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Indústria traça plano para fomentar expansão da produção de cacau

22 de Setembro de 2016, 9:42 , por SINDICACAU - | No one following this article yet.
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É nesse contexto que, no Brasil, as principais empresas que processam a amêndoa traçaram um novo plano, que depende da articulação de entes públicos e privados, para elevar em 50% a oferta doméstica de cacau em cinco anos.

Por O Tempo Jornalismo

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Com orçamento anual de R$ 3 milhões, o programa atende hoje 600 produtores. Foto / O Tempo Jornalismo
A recorrente ameaça de que no futuro possa faltar cacau no mundo para a produção de chocolate pode soar alarmista, mas a indústria continua a voltar seus olhos para as lavouras para garantir a oferta da matéria-prima. É nesse contexto que, no Brasil, as principais empresas que processam a amêndoa traçaram um novo plano, que depende da articulação de entes públicos e privados, para elevar em 50% a oferta doméstica de cacau em cinco anos.
A Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), representante das empresas Barry Callebaut, Cargill, Olam e Indeca – que, juntas, têm capacidade para processar 275 mil toneladas por ano no país -, calcula que a colheita nacional anual alcance atualmente cerca de 200 mil toneladas. E sustenta que o volume pode checar a 300 mil toneladas a partir de um plano de financiamentos e apoio técnico que está em discussão no segmento.
Representantes da AIPC, de indústrias de chocolate e de produtores apresentarão hoje esse plano ao ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, e ao secretário de Política Agrícola do ministério, Neri Geller. Conforme Eduardo Bastos, diretor-executivo da AIPC, os recursos para financiar a assistência e novos plantios poderão ser compartilhados entre as indústrias de processamento de cacau, de fabricação de chocolate e pelos próprios cacauicultores, através da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Entidades internacionais de fomento também poderão ser convidadas a participar da empreitada.
“Estamos buscando ao menos R$ 1 milhão de cada parceiro. Idealmente, viriam R$ 1 milhão dos produtores, R$ 1 milhão da indústria processadora e R$ 1 milhão da indústria de chocolate, com uma contrapartida de R$ 3 milhões do governo”, diz Bastos. A pretensão é conseguir esse montante de verbas para cada Estado onde houver incentivo.
A AIPC vê espaço para a expansão em áreas já consolidadas, como na Zona da Mata Bahia e no Pará, e com a abertura de novas fronteiras de plantio, como no extremo sul baiano, no Cerrado e no Semiárido.
A proposta para o Pará é incentivar produtores, sobretudo pecuaristas, a plantarem cacaueiros como forma de recuperar áreas de proteção ambiental, conforme exigido pelo Código Florestal. Segundo Bastos, após o registro do Cadastro Ambiental Rural (CAR), muitos fazendeiros terão que recompor florestas para se enquadrarem na lei, e o cacau pode ser um incentivo econômico para acelerar o reflorestamento.
Como o cacaueiro é nativo do bioma amazônico, pode ser plantado para recompor Áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais. Esse reflorestamento pode ser feito só com cacaueiros ou em sistemas agroflorestais, nos quais linhas de árvores de cacau podem ser intercaladas com outras plantas nativas, como seringueiras e bananeiras.
A americana Cargill já incentiva essa estratégia em São Félix do Xingu, em parceria com a organização não governamental The Nature Conservancy (TNC). A proposta é ampliar essa parceria – que pode oferecer, além de conhecimento ambiental, acesso a entidades financiadoras. A expectativa é que essa articulação amplie a produção paraense em 45 mil toneladas ao ano.
Na Bahia, a AIPC propõe ampliar o já existente programa ProSenar Cacau, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e que oferece formação profissional e assistência técnica a produtores e trabalhadores. Com orçamento anual de R$ 3 milhões, o programa atende hoje 600 produtores.
Nas lavouras de cacau cabruca (cultivado no meio da floresta) da Zona da Mata baiana, a AIPC acredita que, só com assistência técnica, é possível elevar a colheita em 35 mil toneladas por safra em cinco anos.
No caso das novas fronteiras para o plantio, a ideia da AIPC é atrair produtores rurais que apostem em outras culturas ou mesmo grandes fundos de investimento com capital para realizar aportes no cacau. Eduardo Bastos estima que seja possível converter no Cerrado e no Semiárido uma área de 10 mil hectares de pastagens degradadas em lavouras de cacau, com potencial de produção de 10 mil toneladas por safra daqui cinco anos. Ele projeta o mesmo volume no extremo sul da Bahia. (Mercado do Cacau)

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/blogspot/OvWHh/~3/Ky3xNzhloE4/industria-traca-plano-para-fomentar_22.html