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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Acredite sempre! [Flickr]

14 de Maio de 2015, 11:55, por COMUNICA TUDO

marcelodamico posted a photo:

Acredite sempre!



Tecnologia inovadora conecta comunidades sem acesso à internet por meio de celulares simples

4 de Maio de 2015, 20:52, por COMUNICA TUDO

O sistema VOJO permite postagem em blogs e redes sociais por meio de celular básicos ou até mesmo de telefones públicos. O projeto vai  formar líderes comunitários em cinco capitais do país e Salvador vai sediar a primeira oficina.
Alimentar um blog ou site sem precisar de computador, tablet ou smartphone. Este é um dos objetivos do VOJO Brasil promovido pelo Instituto de Mídia Étnica (IME), com apoio da Fundação Ford, que será lançado nesta terça, 28 de abril, às 19 horas, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Além de Salvador, líderes comunitários de outras quatro capitais brasileiras (São Luís, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo) terão oportunidade de aprender a utilizar o sistema que permite postagem de conteúdo utilizando aparelhos celulares simples mesmo sem acesso à Internet.
A tecnologia, que está sendo utilizada de maneira inédita no Brasil,  foi criada por pesquisadores vinculados ao Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), prestigiada universidade dos Estados Unidos,  e vem possibilitando que pessoas de áreas rurais e periféricas se conectarem à rede mundial até mesmo de um telefone público. Essa é a primeira experiência na América do Sul.
Para Sasha Costanza-Chock, professor do MIT e consultor do projeto,  a presença do VOJO no Brasil vai amplificar e empoderar as vozes periféricas, mudando a história de quem vive à margem. “Nosso sonho é fortalecer a participação popular na mídia e constatar que essas pessoas serão ouvidas e respeitadas, especialmente no que diz respeito aos Direitos Humanos”, destacou. Com duração de três dias, as oficinas gratuitas abordarão o tema da tecnologia móvel, comunicação comunitária e questões envolvendo temas étnicos e raciais. A ideia é que eles se tornem aptos se tornarem repórteres cidadãos atentos ao que acontece em sua região denunciando o descaso do poder público, fazendo mobilização social e divulgando eventos promovidos pelas comunidades.
Para o diretor executivo do Instituto Mídia Étnica, Paulo Rogério Nunes,  responsável pela adaptação da plataforma ao contexto brasileiro, oVOJO é umas das principais ferramentas para democratizar a comunicação  do mundo pois é direcionada a quem vive em áreas onde não há sinal de Internet ou que não possui recursos para comprar celulares mais sofisticados. “Com esse projeto estamos desenvolvendo uma solução para minimizar o problema da exclusão digital. Queremos que todos os brasileiros possam denunciar problemas de suas comunidades e contar suas histórias de maneira autônoma mesmo utilizando celulares que são considerados ultrapassados”, afirma. Para Luciane Neves, uma das coordenadoras do projeto, a expectativa é das melhores. “Por meio dessa formação inicial em cinco cidades acreditamos que podemos ter multiplicadores desse sistema e buscar formas de popularizar essa tecnologia em todo o país”, pontuou.
Oficina piloto
A primeira oficina-piloto do VOJO aconteceu no final de 2013 na Ilha de Maré, distrito de Salvador, localizada na Bahia de Todos-os-Santos. Jovens, marisqueiros e líderes quilombolas da região tiveram contato com a tecnologia e produziram as primeiras matérias denunciando, inclusive, ameaças de poluição ambiental provocadas por navios petroleiros.
Para Monique Evelle, coordenadora do movimento Desabafo Social e uma das selecionadas para participar da primeira oficina em Salvador, o Vojo vai facilitar a integração de 48 jovens colaboradores do Desabafo espalhados em 13 estados brasileiros. “Independente de se ter acesso à banda larga, eles vão utilizar o Vojo em suas comunidades, deixando a rede ainda mais dinâmica. Após a minha capacitação, vamos multiplicar as oficinas sobre o Vojo”, prevê.
Depois de ser lançado em Salvador, o IME vai oferecer oficinas do VOJO em São Paulo entre 21 a 23 de maio (veja abaixo a programação) e em mais três capitais. A ideia é capacitar líderes multiplicadores e difundir o sistema da maneira mais ampla possível, ampliando a visibilidade de suas demandas.

SERVIÇO
Lançamento do Vojo Brasil
28 de abril (terça), 19h
Biblioteca Pública do Estado da Bahia – Sala Kátia Mattoso 3º andar
Rua General Labatut, 27 – Barris. Salvador-BA
Entrada gratuita
Programação das oficinas:
●      Salvador: 29 e 30 de abril
●      São Paulo: 21, 22 e 23 de maio
●      Rio de Janeiro: 28, 29 e 30 de maio
●      Recife: 4, 5 e 6 de junho
●      São Luís: 16, 17 e 18 de junho

INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



A educação libertadora

4 de Maio de 2015, 20:38, por COMUNICA TUDO

Corria o ano de 1794. Um jovem professor, debruçado sob a luz da vela, escrevia sem parar. Redigia o documento que ficou conhecido como as “reflexões sobre o estado atual da escola”. Com esse texto ele acreditava poder mudar toda a política de educação pública da sua cidade, Caracas. Era um desses educadores que amava demais o ofício de ensinar e, por isso, queria melhorar a escola pública que nascia, finalmente, atendendo aos filhos de camponeses e comerciantes pobres. Naqueles dias, só os pobres iam para a escola pública. Os filhos da elite tinham preceptores. Já os negros, índios e pardos nem à escola podiam ir, a eles o que estava reservado era a instrução fortuita, nas barbearias, quando alguma boa alma se prestava a ensinar as primeiras letras. E as escolas públicas eram poucas e ruins.
Simón Rodríguez era o jovem professor. Ele acreditava que para ensinar as primeiras ideias sobre qualquer coisa era preciso cuidado e delicadeza e isso não podia ser feito assim por qualquer um e de qualquer jeito. Era necessários que às crianças fossem colocados à disposição professores muito bem formados e bem pagos, porque seriam eles os que forjariam as mentes e os corações de um novo tempo que se avizinhava.O documento escrito por Simón era longo e analítico. Ele colocava todos os problemas que via na educação pública e apontava caminhos novos. Primeiro: as escolas deviam ser bonitas, espaçosas e limpas. Deviam ter móveis condizentes com a comodidade para os estudantes. Os alunos deviam estar na escola de manhã e à tarde, aprendendo não só as primeiras letras, mas também trabalhos manuais para que pudessem aprender um ofício. Quanto aos professores, esses deveriam receber pelas aulas que davam e pela preparação das mesmas. “Nenhum emprego que exige a atenção de um homem se dota com escassez. Um professor, para além da penosa tarefa que leva, investe todas as horas do dia no desempenho do seu ministério”.
E Simón ainda insistia, falando sobre o trabalho do professor: “Considere-se que os professores desempenham uma tarefa extraordinária e, com ela, prestam um particular serviço à deus, ao rei, à pátria e ao estado, e não seria necessário mais nenhuma razão para que lhes fosse assegurada um recompensa proporcional ao seu mérito”.
Não bastasse toda a sua preocupação com o vencimento justo de um professor Simón ainda defendia que eles deveriam ter boa formação e que ela deveria ser continuada, para garantir que os maestros estivessem sempre “al tanto” de tudo que era necessário ensinar. Para finalizar ainda aponta a necessidade de que as escolas públicas se abrissem também para os negros, índios e pardos. Uma heresia.
E foi essa terna figura de Simón Rodríguez, escrevendo avidamente sob a luz da vela, que assomou – 221 anos depois  – no lusco fusco da Assembleia Legislativa de Santa Catarina quando vi diversos professores preparando as camas para passar mais uma noite, na ocupação da casa que deveria ser do povo, em função da greve que vivem desde o dia+ 25 de março. Professores que estão em luta por salário digno e por uma escola de qualidade, tal qual Simón naqueles turbulentos dias do final do século 18.
O documento histórico escrito naquele 1794, que Simón acreditava iria revolucionar a educação, não mereceu qualquer comentário por parte das autoridades de Caracas. Ninguém entre as autoridades escolares e municipais queria que a educação fosse acessível aos negros e pobres. Ninguém deu a menor pelota para a proposta de um salário digno, condizente com o trabalho realizado e muito menos alguém ficou preocupado com que os pobres recebessem ensino de qualidade por professores bem preparados. As folhas escritas com tanto zelo foram parar no lixo. E a vida seguiu seu curso. Simón, indignado, pediu demissão do cargo e saiu da Venezuela, jurando nunca mais voltar. Dedicou toda sua vida a plantar escolas na América Central, nos Estados Unidos, na Europa e depois, na América livre dos espanhóis. Morreu com mais de 80 anos, completamente só, com as pessoas do povoado – onde estava agonizando depois de um naufrágio – proibidas de lhe levar comida, porque ele era considerado um perigoso herege.
Esse tem sido o destino daqueles que querem mudar a escola, garantindo uma educação de verdade para os filhos do povo. Ou são destruídos fisicamente ou imputam a eles os adjetivos mais vexatórios: baderneiros, perturbadores da ordem, vagabundos, subversivos e outros tantos sinônimos. Assim como na Caracas de Simón Rodríguez, nas cidades, nos estados e nos países de quase todo o mundo conhecido, as autoridades seguem pouco se importando com a qualidade do ensino que é dado aos que não podem pagar por preceptores de luxo. Aos filhos do povo dá-se o mínimo. Basta que possam ter alguma ideia sobre matemática, geografia, historia, regras gramaticais e que sejam criadas as mínimas condições cognitivas para que possam obedecer – compreendendo – as normas que lhes serão impostas como trabalhadores nos lugares onde forem desenvolver alguma atividade. Nada de boas escolas, móveis confortáveis, professores de qualidade – bem pagos – nem delicadezas ou cuidados.
Não é sem razão que os professores estejam sistematicamente realizando greves. Esses movimentos de luta são as formas coletivas que eles encontram para fazer aquilo que Simón fez no longínquo 1794:  uma boa análise da escola e propostas para que ela seja melhor. No mundo de hoje bater o pó das sandálias e partir já não é solução. Há que resistir na escola e fazer o impossível para que aqueles meninos e meninas possam ter muito mais do que o mínimo. Para que aprendam a ler o mundo, além das letras. Porque eles sabem, como sabia Simón e nosso grande Paulo Freire, que quem aprende a ler o mundo também é capaz de transformá-lo.
Assim que fica bastante fácil entender porque os professores precisam fazer greves e porque são atacados violentamente como o foram, na semana passada, no Paraná, ou deixados para morrer a míngua, como faz o governador Raimundo Colombo em nosso estado, cortando-lhes, inclusive, o salário. É preciso derrotar esses educadores que ultrapassam o senso comum de que é preciso dar o mínimo aos pobres. Esses que marcham, que enfrentam a polícia e que resistem são os que querem oferecer os melhores frutos, os que querem ensinar a ler o mundo. Logo, são perigosos, desestabilizam a ordem das coisas, tão bem organizadinhas desde longos tempo.
É por isso que nos movimentos de greve existem os que não aderem, os que se recusam a caminhar com os hereges. Porque pessoas há que aceitam essa regra cruel, de oferecer um arremedo de ensino. Assim como também há os que acreditam que as coisas tem de ser assim mesmo. Há os ricos, que tudo tem, e há os pobres, que precisam aceitar o seu lugar. Então, ficam, comodamente, nos seus lugares, reproduzindo a maça podre.
A batalha da educação é mais uma frente da velha luta de classe. Defender ensino de qualidade para os que estudam em escola pública é também defender uma outra sociedade, na qual as oportunidades sejam mesmo iguais para todos. Aceitar a escola como ela é acaba sendo uma adesão à mentira. A boa e velha enganação de que todos têm as mesmas oportunidades e que só não se dá bem quem não quer.
Por isso me enternecem esses educadores que estão ali, deitados, no chão da Assembleia. Porque sei, que cada um deles carrega no peito aquela chama que tinha Simón. Lutam por seus salários sim, por vencimentos dignos do trabalho que realizam, mas também lutam para que a educação seja de fato libertadora. Porque uma educação de qualidade começa nos pequenos detalhes como apontava Simón: a escola bonita, a cadeira confortável, os materiais necessários e professores qualificados e bem pagos.
As autoridades de Caracas não deram bola para Simón, bem como as de hoje ignoram as batalhas dos professores. Mas, pouco a pouco – o tempo da história é largo – as coisas mudam. Ou devagar, no compasso do pinga-pinga, ou abruptamente, numa revolução. O fato é que as coisas mudam e quando isso acontece é porque houve gente como esses educadores que hoje estão em luta. Muitas vezes, mesmo sem saber, eles estão pavimentando o difícil e longo caminho da consciência de classe.
Esses valentes que resistem hoje já são vencedores. Furaram a bolha da mediocridade e avançam.

(Por Elaine Tavares. Fotos: Rubens Lopes (professores acampados na AL de Santa Catarina)

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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Tão longo e tão belo é o céu. Engenho de Dentro. RJ. [Flickr]

4 de Maio de 2015, 17:38, por COMUNICA TUDO

marcelodamico posted a photo:

Tão longo e tão belo é o céu. Engenho de Dentro. RJ.



Prédio. Méier. RJ. [Flickr]

2 de Maio de 2015, 13:27, por COMUNICA TUDO

marcelodamico posted a photo:

Prédio. Méier. RJ.