigualável de conteúdo, muito além de informações exclusivas do campo econômico. Combinado o extensivo trabalho de apuração e a ampla rede de fontes jornalísticas que têm a oferecer, a necessidade dos veículos de comunicação por conteúdos oriundos de agências noticiosas é compreensível. Compreensível também é a irrelevância de se debater os prós e contras da pauta gerada por elas, ou a validade de sua existência quando a globalização das notícias pode configurar algo bem mais crucial para a sociedade.
A importância das agências internacionais de notícias se deve à evolução que tiveram nos quase dois séculos de existência. Pode-se dizer que elas evoluíram de serem uma praticidade e conveniência para se tornarem uma necessidade absoluta. O trabalho desses “fornecedores de notícias por atacado” (Phil MacGregor, 2013) permeia desde mídia impressa até a online, indo da televisão até as versões para tablet ou smartphone. O fluxo contínuo de informações coletadas, redigidas e disseminadas por agências noticiosas é fundamental para o giro de conteúdo da maioria dos veículos. Ao voltar-se para qualquer boletim de notícias, em qualquer mídia, você provavelmente irá encontrar uma notícia originária de uma das maiores agências internacionais. Quanto mais perigosa a cena da notícia, seja zonas de guerra ou catástrofes, maior é a probabilidade de ser oriunda de agência.
Toda essa confiança mediática é atribuída à ética da notícia de objetividade e de neutralidade, conceitos que as agências internacionais de notícias advogam como cicatrizes de seu modelo de produção. E vão além. Para elas, sinais de partidarismo e preconceito também são excluídos (Phil MacGregor, 2013). Chris Paterson (2006), ao mesmo tempo que tenta justificar essas qualidades que as agências relatam, também faz um alerta. “Porque as agências de notícias devem agradar a todos os editores de notícias, em toda parte, eles devem trabalhar mais do que seus jornalistas clientes para criar a aparência de objetividade e neutralidade”. Essa maquiagem dos conceitos para torná-los aparentemente suficientes encontra em Pierre Bourdieu (1984), por exemplo, uma crítica acadêmica. Para ele a objetividade leva a uma notícia branda e chata, que não tem missão nem propósito para nunca ofender. E é essa a visão de mundo que as agências internacionais de notícias tem nos passado. No caso da guerra civil na Síria, uma visão muito superficial se considerada a complexidade que envolve os interesses internos e externos que envolvem aquele país.
Multinacionalização
A forma como estão estruturadas as grandes agências internacionais de notícias reflete os perigos da dependência absoluta por conteúdos desta origem. Como descreve Bernardo Kucinski (2007), cada grande agência forma um sistema industrial avançado que recobre e reproduz no campo das comunicações a multinacionalização e a concentração de capital características da expansão das multinacionais.
A partir desta conjuntura é preciso considerar que são elas que reproduzem a relação assimétrica centro-periferia e disseminam padrões de pensamento, valores culturais e codificações ou formas de representação da realidade. As agências estabelecem, ainda, o padrão e a estrutura de linguagem da notícias, tanto que passa a ser notícia apenas aquilo que é disseminado por esses canais, tornando os pequenos e médios veículos de comunicação apenas repetidores do noticiário das agências.
Por estarem intimamente ligadas a países centrais, as agências não conseguem equilibrar a cobertura dos problemas econômicos do Terceiro Mundo, em comparação ao dos países dominantes. Assim, disseminam uma linguagem que fortalece projetos econômicos do centro, como o neoliberalismo, por exemplo.
Na versão em inglês da obra Mecanismo de Intercâmbio de Notícias Internacionais e Regionais, Oliver Boyd-Barrett (1992) alerta que mesmo que as agências possam vir a assegurar o ideal liberal ocidental de troca de informações “plena e livre”, em todo o mundo, esse resultado pode ser obtido ao preço de uma homogeneização de notícias, tão perigoso e indesejável quanto a multinacionalização da comunicação. Basta olharmos para a seção de internacional de qualquer veículo de comunicação para entendermos o caráter unificado da cobertura da maioria dos veículos, como se tivessem sido orientados por uma única pauta e redigidos pelo mesmo editor (KUCINSKI, 2007).
Alternativa
Na tentativa de amenizar esta tendência, Phil MacGregor (2013) aponta uma saída: fornecer meios nacionais mais fortes ou agências mais regionalmente baseadas, além de ONG’s e agências lotadas em países periféricos. No Brasil podemos levantar uma série de exemplos nestes formatos.
Agência de Notícias das Favelas é um exemplo interessante fora dos grandes fluxos de informações do capital por estar lotada em uma favela e por tratar de temas voltados para as periferias. É por isso que a trago como exemplo. Ela foi fundada em 2001 no Rio de Janeiro por André Fernandes, que percebeu que havia uma demanda da grande imprensa por informações originadas na favelas – numa época em que o controle territorial dessas comunidades pelo tráfico impedia repórteres de entrarem lá por conta própria. Hoje a ANF conta com 300 colaboradores e alimenta não só veículos da mídia alternativa, como o Portal Vermelho, a TVT, o Geledés, a revista Forum o jornal A Nova Democracia, mas também da mídia comercial e local, como o portal SRZD, além de blogs e mídias sociais. Também é reproduzida pela mídia comunitária e por entidades da sociedade civil, como a Cooperativa Desacato (SC) e a Rede Mobilizadores e produz o jornal mensal A Voz da Favela, com tiragem de 50 mil exemplares.
Para Oliver Boyd-Barrett (2010), o quadro pessimista do monopólio de notícias tem como sombra principal agências como a chinesa Xinhua ou, ainda, o poder da mídia indiana, tida como uma nova e dominante influência na provisão de notícias nas próximas décadas, rivalizando com a China.
Contudo, a análise que pode ser feita é a de que isso reduziria a influência e a homogeneização das agências tradicionais e, em contrapartida, reduziria também o impacto das notícias ocidentais sobre as audiências orientais. Ou seja, só os produtos de mídia de países emergentes podem desafiar a posição de agências internacionais, mesmo o equilíbrio de vantagem estando longe da realidade.
Entretanto, no Brasil, não há qualquer sinal de que as agências internacionais de notícias possam deixar o topo do monopólio da informação. Na contramão de uma possibilidade de não dependência de agências noticiosas tradicionais, o Jornal do Brasil, um dos veículos mais importantes da imprensa do país, voltará a ter edição impressa a partir de maio deste ano – em 2010, depois de 119 anos circulando em papel, o JB deixou passou a ter apenas versão digital – alimentado por agências de notícias em suas seções de Internacional, Esporte e Política.
A expectativa que fica é a de que agências alternativas possam configurar entre o leque de agências que serão usadas pelo novo JB.
(Via Siliana Dalla Costa, Mestranda no POSJOR/UFSC)
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Referências
BOYD-BARRETT, O. & THUSSU, D. Contra-Flow in Global News: International and Regional News Exchange Mechanisms. London: J. Libbey, 1992.
BOYD-BARRETT, O. Assessing the prospects for an Asian reconfiguration of the global news order. Global Media and Communication, Vol. 6 (3) pp. 364-365, 2010.
BOURDIEU, P. Distinction, a Social Critique of the Judgment of Taste. London, Routledge, 1984.
KUCINSKI, B. Jornalismo Econômico. São Paulo, Edusp, 3 ed., 2007.
MacGREGOR, P. International News Agencies: Global eyes that never blink. In: FOWLER-WATT, K. and ALLAN, S. (orgs). Journalism: New Challenges. Centre for Journalism & Communication Research Bournemouth University, 2013.
PATERSON, C. News Agency: Dominance in International News in the Internet. Centre for International Communications Research, papers in international and global communication, 2006. Disponível aqui.
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Citações da Odebrecht contra FHC, Lula e Dilma vão para primeira instância
12 de Abril de 2017, 8:43O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que as citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sejam enviadas para a primeira instância da Justiça. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo fato de os acusados não terem mais foro privilegiado no STF.
De acordo com delação premiada de Emílio Odebrecht, um dos proprietários da empreiteira, a empresa teria feito o pagamento de “vantagens indevidas e não contabilizadas” para as campanhas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1993 e 1997. Com a decisão do STF, FHC deverá responder às acusações na Justiça Federal em São Paulo.
As acusações contra o ex-presidente Lula foram enviadas para a Justiça Federal no Paraná. Nos depoimentos, os colaboradores ligados à Odebrecht citaram supostas tratativas com Lula para viabilizar politicamente a edição de uma medida provisória para evitar a intervenção do Ministério Público nos acordos de leniência assinados com empresas na Lava Jato.
Um pedido de influência de Lula para que a Odebrecht conseguisse fechar negócios com o governo angolano e reformas em um sítio em Atibaia (SP), além do pagamento de palestras em troca de favorecimento da empresa também constam nos depoimentos.
No caso da ex-presidenta Dilma, foram citados supostos pagamentos de caixa dois para a campanha eleitoral. As acusações foram enviadas para a Justiça Federal em São Paulo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que só vai se manifestar após ter acesso à decisão do ministro. Por meio de sua assessoria, Lula disse que as acusações dos delatores são falsas e que sempre agiu dentro da lei. Os advogados da campanha de Dilma sustentam que todas as doações foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
(Via Agência Brasil)
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