Na manhã desta quarta-feira - 28, aconteceu uma audiência de conciliação entre os negociadores da Barry Itabuna e Ilhéus e o Sindicacau, com a participação do advogado Alberto Silva e o vereador Jairo Araujo no MPF. Com o objetivo de evitar a deflagração de greve já aprovada pelos trabalhadores, a empresa apresentou a seguinte proposta que vai ser levada para votação da categoria:
Reajuste: 9% Ticket: R$ 700,00 Piso salarial Barry Itabuna R$ 1155,00 Piso salarial Barry Ilhéus R$ 1123,00 PPR Barry Itabuna R$ 5700,00 PPR Barry Ilhéus R$ 5250,00
Uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, a americana Archer Daniels Midland (ADM) chegou a um acordo com a Olam International Limited para vender seu negócio de processamento de cacau, por US$ 1,3 bilhão. Com base em Cingapura, a Olam é uma das maiores fornecedoras mundiais de cacau. O negócio abrange as operações brasileiras de cacau em Ilhéus (Joanes) e as demais instalações de processamento da ADM em Mississauga, no Canadá; Koog aan de Zaan e Wormer, na Holanda; Mannheim, na Alemanha; Abidjan, na Costa do Marfim; Kumasi, em Gana; e Cingapura. Estão incluídas as centrais de compra da ADM no Brasil, Camarões, Costa do Marfim e Indonésia, bem como as marcas da empresa deZaan e UNICAO. Os 1,5 mil funcionários da ADM nessa área serão transferidos para a Olam.
O negócio a credenciará como uma das três maiores processadoras de cacau do mundo. "Esta proposta de aquisição representa para a Olam se tornar um líder global integrado em um mercado com perspectivas de crescimento atrativas", disse Sunny Verghese, CEO da companhia. A Olam espera que o acordo traga sinergias de custos e receitas entre US$ 35 milhões e US$ 40 milhões.
Fonte: Fernanda Pressinott e Carine Ferreira; Valor Economico
Empresas falidas, em recuperação judicial e até um município estão na lista do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas
O Tribunal Superior do Trabalho mantém atualizada a lista das 100 empresas que mais têm processos na Justiça do Trabalho em fase de execução. O levantamento é feito com base no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) e vem sendo alimentada desde 2012 pelos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o País.
Entre as 10 primeiras, que somam juntas mais de 20 mil processos, estão empresas que já declararam falência, companhias em processo de recuperação judicial e outras que continuam em operação regular.
A Vasp (Viação Aérea São Paulo) deixou de operar em 2005, teve falência decretada pela justiça estadual em 2008, mas ainda lidera a lista de empresas com mais processos trabalhistas em 2015.
No início da década de 1990, a empresa foi privatizada, com o empresário Wagner Canhedo tomando o controle e iniciando uma agressiva expansão internacional, com voos operando em aeroportos de todos os continentes.
Divulgação
Aviões da Vasp ficaram abandonados por anos em diversos aeroportos do País
Vítima de um crescimento desenfreado, em 2004 a companhia operava apenas 18% dos itinerários programados. O resultado foi a falta de pagamento de obrigações, salários, leasings e até taxas de navegação.
A partir de 2012, a frota – abandonada e obsoleta – foi desmanchada ou leiloada. No entanto, somente no início de setembro deste ano foi concedido o primeiro alvará, no valor de quase R$ 40 milhões, a autores de 619 processos.
Ponto fora da curva
Terceiro colocado no ranking, Ilhéus é o único município na lista completa dos 100 CNPJs mais devedores da esfera trabalhista do País. Se for levado em conta a população total da cidade baiana, a média de processos trabalhistas contra o município chega a quase 70.
Dos processos listados no TST, a maioria é por conta de falta de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo apurou o iG, o elevado número de processos é devido ao alto número de ações movidas por um único servidor.
A intenção dessa multiplicação, segundo advogados que defendem a maioria dos profissionais, é agilizar o recebimento dos valores. Ainda segundo os advogados, o não recolhimento do FGTS por parte do município é uma prática antiga – algo que vem ocorrendo há cerca de 30 anos.
Reprodução de Internet
Prefeitura de Ilhéus: de acordo com advogados que defendem servidores, neglicenciamento do FGTS é um problema de décadas
Em julho do ano passado, a prefeitura de Ilhéus dividiu em 180 vezes a dívida do município com a Caixa Econômica Federal referente ao fundo. Por mês, ficou acordado que seriam depositados R$ 409 mil à instituição, o que soma um montante de quase R$ 71 milhões.
Esse foi o segundo acordo da prefeitura, que já havia dividido na gestão anterior a dívida confessada à Caixa em 150 parcelas mensais. O valor de R$ 105.211,13 deveria ser quitado até o ano de 2017.
Todas as dez empresas da lista foram procuradas pela reportagem do iG. Apesar disso, nove delas não responderam até o momento da publicação.
O Banco do Brasil foi o único a se posicionar, dizendo que realizou ao longo dos últimos anos um esforço concentrado que resultou na melhora de posição na lista do BNDT. Além disso, o banco informou que participa constantemente das semanas de conciliações organizadas pelos tribunais regionais do trabalho.
"Nos últimos três anos, [o banco] registra resultado positivo na sua política de soluções de conflitos, com incremento de acordos judiciais e extrajudiciais que reduziram em 50% a quantidade de processos no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT). No período passamos da segunda para a décima posição", diz trecho da nota.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Ilhéus, Itabuna e Região (Sindicacau) denuncia a multinacional Cargill Agrícola S/A empresa moageira de cacau localizada na Rodovia Ilhéus Uruçuca KM 08 em Ilhéus na Bahia por obrigar a trabalhadores dos turnos do horário das 23 as 07 horas da manhã do setor de pulverização a ficarem até 11 horas da manhã trabalhando,fato que o sindicato já informou a empresa e denunciou ao Ministério Publico do Trabalho de Itabuna Bahia,para que providencias sejam tomadas
Segundo Luiz Fernandes, presidente do Sindicacau, esta é uma escravidão do século 21 segundo a empresa infratora ela esta seguindo a lei,enquanto isto os trabalhadores continuam adoecendo
Porto de Ilhéus não realizava uma remessa desse porte há mais de 25 anos.
O Porto do Malhado vai exportar uma carga de seis mil toneladas de cacau. Duas fontes deste blog confirmaram a boa nova.
A Cargil iniciará o transporte das cem mil sacas no próximo dia 21. A operação vai durar dez dias e envolverá diretamente quinhentos trabalhadores com o carregamento e o armazenamento do produto. Cada um deles receberá oitenta reais por jornada diária de seis horas.
A remessa vai movimentar aproximadamente R$ 1,2 milhão no mercado local. Além da mão de obra, a conta incluiu serviços auxiliares e impostos.
Já se vão mais de vinte e cinco anos desde as últimas remessas desse porte, na década de 1980. Não há outras agendadas, mas, a contração da demanda interna favorece o cenário para a exportação, assim como a queda do valor do real em relação a outras moedas.
Além disso, essa venda pode chamar de volta a atenção de grandes importadores para o cacau produzido na Bahia.