Por que será que a 1ª Farofada no granito do Batel incomodou tanto aos bem nascidos, a seus ghost writers da velha mídia e também a certos esquerdistas???
Debaixo de chuva e com muita alegria e irreverência cerca de 200 manifestantes, em sua maioria jovens, realizaram a 1ª Farofada no Granito, na Av. Bispo Dom José, no Batel, o bairro dos riquinhos de Curitiba.
O movimento convocado via redes sociais e divulgado boca-a-boca é o início de um processo de lutas que questiona, de forma irreverente e alegre, coisas sérias tais como o desperdício do dinheiro público, a desigualdade e a injustiça e cobra políticas públicas que respeitem os cidadãos. É um movimento que coloca em debate o tipo de cidades que queremos para nós, nossos filhos e netos. Cidade Para Quê? Cidade para Quem?
Os velhos meios de comunicação que, nos dias que antecederam a 1ª Farofada no Granito, tentaram criar um clima de terror na cidade com manchetes esdrúxulas tipo Farofa na calçada pode acabar em confusão, neste domingo se apressaram para desqualificar o movimento e dizer que não havia ninguém no pedaço, como bem nos mostra o blogueiro Tarso em É possível confiar na Rede Globo e na Gazeta do Povo?
Se o evento foi um fracasso porque essa pressa toda em desqualificá-lo?
Por que muitos tiveram a necessidade de publicar que não havia ninguém no protesto?
Pois é, a mesma velha mídia, que faz festa com um protesto de 20 pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, corre para dizer que outro 10 vezes maior, em Curitiba, não exisitiu.
Para eles não importam os fatos, mas o que eles consideram importante para a defesa dos interesses da CasaGrande.
Se for para detonar com o povo e com o Brasil, eles denunciam, gritam esperneiam.
Se for para questionar o status-quo, os bem nascidos e os moradores da Casa Grande, que insistem em querer ver todos os brasileiros na senzala, tal como na escravidão, a velha midia esconde, desqualifica, ironiza e tripudia. Com eles, segue a massa cheirosa a repetir cegamente as barbaridades escritas por focas e jornalistas mal pagos a defender os interesses dos patrões.
É bem aquilo que o Mino Carta não se cansa de escrever em seus editoriais de Carta Capital. Para a velha mídia só existe aquilo que ela noticia. E ela só noticia o que serve à defesa dos interesses da Casa Grande, criminalizando todo o resto.
Se tá incomodando, deu resultado!
É engraçado ver como a performance de jovens, artistas, blogueir@s, movimentos sociais, etc, incomodou a direita e a esquerda tradicional.
Mais engraçado mesmo foi ouvir jovens da geração de maio de 1968, que a sua época, saíram pelo mundo afora gritando "É proibido proibir", detonando com a 1ª Farofada no Granito, como se tivessem esquecido que eles mesmo faziam algo do gênero lá no final dos anos 1960.
Assim como os Jovens de Maio de 1968, a 1ª Farofada no Granito questiona o sistema de desigualdade e injustiça socio-economica, de segregação e diferenciação de classes. Da mesma forma questiona a legitimidade dos poderes constituídos, seus partidos e suas mídias. Ou melhor, a forma pode ser diferente, mas o conteúdo é o mesmo, porque os problemas combatidos pelos jovens de maio de 1968 não só não foram resolvidos como se agravaram com a vitória do neoliberalismo como ideologia e pratica política, social e economica.
A velharada de direita e de esquerda se uniu na crítica à 1ª Farofada no Granito, pois o que os une é a senilidade, o mau humor e a falta de criatividade.
A 1ª Farofada no Granito deixou um recado bem claro aos partidos, sindicatos e movimentos sociais em geral: ou mudam, se atualizam, se modernizam e defendam efetivamente os interesses de suas bases, ou serão atropelados pela realidade.
Novas formas de ação e de Democracia são benvindas. Entendamos, pois, que não é mais possível seguir fazendo política como se fazia nos anos 1960-1970, aquela política 1.0, centralista, centralizada e elitizada.
Na era de informação a política é 2.0, é horizontal, plural, democrática, multicentrica e inclusiva. É palavra livre. É liberdade de expressão.
A 1ª Farofada no Granito é uma das formas de expressão deste novo jeito de fazer política, é uma das formas de construção coletiva da política 2.0.
Veja as fotos da 1ª Farofada no Granito do Batel na Galeria de Fotos ParanáBlogs
Leia também:
http://blogoosfero.cc/polaco-doido/blog/palitando-o-frango-com-farofa-dos-dentes.
http://blogdotarso.com/2013/05/05/1a-farofada-de-curitiba-foi-um-sucesso/
http://abcuritiba.com/2013/05/06/farofa-a-francesa/
99 comentários
Brilhante análise
Para reclamar do valor da passagem de ônibus, do gasto desnecessário com a Copa e a Arena da Baixada, entre outras coisas bem mais importantes, aí ninguém acha porra nenhuma. Agora, só porque é no Batel (não moro lá, na verdade eu nem piso lá) surge um monte de piá de prédio. Aposto que não conhecem nada sobre arte ou sobre cultura curitibana, acreditando que o Largo da Ordem e o Leminski é tudo que existe. Serio mesmo, nem protestar sobre a coisa certa essa juventude é capaz.
Como incomoda, não?
aqui
Somos tão jovens
pinaimprensa@gmail.com
Qui dilicia!
Parabéns, jovens de Curitiba e região que começam a entender que a cidade é para o cidadão e não só para o turista ou para a propaganda oficial e enganosa.
Por favor digite as duas palavras abaixo