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Estudantes surdos terão acesso a vídeo com prova do Enem traduzida
10 de Abril de 2017, 9:46Pela primeira vez, estudantes surdos poderão ter acesso a vídeo com as questões do Enem traduzidas na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai disponibilizar salas adaptadas, e o participante poderá escolher, na inscrição, se deseja participar da aplicação.
Os estudantes que optarem pela tradução no vídeo terão também acesso a um tradutor por dupla de candidatos, que poderá apenas esclarecer dúvidas pontuais de vocabulário. Eles preencherão o cartão de respostas normalmente. A disponilização do vídeo será feita este ano em caráter experimental.
A tradução integral do exame para Libras é demanda antiga, sobretudo daqueles que não são inicialmente alfabetizados em português, e pelo menos desde 2014 é discutida no Inep.
Atendimentos especializados
Neste ano, o Inep atualizou a lista daqueles que poderão pedir uma hora a mais de exame. Antes, isso era feito mediante o preenchimento de um formulário. Agora será na inscrição, com a apresentação de laudo comprovatório da deficiência ou condição necessária para o deferimento.
Segundo a autarquia, até o ano passado, candidatos com diabetes ou com distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo, podiam pedir extensão do tempo. Casos como esse foram excluídos, e o tempo a mais será concedido a pessoas surdas, cegas, com déficit de atenção, dislexia, discalculia, entre outros, que deverão comprovar mediante laudos médicos.
Além do atendimento especializado, os participantes poderão solicitar atenção específica, voltada para gestantes, idosos, estudantes em classe hospitalar, entre outros.
O Inep também acrescentou a opção "outra condição específica" para os participantes que não se enquadram nos requisitos mínimos de atendimento especializado, mas precisam de algum recurso para a prova. Os pedidos serão avaliados por uma comissão de demanda.
Travestis e transexuais poderão pedir, em prazo determinado após a inscrição (de 29 de maio a 4 de junho), a utitlização do nome social.
Formulário
Os participantes que necessitarem de comprovação de que prestaram o exame poderão imprimir na própria página um formulário que será carimbado no local da prova. Antes, isso deveria ser solicitado ao Inep. Agora, o estudante deve levar o formulário impresso.
Enem
O Enem 2017 será realizado em dois domingos consecutivos – dias 5 e 12 de novembro – e não mais em um único fim de semana. As inscrições estarão abertas de 8 a 19 de maio. O edital deve ser publicado hoje (10) no Diário Oficial da União.
No primeiro domingo, os estudantes farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. No segundo, as provas serão de matemática e ciências da natureza.
O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
(Via Agência Brasil)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Ciberataques podem forçar sites independentes a saírem do ar na Venezuela
7 de Abril de 2017, 9:57Nos últimos dias de março de 2017, vários jornalistas foram atacados durante protestos contrários ao governo na Venezuela, mas os ataques à imprensa do país não foram apenas físicos. No início do mês, uma série de ciberataques forçaram vários sites venezuelanos independentes a saírem do ar.
Os sites de notícias El Pitazo, Caraota Digital, El Correo del Caroní foram alvos de ataques. Além disso, os sites de instituições sem fins lucrativos, como a organização de direitos humanos Provea, também foram atacados.
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O diretor do El Pitazo, César Batiz, disse que uma série de dois ataques fez a publicação sair do ar por 17 horas no dia 9 de março. O primeiro ataque teve como objetivo tirar o site dos resultados da pesquisa do Google. O segundo, mais poderoso, foi um ataque DDoS, que tentou impedir o acesso ao site. Enquanto a página estava offline, a publicação continuou a reportar por meio das redes sociais.
Os ataques foram rastreados para endereços IP na China e no Iraque, mas Batiz disse que a equipe do El Pitazo não conseguiu confirmar a localização exata dos hackers. Uma vez que os ataques a vários websites precisariam de coordenação entre grupos de hackers, os jornalistas acreditam que a ordem tenha sido feita por indivíduos poderosos econômica e politicamente.
Para Batiz, é óbvio que, quem quer que sejam os hackers, eles tomaram o El Pitazo como alvo pela posição independente da publicação.
“Não tenho dúvida que foi um dos fatores” disse Batiz ao Centro Knight. “Acreditamos que não é nada mais que uma resposta ao trabalho que temos feito no El Pitazo de mostrar as coisas sobre as quais os outros se calam.”
Em um comunicado de imprensa, El Pitazo disse que sua equipe técnica localizou um ataque anterior em um prédio anexo à Plaza Venezuela, em Caracas. A Univision destacou que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) tem uma sede no local.
Em toda a Venezuela, jornalistas têm deixado meios de comunicação tradicionais pelas organizações independentes, como o El Pitazo e o Caraota Digital, enquanto o governo e as grandes empresas têm adquirido cada vez mais mídias impressas e influência editorial, disse Marianela Balbi, diretora executiva do Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS).
Até mesmo a única empresa de distribuição de papel de jornal, Corporación Maneiro, pertence ao governo.
"Eles distribuem o papel de jornal de maneira discrepante", disse Balbi ao Centro Knight. "Eles vão respondendo a quais jornais têm uma linha editorial pró-governo e quais são críticos. O que acontece é que muitos jornais têm que mudar sua linha editorial, a fim de sobreviver."
Balbi acredita que os recentes ciberataques são uma extensão dessa tática por parte de um governo hostil à mídia independente. É por isso que ela acredita que a divulgação destes ataques é tão importante.Para o povo da Venezuela, as publicações online são algumas das poucas vozes críticas ao governo e que expõe seus abusos.
“[Os ciberataques] são restrições ao fluxo de informação”, disse Balbi. “É uma outra forma de restringir o direito à livre informação e à liberdade de imprensa. Muitas pessoas na Venezuela têm se refugiado nos meios digitais devido à censura e à autocensura. Eles têm necessidade dessa informação, e os portais são o que eles procuram."
Se os ataques à imprensa independente vierem do governo de fato, Balbi afirma que seria apenas parte de uma tendência maior na Venezuela.
"Sabemos que, em todas as sociedades democráticas, o Estado deve garantir que os princípios [da imprensa livre] sejam respeitados e protegidos", disse Balbi. "Aqui, o que estamos vendo é que o governo que deve proteger esses princípios está ameaçando-os."
A jornalista Marjuli Matheus, do El Pitazo, disse que a maioria das publicações e organizações que foram vítimas de ciberataques têm criticado o governo. Em vez de mudar sua linha editorial, Matheus disse que eles planejam continuar a pressão, porque a postura independente é a base sobre a qual a organização foi construída.
“Damos voz às pessoas que não têm voz e dissemos o que os outros não dizem,” disse Matheus ao Centro Knight. “Pensamos que têm fatores políticos e gente poderosa que quer calar o trabalho que fazemos.”
Enquanto eles não podem ter certeza de que uma reportagem específica tenha desencadeado os ataques, Matheus disse que foram publicadas algumas matérias no passado que teriam irritado os funcionários do governo.
Apenas um mês antes dos ciberataques, o El Pitazo publicou uma série de reportagens focadas no vice-presidente venezuelano, Tareck el Aissami, e seu suposto intermediário, incluídos na lista Clinton por seus supostos laços com o narcotráfico.
"Não podemos traçar essas reportagens aos ataques, mas temos sido críticos do governo", disse Matheus. "Aqui na Venezuela, alguém que escreve criticamente sobre figuras públicas é vilipendiado, humilhado e atacado".
Matheus disse que poucos jornalistas fora da Venezuela estão cientes de quão severa a repressão e intimidação se tornou no país, e isso tornou difícil obter o apoio de colegas no exterior.
"A verdade é que eu acho que há ceticismo. Minha primeira impressão, durante minhas viagens, é que meus colegas não acreditam que a situação é tão grave como é", disse Matheus. "Eles não têm idéia do que está acontecendo conosco e pode ser difícil de explicar. Fora da Venezuela, não há consciência de como as pessoas estão vivendo, não apenas os jornalistas".
Há cerca de um ano, o Google lançou o Project Shield, para ajudar as redações a combaterem ataques DDos. A companhia e a Associação Interamericana de Imprensa (IAPA) têm promovido o uso da ferramenta em redações vulneráveis da América Latina.
(Via Knight Center)
(Foto por Federico Parra / AFP / Getty Images)lmd_source="35766485"; lmd_si="33506988"; lmd_pu="22479484"; lmd_c="BR"; lmd_wi="300"; lmd_he="600"; INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por uma única pessoa, com colaborações eventuais. Apoie este projeto: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
'Estado Misto' chega ao Rio de Janeiro - Fotografia
7 de Abril de 2017, 9:15Como dar conta de todas as imagens que nos habitam e que habitamos? Como entender a dimensão interior e sua aparição no mundo exterior? Entre o claro e o escuro, o que pode uma imagem, repetidas vezes nos dar a ver? Da imagem vazada, qual é a potência do olhar?
Na próxima sexta-feira, 7 de abril, acontece a abertura de Estado Misto, exposição da fotógrafa Andréa Bernardelli, na Galeria do Ateliê, Rio de Janeiro. A mostra que tem curadoria de Eder Chiodetto é resultado de uma parceria com o Ateliê Fotô, de São Paulo. A visitação é aberta ao publico e vai até 10 de junho de 2017.
A série é composta de 57 fotografias redondas e uma retangular com um círculo cortado, que a artista chamou de OCO como espécie de ser em potencial – todas , com a intenção de tangenciar a própria ideia de foco e margem e de aparição e desaparição no mundo do visível, as imagens-átomos de Andréa Bernardelli.
Nietzsche formulou o conceito do eterno retorno como um desafio para o pensamento: e se tivéssemos que “viver mais uma vez e por incontáveis vezes”? Um conceito para pensar a potência do presente, os ciclos. Como um trânsito de gestos que orbitam as existências.
A artista investiga como a vida se organiza a partir do entrelaçamento entre o visível e o invisível. Utilizando-se da metáfora de um átomo, Andréa trabalha com a produção de fotografias redondas - um formato completamente atípico para o mundo retangular das imagens ocidentais.
O título do trabalho nasce da metáfora deste estado do visível que habitamos – e que é, também, o da vida das imagens – é um Estado Misto entre o aparecer e o desaparecer. “O visível abarca a presença e a ausência e nos instiga à percepção. E é a imagem quem revida o nosso olhar”, diz a fotógrafa.
SERVIÇO
Exposição "Estado Misto" - 58 fotografias de Andréa Bernardelli
Abertura: dia 7 de abril, 19h
Visitação: até dia 10 de junho de 2017
Horário: de 2a a 6a feiras das 10h às 21h; sábados das 10h às 17h
Entrada: franca (censura livre)
Local: Ateliê da Imagem Espaço Cultural - Avenida Pasteur 453, Urca
Informações: (21) 2541-3314 | www.ateliedaimagem.com.br
(Via Resumo Fotográfico)
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Revisão da Lei de Telecomunicações não levará fibra óptica ao Brasil
7 de Abril de 2017, 8:56Com as novas redes de fibra óptica protegidas por feriado regulatório, não há garantia de os R$ 100 mi doados às teles serem investidos em banda larga
A palavra feriado soa como música aos ouvidos do trabalhador. Se não evoca aquele dia de folga mais do que merecido, funciona – especialmente para os autônomos, precarizados e terceirizados – como dia pra tirar o atraso de algumas (muitas) tarefas.
Mas "feriado" também pode significar um assalto à mão armada dos recursos públicos. É o que vai acontecer se o PLC 79/2016, que contém a proposta de alteração da Lei Geral de Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997), for sancionado por Michel Temer.
O termo "feriado regulatório" tem sido usado pelos técnicos de diferentes áreas para identificar a suspensão de determinada regra ao longo de um período.Seria o mesmo que dispensa temporária da obrigatoriedade de uma norma.
No caso do setor de telecomunicações, este feriado foi estabelecido pela Resolução nº 600, editada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em 2012.
Tal resolução criou o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), estabelecendo obrigação de acesso e fornecimento de recursos de rede, além da oferta de produtos de atacado no caso de áreas onde não há competição adequada entre os fornecedores de serviços de telecomunicações.
Em outras palavras, em localidades onde uma empresa tem tanto poder de mercado que não há livre-concorrência, essa empresa tem obrigação de liberar o acesso à sua rede para as concorrentes (20% da capacidade).
Imagine que uma única empresa controla o acesso ao único poço de água de uma cidade. O que o PGMC faz é obrigar que a empresa controladora do poço garanta acesso a ele a todas as outras empresas que vendem água engarrafada, cobrando um aluguel por isso. Assim, as demais empresas também poderão vender garrafas d’água.
Tomando a alegoria do poço para explicar o funcionamento no caso das redes, as novas redes de fibra ótica (construídas a partir de 2012) são os poços, enquanto a infraestrutura da última milha, que chega até a casa das pessoas, são as garrafas d’água.
Acontece que, a pedido das empresas de telecomunicações, no PGMC, as novas redes de acesso de fibra óptica (o poço) não precisam ser compartilhadas durante nove anos porque estão protegidas pelo feriado regulatório.
O argumento das empresas para suspender a obrigatoriedade de compartilhamento é garantir o retorno do investimento já realizado.
Mas o resultado é que essas redes, tão necessárias para a ampliação do acesso à Internet no Brasil, ficarão protegidas até 2021 - o que significa quase uma década de atraso.
Por que isso importa?
O Projeto de Lei 79/2016, em tramitação no Senado e que ficou conhecido por entregar R$ 100 bilhões em infraestrutura pública para as empresas de telecomunicações, faz isso exatamente propondo que as operadoras, em troca, invistam valor equivalente no setor.
Segundo o discurso das empresas, seria essa a forma de garantir justamente a ampliação da oferta de banda larga no país, via a construção de novas redes de fibra óptica.
O PL das Teles, entretanto, não explicita como esse investimento deverá ocorrer. Fala apenas – de forma genérica – que a definição deverá ser do Poder Executivo e da Anatel, "priorizando áreas sem competição adequada e considerando a redução das desigualdades".
Assim, além de estarmos a mercê de um governo ilegítimo e de uma agência reguladora que há muito tempo prioriza os interesses das operadoras em vez dos usuários, o resultado da combinação entre o PLC 79 e o feriado regulatório previsto na resolução da Anatel é a de que esses investimentos, que serão na prática financiados com recursos da União, serão feitos em infraestrutura que sequer será compartilhada para gerar uma ampliação da oferta.
Quando uma empresa investe em fibra óptica com o dinheiro dela, pode até ser compreensível o estabelecimento de um feriado regulatório para proteger o investimento. Mas, neste caso, o dinheiro a ser aplicado em novas redes de acesso de fibra óptica será da própria União.
E, se a regra do feriado regulatório para novas redes se mantiver, a estrutura da Internet no Brasil se manterá como está, ou seja, excludente.
Vale lembrar ainda que a construção de infraestrutura de fibra óptica requer abertura de vias (ruas avenidas, estradas, rodovias), instalação de postes e de cabeamentos.
Se uma empresa que oferta este serviço na ponta (última milha) não tem acesso a esta infraestrutura, de duas uma: ou não oferecerá o serviço, o que acarretará em falta de competitividade no mercado e prejuízos ao cidadão, ou terá que edificar sua própria infraestrutura, o que significa desperdício de recursos públicos, impacto ambiental, transtornos para os usuários das vias e mais poluição visual.
Divergências no setor
A questão do compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações construída com recursos púbicos não é um problema só aos olhos das organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos dos usuários.
O vice-presidente da TIM, Mário Girassole, também já questionou o modelo, em seminário do setor, em meados de fevereiro.
“Isso não pode ser. Essa infraestrutura em áreas menos favorecidas, implantada com recursos que seriam da União, precisa de um regime de compartilhamento regulado que não preveja feriado regulatório para que a transição se torne neutra do ponto de vista competitivo”, disse ele, conforme informação publicada no site Convergência Digital.
Também houve reclamação por parte da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que representa pequenos e médios empresários que operam no mercado de distribuição de acesso a vários locais ignorados pelas grandes operadoras.
Aumento da concentração
Considerando que há uma aposta dos analistas na “consolidação do setor de telecomunicações” – expressão usada para dizer que haverá fusões e aquisições e, portanto, concentração de mercado –, estruturar uma política para investimento em banda larga que garanta a competitividade é mais do que nunca fundamental.
Se somarmos a isso o fato de que, há anos, especula-se que a TIM deve ser vendida e que a Oi está falida, esta política se torna ainda mais relevante.
De acordo com o relatório da Associação para o Progresso das Comunicações (APC) “Ending Digital Exclusion: Why the Acess Divide Persists and How to Close It”, de abril de 2016, o valor do compartilhamento de infraestrutura é subdimensionado e deve ser uma das premissas de países que pretendem acabar com a exclusão digital:
“Países em desenvolvimento podem poupar bilhões e aumentar a velocidade do acesso universal à banda larga por meio de compartilhamento de infraestrutura.”
Assim, é fundamental estabelecer que a infraestrutura de telecomunicações usada para banda larga não será protegida por feriado regulatório. É o básico. E nem isto consta no PLC 79/2016.
Não há desculpas para gastarmos tão mal um recurso que é do povo brasileiro.
Banda larga é cada vez mais um meio para a garantia de direitos; não deve ser meramente tratada como um negócio para poucos, onde os conchavos são feitos a portas fechadas e sem debate com os demais setores interessados.
É por essas e outras que o PLC 79 não pode ser aprovado como está no Senado Federal. Que os senadores percebam rapidamente o tamanho do crime que estão cometendo.
(Via Marina Pita, jornalista, compõe o Conselho Diretor do Intervozes)
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Jarama: a homenagem do Boikot aos brigadistas irlandeses
6 de Abril de 2017, 20:52Vale do Rio Jarama. Fevereiro de 1937. Um dos 350 brigadistas irlandeses que foi para a Espanha para lutar na Guerra Civil ao lado das tropas da República fala a um colega: “Quem se importa? Não há necessidade de temer o futuro ou lamentar o passado. Tudo o que temos a fazer é sermos honestos com nós mesmos.” E assim começa o mais recente clipe da banda punk Boikot, divulgado em 24/03.
Jarama é a mais recente marca da banda na disseminação da cultura política contemporânea espanhola e mundial que inclui, além do videoclip, um curta-metragem, dirigido por Alberto Pla (guitarrista e um dos vocalistas da banda), que estreará nos próximos meses depois de sua exibição em festivais.
Neste trabalho, a banda integrou a seu já conhecido hardcore pesado, a gaita, banjo, gaita de boca e o violino do folk irlandês, sons que os acompanharam em sua viagem pela Irlanda das Brigadas Internacionais, país escolhido para as filmagens. Cidades como Dublin e Belfast colocaram os membros do Boikot na pista dos monumentos memoriais e túmulos dos voluntários que embarcaram no prelúdio da Segunda Guerra Mundial. Jarama foi gravado nas trincheiras que ainda permanecem no vale do mesmo nome leste de Madrid.
“Estamos em fevereiro de 1937, sete meses após o levante militar. Depois de tentativas de alcançar Madrid por Franco falhou, agora a batalha está concentrada no Vale do Jarama. O Exército Republicano mantém e defende os ataques com a ajuda das Brigadas Internacionais. A guerra civil vai acabar com mais de 20.000 feridos, desaparecidos ou mortos, incluindo cerca de mil brigada de mais de 30 nacionalidades.”
O personagem, Juanan, é um trompetista que antes da guerra tocava em uma banda de jazz. Ele está agora lutando pela República e está na segunda linha da frente, nas trincheiras localizadas ao lado da estrada Valência, ao lado do Rio Jarama.
Com fome, frio e cheio de pulgas, o moral permanece alto. Eles ajudam as Brigadas Internacionais. Juanan se torna amigo de O’Connor e do poeta irlandês Charlie Donelly. À noite eles contam suas vidas, sobretudo depois que um morteiro atinge Juanan. Ferido, Juanan começa a ter visões estranhas e sua realidade não será a mesma”.
Todos os personagens são fictícios, mas dois: o próprio Charlie Donelly, uma figura histórica, poeta irlandês e ativista político, que na realmente morreu na Batalha de Jarama como um membro das Brigadas Internacionais. O’Connor foi seu amigo e que recuperou seu corpo no campo de batalha. Durante a coletiva de imprensa de apresentação de Jarama que se comentou vivamente sobre a participação da Brigada Irlandesa como baluartes do Exército Republicano na Puente del Jarama, pessoas que abnegadamente deram suas vidas por uma causa que não era da sua nação e cuja coragem e idealismo são reconhecidos nas muitas placas comemorativas que povoam Irlanda.
Com este novo trabalho audiovisual, a banda veterana de 87, mais uma vez se envolve na recuperação da memória histórica, como fizeram em Lágrimas de Rabia (2012), quando eles resgataram em um documentário e um clipe as histórias de professores, poetas e escritores reprimidos pela ditadura de Franco.
Assista ao clipe oficial de Jarama
(Via Overlab, por Diego Pignones)
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