Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

Tela cheia
 Feed RSS

Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Em plena Rio+20, EUA restringem a cobertura jornalística dos incêndios florestais

21 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Foto publicada no L.A. Times
Por Summer Harlow
Autoridades restringiram a cobertura jornalística dos enormes incêndios florestais na parte ocidental dos Estados Unidos, e pelo menos um fotógrafo foi agredido, algemado e acusado de obstrução, o que levou o jornal de Nevada, onde ele trabalha, a preparar uma queixa formal, relatou a Associated Press.

Tim Dunn, editor de fotografia do Reno Gazette-Journal, foi detido na segunda-feira, 18 de junho, e deputados o empurraram antes de citá-lo criminalmente por "resistir a um funcionário público", apesar de Dunn ter cumprido os pedidos das autoridades para deixar o área, de acordo com a CBS News. Autoridades acusaram o editor de querer se passar por bombeiro por causa do equipamento de proteção que estava usando.

No Colorado, repórteres foram proibidos de entrar em áreas que foram evacuadas em razão dos incêndios e barrados dos comunicados feitos pelas autoridades a residentes sobre a situação de suas casas e propriedades, disse o Los Angeles Times.




Nós, os puros

21 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Por Leandro Fortes
Deu-se estes dias que chegamos a uma encruzilhada inaudita. Assim, os que ousaram se alinhar ao sentimento de Luiza Erundina, de repúdio à ligação do PT e de Lula a Paulo Maluf, passaram a ser chamados de “puros”. Assim mesmo, entre aspas, para que fique claro a conotação de que, uma vez puros, são também tolos, tristes sonhadores, idealistas cuja atitude pueril não só transgride as …regras do jogo como, no fim das contas, subverte a ordem de uma guerra santa. Em meio ao jihadismo estabelecido nas eleições paulistanas, de demônios tão nítidos quanto malignos, a atitude de Erundina contra a aliança da esquerda com um bandido procurado pela Interpol, com o cúmplice ativo dos assassinos da ditadura militar, com o construtor da vala comum do cemitério de Perus, com a representação do pior da direita, enfim, tornou-se um ato de traição, de purismo político, de angelical perversão.

Ato contínuo, os mesmos que dias antes haviam comemorado a chegada da deputada do PSB à campanha de Fernando Haddad passaram, de uma hora para outra, a demonizá-la, curiosamente, pelo viés de um purismo atávico e infantil. Erundina, a louca idealista, a tresloucada individualista capaz de destruir os planos de redenção da esquerda por causa de uma foto, uma imagem de nada, um instantâneo sem relevância nem simbolismo, apenas o registro banal de um líder da resistência a se confraternizar com chefe da escória. Ah, os puros, como são tolos! Justo quando deles se exige fortaleza e dedicação, aparecem esses sonhadores cheios de escrúpulos e regramentos éticos.

De toda parte, então, passaram a rugir leões do pragmatismo político, militantes de uma realpolitik feroz, implacável, a pregar a irrelevância dos puros, dos tolos da ética, quando não de sua influência nefasta sobre os jovens e, claro, do enorme desserviço prestado à democracia e ao admirável mundo novo que se anuncia. Os puros, dizem, nunca ganham eleições. E se não o fazem, portanto, que não atrapalhem os que as querem ganhar a qualquer custo. É preciso impedi-los, portanto, de se mostrar em público. É preciso calá-los, desqualificá-los, torná-los ridículos, patéticos em sua fraqueza.

Nem que para isso seja preciso transformar em traidora uma brasileira digna, com 40 anos de vida pública inatacável, uma heroína da resistência, uma política que passou a vida levando assistência a favelas e cortiços, uma parlamentar que dedica seus mandatos a defender a democratização da comunicação e o resgate da memória dos que foram seqüestrados, torturados e mortos pelo regime ao qual serviu Paulo Maluf. Este mesmo Maluf contra o qual os puros, os tolos e os sonhadores da política, vejam vocês, tem a ousadia de se voltar. 




Erundina, a última petista

21 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaPublico abaixo um texto interessante para nossa reflexão.

Escrito e publicado por Rudá Ricci

Erundina deixou todos petistas constrangidos. Fez o que qualquer petista histórico faria. O PT dos anos 1980, não este pragmático, sem cor, sem cheiro, sem forma. Praticamente matou a candidatura de Haddad. Só uma reviravolta para colocar a militância engajada (da zona leste e sul) na rua. 

Os pragmáticos, do PT e PSB, estão furiosos e jogam a culpa na escolha do nome da ex-prefeita. Não se importam com programa ou ideologia. Se importam com vitória, com cálculo de votos. Assim, pautados pela popularidade, se tornam conservadores, fiéis escudeiros do status quo, justamente porque não querem mudanças fundamentais, mas apenas se tornarem populares. Um atalho para a construção da hegemonia gramsciana. Em Gramsci, havia diálogo e costura de múltiplos interesses. Mas o pragmatismo petista de hoje é rebaixado. Não procura costurar interesses a partir de um programa. Faz o contrário: constrói seu programa a partir do cálculo de força eleitoral. Cede. Se rebaixa. Na verdade, não se preocupa com programa algum. Eleito, administra e sai a cata de programas que tenham algum sentido estatal-desenvolvimentista, o que sobrou do modo petista de governar. Aquele modo petista, mesmo difuso e confuso, tinha uma inspiração de transformação social, plasmada no slogan "inversão de prioridades". O participacionismo, outra marca do início dos governos petistas, foi abruptamente abandonado. O motivo parece óbvio: não há como abrir a participação dos de baixo se os cálculos eleitorais exigem acordos com as elites coronelistas de sempre. 

Erundina é a última petista. O que deve incomodar profundamente os caciques do PSB e do PT.




“Julian está trabalhando na embaixada”, diz jornalista amigo de Assange

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Em entrevista à Pública, Gavin MacFadyen fala das manifestações de apoio que o fundador do Wikileaks tem recebido e do que viu e ouviu na embaixada do Equador em Londres

“Eu fiquei chocado”, conta por telefone o jornalista americano Gavin MacFadyen, amigo de Assange e diretor do Centro de Jornalismo Investigativo da City University, em Londres (CIJ), e conselheiro da Pública. “Julian não contou para ninguém que iria pedir asilo, para não nos colocar em dificuldades”. Segundo o jornalista, que dirigiu alguns dos mais famosos programas de jornalismo investigativo da televisão britânica, Assange recebeu uma carta de apoio à sua luta pela não-extradição do cineasta Michael Moore e outras manifestações de nomes de peso como os jornalistas Philip Knightley e John Pilger.

Uma delegação de movimentos sociais da Aliança Bolivariana das Américas (Alba) – da qual o brasileiro MST faz parte – entregou um documento nesta quinta-feira pedindo  que Rafael Correa que forneça asilo a Assange. João Pedro Stedile, líder do MST, explicou durante o encontro: “Assange lidera a batalha contra os americanos e o monopólio da informação. Então, nós pedimos, em nome dos movimentos sociais, que o Equador possa recebê-lo”.
Para MacFadyen, porém, mesmo se o Equador conceder asilo diplomático, “Julian vai ficar por lá na embaixada) durante muito tempo”. Leia a entrevista.
Você esteve ontem na embaixada no Equador em Londres. Como está a situação? Tensa?
A atmosfera é muito boa, até de maneira surpreendente. Julian está bem, com bom humor. E os funcionários da embaixada são muito solícitos, mais do que eu esperava. O quarto onde Julian está dormindo é um escritório muito pequeno. Ele dorme em um colchão inflável, desses de acampamento, no meio de algumas mesas. Mas durante o dia ele está com a sua equipe o tempo todo, trabalhando normalmente.
Por que o Equador?
Nada disso aconteceu de uma hora para outra, eu acredito que muitas coisas devem ter pesado na escolha. Mas Julian recebeu uma oferta de residência lá no Equador há dois anos, e o mensageiro disse que se ele estivesse em dificuldade poderia ir para a embaixada. Na entrevista que Corrêa deu a Julian para o programa “O mundo amanhã”, ficou claro que ambos compartilhavam críticas à política externa americana, eles até riram juntos ao falar disso.
Mas foi uma decisão que te surpreendeu? Foi repentina?
Olha, obviamente devem ter havido discussões anteriores, não é algo que se faz assim de uma hora para outra. Mas nós, os amigos mais próximos não sabíamos de nada. Julian preferiu não contar a ninguém porque qualquer um que soubesse que ele planejava pedir asilo político seria obrigado por lei a entregá-lo às autoridades. Se alguém soubesse, poderia ser responsabilizado legalmente, então ele decidiu não avisar a ninguém – nem aos que deram dinheiro para a sua fiança – para protegê-los.
A imprensa tem noticiado que aqueles que pagaram sua fiança, como Michael Moore, o jornalista Philip Knightey e a socialite Jemima Khan, ficaram surpresos e decepcionados com o ato. Eles podem peder seu dinheiro.
Olha, eu falei com muitos deles. Todos ficaram surpresos, mas no momento em que entrou na embaixada Julian mandou uma carta a todos eles se explicando. Eu também fiquei chocado quando soube disso como todo mundo. Mas se você pensa um pouco, percebe que houve uma reflexão séria que antecedeu esta decisão. Tanto que todos os apoiadores deles que pagaram a fiança, pelo menos os que falei, mandaram cartas de apoio depois de receberem a carta de Julian. O jornalista Philip Knightley mandou um email, e o Michael Moore enviou uma carta de apoio.
Mas diversos jornais têm afirmado que os apoioadores estão se afastando de Julian.
Isso não é verdade. Michael Moore enviou uma carta oferecendo seu apoio e dizendo que entendia por que Julian tinha tomado esta decisão. Eu li essa a carta. A questão é:  se há perigo de Julian ser entregue aos EUA, então a decisão que ele tomou foi correta.
Gavin, você é americano. Você acredita que existe este risco?
Eu acho que há um perigo potencial. E eu vou te dizer por que. Há um júri secreto que está se reunindo no estado da Virgínia há mais de um ano, e todas as decisões tomadas pelo júri são secretas. O governo dos EUA  admitem que ele existe, mas não falam o que está sendo decidido ali. Basicamente eles estão testando uma acusação formal que deve ser feita contra o Julian. Estão buscando um tribunal que concorde em emitir um pedido de extradição. É esse o propósito do júri secreto. Advogados costumam dizer que um júri deste tipo, que existe nos EUA, consegue incriminar até um sanduíche de presunto.  E o pior é que há muito segredo sobre o que está acontecendo, ninguém sabe o que se passa.  É sinistro. Outra coisa: quatro membros do Comitê Nacional Republicano pediram a morte de Assange, dizendo que ele deveria ser caçado e assassinado. Eu nunca ouvi falar em algo assim em toda minha vida. E o próprio Obama, em um evento público, disse que Assange violou as leis, que ele é culpado. Como alguém pode ser considerado culpado antes de ter havido qualquer julgamento?
Mas daí a buscar de fato a extradição…
Veja, os Estados Unidos são a única potência mundial que admite sequestrar pessoas. Eles têm uma política de assassinar pessoas no exterior quando são consideradas inimigas. Afinal, eles fazem sequestros, rendições extraordinárias quando é o caso. E todos sabem que os EUA gostaria de vê-lo preso. Algumas das acusações que estão cogitando fazer contra ele são a prisão perpétua ou pena capital. Estão cogitando acusá-lo de espionagem, ou de assessorar o inimigo – já se chegou a dizer que ele teria auxiliado a Al Qaeda, por exemplo, com os vazamentos no Afeganisão, o que é uma loucura completa.
A cobertura da batalha judicial de Assange mudou muito de tom desde o vazamento dos documentos diplomáticos. Hoje em dia grande parte da cobertura é bastante negativa. Qual a sua visão sobre isso?
Os veículos que decidiram ser hostis a Assange continuam sendo. Hoje de manhã, por exemplo, alguns veículos reportavam que ele estavam com a barba por fazer. É terrível. Há grandes e importantes exceções, mas grande parte da mídia tem sido histil à figura do Julian. Os jornais falam pouco dos documentos, não analisam seriamente o papel do WikiLeaks, o jornalismo do WikiLeaks,  eles sugerem que Assange é um homem horrível, que tem maus hábitos, uma bobajada.
Não há uma sensação de que ele deveria ir encarar a justiça sueca de uma vez?
Sim, háum sentimento de que ele deveria ir à Suécia, mas muitas pessoas não se sentiram confortáveis com o fato de que ele deter muitos documentos secretos. Muitos jornalistas acham que ele é um anarquista, um homem louco, uma pessoa difícil de lidar. Mas uma parte disso é porque ele fez a grande imprensa a fazer coisas que ela não queria fazer.
Como por exemplo?
Como por exemplo, sentarem todos na mesma mesa e colaborarem. O Guardian e o New York Times em particular, queriam exclusividade sobre os documentos, eles acharam que Julian era um nerd que eles iam conseguir dobrar, mas mudaram quando perceberam que ele é inteligente, e que manteve a mesma linha desde o começo. Eles não o convenceram, e ficaram muito bravos, todo mundo começou a acusar todo mundo… Em alguns casos, é uma questão de inveja mesmo. É um cara que não é um jornalista conhecido e respeitado, e de repente dá mais furos em alguns dias do que toda a imprensa ocidental em um ano. Eles odiaram isso. Além disso, Julian não segue as regras e normas deles, ele tem seu jeito de fazer as coisas…
Você considera Julian Assange um jornalista?
Claro, por qualquer critério que você quiser medir. Há algumas semanas ele recebeu o maior prêmio de jornalismo na Austrália, e é membro da associação australiana de jornalistas há muitos anos. Não há a menor dúvida que alguém que recebe documentos,que publica informações, que defende a liberdade de informação, que escreve sobre elas e produz material jornalístico é um jornalista. Mas essa é uma falsa discussão. Porque o problema é que quem diz que ele não é jornalista está retirando a proteção que a Constituição americana dá aos jornalistas. E isso é muito perigoso não só para o Julian, mas para todos os jornalistas.
Se o Equador der asilo politico a Julian, o que acontece?
Está claro que se ele colocar o pé para fora da embaixada ele será preso, então vai ficar por lá durante muito tempo. Eu acredito que casos assim levam algum tempo para ser esquecidos, depois pode haver um acordo baseado em algum aspecto técnico, mas no final os britânicos vão concordar em deixá-lo ir se ganharem algo com isso. Depende do Equador decidir se estão dispostos a pagar um preço por isso.
Você acredita que Rafael Correa vai garantir asilo a Julian?
Eu não sei. Espero que sim. O que ficou claro durante a minha visita à embaixada é que o pessoal lá tem sido muitoo amigável, caloroso e generoso. Eles estão tratando o Julian muito bem, então há uma postura obviamente amigável. Mas é claro que eles terão que procurar todo o auxílio jurídico  necessário.  Alguns jornais estão dizendo que deve sair uma resposta hoje, mas eu acho impossível. O governo do Equador já disse que terá que conversar com o Reino Unido, a Suécia e os Estados Unidos – o que é uma prova de como eles estão conscientes de que o governo americano tem interesse em extraditá-lo.
O governo de Obama iria até o fim na busca da extradição? O próprio governo é acusado de vazar documentos para a imprensa…
Olha, o governo de Obama é ainda pior do que o governo Bush neste aspecto. Ele processou mais whistleblowers (informantes) do que qualquer presidente americano, e endureceu as regras internas do governo para quem vaza informações. Até o New York Times criticou duramente Obama por isso. E é claro, o caso de Bradley Manning é responsabilidade do governo Obama. É um caso terrível, se você pensar. Um jovem rapaz que já está sofrendo uma punição não usual e brutal, pela administração  Obama. O que eles estão fazendo com Manning é tão sério que um membro do alto escalão do Departamento de Estado pediu demissão em protesto.




João Pedro Stedile é entrevistado no Brasil em Discussão

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaUma ótima entrevista de João Pedro Stedile, que foi ao ar pela Record News. Assisti no domingo mesmo, dia 17, mas só agora consegui colocar no blogue. Assista!