Quando se está desempregado e à procura de emprego, existe a forte possibilidade de alguns pensamentos ou sentimentos negativos “tomarem conta de nós”. E quanto maior o tempo em que se está desempregado maior a tendência para se acentuar esta sensação de “desespero”, “inutilidade” e revolta.
Podemos falar de “tristeza”, de alguns sinais de “depressão”, da perda de confiança, de uma menor auto estima e a determinada altura tudo parece culminar na noção de bloqueio (não consegue ultrapassar esta situação).
Continua a enviar CV’s para toda e qualquer oferta, quase como “robots”, sem pensar na eficácia desta estratégia, onde o resultado mais provável é receber mais um não. “Eu quero é trabalhar!” , “Eu faço qualquer coisa, preciso é de ganhar dinheiro!” – Ouvimos muitas vezes os candidatos a emprego dizer em entrevista. Esta pode ser a sua realidade e o que pensa. Mas não é isto que o recrutador ou a empresa quer ouvir. O que ele pretende avaliar e saber é a sua motivação para aquele trabalho específico!
Tem de perceber uma coisa: candidatar-se em “modo desesperado” irá transparecer na sua carta de apresentação, no seu CV e na sua linguagem não-verbal numa eventual entrevista. Não é, decerto, a melhor forma de se apresentar a uma oferta de emprego e perante um recrutador.
Não existe nenhuma fórmula mágica para conseguir um emprego, nem ninguém lhe pode prometer isso.Mas propomos-lhe o seguinte: que tal, e por uns momentos, esqueça as suas dificuldades e “desesperos” e vamos começar de novo, parece-lhe bem?
1. Escreva tudo o que você quer e procura num emprego
Escreva uma lista de 15 a 40 termos do que você quer e procura no seu próximo trabalho. Anote tudo, desde a localização, horário, tipo de empresa , setor de atividade, tipo de chefia, condições de trabalho, ambiente de trabalho, etc.
Tenha esta folha disponível em todos os momentos que se aplica a uma oferta de emprego. Se fizer isto corretamente, estará a garantir que se está a candidatar a trabalhos que vai gostar, além de estar muito mais focado na sua procura.
2. Use esta lista para construir o seu currículo e a sua carta de apresentação
Se for realmente bem sucedido na construção da sua lista de “desejos” de um posto de trabalho, irá observar que as posições a que deseja candidatar-se terão palavras similares havendo um “match” natural entre a sua lista de “desejos” e a descrição do trabalho. Como uma grande maioria dos empregadores usam sistemas que pesquisam palavras-chave no seu currículo em função da oferta de trabalho, o mais provável é o aumento da chance de conseguir a entrevista. Construa o seu currículo e a sua carta de apresentação tendo essa lista como guia.
3. Defina metas semanais
Neste momento temos uma carta de apresentação e um currículo focado.
Perfeito, é hora de definir as suas metas semanais !
Se não estabelecer alguns objetivos e métodos na busca por emprego vai estar a desgastar-se física e mentalmente, pois está a funcionar “por impulso”. Ou seja, há semanas em que envia dezenas de currículos sem o menor dos critérios, e semanas de pausa sem nenhuma atividade pois não teve resultados das candidaturas enviadas na semana anterior, e “baixou os braços”.
Como metas apontaríamos:
a) Responda apenas a anúncios onde preencha pelo menos 60% dos requisitos exigidos.
b) Não recomendamos ( salvo exceções ) mais do que 5-10 candidaturas / por semana a ofertas de emprego. ( ver ponto 4 )
c) Mantenha o seu perfil nas redes sociais discreto.
4. Obtenha o máximo de informação sobre a empresa
É fundamental obter o máximo de informações sobre a vaga de trabalho existente assim como da empresa em causa.
Algumas das informações que deverá tenta saber é :
- Nome do responsável pelo processo
- Competências necessárias para aquele trabalho
- Atividade da empresa
- Cultura da empresa
- Todas e quaisquer palavras na descrição do trabalho que correspondem à sua lista de desejos
5. Examinar, rever e repetir
Agora que existe um critério definido e uma “estratégia” acompanhe, em regime mensal, os resultados obtidos.
Reveja as empresas que decidiram o chamar para uma entrevista, estude as empresas que decidiram lhe telefonar ( por o terem encontrado na internet ) e quais as semelhanças entre essas empresas. Tente também localizar um possível “padrão” para as não respostas.
Na não existência de resultados positivos, independentemente de sabermos que o mercado está parcialmente em crise, talvez necessite de alterar partes do seu currículo e ajustar o seu “guia de termos”. Ou pensar em novas alternativas profissionais.
Repita o processo tendo em conta estas novas informações, mas principalmente, mantenha-se confiante e focado.
fonte http://portalinho.com/304/desempregado-desesperado-5-passos-para-otimizar-a-sua-busca-de-emprego/