- Enviada em: 24/04/2018 10:48Hs
Para ele, o excesso de oferta global vai acabar derrubando os preços da amêndoa. “Nós alertamos os países produtores, mas não fomos ouvidos”, disse Anga, que contesta a alegação desses países de que não têm influência sobre os preços internacionais. Costa do Marfim, Gana, Camarões e Nigéria controlam 73% da oferta mundial da amêndoa. “Acho que podemos tirar nossas próprias conclusões a partir disso”, afirmou o executivo.
Segundo Anga, a indústria global precisa passar por mudanças em quatro aspectos. Em primeiro lugar, países produtores devem manter estoques da amêndoa. “Não é algo atraente, mas é imperativo”, disse. Em segundo lugar, as políticas nacionais de produção de cacau precisam levar em consideração seu impacto sobre os preços. Em terceiro, iniciativas do setor e programas de sustentabilidade devem incentivar a diversificação de culturas, para reduzir a dependência excessiva do cacau. O executivo disse ainda que todos os países devem estimular o consumo de cacau na origem e em mercados emergentes. Não se pode depender apenas dos mercados tradicionais em um ambiente de preços historicamente baixos, afirmou.
Anga observou ainda que fabricantes de chocolate economizaram US$ 3,5 bilhões entre 2016 e 2017 por causa dos baixos preços da amêndoa, e se disse “perplexo” ao constatar que isso não configurava violação de leis antitruste. Fonte: Dow Jones Newswires
fonte: http://mercadodocacau.com/artigo/cacau-precos-seguem-baixos-apesar-da-valorizacao-em-2018-diz-icco