A Agência Pública, uma organização sem fins lucrativos que produz e promove o jornalismo investigativo no Brasil, lançou nesta segunda-feira o site de votação do projeto Reportagem Pública (www.apublica.org/reportagempublica).
O projeto inédito de jornalismo investigativo foi financiado coletivamente através da plataforma de crowdfunding Catarse, a maior do país. A campanha durou de meados de agosto até o dia 20 de setembro e arrecadou R$ 58.935 de 808 doadores. A fundação Omidyar, criada pelos fundadores do E-Bay, vai doar um real para cada real arrecadado junto ao público, chegando ao valor total necessário.
A verba vai financiar bolsas de jornalismo no valor de R$ 6 mil para reporteres que enviaram suas propostas até a última sexta-feira. Inicialmente, o projeto previa a distribuição de 10 bolsas. Mas, como a arrecadação ultrapassou a meta minima em mais de R$ 10 mil, a Agência Pública poderá distribuir mais duas bolsas, totalizando DOZE repórteres de todo o Brasil que vão receber, além do financiamento, a orientação e apoio da Agência durante a apuração.
É hora de votar
O projeto Reportagem Pública recebeu mais de 120 propostas de pauta de jornalistas de todo o país, incluindo estudantes e jornalistas experientes e premiados. As reportagens foram pré-selecionadas segundo os critérios de consistência na pré-apuração, experiência do repórter, capacidade de realizar reportagens de forma independente, segurança e viabilidade da investigação.
Foram pre-selecionadas 48 pautas, que irão para votação nesta segunda-feira (7/10) através do site www.apublica.org/reportagempublica. Aqueles que doaram para o crowdfunding terão até o dia 20/10, domingo, para votar nas suas 12 reportagens favoritas.
Mas o projeto é aberto para todo mundo que quiser colaborar, mesmo que não tenha doado para o crowdfunding.
Cada proposta de reportagem pode ser comentada e compartilhada através das redes sociais. Quem quiser interagir diretamente com o repórter pode usar o site www.apublica.org/reportagempublica para fazer isso.
“A ideia é justamente que mais pessoas colaborem com ideias, fontes, informações sobre a pauta, ou até se voluntariem para apoiar o repórter na apuração. Acreditamos que dá sim para fazer jornalismo investigativo de maneira colaborativa, e estamos construindo uma comunidade que aposta nessa ideia”, diz Natalia Viana, codiretora da Agência Pública.
A Agência Pública
Pioneira do Brasil, a Agência Pública aposta num modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência.
Fundada em 2011, todas as suas reportagens são livremente reproduzidas por diversos veículos sob a licença creative commons. Atualmente, a Agência conta com mais de 50 republicadores no Brasil e no exterior. Sua missão é produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população – visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos. A Agência tem três eixos investigativos principais: os preparativos para a Copa do Mundo de 2014; megainvestimentos na Amazônia; e a ditadura militar.
A Pública conta com financiamento de instituições de peso e renome internacional, como a Fundação Ford e a Open Society Foundations, e seu conteúdo é republicado por veículos como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o Yahoo Brasil, o portal Terra e a revista Carta Capital.
Além de produzir, a Pública atua para promover o jornalismo investigativo independente, através de programas de mentorias para jovens jornalistas e bolsas de reportagem.
Mais informações e entrevistas para a imprensa:
Natalia Viana, codiretora da Agência Pública,
55 (11) 9 8864 4676
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
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