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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

'Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu' - Caio Blat

27 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaPor Victor Zacharias
O ator Caio Blat esteve em Suzano em um evento promovido pela prefeitura durante o qual participou de uma roda de conversa com a juventude e contou um pouco da sua trajetória de vida, a experiência no teatro, cinema e televisão.


Sua premiada carreira começou precocemente, primeiro fez comerciais de publicidade aos 8 anos, depois atuou em novelas, só então chegou ao teatro. Quanto aos estudos, preferiu fazer faculdade de direito ao invés de artes cênicas, pois a intenção era a de ampliar sua cultura e conhecimento. Entrou na USP, mas não concluiu o curso.


Cinema não chega aos pobres
Quando foi fazer o filme Bróder morou por um tempo no bairro de Capão Redondo em São Paulo, foi lá que percebeu que o cinema não chega até as pessoas da periferia, o público que atinge é restrito, o motivo a seu ver é porque não existem salas disponíveis nestes lugares, o ingresso é caro e o filme brasileiro fica uma semana em cartaz e sai para dar lugar aos filmes da indústria americana.

Esquema para fazer sucesso
Ele foi produtor de seus últimos filmes, por isso descobriu qual era o esquema da distribuição, e Caio indignado disse "é uma coisa que me deixou enojado, me deixou horrorizado".

"No cinema a distribuição é predatória, ainda é um monopólio", disse Caio, "são pouquíssimas empresas distribuidoras e o que elas fazem é absolutamente cruel, elas sugam os filmes, não fazem crescer, sugam para elas, são grandes corporações".

Ele disse, "ia ao Vídeo Show, no programa do Serginho Groisman e outros. Achava que era um processo natural de divulgação, foi quando descobri que estas coisas são pagas. Quando vou ao programa do Jô fazer uma entrevista isso é considerado merchandising, não é jornalismo".


A Globo faz estas ações de merchandising, inclusive em novelas, e fatura para a Globo Filmes. Comenta Caio, "Ela cobra dela mesma". Ele notou que este é uma espécie de "kit" para que o filme aconteça e seja exibido em dezenas de salas em todo o Brasil. Se por acaso os produtores não aceitarem esta imposição, a Globo não levará ao ar nada do filme em nenhum de seus veículos, nem no eletrônico, nem no impresso, Caio completa, "Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu"

No contrato de distribuição, Caio detalha, fica estabelecido que o primeiro dinheiro a entrar da bilheteria do filme é para pagar a Globo Filmes, "É um adiantamento que estamos fazendo. Olha o que eles estão dizendo! Adiantamento fez quem realizou o filme, investiu muito antes". Ele pergunta, "O que a Globo faz? Quanto ela gastou para fazer este "investimento"? Nada. O programa deles tem que acontecer todos os dias, eles precisam de gente para ser entrevistada, finaliza sobre este tema.

Jornalismo que é propaganda disfarçada
Sem contar o lado ético, que no capitalismo é apenas retórica, chega-se a primeira conclusão que tudo que é exibido na televisão, uma concessão pública, é propaganda, ora em formato de comercial, ora como merchandising, isto é, dentro do programa e até em estilo jornalístico. Outra conclusão é que a TV gera lucro em outros negócios para seus concessionários que nada tem a ver com a atividade fim da concessão.

Lei limita propaganda
Nas leis, que completam 50 anos, de números 52.795/63, art.67 e 88.067/63, art.1, art 28, 12, D, está escrito o seguinte: Limitar ao máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do horário da sua programação diária o tempo destinado à publicidade comercial. Pelo visto, ela claramente não é cumprida na programação que vai ao ar.
Existem também canais que passam promoção de vendas o tempo, neste caso, além da lei citada, também deixam de cumprir o princípio constitucional : Art. 221 - A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
Tudo leva a crer que estas questões são graves o suficiente para suspensão das outorgas das emissoras infratoras.

Por isso, e por muitas outras coisas, é preciso que este tema da democracia da mídia seja discutido no país e o Marco Regulatório da Comunicação, após ampla consulta pública, encaminhado o mais rapidamente ao Congresso, sem o qual a Liberdade de Expressão com diversidade e pluralidade continuará seriamente prejudicada.

Assista ao vídeo do bate papo, a questão da mídia começa a ser colocada com 12'53"




O ídolo, o rock e o passado

26 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Documentário de Martin Scorsese sobre Bob Dylan levanta uma série de questões não apenas sobre a biografia do astro, mas sobre como lidar com várias interpretações de uma história pessoal

Com título acertadamente escolhido, “No Direction Home”, a biografia de Bob Dylan produzida por Martin Scorsese pode deixar o espectador sem rumo, perdido entre a conformação de um tempo histórico bem documentado e a força de ideias que atropelam a existência humana e que nunca estiveram tão bem disfarçadas como nos dias atuais. Historiadores, sociólogos e cientistas políticos frequentemente encaram a identidade como problema essencial dos conflitos contemporâneos nacionais e pessoais nas mais diversas sociedades do globo. Talvez um pouco de música e de poesia sem rimas nos ajudem a vislumbrar ângulos menos acessíveis às ferramentas teórico-metodológicas oferecidas pelas chamadas “ciências do homem”.

Entre vídeos de shows e ensaios, e depoimentos de músicos e do próprio Bob Dylan, o filme reconstrói a trajetória do cantor desde que, desconhecido, saiu de uma pequena cidade em Minnesota, no Meio Oeste americano, até a chegada a Nova York e a consagração como ídolo da folk song. E vai além, mostrando a influência incontestável para quase todas as bandas de rock do século XX. A formação pessoal de Scorsese – de família simples siciliana, criado no bairro italiano da Big Apple sob a autoridade do pai e dos princípios tradicionais católicos que o deveriam manter longe da máfia – talvez tenha contribuído para a atmosfera profética que envolve a narrativa e as sucessões de entrevistas. Sobre os biógrafos, Freud chegou a afirmar que esses autores escolhem o seu “herói”, em primeiro lugar, porque sentem grande afeto por ele e, depois, sua obra está quase sempre fadada ao fracasso. Não é o caso. Heróis construídos não costumam expor suas ambições, sentimentos e rancores com desconsideração tão fascinante por sua própria imagem, assim como, frequentemente tornam-se imunes aos riscos do protagonismo.
De imitador de Woody Guthrie (1912-1967), cantor e compositor de músicas folk que incluíam temas da política às canções infantis, no começo dos anos de 1960, ao ídolo capaz de desafiar seu público mais cativo ao inserir a guitarra elétrica para entoar "Like a Rolling Stones", Bob Dylan parece ter sido fiel à capacidade de nunca ser o mesmo. Fez jus à frase gravada no violão de Guthrie que dizia “this machine kill fascists” (esta máquina mata fascistas), e se tornou a encarnação das “impurezas” mais odiadas pelos fascistas em sua busca pela uniformidade disciplinadora. A sobreposição de prioridades temáticas e questões existenciais em momentos de crise política e social, como durante a guerra do Vietnã e as irrupções da violência racista norte-americana, tornam-se coerentes diante da tarefa de ampliar cada vez mais as possíveis interpretações de uma canção.
O ponto alto do segundo DVD que compõe o documentário ocorre em 1965, quando Bob Dylan é vaiado e chamado de traidor pelo público em show de estreia no Newport Folk Festival. “Não posso dizer ao certo porque fizeram aquilo, certamente não foi pelo que escutaram”, disse Bob aos 70 anos para o entrevistador. Após composições como "A Hard Rain’s A-Gonna Fall" (1963), em que o sangue pinga dos galhos e crianças empunham armas, "Blowin’ in the Wind" (1963), poema todo feito de perguntas cáusticas para a consciência sobre o que faz de um homem, homem, e o quanto ruim as coisas devem ser para que as pessoas saiam da zona de conforto da pura indignação, o cantor foi enquadrado pela música de protesto.
Apaixonar-se pela voz menos afinada e melódica daqueles tempos, e trocar as músicas simples e animadas por letras profundamente ressentidas cujas frases tinham pouca conexão ou sentido explícito, foi o primeiro choque superado inclusive pelas gravadoras. Mas, ver o maior símbolo da música folk, e das canções de protesto, no maior festival do gênero com uma guitarra elétrica, tocando Maggie’s Farm, soou como uma provocação. A preocupação artística com a mensagem política deixava em segundo plano o som para que o público compreendesse bem a letra. Eis que Bob Dylan propunha mudar o curso da música americana; possuía ideias demais para tornar-se um estereótipo, politizado, sensual, amado ou milionário; fugia da ideia sedutora de assumir o papel de quem dita as regras e questiona o autoritarismo purista que elas podem impor. A partir de então, With God on Our Side (1964), You’re Gonna Make Me Lonesome When You Go (1975), Buckets of Rain (1975), entre muitas outras canções irão reapresentar um Dylan católico, apocalíptico, apaixonado ou descrente conforme a fase da vida pessoal ou profissional do cantor, nem todos cobertos pelo filme que acaba a narrativa no começo dos anos de 1970.
Mas essa tentativa de responsabilizar artistas ou intelectuais com supostos valores “puros” não era uma exclusividade norte-americana. Em 1967, apenas dois anos depois das vaias a guitarra de Bob Dylan nos EUA, foi organizada em São Paulo a “Passeata da Música Popular Brasileira”, que ficou conhecida como a “Passeata contra a Guitarra Elétrica”, contra a invasão da música estrangeira. Elis Regina e muitos artistas que se viam como legítimos representantes da música popular brasileira protestaram contra a música norte-americana simbolizada pelo uso da guitarra, tratava-se do “imperialismo cultural”. Agitando bandeirinhas do Brasil em nome da pureza cultural nacional e engajada, o público não tinha pretensões muito diferentes dos “yankees imperialistas” que acusaram Bob Dylan de trair uma geração quando trocou o violão pela guitarra. Conhecer a conjuntura política e estética que integra os dois cenários descritos é um começo essencial àquele que se interessar pelas raízes e motivações mais ou menos aparentes dos protestos.
O filme também apresenta imagens que aguçam outro tipo de reflexão: questões que persistiram ao sucesso ou fracasso dos cantores e que fazem com que as músicas de Dylan tenham sentido ainda hoje. Para além dos sistemas capitalista e socialista que dividiam o mundo e formatavam a política, dos sistemas de repressão autoritários ou mais sedutores, e da ideologia do consumo ou do progresso, tratava-se de desmontar as referências que tornam o homem um produto cativo de sua sociedade, que o fazem desejar ser o que se espera que ele seja. E colocar em dúvida nosso papel social significa também questionar nossa identidade, essa quase entidade oficial que deve guiar nossos comportamentos de maneira segura e previsível.
O documentário de Martin Scorsese monta de forma linear a trajetória pública de Bob Dylan e é um exemplo poético do que em História costumamos chamar de passado. Não se trata do tempo verbal indicado para ações que já aconteceram, mas das incessantes e, por vezes, divergentes interpretações que fornecemos aos acontecimentos pessoais, de uma maneira muito semelhante à contínua reelaboração dos movimentos históricos aos quais atribuímos importância decisiva ou relegamos ao vasto campo do esquecimento. Não que isso seja algo novo, mas a diferença de Bob Dylan está, certamente, em expor deliberadamente um auto retrato de corpo inteiro.




VEJA morre de medo da força da internet

26 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Revista Veja circula esta semana com oito publicidades do Ministério da Educação e uma dos Correios. No entanto, condenam publicidade em veículos de comunicação que julgam ‘não fazer jornalismo sério’. Ontem, Erenice Guerra foi inocentada na justiça, aquela que a Veja ajudou a detonar com um amontoado de mentiras. Quem faz jornalismo sério?

José Serra comprou uma briga inglória. Ao propor uma ação judicial contra a publicidade oficial em blogs de dois jornalistas que o criticam, Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif, tudo o que ele conseguiu foi uma hashtag #SerraCensor que despontou entre os assuntos mais comentados do dia, além de um artigo de seu porta-voz informal, Reinaldo Azevedo.

O blogueiro da Abril publicou artigo em que condena publicidade em sites que fazem “um troço parecido com jornalismo”. Mas disse, no entanto, que veículos tradicionais, como Veja, por exemplo, não devem renunciar à publicidade oficial – já que ela está aí. Veja, de fato, não renuncia a ela. Na edição desta semana, seu maior anunciante é o Ministério da Educação, com oito páginas. Além disso, há também uma página dos Correios.

O movimento de Serra e Reinaldo, na verdade, não ocorre isoladamente. Trata-se de algo organizado. Antes deles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tratou do tema numa coluna no Estado de S. Paulo. Depois, foi seguido por Eugênio Bucci, que, além de consultor de Roberto Civita, presidente da Abril, foi também citado na decisão do juiz Tourinho Neto que quase soltou Carlos Cachoeira – na decisão, Tourinho, sabe-se lá por que, determinou que o contraventor, em liberdade, não poderia se aproximar de dois jornalistas: Policarpo Júnior e o próprio Bucci.

Enquanto estiveram no poder, os tucanos jamais se incomodaram com a questão da publicidade oficial. Andrea Matarazzo, braço direito de Serra, foi um ministro da Secretaria de Comunicação de FHC muito querido por donos de empresas de mídia. Reinaldo Azevedo, quando foi empresário, teve apoio da Nossa Caixa e do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, mas o projeto da revista Primeira Leitura acabou naufragando.

O que os incomoda, na verdade, é a nova realidade da informação no Brasil e no mundo. Antes, havia quatro ou cinco famílias relevantes no jogo da informação no Brasil. E os barões da mídia mantinham uma postura aristocrática, cuja cornucópia era alimentada por boas relações no setor público.

Hoje, com a internet, há muito mais vozes. O novo mundo é polifônico. E não apenas os governos, mas também as empresas privadas, já estão abraçando essa nova realidade. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, a publicidade na web é muito maior do que nos jornais impressos. Na rede, a relação investimento/retorno é muito mais eficiente, além de mais transparente.
Um troço parecido com jornalismo

A investida do PSDB, com apoio de Reinaldo Azevedo, no entanto, veio em má hora. Nesta quarta-feira, os jornais noticiaram o arquivamento da denúncia contra a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, por absoluta falta de provas.

Antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2010, Veja fez uma denúncia sobre a entrega de malas de dinheiro na Casa Civil, a partir de um diz-que-diz em off, e a Folha de S. Paulo denunciou um lobby bilionário no BNDES feito por um personagem que não passaria pela catraca de segurança da sede do banco na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.

Não era jornalismo. Era um troço parecido com jornalismo, que ajudou a levar as eleições presidenciais de 2010 para o segundo turno.

Pode-se discutir a qualidade do jornalismo na internet, assim como nos veículos impressos.

Mas o que a mídia tradicional busca é apenas uma reserva de mercado. E demonstra medo crescente diante da força da internet.

O resto é conversa fiada.

(Publicado no Brasil 247)




Imprensa não engole o Brasil

26 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Filas, bagunça, desinformação, congestionamentos monstruosos, preços inadmissíveis, ameaças de greve e protestos, superfaturamento e ilegalidades múltiplas, brutalidade policial, grosseria de funcionários. Nada mobiliza o senso crítico do jornalismo brasileiro, incapaz de cobrir os Jogos Olímpicos britânicos sob os mesmos rigores que reserva aos eventos brasileiros.

Intempéries que no Rio de Janeiro (ou numa capital administrada por petistas) seriam chamadas de “apagão”, “caos”, “colapso” e outros substantivos marcantes de uso oportuno, na ilha viraram percalços menores, compreensíveis, talvez mesmo causados pelas hordas incivilizadas que teimam em poluir terras tão soberbas com seu terceiro-mundismo feio.

Agora descobrimos que até a prerrogativa muito básica e individual de escolher as próprias vestes será violada pela patrulha a serviço dos conglomerados financeiros que monopolizam a festa. Estão proibidas mensagens políticas, nacionais e comerciais que desagradem os patrocinadores dos Jogos. As empresas decidem que roupas os espectadores usarão. Não pode vestir camiseta com a foto do Che Guevara. Mas e a do palhaço Bozo, pode? A da rainha chupando sorvete?

Os bravos comentaristas tupiniquins, embasbacados com toda aquela (falsa) assepsia construída a porrete, acham pouco e bom. Seu comportamento apenas em parte é fruto do fascínio típico dos turistas festivos – bastante fiel, aliás, ao provincianismo que caracteriza a análise esportiva das capitais. A fantasia da superioridade gringa, aliada à do nosso fracasso inexorável, segue também motivações menos lisonjeiras: trata-se de uma espécie de vingança despeitada contra a realização dos Jogos e da Copa no Brasil, vitórias políticas de Lula (e do país) que a imprensa oposicionista jamais engoliu.

Entre o ufanismo tolo e a autodepreciação jeca, talvez sobre algum espaço para a simples fruição do espetáculo.




A truculência reiterada de Serra

26 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Por Luis Nassif, em seu blog

Aqui vai um apanhado da truculência de José Serra, a partir da contribuição de vocês.

1. Inspirado por José Serra, o diretório nacional do PSDB entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), questionando a publicidade da Caixa Econômica Federal (CEF) no Blog Luís Nassif Online.

2. Recentemente, a Burson Mursteller considerou o Blog um dos 4 jornalísticos mais influentes do Twitter e o único independente.

3. O Blog tem conteúdo analitico e informativo. Grande parte do conteúdo é constituído de clipping de jornais, sugeridos pelos leitores.

4. No dia em que foi noticiada a representação, a análise dos últimos 300 posts do Blog revelavam o seguinte: 8 apenas foram sobre o mensalão, todos decorrência da decisão recente do TCU (Tribunal de Contas da União) de considerar regulares as contas do BB no período Pizolatto; cinco deles, reprodução de matérias de jornais; duas deles, de leitores analisando o papel dos ministros do TCU; outros dois, minimizando o relatório do TCU: um, a nota do próprio TCU, outra, matéria do Globo informando que o Procurador Geral da República não se deixaria influenciar pela decisão do TCU. Em relação às eleições, 11 posts, dentre os últimos 300: desses, 6 de jornalões e portais; um de site de esquerda; dois do blog, sobre a tropa de choque de Serra e sobre a foto ridícula dele no skate; dentre os 11, um do Globo com Serra acusando os blogs.

5. O que Serra pretende é calar qualquer voz crítica em relação a ele, como usualmente faz com jornalistas da própria velha mídia.

6. No mesmo dia, era possível identificar publicidade da mesma CEF e de outras estatais em blogs claramente militantes pró-Serra, como os da Veja.

Quanto a Serra, um apanhado de como atua em relação aos críticos:
1. Por pressão de Serra, a TV Cultura não renovou meu contrato em 2008 devido a comentários no meu blog sobre os maus resultados da Sabesp. Na época critiquei os gastos da Sabesp com uma campanha publicitária veiculada em todo o país, incompatível para uma empresa de saneamento estadual. A não renovação do contrato foi cumprida por Paulo Markun e Gabriel Priolli.

2. O apresentador Heródoto Barbeiro foi afastado da TV Cultura por ter feito uma pergunta sobre pedágio a Serra, durante um Roda Viva. No programa, Serra mente, diz que o pedágio da Ayrton Senna baixou pela metade. Não explicou que a cobrança, que antes era em apenas uma direção, passou a ser nas duas.

3. Depois de ter siodo instrumento de Serra para meu afastamento, o próprio chefe de jornalismo Gabriel Priolli foi afastado por ter feito uma pauta sobre pedágio.

4. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - a quem Serra deve sua carreira - foi duramente atacado pelo historiador Marco Antonio Villa (praticamente único intelectual militante que ainda se alinha com Serra) dias depois de ter declarado que o candidato do PSDB à presidência, em 2014, seria Aécio Neves. Clique aqui.

5. Em fins de 2009, publiquei um artigo sobre o estilo de administrar de Serra, mostrando sua total inapetência para gestão. O Secretário de Comunicação Social procurou jornais do interior paulista - que republicam a coluna - ameaçando com cortes de verbas.

6. Minha irmã Maria Inês Nassif foi alvo de uma pressão pesada da Secretaria de Comunicação Social do governo Serra - a mando do próprio governador - por ter se pronunciado, em coluna no Valor Econômico, contra o instituto da delação na lei antifumo. Dias e dias de pressão até que o Valor aceitou publicar artigo do Secretário de Justiça acusando-a de fazer lobby da indústria do cigarro.

7. A jornalista Márcia Peltier foi destratada por Serra, com palavras duras, por ter feito perguntas julgadas impertinentes pelo candidato.

8. Destrata ao vivo repórter da rádio Capital que perguntou sobre as novas pesquisas políticas em 2010.

9. Esse mesmo comportamento se observou em entrevista concedida por ele à rede RBS, no Rio Grande do Sul.

10. A resposta ríspida à repórter da TV Brasil que perguntou sobre problemas de água em São Paulo.

11. O portal Brasilianas não faz militância politica: trata de política públicas. A Sala de Gestão, que está para ser lançada, contém parcerias já firmadas, entre outros, com os governos de Minas Gerais e Pernambuco, através de seus governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o que demonstra o pluralismo do projeto.

12. Desde que os métodos de Serra se tornaram conhecidos, tornei-me um crítico acerbo de seu estilo de gestão e de fazer política. Até por débito com a opinião pública, por ter acreditado em Serra anteriormente. Reitero que, hoje em dia, o predomínio de Serra sobre o PSDB ajudou no afastamento de toda uma geração de intelectuais de peso que historicamente apoiaram o partido. Aliás, o maior mal que o estilo truculento de Serra provoca, é contra seu próprio partido.