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A mulher e o espaço público
25 de Junho de 2016, 22:17O espaço público não será efetivamente público enquanto as mulheres não se sentirem tão seguras quanto os homens nas ruas. No Brasil, 86% das mulheres já sofreram assédio em espaços públicos, seja com assobios ou xingamentos e até mesmo sendo tocadas ou perseguidas. A sensação de insegurança limita as escolhas das mulheres, reforça a ideia de que o espaço feminino é restrito ao lar e perpetua a desigualdade de gênero. Reflita e compartilhe com a hashtag#33DiasSemMachismo.
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Primeiramente, fora UPP!
25 de Junho de 2016, 22:14Mais uma vez, por mais um dia, a vida mareense foi interrompida. Desde a madrugada desta segunda-feira, dia 20 de junho, ouvíamos tiros.
Fomos impedidos de circular em nossas favelas por mais um dia, ou de entrar ou sair delas.
Pela manhã, as escolas informaram que não haveriam aulas, ficaram fechadas, mandaram as crianças que conseguiram chegar na escola para casa.
Por mais um dia o Conjunto de Favelas da Maré, Zona Norte do Rio, só ouviu tiros, além das escolas, os postos de saúde permaneceram fechados. Mas a vida lá fora dos muros visíveis e invisíveis da favela acontece. Não só acontece como cobra da gente, cobra o tempo para chegar no trabalho, na escola, na faculdade. Cobra dizendo até que somos culpados por isso, cobra e dita regras dizendo o que temos que pensar sobre isso.
É preciso entender que esta política de criminalização da pobreza não é minha, não é culpa da favela, ela é uma política feita de cima para baixo. Sim, política, vem do Estado, vem do governo, vem das prioridades que ele tem, que ele quer ter para manter os seus e o os privilégios de alguns poucos ricos da nação brasileira.
Ironicamente, temos atualmente um país gritando “Fora Temer”, “Fica Dilma”, mas aqui no espaço favelado o nosso grito ainda é “Fora Bope”, “Fora UPP”, “Fora Exército”, “Fora criminalização da pobreza”, “Fora Olimpíadas”. Ou seja, nosso grito ainda é pelo direito à vida. Vida, um sonho ainda a ser conquistado pela nação pobre, negra e favelada.
Já sabemos o motivo de sermos tratados assim, somos ainda mãos de obras baratas, somos ainda o público matável. Somos ainda o público que pode sim ter caveirão, bope, choque, UPP, Exército na sua porta só por morarmos neste lugar favelado, periférico, pobre. São inúmera favelas sofrendo isto hoje só no Rio de Janeiro.
Sinceramente, não dá para gritar “Fora Temer”, “Fica Dilma”, estes não me representam, eles me matam, eles permitem o sangue favelado no chão. Não dá, não dá para perder tempo gritando algo que não me contempla. Já sabemos os interesses do governo, ele quer megaeventos, eu quero a vida! É uma luta ainda muito primária, é a vida!
Queria não ver tudo isso, não sentir nada disso, não lavar mais sangue, não expor mais nada disso. Mas não dá para não ver, não dá para aceitar, não dá para se conformar. É preciso gritar, continuar gritando “Fora militarização das favelas”! É este o grito histórico da nação favelada!
É o nosso sangue no chão em troca de um megaevento!
Favela resiste!
Publicado em https://amareense.wordpress.com/2016/06/20/primeiramente-fora-upp/
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A publicidade e a mulher objetificada
24 de Junho de 2016, 10:46Muitas propagandas utilizam a imagem da mulher de forma pejorativa, objetificada e hiper sexualizada. A partir de hoje, reflita sobre como a mulher aparece na publicidade, e como isso reforça estereótipos de gênero e influencia comportamentos e relacionamentos abusivos. Baixe os cartazes e espalhe os desafios: bit.ly/33dias-lambes
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